PROPOSTA DE EDIÇÃO DE UM DOCUMENTO PESSOAL: AS MEMÓRIAS DO DR. REMÉDIOS MONTEIRO
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
1 INTRODUÇÃO
A proposta de edição que ora se apresenta para o documento “Memórias do Dr. Remédios Monteiro”, médico e primeiro intendente da cidade de Feira de Santana - Ba, faz parte do projeto intitulado “Documentação de Feira de Santana: um estudo filológico”, desenvolvido na Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS. Além deste manuscrito, integram o corpus do projeto documentos históricos, compreendidos no período entre os séculos XVIII e XX, tais como: Certidão de Venda, Carta de Sesmaria, Queixa-crime, dentre outros. Esses textos estão sendo editados diplomático-interpretativamente. Contudo, as “Memórias do Dr. Remédios Monteiro”, por se tratar de um documento pessoal, contém elementos que possibilitam uma edição crítica. Sendo assim, apresentar-se-á, a partir da análise da feitura do texto, os procedimentos adotados para o seu estabelecimento crítico.
2 ANÁLISE CRÍTICO-FILOLÓGICA
2.1 SOBRE O AUTOR: DR. REMÉDIOS MONTEIRO
O Dr. Joaquim dos Remédios Monteiro nasceu a bordo do navio
“Nossa Senhora do Socorro”, em 16 de novembro de 1827, no trajeto entre
Goa e Brasil. Filho do Sr. Joaquim Eleutério Monteiro e da Sr.ª
Maria Thereza Monteiro, tendo ele nascido em Loutulim de Salcete, na Índia
portuguesa, e ela em Bombaim, na Índia inglesa. Porém, não
traziam sangue europeu nas veias, sendo ambos de origem brâmane.
Casaram-se em 1826.
O Sr. Joaquim Eleutério Monteiro estudou em Lisboa, dominava
perfeitamente o inglês e o francês, possuindo também
grandes conhecimentos de náutica. Faleceu aos 76 anos, sendo sepultado
em 1872, no cemitério de São Francisco de Paula, no Rio de
Janeiro. Algum tempo depois falece a Sr.ª Maria Thereza Monteiro,
em 1874, aos 65 anos.
Em 1851 forma-se o Dr. Remédios Monteiro pela Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro. Para obter o grau de doutor, dissertou sobre
o seguinte ponto: “Digitalis purpurea; sua acção physiologica
e therapeutica” , sorteado pela própria faculdade, pois não
era dado o direito ao aluno de escolher o tema da dissertação.
Após formar, o Dr. Remédios Monteiro seguiu para
a cidade de Resende, juntamente com seu primo, Dr. Custódio Luiz
de Miranda, o notável Goano.
Em 1855 segue o Dr. Remédios Monteiro para Paris, a fim
de aperfeiçoar seus estudos, passando dois anos na capital francesa.
Em setembro de 1858 casa-se com Maria Christina de la Sierra Pereira, filha
do chefe de divisão Manuel Francisco da Costa Pereira, e de D. Maria
Manuela de la Sierra Pereira, natural de Montevidéu. Vão
morar em Resende. Em 1860, Dr. Remédios acometido de uma hemoptise,
muda-se com a família para Desterro, capital na época da
província de Santa Catarina. Sem conseguir se livrar da enfermidade,
acabou retornando para Resende, quando nasce sua única filha, Elvira
Monteiro.
Dr. Remédios exerceu sua profissão, por todos os
lugares onde trabalhou, com muita dignidade. Um de seus melhores amigos,
o Visconde de Taunay, assim o referencia: “O Dr. Joaquim dos Remédios
Monteiro, que residiu largos annos em Santa Catharina, ali deixou reputação
tão alevantada, quanto sympathica pelos muitos beneficios prestados
com a maior abnegação a todas as classes da sociedade.”
Em 1875 o Dr. Remédios Monteiro vai para Salvador. Com
a saúde muito debilitada, presta valorosos serviços à
Gazeta Médica da Bahia, sendo seu redator a partir de 1876. Publica
vários artigos: Transfusão do sangue, Vacina, Apontamentos
para a história natural do cordão do frade, Ensino médico,
Pasteur e suas doutrinas, Caso de soluço curado pelo jaborandi,
A Feira de Santana como sanatório de tuberculose pulmonar, dentre
outros.
Na cidade de Feira de Santana, onde foi seu primeiro intendente,
o Dr. Remédios trabalhou muito pela higiene pública: promoveu
o asseio e o calçamento das ruas, abriu praças, recebendo
uma delas o seu nome, construiu um novo matadouro público.
Não se dedicando apenas à área da saúde,
o Dr. Remédios também cuidou da Educação Popular,
criando a Biblioteca Municipal de Feira de Santana. Preocupava-lhe também
a questão da escravatura. Abolicionista convicto, escreveu em diversos
jornais sobre o tema, tanto na Bahia quanto no Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Assim escreve em suas Memórias: “Emfim desappareceu do Brasil essa
mancha de lama, esse crime, essa selvageria chamada escravidão.”
Em 29 de setembro de 1887, em Feira de Santana, aos 58 anos de
idade, morre sua esposa, D. Maria Christina.
Em 4 de julho de 1901 faleceu Dr. Remédios Monteiro,
deixando saudades àqueles que sempre o respeitaram e o admiraram.
2.2 AS MEMÓRIAS
Dr. Remédios Monteiro escreve suas Memórias com
o objetivo de deixá-las para sua única filha, D. Elvira Monteiro,
o que pode ser comprovado na seguinte passagem: “...É o padrinho
de bapti/smo de minha filha. Como escrevo / estas recordações
para minha filha,/ desejo que ella ame, estime e res/peite o bom parente
que me soc/correu com a sua bolsa, me gui/ou com seus conselhos e comple/tou
minha educação scientifica.” No entanto, sua filha, escreve,
no próprio caderno em que figura as Memórias, o seguinte
texto: “Cortei estas folhas porque achei que meu pai não devia ter
escripto e só serviram para perturbar e ser a causa destas infelicidades.”
Não há indicação do período
em que começou a escrevê-las, pois ele não as datou.
2.3 CRITÉRIOS PARA A EDIÇÃO DAS MEMÓRIAS
Com o intuito de oferecer ao leitor um texto fiel ao original,
assim como aos lingüistas que por ventura venham a se interessar pelo
estudo da língua do século passado, período em que
viveu o autor das Memórias, Dr. Remédios Monteiro, estabeleceu-se
alguns critérios para a transcrição do documento:
? Respeitar fielmente o texto: grafia, linha, fólio, etc.;
? Indicar o número do fólio, à margem direita,
usando-se asterisco;
? Numerar o texto, linha por linha, indicando a numeração
de cinco em cinco;
? Desdobrar as abreviaturas com o auxílio de parênteses:
( );
? Utilizar colchetes para as interpolações: [
];
? Utilizar chaves para as letras e palavras expurgadas: {
};
? Indicar as rasuras ilegíveis do texto com o auxílio
de colchetes e de reticências: [...].
Para a Edição Crítica foram seguidos os seguintes
critérios:
a) Escolha da variante:
? Quando o autor risca uma lição e escreve outra na entrelinha
ou à margem, substituindo-a, esta será a variante adotado.
b) Apresentação das variantes:
? As variantes foram dispostas no aparato crítico em itálico
e em negrito, em tipo menor em relação ao texto.
c) Grafia de nomes estrangeiros:
? Foi conservada a grafia utilizada por Dr. Remédios, excetuando-se
os casos em que se comprovou erro.
3 EDIÇÃO CRÍTICA DAS MEMÓRIAS
3.1 DESCRIÇÃO DO DOCUMENTO
MONTEIRO, Joaquim dos Remédios. Memórias.
Manuscrito autógrafo. s.d.
Manuscrito autógrafo em tinta preta. Caderno pautado tipo
escolar, em bom estado de conservação, medindo 220mm X 170mm,
com 67 (sessenta e sete) folhas, 55 escritas só no recto;
2, só no verso e 10, recto e verso. Algumas folhas apresentam numeração.
Com exceção da última folha, todas as demais, no recto,
trazem a marca do carimbo de Arlindo da Silva Pitombo, que também
assina-as. À folha 1, verso, a filha escreve: “Cortei estas folhas
porque achei que meu pai não devia ter escripto e só serviram
para perturbar e ser a causa destas infelicidades.” Folhas coladas:
129 e 130a; folhas rasgadas: 171 e 174; colado recorte de jornal sobre
o sexagésimo aniversário do Dr. Remédios Monteiro:
folhas 167 e 168.
3.2 TEXTO CRÍTICO
Como o documento é composto por muitas folhas, não
sendo possível apresentar todas, fez-se a escolha de algumas para
dar uma mostra da edição que por ora está sendo feita.
Folha 2r*
O acaso fez com que eu me encon=
trasse uma tarde em um leilão
de livros com o dr Domingos Jacy
5 Monteiro. Tinha eu provavelmente
nessa época vinte annos elle vizi=
velmente mais moço. Eu já cursava
o 2º anno medico [...], elle ain=
da não se havia matriculado na Es=
10 cola de Medicina. Concordamos em
uma permuta dos livros comprados
nesse leilão. Fui para isso no dia
seguinte a sua casa, na rua do
perto da minha, em outra
15 rua. Seria muito longo narrar aqui
como se evoluio o nosso primeiro co=
nhecimento até tornar-se na ami=
sade mais antiga, mais dellicada, ma
is solicita, mais fiel. Basta dizer
20 que nelle encontrei um amigo since=
ro.
Enquanto estivemos em Pariz fo=
mos inseparaveis. Elle havia ido
_________________________________
L. 6 vinte sobrescrito em palavra riscada, entrelinha superior
L. 9 [...] riscado
L. 12 no manchado de tinta
L. 13 sua sobrescrito, entrelinha superior
L. 13 na rua do sobrescrito, entrelinha superior, em palavras
riscadas
L. 14 perto sobrescrito, entrelinha superior, em palavras
riscadas
L. 19 is manchado de tinta
L. 23 Elle manchado de tinta
Folha 3r*
antes de mim para Pariz e já casado: voltou tam=
25 bem antes de mim para o Rio de
Janeiro. Doutorou-se em medicina
em 18 Renunciando a carreira me=
dica desde o principio, empregou-se
[n]a Secretaria do Ministerio do Imperio
30 até ver-se forçado por motivos poli=
ticos a aposentar-se quando já
ocupava o alto cargo de
_______________________________
Este meu bom e velho amigo tem sido
35 sempre muito estudioso e trabalhador.
Coordenou e deu á luz as obras de
Alvares de Azevedo por amizade a
elle e ao pai, que era formado em
sciencias juridicas e sociaes. [...]
40 [...] Jacy Monteiro conhecia mui=
tos dos seus escriptos, de lêl-o ou de
recital-os, e entendia muito bem
a sua letra miúda, o que era ne=
cessario para decifral-os, mór=
45 mente por causa das entrelinhas,
emendas, etc. Encarregou-se principalmente
__________________________________
L. 24 antes de mim sobrescrito em para Pariz, com traço
indicandoque deve vir antes
L. 27 Doutorou-se manchado de tinta
L. 28 Renunciando manchado de tinta
L. 28 carreira sobrescrito
L. 29 empregou-se o manchado de tinta; se sobrescrito, entrelinha
superior, em palavra riscada L. 30 Imperio manchado de tinta
L. 34 e manchado de tinta
L. 39 [...] riscado
L. 40 [...] riscado
L. 45 causa manchado de tinta
L. 46 emendas manchado de tinta
L. 46 Encarregou-se sobrescrito, entrelinha superior
Folha 7r*
a civilisação exterior(1)
70 ______________________________
Estudei primeiras lettras, la=
tim, francez e arithemetica no col=
legio do padre mestre José de Santiago
Mendonça, que havia sido monge
75 beneditino. Esse collegio, um dos
melhores do tempo e talvez superior
a alguns da actualidade, era no
bairro da Saude, perto da minha
residencia na rua do Livramento.
80 Desse collegio passei sempre como externo para o do dr. Adol=
pho Manoel Victorio da Costa a
fim de estudar os preparativos que me
faltavam para matricular-me
na Escola de Medicina. Ainda
85 alcancei o collegio Victorio na rua do
Conde, hoje rua do Visconde do Rio -
Branco, antes de mudar-se para a
rua dos Latoeiros, hoje de Gonçalves
Dias.
90 Deslisou-se minha infancia entre os afa-
gos e caricias de meu pae e de minha
mãe sempre bons, affectuosos, intelligentes,
___________
(1) Traduzido para o portuguez por uma anonyma;
95 em 12 -, Lisboa 1853.
_________________________________
L. 70 toda a linha
riscada
L. 74 Mendonça
manchado de tinta
L. 77 actualidade
sobrescrito, entrelinha superior, em palavra riscada
L. 80 passei sempre
como externo sobrescrito, entrelinha superior, em palavra riscada
L. 90 Deslisou-se sobrescrito, entrelinha superior, em
palavra riscada
L. 91 e caricias manchado de tinta
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho é simplesmente uma proposta de edição
crítica para um documento pessoal, que faz parte de um projeto cujo
corpus é constituído em sua grande parte por documentos históricos,
devido a isso optou-se por uma lição conservadora. Apresentou-se,
no aparato crítico, as emendas feitas pelo autor, as marcas provocadas
pelo tipo de caneta usado na época e também as passagens
ilegíveis.
Esta é uma primeira exposição feita acerca das
“Memórias do Dr. Remédios Monteiro”. Evidentemente que a
investigação sobre o texto ainda não está concluída,
pois a pesquisa está em sua fase inicial. Acredita-se que em breve
se poderá oferecer uma edição completa do documento.
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