OS
TUPINISMOS COMO FORMA DE SÁTIRA
EM GREGÓRIO DE MATTOS E GUERRA
Ruy Magalhães de Araujo (UERJ)
A veia satírica de Gregório de Mattos e Guerra não
se fez pulsar apenas através da linguagem peculiar ao barroco literário.
Também se fez sentir pelo emprego de palavras originárias
do tupi, com as quais o bardo baiano assacou ataques e críticas
mordazes a todo um sistema político, soci-al, econômico, jurídico,
religioso, ideológico, que formava o Brasil-Colônia do século
XVII.
Gregório de Mattos usou a poesia como açoite e fustigou
o desman-do dos reinóis, a homossexualidade dos governadores, a
sodomia dos pa-dres, a fornicação das freiras, a violência
dos militares, a falsa nobreza, a burguesia pretensiosa, os comerciantes
desonestos, os exploradores da cre-dulidade pública, os que escravizavam
os indefesos, a perversidade dos poderosos contra índios e negros.
As palavras tupis foram igualmente usadas por causa de seus riquís-simos
recursos fônicos. E isto serviu para que o poeta realizasse efeitos
lúdicos extravagantes com requintado humor em nível de rimas
ou lançando mão de efeitos rítmicos dos próprios
poemas.
O que se irá seguir constitui um pequeno acervo de vocábulos
tupis extraídos de fragmentos dessas poesias, vocábulos esses
que serviram de referência ao lexicógrafo Antônio de
Morais Silva, quando nos deu a lume a sua monumental obra: Dicionário
da Língua Portuguesa, de acordo com Araripe Jr: Gregório
de Matos, in: Obra Crítica. Rio de Janeiro: MEC/FCRB, 1960, vol.
II, p. 476.
Como base, seguiremos as obras de James Amado: Gregório de Matos.
Obra Poética. Rio de Janeiro: Record, 2 volumes, 1990, e José
Mi-guel Wisnik: Poemas Esscolhidos de Gregório de Matos. São
Paulo: Cul-trix, 1975.
Selecionadas as palavras, daremos a elas a respectiva classe, a eti-mologia,
sua significação e localização no texto
poético.
Abaeté
[Do tupi a’ba, ‘homem’ + e’té, ‘feio’, ‘mal,’, ‘cruel’, ‘repelente’,
‘medonho’.] S.m. Bras. Homem feio, repulsivo. ?? Família, gente
feia, hor-renda, repulsiva, repugnante. 2º el. comp. também
apresenta a 2ª vogal fechada: e’tê: abaetê, ‘real, ‘positivo’;
‘abalizado’, ‘honrado’; ‘verdadeiro’ .
De Paiaiá virou-se em Abaeté
(JA, OP., vol. I, p. 641, Record)
Acu
S.m. Bras. [Do tupi, ‘quentura’, ‘calor’, ‘ardência’] No texto,
designa lugar, localidade.
Que sem ser do Pequim, por ser do Acu,
(JMW, PE, p. 101, Cultrix)
Encontramos em James Amado a forma Açu. Originário do
tupi, o termo apresenta duas vertentes: gwa’su, adj. 2 g. Bras. Grande,
considerá-vel; e wa’su, top. el. comp. também indicativo
da idéia de grande, vasto, considerável, alterando-se em
oçu, uçu, uauçu e guaçu, de acordo com a gama
de temas com que se combina.
Que sem ser do Pequim, por ser do Açu,
(JA, Op. cit., vol. I, p. 641)
Aipi
[Do tupi ai’pi.] S.m. O mesmo que aipim
Com uma raiz de aipi
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Caiaganga
[Do tupi kaia’kanga.] S.m. Bras. Espécie de polvo, (Octopus
vulga-ris). Também é conhecido como caiacanga.
Guaiamu e Caiaganga,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Caju
[Do tupi aká, ‘chifre’, ‘ponta’, ‘esporão’, e yu, ‘amarelo’,
‘o fruto amarelo’.] (Anacardium occidentale, L.) S. m. Bras. Pedicelo
tuberizado comestível, do fruto do cajueiro. ?? Ano de existência.
No texto, com a primeira acepção.
Mingau de puba, vinho de caju
(JMW, Op. cit., p. 100)
Camboatá
[Do tupi kabua’tá.] S.f. Bras. Designação da vários
peixes argiídeos, que habitam as águas doces. No texto, apelido
de uma cunhã, i. e., mulher jovem, no tupi.
Minha bela Camboatá
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Cará
[Do tupi ka’rá.] S. m. Bras. Designação comum
de várias espécies da família das dioscoráceas,
possuindo tubérculos comestíveis e das quais algumas dessas
espécies servem para ornamentação. Var. acará.
Dize a Betica que quando /
buscava, que lhe mandar, /
um só cará pude achar, /
que por ser cará lho mando.
(JA, Op. cit., vol. II, p. 735)
Jocosamente, formou–se um palavrão no último verso, que
emerge de uma leitura atenta.
Caramuru
[Do tupi, mas de origem muito controvertida.] S. m. Apelido de Dio-go
Álvares Correia (+1557), colonizador português. Em 1510, naufragou
no litoral da Bahia, onde se fixou. Muito ajudou Tomé de Sousa e
os padres jesuítas no estabelecimentos dos primeiros núcleos
de ensino, graças a seu bom relacionamento com os tupinambás.
Casou–se com a índia Paraguaçu, filha de um cacique da mesma
tribo. Por oportunas, transcrevemos as pala-vras de Teodoro Sampaio, citadas
por J. P. Machado:
Os primeiros historiadores ou cronistas deram–lhe por significado –
dragão saído do mar ou homem de fogo. Se o apelido bárbaro
não está alterado, é o mesmo que moréia , espécie
de cobra marinha (Lepidosiren paradoxa); se, porém, está
corrupto, pode vir de caray–muru, que se tra-duz – o homem branco molhado,
ou fig. o náufrago, o branco que deu à costa.
(José Pedro Machado, Dicionário Etimológi-co da
Língua Portuguesa. Lisboa: Confluên-cia, [s.d.], p. 503).
Mui prezado de ser Caramuru,
(JMW, Op. cit., p. 100)
Carimá
[Do tupi kari’mã, ‘farinha de mandioca seca e fina’.] S. f.
e m. Bras. O mesmo que carimã. (...) bolo feito de mandioca–doce,
i. e., posta de mo-lho, utilizada para mingau. (JMW. Op. cit. P. 100).
Adj. 2g. Diz–se do bovino de pelos brancos e alaranjados. No texto, usado
satiricamente com relação à pseunobreza da Bahia,
que se dizia branca.
A linha feminina é Carimá
(JMW, Op. cit., p. 100)
Cobé
S.m. (...) palavra que Gregório empregava para designar os descen-dentes
dos indígenas, pois no seu tempo o termo tupi não estava
generali-zado. (JMW, Op. cit. P. 100)
Cuja filha Cobé, c’um branco Paí
(JMW, Op. cit., p. 100)
Cobepá
S. m. Subentenda–se: dialeto falado pelo tribo cobé.
Cujo torpe idioma é Cobepá?
(JMW, Op. cit., p. 100)
Cuiambuca
[Do tupi kuiã’buka] S. F. Bras. Cumbuca.
A negra testa
de cuiambuca
(JA, Op. cit., vol. II, p. 846)
Cumari
[Do tupi kuma’ri.] S. m. Bras. O mesmo que cumarim, planta sola-nácea,
espécie de pimenteira (Capsicum frutescens, Ln.) ??Espécie
de pal-meira (Astrocaryum vulgare, M.), cujas folhas se usam na fabricação
de esteiras, cestos, redes e outros utensílios. Também se
chama tucumã.
Minha rica Cumari,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Cururupeba
[Do tupi kuru’ru, ‘sapo’ e pewa, ‘chato.] S. m. Espécie
de sapo muito repelente e medonho de dorso achatado. Também o nome
do diabo, entre as tribos indígenas. No texto, empregado sarcasticamente.
Cururupeba afamado,
(JA, Op. cit., vol. I, p. 465)
Guiamu
Subentenda–se guaiamum, [do tupi waia’mu.] S. m. Espécie de
ca-ranguejo, da família dos gecarcinídeos (Cardisona guanhumi,
Latr.) Tem a coloração azul–escuro e vive em lugares lamaçentos,
à beira–mar, dentro de tocas feitas por ele mesmo. Var. e
sinôn. guaiamum, goiamum, goiamu, funbanba, caranguejo–mulato–da–terra.
Guiamu, e Caiaganga,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Imbé
[Do tupi im’bé, ‘trepadeira’.] S. m. Bras. Designação
de um tipo de cipó da família das aráceas (Philodendron
imbé, Schott.)
e enfiado num imbé
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Inhapupê
[Do tupi.] S. m. Bras. O mesmo que inambu, i. e., nome de várias
es-pécies de aves tinamídeas, de modo especial as que pertencem
aos gêneros Tinanus Lath. E Crypturellus Brab & Chub. Também
se chama nhambu, inhambu, inabu, nambu e poranga.
Bagre, timbó, Inhapupê.
(JA, Op. cit. Vol. II, p. 864)
Jacaracanga
[Do tupi yakaré–akanga, ‘a cabeça do jacaré’.
Também yakaré–kan-ga, ‘a ossada do jacaré.] No texto,
provavelmente alguma localidade referi-da pelo poeta.
Que são de Jacaracanga
(JA, Op. cit. Vol. II, p. 864)
Jucurutu
[Do tupi yakuru’tu.] S. m. Bras. Ave bubonídea (Bubo virginianus,
Vieill.), mais conhecida como mocho–orelhudo, coruja–orelhuda, corujão–orelhudo.
Andou qual jucurutu,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 851)
Jaratacaca(s)
[Do tupi yarata’kaka.] S. f. Bras. Pequeno carnívoro da família
dos mustelídeos (Conepatus suffocans, Illiger), cujo aparelho defensivo
produz e lança um líquido repulsivamente fético (sulfidrato
de metila). Var. Jari-tataca, jaratataca, jeritataca, jaguaritaca, jaguacaca,
iritataca, maritataca, maratataca, maritafede, gambá e cangambá.
Como dous Jaratatacas
(JA, Op. cit., vol. II, p. 863)
Jiquitaia
[Do tupi yiki’tai, ‘sal picante’.] S.f. Bras. Pimenta malagueta (Capsi-cum
baccatum, L. e C, pedulatum, Vell.), várias vezes moída até
reduzir–se a pó. ?? Molho de pimenta. ?? Diz–se de qualquer molho
picante. ?? Espécie de formiga. ?? Formiga–de–fogo; formiga–de–defunto;
formiga lava–pé. No texto, com a primeira acepção.
quis pôr–vos de jiquitaia.
(JA, Op. cit., vol. II, p. 740)
Manipuba
S. f. Provavelmente, manipueira, [de manupuera, var. de manucue-ra<
tupi maniku’era.] Líquido muito venenoso da mandioca ralada e escor-rida.
a manipuba me fessa.
(JA, Op. cit. Vol. II, p. 1986)
Mangará
[Do tupi mãga’rá.] S. m. Bras. Bolbo de onde nascem determinadas
plantas. ?? Ponta terminal da inflorescência da bananeira. No texto,
com a última acepção.
E mais roxo o nariz, que um mangará?
(JA, Op. cit., vol. II, p. 1113)
Miraró
[Do tupi miroi’ró.] S. m. Bras. Subentenda–se miroró,
designação comum a várias espécies de peixes
muranídeos, dentre os quais o caramuru. Var. mororó e tororó.
vos mandara um miraró.
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Murici
[Do tupi muri’ci..] S. m. Bras. Gênero de árvores e arbustos
da famí-lia das malpighiáceas. ?? Planta dessa família
(Byrsonina sericea, D.C.), que produz frutos drupáceos do mesmo
nome, de polpa comestível, encontrada em abundância pelos
cerrados.
Samburá de Murici:
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Paí
S. m. O mesmo que cacique. No texto, empregado ironicamente.
Cuja filha Cobé, c’um branco Paí
(JMW, Op. cit., p. 100)
Paiaiá
S. m. O mesmo que pajé, chefe espiritual, médico–feiticeiro,
sacer-dote e profeta entre os índios.
Há coisa como ver um Paiaiá
(JMW, Op. cit., p. 100)
Passé
S. m. Bras. Pertencente ou relativo à tribo dos índios
passés, do ramo aruaque.
Vos envio de Passé,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Piaçaba
[De origem tupi] S. f. Bras. Denominação comum a duas
espécies de palmeiras (Attalea funifera, M., também conhecida
como coqueiro–de–piaçaba, e Leolpoldinia piassaba, Wal.) Sua fibra
é largamente empregada no fabrico de vassouras. Var. piaçava
e piaçá.
A um peças de piaçaba,
(JA, Op. cit. Vol II, p. 1080)
Pindoba
[Do tupi pi’dob.] S. F. Bras. Espécie de palmeira de belo porte
(Attalea compta, M.) ?? Tecido produzido da palha dessa palmeira. ?? A
noz dessa palmeira. Var. Pindova. No texto, com o segundo significado.
Um calção de pindoba, a meia zorra,
(JMW, Op. cit., p. 102)
Pirajá
De acordo com Antenor Nascentes, (...) do tupi pi’ra, ‘peixe’ e ya,
‘capaz’, capaz de peixe, ‘viveiro de peixes. (Antenor Nascentes. Dicionário
Etimilógico da Línga Portuguesa. Rio de Janeiro: Acadêmica,
1952–55, 2º volume, p. 244). Já outros etimologistas
consideram uma forma aglutinada da expressão para já, com
dissimilação, referindo–se a iminente temporal, com ventania.
Top. Designação primitiva do esteiro próximo a Itapagipe
(BA). S. m. Também sobrenome de origem geográfica. No texto,
subenten-da–se: originário de Pirajá.
Pisado num pilão de Pirajá.
(JMW, Op. cit., p. 100)
Putiú
S. m. Bras. Subentenda–se pitiú, [do tupi piti’u], i. e., cheiro
forte e desagradável, peculiar ao pescado.
putiú, catinga, e pez.
(JÁ, Op. cit., vol. II, p. 1088)
Quatimondé
S. m. Bras. Subentenda–se quantimundé, [do tupi akwa’ti, ‘quati’
e mõ’dé, “armadilha’.] Designaação dada aos
quatis, em geral machos, maio-res e mais velhos, que vivem desgarrados
do bando. Var. quatimundéu.
Encontrei Quatimondé
(JA, Op. cit., vol. II, p. 863)
Samburá
[Do tupi] S. m. Bras. Cesto de cipó e/ou de taquara, largo,
de boca estreita, destinado a recolher pescados em geral.
Samburá de Murici:
(JÁ, Op. Cit. Vol. II, p. 864)
Surucucu(s)
[Do tupi suruku’ku.] S. f. Bras. Espécie de cobra peçonhenta
da fa-mília dos viperídeos (Lachesis mutus, L), existente
nos baixios e alagados. Var. jararacuçu. Outras denominações:
surucucu–pico–de–jaca, surucucu-tinga ou surucutinga.
eis que dous surucucus
(JÁ, Op. cit., vol. II, p. 863)
Sururu(s)
[Do tupi suru’ru.] S. m. Bras. Molusco bivalve, da família dos
miti-lídeos, variação de Mytella falcata (Orbig.),
comestível e localizado na lama das lagoas; mexilhão. ??
Planta tiliácea (Mallia lepidota, Spr.) Fig. Festejos estudantis.
?? Confusão, desordem, motim, rolo, pancadaria, briga de conse-qüências
danosas. ? ? Chul. As partes pudendas da mulher.
um cofo de Sururus,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Taoca
[Do tupi ta’oka.] S. f. Bras. Espécie de formiga, também
chamada formiga–correição, cuja mandíbula é
muito desenvolvida.
Poderá ter focinho de Taoca,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 840)
Tapiti
[Do tupi tapii’ti.] S. m. Bras. Cesto em forma de cilindro, textura
de palha, em que se deposita a mandioca a ser espremida. Var. tapitim.
De massa um tapiti,
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Taquara
[Do tupi ta’kwar.] S. f. Bras. Designação comum a várias
espécies de bambu. O mesmo que taboca. ?? Ave monotídea,
muito comum no norte do Brasil, e também conhecida como galo–do–mato,
pirapiá, jeruva, juruva e jiriba. No texto, com a primeira acepção.
Em lugar de cotó, arco e taquara,
(JMW, Op. cit., p. 102)
Taraíra(as)
S. F. Bras. Subentenda–se traíra, [do tupi tare’ira.], peixe
teleósteo, da família dos coracídeos (Hoplias malabaricus,
Bloch), em abundância no Brasil. Sinôn. dorme–dorme, maiuraqué,
robafo, rubafo.
Das taraíras frias,
(JMW, Op. cit., p. 143)
Em James Amado:
Ás taraíras frias,
(JÁ, Op. cit., vol. II, p. 912)
Teiús
[Do tupi te’yu, ‘comida de gentalha.] S. m. Bras. Grande lagarto da
família dos teiídeos (Tupinambis tequixim, L), existente
em grande quanti-dade pelo Brasil. Var. teju, tejuaçu ou teiú–açu.
?? Planta da família das euforbiáceas, (Jaropha lacerti).
No texto, com a primeira acepção.
Tragando treze Teiús:
(JA, Op. cit., vol. II, p. 863)
Timbó
[Do tupi tî’bó, ‘o que tem cor branca ou cinzenta; ‘vapor’,
‘exalação, ‘fumaça’.] S. m. Bras. Denominação
comum de plantas leguminosas e sa-pindáceas que, por suas propriedades
entorpecentes, são usadas para pescar e induzem aos peixes efeitos
narcóticos. Fig. Pleb. Lassidão, entorpeci-mento dos membros,
moleza.
Bagre, timbó, Inhapupê.
(JA, Op. cit., vol. II, p. 864)
Titara
[Do tupi ti’tara.] S. m. Bras. O mesmo que jacitara, i. e., espécie
de palmeira. Fig. Tala.
O Pai, que lho envazou cuma titara,
(JA, Op. cit., vol. I, p. 641)
Urupema
[Do tupi urú, ‘cesto’ e pema (por peb, ‘chato’, ‘raso’.] S.
f. Bras. Es-pécie de utensílio feito de palha de cana brava
ou uruba, destinado a penei-rar a farinha de mandioca. P. ext. vedação
de janelas, paredes e teto com esteira idêntica à urupema.
Var. urupemba, gurupema, jurupema, urumbe-ba. No texto, fig. subentenda–se
cobertura de palha.
debaixo de uma urupema
(JA, Op. cit., vol. I, p. 587)
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