A INTEGRAÇÃO DE ORAÇÕES COM OS VERBOS QUERER, MANDAR E DEIXAR

Maria Maura Cezario (UFRJ)

1. Introdução

O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados parciais da análise de verbos com complemento clausal, sob o ponto de vista do modelo da gramaticalização. Partimos da hipótese geral de que, nas línguas, haja um contínuo de gramaticalização que vai desde um verbo pleno até o uso do item como morfema flexional.

A amostra analisada consiste em cláusulas com os verbos transitivos querer, deixar e mandar seguidos de cláusula completiva retiradas do corpus Discurso e Gramática e de editoriais JB. A hipótese geral é a de que o domínio da complementação verbal envolve graus de integração entre a cláusula principal e a cláusula subordinada. Um dos objetivos é computar a freqüência de usos dos verbos em diferentes estágios de gramaticalização . Diversos trabalhos como os de Bybee (1984 e outro inédito) concluem que a freqüência de uso de uma dada construção tem um papel fundamental no processo de gramaticalização:

Argumentarei a favor de uma nova definição de gramaticalização, aquela que reconhece o papel crucial da repetição e caracteriza-a como um processo pelo qual uma seqüência de palavras ou de morfemas usada freqüentemente se torna mais automatizada como um unidade de processamento único. (Bybee, no prelo)

Segundo Bolinger (1980), para se iniciar a gramaticalização, no âmbito da estrutura, basta que um verbo transitivo comece a ser usado com um complemento não-finito. Para Givón (1990; 1995), o uso do verbo subordinado no modo subjuntivo, por exemplo, já é um indício de que a integração entre as cláusulas está mais forte e o processo de gramaticalização se iniciou.

1- Classificação semântica dos verbos e hipóteses

Os verbos querer, mandar e deixar podem ser classificados como volitivos, pois expressam, em termos gerais, uma vontade do referente sujeito. São manipulativos quando têm seu complemento com sujeito diferente. Quando o sujeito é idêntico, o que só ocorre com os verbos querer e deixar, não expressam manipulação, mas vontade (o modal querer) ou aspecto terminativo (o verbo deixar com a preposição de). Esses verbos opõem-se semântica e estruturalmente aos verbos cognitivos, como achar, ver e saber cujos resultados da análise não serão apresentados aqui.

O princípio subjacente a toda a pesquisa é o da proximidade, que será aqui direcionado para a integração de cláusulas:

“Quanto mais forte for a conexão semântica de dois eventos, mais íntima é a conexão sintática de duas proposições em uma única oração.”

Esse princípio permite-nos apresentar três hipóteses principais:

(a) verbos de grupos semânticos diferentes (verbos cognitivos X verbos volitivos) devem estar em diferentes estágios de gramaticalização;

(b) verbos como deixar, mandar e querer, todos do mesmo grupo (verbos volitivos), devem estar em pontos diferentes do contínuo de gramaticalização.

(c) um item verbal como, por exemplo, o verbo deixar tem diferentes usos no português oral sincrônico (ex. “Deixar que a menina saia”; “Deixar a menina falar”; e “Deixar de ser”) e cada uso pode representar um estágio de gramaticalização;

Heine (1993) apresenta sete estágios de gramaticalização de verbos, designados Estágios A, B até o Estágio G. Tais estágios caracterizam um contínuo chamado “Verb-to TAM chain”, que, na verdade, substitui as abordagens tradicionais que tratam as categorias como discretas.

No estágio A, o verbo pertence a uma classe aberta, contendo uma lista enorme de itens. Nos estágios sucessivos, o número de itens diferentes vai diminuindo e, no estágio final, há um número mínimo deles. Segundo Heine (1993), nos Estágios A e B, os verbos são lexemas ou verbos plenos; no Estágio C, os verbos são chamados catenativos; nos Estágios D e E, os verbos estão associados à noção de verbos auxiliares; em F os verbos são afixos e, em G, são flexões.

3- Metodologia

Para estabelecemos os estágios de gramaticalização dos usos dos verbos transitivos em português, selecionamos alguns fatores e estabelecemos uma pontuação de acordo com o uso real da língua (ou seja, não fizemos testes do tipo aceita ou não-aceita).

As categorias escolhidas foram:

A) Modo da subordinada:

Indicativo: 0 Subjuntivo: 0,5 Não-finito: 1

B) Tempo:

Não-simultâneo: 0 Simultâneo: 1

C) Sujeito explícito na subordinada:

Explícito: 0 Não-explícito: 0,5 Zero obrigatório: 1

D) Sujeito animado/não animado (cláusula subordinada)

Animado: 0 Não-animado: 1

E) Controle do sujeito da principal sobre o da subordinada:

Não controla: 0 Controla parcialmente: 0,5 Controla: 1

F) Factividade (implicação): o fato expresso pela principal implica a realização do fato expresso pela subordinada:

Não implica: 0 Implica parcialmente: 0,5 Implica: 1

G) Sujeito idêntico/sujeito diferente:

Diferente: 0 Idêntico: 2

H) Sujeito definido/não-definido na subordinada:

definido: 0

Não-definido: 1

I) Massa fônica entre as duas orações:

Presença: 0

Ausência: 1

O fator G recebeu um peso maior, porque, em vários trabalhos da linha funcionalista, a continuidade tópica se mostrou um fator importante para determinar a maior conexão entre as partes do discurso. Além disso, esse fator sobrepõe-se ao fator D, em que uma oração como “Eu quero sair” recebe a pontuação zero, uma vez que o sujeito da subordinada é animado; também se sobrepõe ao fator E, porque num dado como “A mortalidade deixou de afetar aquela região” não há controle do sujeito do verbo deixar sobre o do verbo afetar (a pontuação, portanto, é zero), porque o sujeito “A mortalidade” é inaminado. Mas o que leva a maior integração dos verbos querer e sair e entre deixar e afetar é o fator “sujeito idêntico”.

Serão apresentados também os resultados da categoria Tipos de texto .O Corpus Discurso e gramática foi totalmente analisado: o Corpus D& G do Rio de Janeiro, o de Niterói, o de Juiz de Fora, o de Natal e o do Rio Grande. Ainda foram analisados cem editoriais do JB.

Os resultados apresentados aqui são decorrentes da soma dos fatores apresentadas acima para estabelecermos os estágios de gramaticalização dos verbos e de seus usos. O sentido da gramaticalização é feita de acordo com o seguinte quadro:

Estágios: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

 


estágios mais gramaticalizados

A exemplificação é dada a seguir. As letras em maiúsculo colocadas a partir da segunda coluna correspondem àquelas que apresentam as categorias controladas acima (A = modo; b = Tempo, etc.)

CONTEXTOS

A

B

C

D

E

F

G

H

I

Totais

(1) Ele mandava o policial prender ele mas o policial não prendeu

1

0

0

0

0

0

0

0

0

1

(2) A diretora do maternal mandou chamar minha mãe urgentemente, e disse a ela que eu tinha sérios problemas psicológicos

1

0

0,5

0

1

1

0

1

1

5

(3) ... a minha avó não... deixava que ela fosse pro/ para os bailes se divertir... né? e a minha mãe detestava isso... (...) ela combinou com a minha tia... eh... de... a minha tia dizer pra... pra... minha avó... que ela estava no quarto dormindo...

0,5

1

0

0

0,5

0,5

0

0

1

3

(4) aí deixa ficar dez minutos cozinhando

1

1

0,5

1

1

1

0

0

1

6

(5) A exploração política das favelas deixou de oferecer vantagens depois de demonstrada a incapacidade de deter a ocupação desordenada e predatória dos morros (JB)

1

1

1

1

0

1

2

1

1

9

(6) e pensar no assunto...que você quer trabalhar com a criança

1

1

1

0

1

1

2

1

1

9

(7)todo mundo queria que ele fizesse gol, mas ele só queria agarrar

0,5

1

0

0

0

0

0

0

1

2

A soma mínima apresentada foi 0 e a máxima 9, perfazendo um total de 9 estágios, conforme a pontuação dada. Depois de somar as categorias, usei o makecell e o crosstab para comparar os usos do diferentes verbos (mandar, deixar e querer) e para fazer um cruzamento entre estágios de gramaticalização e tipos de textos.

4- Usos dos verbos e os estágios de gramaticalização

Os resultados confirmam a hipótese de que há diferentes estágios de gramaticalização ou diferentes graus de integração entre os usos de um mesmo item verbal e entre itens verbais diferentes, como pode ser visto na tabela (1):

Tabela (1): Verbos transitivos e os estágios de gramaticalização

Menor integração


Maior integração

Estágios

MANDAR

DEIXAR

QUERER

Aplic

Freq

Aplic

Freq

Aplic

Freq

0

0

-

0

-

0

-

1

4

4%

0

-

0

-

2

8

8%

2

1%

7

1%

3

14

15%

27

10%

21

3%

4

34

36%

48

20%

26

4%

5

22

23%

18%

19

3%

6

11

12%

81

32%

73

13%

7

0

-

16

6%

140

25%

8

0

-

23

9%

193

35%

9

0

-

8

3%

72

13%

TOTAIS

93

100%

250

100%

551

100%

O verbo mandar apresenta 12 dados nos estágios iniciais (estágios 1 e 2). Os verbos deixar e querer não têm dados no estágio 1 e apresentam, cada qual, apenas 1 dado no estágio 2. O verbo querer apresenta alta freqüência no estágio 7, que não foi preenchido pelos dados de mandar. Além disso, há dados até o estágio 9 (13%), demostrando que, desses verbos, querer é o que se encontra mais avançado no processo de integração de cláusulas. Vemos aí o motivo de alguns gramáticos o considerarem um verbo auxiliar.

As diferenças entre os verbos estudados ficam mais nítidas se fizermos os seguintes agrumentos:

ESTÁGIOS

VERBOS

MANDAR

DEIXAR

QUERER

APL FREQ

APL FREQ

APLI FREQ

0 A 3

26 28%

29 11%

28 5%

4 A 6

67 72%

174 70%

118 21%

7 A 9

0 -

47 19%

405 74%

TOTAIS

93 100%

250 100%

551 100%

Constatamos que o verbo querer tem 74% de uso nos estágios mais altos, enquanto os outros verbos apresentam cerca de 70% de seus dados nos estágios intermediários (4 a 6). O verbo mandar atua mais como pleno do que como auxiliar, não apresentando dados nos estágios mais altos. Vemos também que, quanto maior a freqüência do item analisado, maior é a possibilidade de o mesmo estar sofrendo gramaticalização. O verbo querer é o mais freqüente da lista e apresenta-se como o menos lexicalizado, o menos transitivo, também em termos de freqüência. O verbo mandar é o menos freqüente, com mais restrições contextuais e com usos estruturais e pragmáticos semelhantes a de um verbo pleno prototípico.

Vejamos se o tipo de texto (narrativa, relato de opinião, relato de procedimento e descrição de local) pode estar influenciando nos usos mais ou menos integrados das orações com os verbos mandar, deixar e querer. O resultado desse cruzamento encontra-se na tabela (3):

Tabela (3) : Tipos de textos e Estágios de gramaticalização dos verbos

ESTÁGIOS

TEXTOS

MANDAR

DEIXAR

QUERER

0 a 3

26 d

4 a 6

67d

7 a 9

0 d

0 a 3

29 d

4 a 6

174d

7 a 9

47d

0 a 3

28 d

4 a 6

118d

7 a 9

405 d

Narrativas

88%

67%

-

41%

18%

18%

43%

70%

46%

Rel.opinião

7%

19%

-

48%

23%

64%

53%

21%

32%

Rel.procedim

4%

6%

-

7%

56%

4%

3%

7%

12%

Desc.local

4%

7%

-

-

3%

12%

-

1%

8%

TOTAL

100%

100%

-

100%

100%

100%

100%

100%

100%

Os usos do verbo mandar concentram-se principalmente nas narrativas, tanto no primeiro grupo de estágios (de 0 a 3) como no segundo (de 4 a 6). Neste último, ocorre um aumento de uso nos relatos de opinião. Estes normalmente são mais formais que as narrativas e, sendo assim, apresentam uma estrutura mais sintética, favorecendo os estágios que demonstram maior integração.

O verbo mandar tem um significado concreto (lexical) e necessita de dois participantes, um ser manipulador (o que dá a ordem) e um ser manipulado (o que tem de cumprir a ordem). As narrativas constituem o tipo de texto em que há actantes, ou seja, referentes humanos que desempenham papéis na história. Portanto, era de se esperar que o verbo mandar fosse mais freqüente neste tipo de texto, contribuindo para expressar um ato de controle de um actante sobre outro, como nos exemplos (8) e (9):

(8) a turma toda estava conversando e a professora mandou eu sentar ao lado da sua mesa.

(9) então resolvi levantar do banco, mas ele me empurrou e mandou eu ficar ali mesmo.

Nos estágios de 0 a 3, o verbo querer apresenta uma freqüência ligeiramente mais alta nos relatos de opinião. Dados desses tipo têm a estrutura “Querer que + oração finita”. Essa estrutura está se tornando infreqüente e parece mais formal que a estrutura “Querer + infinitivo”. Nos estágios de 4 a 6, a freqüência do verbo cai nos relatos de opinião, principalmente porque o verbo torna-se um modal expressando vontade e essa marca emotiva é dissimulada nas argumentações dos corpora. O verbo querer, nos estágios de 4 a 6, predomina nas narrativas, espaço propício para a expressão subjetiva de vontade. Nos estágios de 7 a 9, o verbo querer, mais gramaticalizado, apresenta menos restrições contextuais e se distribui mais homogeneamente entre os tipos de texto. O texto predominante ainda é a narrativa devido à expressão de vontade dos actantes (exemplo 10). No terceiro grupo de graus (de 7 a 9), a diferença entre a narrativa e o relato de opinião é menor, mas nos relatos de opinião o verbo tem um sentido mais vago, com sujeitos menos definidos. O sentido está relacionado à idéia de “esperar algo para o futuro”. Dessa forma, a subjetividade é enfraquecida (exemplo 11).

(10) Logo após a batida começou a juntar um monte de motoristas de táxi querendo intimidar o Alexandre, até que chegou um carro da polícia (Narrativa)

(11) Entretanto, a regra que determina a prescrição de dívidas, depois de cinco anos do exercício fiscal, eliminou a possibilidade de cobrança de dívidas no período (...) Como lembrou, indignado o governador Mário Covas, que já assumiu o Estado de São Paulo privado da administração do Banespa, o caso é um estímulo aos que quiserem sonegar impostos, pois, após cinco anos, está tudo oficialmente esquecido.(Opinião)

Dos tipos de textos analisados as narrativas apresentam uma linguagem mais subjetiva, principalmente a linguagem da narrativa de experiência pessoal cujo personagem principal é o sujeito falante.

O verbo deixar é o mais complexo de todos, uma vez que apresenta maior riqueza semântica e estrutural. Não nos cabe aqui uma descrição completa dos sentidos e tipos estruturais encontrados, mas faremos uma pequena descrição para explicar o comportamento do verbo com relação aos tipos de texto.

Nos estágios iniciais, o verbo deixar apresenta normalmente a estrutura “Deixar que + oração desenvolvida”, distribuído quase com a mesma freqüência entre narrativa e relato de opinião. No segundo grupo de estágio, ocorre uma gramaticalização do verbo: tornam-se freqüentes estruturas como “Deixar algo fritar/ferver/secar.”. Aqui o verbo não tem mais o sentido de permitir, mas o de “aguardar’, reforçado por expressões de tempo do tipo “Depois”, “aí”, etc. Observemos que 56% dos dados do verbo deixar com graus de 4 a 6 estão concentrados nos relatos de procedimento.

Esse verbo usado dessa forma codifica uma situação em que um ser manipulador precisa fazer algo e aguardar durante um tempo para realizar o procedimento seguinte da receita. O objeto direto do verbo deixar é sujeito do verbo da oração subordinada e é um ser inanimado. Este normalmente é apagado deste contexto estrutural. Os dados com o verbo deixar nestes graus (4 a 6) constituem-se de enunciados relevantes para a construção dos relatos de procedimento, porque expressa etapas para o procedimento relatado, como pode ser visto no exemplo (11):

(11) I: ah... macarrão... do jeito que eu faço? é fácil... você põe o macarrão pra... cozinhar... na água... você espera/ bota a água no fogo... deixa a água ferver... aí tu vai... bota um pouquinho de óleo... aí depois tu põe o macarrão lá... aí deixa ficar dez minutos... cozinhando... você tira o macarrão... põe no escorredor... abre a torneira... tira um pouquinho daquela... daquela gosma mesmo do macarrão que fica... enquanto isso você põe uma panela no fogo... com um pouco de ó/ de óleo não... com um pouco de manteiga... e... alho... alho socado... aí deixa o alho ficar bem dourado... depois... joga o macarrão... depois que tu jogou o macarrão... aí tu vai mexendo... mexendo... mexendo... só assim que tu faz... depois tu põe num tabuleiro... aí põe::/ cobre o macarrão com... com... fatias de muzzarela... e leva ao forno... aí deixa a muzzarela derreter todinha... depois que já tiver pronto o macarrão... você pre/ põe numa vasilhinha pequena... maionese... ketchup... e... mis/ maionese... ketchup e mostarda... mistura tudo aquilo... e quando você for comer o macarrão... você põe um pouquinho daquele molho de maionese... ketchup... e mostarda... em cima do macarrão... fica uma delícia...

Nos estágios de 7 a 9, ocorre uma freqüência alta no uso de deixar nos relatos de opinião (64%). Agora a explicação é outra. Nestes estágios, ocorre uma gramaticalização de outra natureza, é o uso de “Deixar de + infinitivo”, em que o verbo passa a expressar aspecto terminativo e obtém 9 pontos na escala proposta. Esse uso gramaticalizado também tem poucas restrições contextuais, ocorrendo com alta freqüência nos textos escritos, sobretudo nos textos dos editorias do JB (aqui agrupados na categoria “Relato de opinião). Esse uso, diferente dos demais usos de deixar, permite sujeito inanimado, o que enfraquece tom subjetivo dos relatos de opinião e o torna mais formal, como no exemplo (5), em que o sujeito é um SN grande e o núcleo é uma nominalização.

5- Conclusão

O princípio subjacente a todo esse processo de integração de cláusulas é o princípio universal da iconicidade, segundo o qual a codificação morfossintática é determinada por fatores semânticos, pragmáticos e cognitivos. O Princípio da Iconicidade atua para iniciar a integração de cláusulas que antes codificavam dois eventos e que passam a codificar apenas uma unidade semântica. Em conseqüência, morfossintaticamente, as duas cláusulas passam a ser codificadas como uma cláusula simples (verbo auxiliar seguido de verbo principal).

Os resultados confirmam a hipótese de que há diferenças de integração dentro de um mesmo grupo de verbos. Ocorre também variação no uso de cada item verbal e a análise permite verificar quais os estágios predominantes de cada item, através da constatação do aumento da freqüência de uso. O cruzamento entre “Estágios de gramaticalização”e “Tipos de textos” permite uma análise (embora ainda incipiente) que demonstra que a gramaticalização de um item está mais freqüente num dado tipo de texto do que em outro e que dadas estruturas contribuem para a produção de um tipo de texto específico.

6- Bibliografia

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