A TENSIVIDADE NO RITUAL DE UMBANDA

Silvio de Santana Júnior (UNESP)

A Umbanda se define como culto ritmado e ritualizado (etmologicamente, "a arte de curar") cujas sessões, denominadas "giras", se  caracterizam pela complexidade do sincretismo tanto religioso como semiótico; todos se vestem de branco, às vezes com roupas coloridas, dançam e cantam, dirigidos pela mãe-de-santo que detém o fazer cognitivo; com gritos e gestos, ela incita o fazer somático dos filhos-de-santo que respondem as saudações e brados, verbalmente, ou gestualmente (com palmas, rufos de atabaques), com o intuito de transmitir o objeto- valor /bem-estar/ aos fiéis, através do transe mediúnico.
Examinando superficialmente o ritual de Umbanda, vemos que do ponto de vista narrativo, parece oportuno destacar que contamos com dois tipos de busca diferentes: de um lado, a dos médiuns, mãe-de-santo e filhos-de-santo(S1 e S3m), e de outro a busca dos não-médiuns, ogãs e o público (S3o e Sx).
Considerando que “o termo de busca indicando simplesmente que se trata, nos dois casos, de um programa narrativo fundado no querer do sujeito, este querer visando a dois tipos de objetos de valor diferentes”(1) diremos que em relação a Sx, seu deslocamento consiste na busca da /vida/ enquanto, em relação a S1 e a S3m, que procuram estar em transe, trata-se antes da busca da /não-morte/.
Sabendo que Sx procura a Umbanda por causa dos males materiais e espirituais, esta busca da /vida/ se anexa e equivale, de alguma forma, a nosso objeto- valor /bem-estar/.
Por outro lado, estes males que denominamos /mal-estar/ e que definem a falta que deve ser liquidada pelo objeto /mensagem-vigor-bem/, podem ser interpretados como correspondentes ao termo lógico /não-vida/.
No nível discursivo, o funcionamento dos papéis de ator pode ser representado como um processo contínuo dotado do sema aspectual /duratividade/; este - podemos adiantar - é suscetível, por sua vez, de ser delimitado por duas aspectualidades pontuais: a incoatividade e a terminatividade.
Seria oportuno, no momento, introduzir aqui o sema aspectual /tensividade/, este podendo ser definido como a relação de tensão que contrai o sema /durativo/ com um ou outro dos semas pontuais, “indispensável quando se quer dar, por exemplo, a representação semântica dos lexemas tais como “bastante”, “próximos”, “demais”, “longe”, etc” (2).

No que concerne a Sx, o estado de falta /mal-estar/, que se encontra na posição durativa correlacionada a /não-vida/, contrai a relação tensiva com seu aspecto /incoativo/ correspondendo a /vida/. É preciso entender, no entanto, o estabelecimento da tensão como recuperação da /vida/, podendo aparecer sob várias formas graduais de uma melhor vida, tais como definimos o objeto de valor /bem-estar/, dando a representação do papel temático de /renascente/, no sentido de renascer para uma vida melhor; por outro lado, qualquer que seja sua forma, a vida só é a incoação da /morte/ (3).

 Nível Lógico     /Vida/  /Não-vida/
/RENASCENTE/
 Nível Aspectual   /Incoativo/       / - / /Durativo/
      tensão

Notamos um sinal de menos em relação à tensão, porque a relação tensiva é uma relação orientada. Ela visa aqui o termo /incoatividade/ partindo da posição /duratividade/, esta passagem realizando-se sob a forma da diminuição da tensão, dotada do aspecto /distensivo/. Se, ao contrário, a partir da posição durativa, correspondendo a vida, ela visasse o aspecto /terminativo/ correspondendo à /não-vida/, esta passagem realizar-se-ia sob a forma do aumento da tensão e notaríamos o aspecto /intensivo/ por um sinal de mais, e a relação tensiva daria conta do papel temático de /não-renascente/. Esta última interpretação que acabamos de esboçar pode ser resumida como se segue:

 Nível Lógico /Vida/  /Não-vida/
/RENASCENTE/
 Nível Aspectual /Durativo/ /+/ /Terminativo/
   tensão

Podemos recorrer agora à categoria melhoria/agravamento, pois o mecanismo aspectual assinala, no eixo da duração, a posição discursiva dos papéis temáticos bem próximos de seu resultado, dependendo de exprimir-se pela “distensividade” ou pela “intensividade”. Desta maneira, podemos aproximar os papéis temáticos dos termos categoriais de nível lógico-matemático e considerá-los como equivalentes; podemos marcar com o sinal / ? / a aproximação (4) de tal maneira que:

/RENASCENTE/ ~ ?   /VIDA/
           /NÃO- RENASCENTE/   ~ ? /NÃO-VIDA/

Se a /vida/ é a incoação da /morte/, esta por sua vez, é seu aspecto /terminativo/; a conservação da /vida/ é a negação da /morte/ e faz aparecer o termo /não-morte/ que, nesse caso, é dotado da /duratividade/ - embora temporariamente. Por oposição a melhoria do sema aspectual /distensivo/, há o agravamento dotado do aspecto /intensivo/ que, negando a /vida/, poderá fazer aparecer o termo /morte/.
No que concerne à análise do ritual, o público só quer a melhoria de seu estado atual, concebida como uma transformação positiva, a fim de impedir o agravamento que pode trazer a /morte/. Correlativamente a esta, na posição terminativa, se encontra o /sofrimento/ com o qual o sema durativo correspondente a /não-morte/ contrai a relação de tensão.
Lembrando a situação inicial do público, se o estado de falta - /mal-estar/ - corresponde ao termo lógico /não-vida/, segundo a lógica das aproximações, podemos aproximar do termo lógico /morte/, o de /sofrimento/. Nos dois casos, trata-se da relação tensiva entre o processo durativo e seu término, o primeiro podendo dar conta do percurso narrativo de /não-renascente/, o segundo, a representação do papel de /desencarnante/. Assim, podemos definir os papéis temáticos como conversões dos termos categoriais, de maneira que:

/DESENCARNANTE/ ~ ? /MORTE/

No plano discursivo, o estado de espera, dotado do aspecto /tensivo/, e mesmo do aspecto /intensivo/ segundo a posição na qual se encontra Sx, deve amenizar-se e chegar até a um estado distensivo.
Por outro lado, S1 que se encontra já na posição lógica correspondente a /vida/, só procura conservar este estado de /prestígio/ que confirma sua competência, ao colocar-se em conjunção através do transe com o santo-orixá(S2), este sendo o objeto querido - por S1 e por S3m - e que denominamos a busca da /não-morte/. Esta, em oposição ao /sofrimento/, pode aproximar-se da /satisfação/ e dar conta do papel temático de /não-desencarnante/, podendo definir-se como equivalente ao termo categorial, de maneira que:

 /NÃO-DESENCARNANTE/ ~ ? /NÃO-MORTE/

 Observação: Segundo o espiritismo, é preferível falar de reencarnação para designar a vida humana e de desencarnação quando se trata da morte (humana); esta não é nem o fim, nem a ausência da vida, mas a passagem para a vida espiritual, isto é, do espírito sem o corpo que, por sua vez, está condenado a reencarnar tanto quanto necessário, conforme as leis do Karma.
Em conformidade com esta observação, é preciso levar em consideração a existência de uma vida ao mesmo tempo material e espiritual. Nesse caso, a /morte/ é o aspecto pontual /incoativo/ da vida espiritual, esta comportando o aspecto /durativo/ correspondente ao termo lógico de /não-vida/, que poderá ser delimitada pela /terminatividade/ correlata à /vida/.
Esta é ao mesmo tempo a incoatividade da reencarnação.
Este ciclo de renascimento e de morte suscita a categoria humano/não-humano e pode ser representado no esquema seguinte:

 INCOATIVIDADE DURATIVIDADE TERMINATIVIDADE
HUMANO          /VIDA/ /NÃO-MORTE/          /MORTE/
NÃO-HUMANO   /NÃO MORTE/ /NÃO VIDA/           /VIDA/

A categoria melhoria/agravamento que utilizamos para indicar a relação tensiva depende da lógica natural (ou concreta) e relativiza as contradições permitindo considerar a possibilidade de uma lógica das aproximações; no entanto, ela pode ser facilmente substituída pela categoria tímica euforia/disforia, que se revela de um ponto de vista semiótico mais apropriada.
No caso que nos interessa agora, trata-se de dar conta dos papéis temáticos dos sujeitos Sx, S1 e S3, interpretando aspectualmente a temporalidade, em termos de tensão entre o que está presente e o que está ainda ausente, possibilitando sobre determinações intensivas e distensivas que aproximam e afastam, respectivamente, os conteúdos investidos de ambos os termos contraditórios.
Doravante podemos tentar redefinir as posições dos atores a partir do estado de falta inicial onde o público está dotado do percurso discursivo de /não-renascente/ e do de /desencarnante/; a Mãe-de-Santo e os Filhos-de-Santo dotados dos percursos discursivos de /renascente/ e de /não-desencarnante/. Embora estas posições sejam indecisas, podemos perceber que os papéis temáticos de Sx correspondendo aos termos categoriais /não-vida/ e /não-morte/, denotam um estado ameaçador para a vida; este estado deve ser negado, transformando-se em vida e /não-morte/, que são equivalentes aos papéis temáticos de S1 e S3 constitutivos, de um certo modo, da plenitude da existência  (5).
 Esses dois tipos de transformações, estrutural e discursiva, são suscetíveis de ser representados no interior do quadrado semiótico:

 HUMANO
/VIDA/  /MORTE/
/RENASCENTE/  /DESENCARNANTE/
 
/NÃO-MORTE/  /NÃO-VIDA
/NÃO-DESENCARNANTE/  /NÃO-RENASCENTE/
 NÃO-HUMANO
 
Encontramos ainda, no transe, a comunicação participativa que envolve, numa primeira instância, os dois actantes S1 e S2 (a mãe-de-santo e o santo-orixá), e, numa segunda, os outros actantes S3m e S4 (filhos-de-santo médiuns e os demais santos-orixás).
Se homologarmos à categoria sagrado/profano o mundo espiritual das moradas místicas dos Orixás e o mundo material dos homens, poderemos reconhecer a categoria “sobrecultural”, atribuindo um estatuto divino a S4.  A fim adaptar a categoria natureza/cultura, fazendo parte da metalinguagem semiótica, podemos utilizá-la no sentido de natureza espiritual e de cultura espiritual. Para a primeira, conservamos o termo “sobrenatural”, para segunda, vemo-nos obrigados a utilizar o neologismo “sobrecultural”, admitindo-se a cultura dos Orixás superior à dos homens.
 Entendemos, por natureza sagrada, o mundo espiritual que se estende até o centro de Umbanda, preexistindo ao homem, materializando-se no momento do transe. Em oposição, temos a natureza dos homens que poderá denominar-se /não-sobrenatural/.
Quanto à chegada das pessoas ao centro de Umbanda, podemos dizer que elas saem de sua cultura “não-sobrecultural”, isto é, humana - além do mais, com sua não-sobrenatureza já culturalizada por sua sociedade - e se dirigem ao centro para colocar-se em contato com a “sobrecultura”.
Poderíamos pensar que o centro é o único lugar de encontro destes dois mundos, espiritual e material, no entanto  existem outros lugares, considerados sagrados pela Umbanda, onde obrigações rituais comparáveis às sessões, freqüentemente se realizam culminando no transe. Diríamos, porém, que é sobretudo o transe que delimita este ponto de encontro entre os dois mundos.
O transe poderia ser definido como um espírito que “toma” o corpo de alguém, médium, ou então que encarna no médium; ou, numa outra perspectiva, o médium que recebe (voluntariamente) um espírito.
Tanto em um caso quanto noutro, trata-se de uma união temporária de um ser espiritual, que podemos chamar sagrado, e de um ser humano, que podemos chamar profano, remetendo ambos à categoria humano/não-humano.
Adotamos nosso micro-universo coletivo com uma representação figurativa concernindo, sobretudo, a S4.
A estrutura axiológica abstrata natureza/cultura sobreposta à estrutura figurativa elementar resulta de uma axiolização dos termos figurativos constituindo assim uma estrutura ao mesmo tempo axiológica e figurativa.
Esta estrutura retomada por um indivíduo, tal como tentamos apresentá-lo, referindo-se a um micro-universo coletivo figurativo, é de natureza ideolectal, porque se trata de uma interpretação individual dos valores coletivos.
Seria necessário, agora, considerar uma homologação do mesmo tipo, isto é, se superpusermos à estrutura figurativa elementar a estrutura axiológica abstrata vida/morte, obteremos o micro-universo figurativo individual concernindo, nesse caso, a S1.
Apreendida por uma coletividade, uma tal estrutura é chamada socioletal e corresponde às representações coletivas dos valores individuais.
Falamos de “sacralização”, quando um médium recebe um espírito ( ex: S1 se torna S2); de “reificação”, quando o corpo do médium é visto como um “aparelho”, possuído por um espírito; e de personificação (S2 manifestando-se por S1).
Talvez possamos considerar dois percursos correlatos no momento do transe. Tomemos inicialmente o percurso do médium:
Notamos que há uma invocação por intermédio dos pontos cantados e toda uma preparação (sedução) para fazer vir os Orixás durante os rituais preliminares. Até a concentração que precede o transe, o médium (S1) se encontra num estado de /vida/; de repente, em frações de segundo, vem o transe: diremos que ele passa do estado de /vida/ (seu corpo e seu espírito) -negando a /morte/ (seu corpo sem seu espírito) - ao estado de /não-morte/ ; este estado não é definitivo, é somente o transe.
Trata-se de uma transformação pela comunicação participativa;  a “espiritualização”, que consiste em viver sem um corpo, é própria de S2, assim como o estado de /vida/, para S2, implicaria sua “reencarnação”, isto é, (re)tornar-se humano. É por esta razão que o colocamos no estado de /não-morte/, no momento do transe, porque não se trata de um humano.

Estes dois percursos têm seus pontos de partida completamente opostos e podem ser homologados da seguinte maneira :

 HUMANO
(S1)
 
/VIDA/(S1) C + E  /MORTE/(S1) C - E
 
/NÃO-MORTE/(S2)
E + C(S1)  /NÃO-VIDA/(2) - E - C
 
/NÃO-MORTE/(S1)
C + E(S2)  /NÃO-VIDA/(S1) - C + E
 
/VIDA/(S2) E - C  /MORTE/(S2)
E + C
 
 ESPÍRITO
(S2)

Estas posições que ilustram o transe são suscetíveis de Ter, como explicação, substantivos que justifiquem, por assim dizer, certas crenças rituais:

 HUMANO
 
/VIDA/
Reencarnação  /MORTE/
Desencarnação
 
/NÃO-MORTE/
Personificação (S2)
Sacralização (S1)  /NÃO-VIDA/
Espiritualização
 
 ESPÍRITO

Por enquanto, não podemos considerar como resolvida a problemática do transe; as posições que sugerimos aqui no quadrado semiótico são apenas uma interpretação possível; poderá haver outras, mas estas nos parecem bastante plausíveis.
Se nos colocarmos do lado do destinatário (Sx-), perceberemos que os fazeres interpretativos, forçosamente serão
distintos, dado que existem aqueles que crêem (Sx1), aqueles que duvidam (Sx2) e aqueles que não acreditam (Sx3), e os crédulos (Sx4).
À medida que a gira se desenvolve no tempo e no espaço, a mãe-de-santo opera a "sucessão de estados e transformações"(narratividade). Desse vir-a-ser constante no decorrer das seqüências rituais da Umbanda resulta o movimento que nos possibilita apreender, num dado momento, o ser dos sujeitos, que só se constitui, semioticamente, nos enunciados de estado em junção com os objetos de valor.
Do ponto de vista narrativo, temos um programa onde S1 é o sujeito de fazer (destinador), S2 e S1 os destinatários-sujeitos e Os (o corpo de S1), como objeto-sujeito (reificação):

        F (S1) ? [(S2 ? Os ? S1) ? (S2 ? Os ? S1)]

 ? = conjunção
 ? = disjunção
? = não-disjunção
? = não-conjunção
Os = corpo de S1
S1 = mãe-de-santo
S2 = santo-orixá
TRANSE = NÃO-MORTE =
CORPO DE S1 + ESPÍRITO(S2) =
ESPÍRITO(S2) + CORPO DE S1.

No percurso de S2, ao contrário, diríamos que ele parte de sua morada mística - que podemos denominar vida espiritual (não-humana - o espírito sem corpo) - nega o estado de /morte/ do médium, visto que ele toma seu corpo, e alcança o estado de /não-morte/ (S2 com o corpo de S1).
Notamos que é no estado de /não-morte/ que o transe se efetua; o médium afasta seu espírito e recebe um outro que se manifesta através de seu corpo.
Estes dois percursos correlatos nos mostram que o transe implica o corpo de um médium e um espírito outro que o seu. Antes de ilustrá-los sobrepostos, tomemos cada percurso separadamente:
 
 
 

Percurso de S1  Percurso de S2
VIDA MORTE  VIDA MORTE

 
NÃO-MORTE NÃO-          VIDA  NÃO-MORTE NÃO-VIDA
 
F (S1) ? [(S2 ? Os ? S1) ? (S2 ? Os ? S1)]
 HUMANO
VIDA  MORTE
?
NÃO-MORTE S1 + S2 NÃO-VIDA
E + C
?
VIDA  MORTE
 ESPÍRITO

 Verificamos, no transe, a existência de um ritmo parabiológico que é demonstrado pelas evidências da presença do espírito possuindo o médium. Neste tipo de ritmo, a dicotomia estático-dinâmico atua em concomitância através dos procedimentos somáticos tais como:
a) movimentos exteriorizados: por um leve estremecimento do corpo, respiração desmedida, alterada;

b) imobilidade exteriorizada: pela estaticidade do olhar perdido ao infinito ou, de uma certa forma, paralizado no indivíduo, no momento do transe.
 Trata-se da identificação primeira da presença de uma paranormalidade que será concretizada por intermédio das manifestações mediúnicas posteriores, a saber: as premonições, as previsões, o poder de cura, etc.

ANTES DURANTE DEPOIS
Olhar dinâmico Olhos fechados Olhar estático
Postura normal Corpo paralizado Postura não normal
/não espírito/ (Tensão) /espírito/

Em alguns médiuns o transe é intencional e feito por invocação. Porém, em muitos centros de umbanda, os médiuns são possuídos pelos espíritos, involuntariamente.
 O estado de contração somática representa uma tentativa de paralização dos movimentos freqüentemente exteriorizados pelo médium contra uma forte tensão interior, identificando a instância em que acontece o transe que tem o poder de desencadear a transição entre a vida e a morte humanas.

NOTAS
 1 - GREIMAS, A.J., MAUPASSANT, La Sémiotique du texte, Paris, ed. Du Seuil, 1976,  p. 155.
2 - Idem. p.25.
3 - Idem. p.35.
4 - Signo adotado por Greimas para marcar a aproximação. In MAUPASSANT, Paris, ed. Du Seuil, 1976,  p. 27.
5 - Cf. GREIMAS, A.J., MAUPASSANT, Paris, ed. Du Seuil, 1976, p. 62.

BIBLIOGRAFIA

CHEVALIER, J. – GHEERBRANT,A. Dictionnaire des Symboles. Paris, Ed. Robert Laffont / Jupiter, l982.
D’Ávila, N.R. – Approche Sémiotique du Fait Musical Brésilien Batucada. thèse de doctorat – Sorbonne – Paris III – 1987.
SANTANA Jr., S. Contribution à une Analyse Sémiotique du Culte Brésilien Umbanda. Thèse de doctorat-Sorbonne-Paris III, l985.
GREIMAS, A. J. et COURTÉS, J. Dictionnaire Raisonné de La Théorie du Langage. Paris, Hachette,l979.
GREIMAS, A. J. Maupassant. Paris, Ed. Du Seuil, l976.
ROUGET, G. Musique et Transe. Paris, Ed. Gallimard, 1980.
_____________. Du Sens II . Paris – Ed. Du Seuil, l983.
VERGER, P. F. Orisha, Paris, Ed. A. M. Métailié,l982.