Ano 10 - No – 48 Rio de Janeiro, jan-fev de 2006. |
Primeiro número de 2006. Acabaram-se as férias e agora toca a trabalhar. Estudar e pesquisar. O Filólogo de Plantão continua à disposição de todos os estudiosos das Ciências da Linguagem para informar a aprender. Comuniquem-se. Todos os números estão disponíveis para consulta e cópia em
www.filologia.org.br, onde também podem informar-se dos eventos do CiFEFiL, assim como de atividades afins. Ali também podem ler ou baixar qualquer número da Revista Philologus, das Atas dos Congressos Nacionais de Lingüística e Filologia e muito mais. Alguns desses eventos são noticiados aqui. Bom carnaval e bom ano letivo para todos!lnuvztsvstsvztsvztsvztsvztsvztsvztsvzvztsvvztsvunl
Eventos DE 2006
v jornada nacional de filologia Terá lugar no dia 04 de abril de 2006 a V Jornada Nacional de Filologia, das 15 às 21 horas, no Teatro de Ipanema da Universidade da Cidade, no Rio de Janeiro. Coordenação da Profa. Dra. Delia Cambeiro e do Prof. Dr. José Pereira da Silva. Já está disponível a programação. Os textos resultantes serão publicados no número 34 da Revista Philologus e estarão disponíveis também em www.filologia.org.br/vjonafil Os participantes pagarão uma taxa de R$ 10,00 e receberão uma pasta e um certificado. x congresso
nacional de lingüística e Filologia Terá lugar no Instituto de Leras da UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524, 11o andar, Maracanã, local onde tem sido realizado nos últimos anos, o X Congresso Nacional de Lingüística e Filologia (X CNLF), nos dias 21 a 25 de agosto de 2006. (Segue) ############### |
Dólmen de Axeitos. Monumento pré-histórico de uns 5000 anos a. C. Encontra-se no município de Ribeira, Galiza (Espanha) e é um dos atestados da presença dos celtas no noroeste da Península Ibérica. ************************ Embora pareça que falta muito tempo,
já estão abertas as inscrições para todos, mas, principalmente, para os que
vão apresentar trabalhos em qualquer das suas modalidades, pois a Comissão
Organizadora tem que elaborar a programação e confeccionar o Livro de
Resumos, que será entregue aos inscritos já no primeiro dia do evento. |
iV congresso
brasileiro de Hispanistas Será realizado na UERJ (Rio de Janeiro), nos dias 3 a 6 de
setembro de 2006 o IV Congresso Brasileiro de Hispanistas. 91 universala kongreso de esperanto Será realizado na cidade de Florença (Itália) nos dias 29 de
julho a 05 de agosto de 2006 o 91o Congresso Universal de Esperanto. Já
estão inscritos cerca de 2000 participantes de pelos menos 50 paises.
41 congresso brasileiro de esperanto Terá lugar em Campinas (SP) nos dias 15 a 19 de julho de 2006
o 41o Congresso Brasileiro de Esperanto. |
antenor nascentes
Um dos mais notáveis filólogos brasileiros é o homenageado do X Congresso Nacional de Lingüística e Filologia (X CNLF), a ser realizado na UERJ de 21 a 25 de agosto de 2006. Trata-se de Antenor de Veras Nascentes. Rio de Janeiro (1886-1972). Professor de Espanhol no tradicional Colégio Pedro II, destacou-se por sua dedicação à filologia, principalmente em língua portuguesa. Sua bibliografia é vasta e diversificada. Citamos somente algumas de suas obras: O linguajar carioca (1922), O idioma nacional na escola secundária (1936), Gíria brasileira (1953), Elementos de Filologia Românica, (1954), Gramática da língua espanhola, 5a ed. (1943), Antologia espanhola e hispano-americana, 2a ed. (1945), Dicionário etimológico da língua portuguesa (1955).
medalha isidoro de sevilha
Por ocasião da realização da V Jornada Nacional de Filologia, 04/04/06, no Teatro da UniverCidade, serão entregues os prêmios Medalha Isidoro de Sevilha 2005 aos agraciados desse ano. Este prêmio, que leva o nome do patrono do CiFEFiL, Santo Isidoro de Sevilha, é atribuído aos três que mais se destacam cada ano em publicações filológicas e/ou lingüísticas, a critério da Comissão Julgadora do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos. No ano de 2005, os premiados foram os professores doutores Emmanuel Maria da Santíssima Trindade José dos Santos, Flora Simonette Coelho e Leodegário
Amarante de Azevedo Filho.
Recebam os parabéns de O Filólogo de Plantão.
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os celtas Os celtas eram povos que falavam línguas indo-européias e que surgiram na Europa Central no II milênio a. C., na época do Bronze tardio. Eles expandiram-se pelo continente e foram os introdutores do ferro na Europa, no I milênio a. C. Como entidades independentes perpetuaram-se na Irlanda até o séc. XVII de nossa era. Suas origens são complexas e controvertidas. São citados pela primeira vez ao comerciar com gregos e etruscos no séc. VII a. C. Conquistaram a Gália e parte da Espanha, onde se mesclaram aos iberos, ori-ginando o povo celtibero. Ocuparam boa parte da Europa Central, as Ilhas Britânicas e o norte da Itália, onde saquearam Roma em 390 a. C. No séc. II a. C., a hegemonia celta, que se mantinha na Europa Central desde o séc. V a. C., cedeu lugar, aos poucos, à dos povos de línguas germânicas e depois os romanos os derrotaram na Gália Cisalpina (192 a. C.). Houve resistência aos romanos, em muitos lugares, entre eles, em Numância, na Espanha, e na Provença, na França, mas no séc. I a. C., César conquistou a Gália e Cláudio, a Bretanha. As línguas célticas possuem dois troncos, ambos do grupo centum[1]: o celta-Q, ou goidélico, mais antigo, de onde se derivam o irlandês, o gaélico da Escócia e o dialeto da Ilha de Man; e o celta-P, ou galo-britânico, língua dos gauleses e dos habitantes da Bretanha, cujos descendentes ainda falados são o galês, no País de Gales e o bretão, na França. Gálatas eram chamados os celtas que passaram ao oriente. Em 279 a. C., os gregos chamaram gálatas aos celtas que ameaçaram o santuário de Apolo, em Delfos. Posteriormente, o historiador Políbio empregou o nome de celtas ou gálatas para indicar os celtas cisalpinos celtas trasalpinos. O país onde melhor se conservam tradições de origem celta é a Irlanda. O País de Gales e a Cornualha no Reino Unido e a Bretanha na França também se identificam com a cultura celta. Na Galiza e no norte de Portugal sobrevivem tradições celtas, algumas adotadas posteriormente pela Igreja Católica como o Dia de Todos os Santos e de Finados, assim como diversos monumentos megalíticos pré-históricos como dólmens, menires e mámoas, estas eram dedicadas a sepulturas. Os celtas eram originariamente de raça ariana. Não possuíam escrita pelo confiavam tudo à tradição oral. O que se sabe deles deve-se quase todo ao que foi escrito por gregos e romanos. O léxico galego conserva vários vocábulos celtas, mas onde se podem respigar mais elementos celtas ou célticos é na toponímia da antiga Galécia, divisão romana na Península Ibérica que compreendia a Galiza e norte de Portugal. Os celtas eram politeístas e seus sacerdotes eram chamados druidas[2] e exerciam grande influência na sociedade. ----------------------------------------------- Não deixe de ler na Revista Philologus 30 e 31 o texto do Prof. João Bittencourt de Oliveira intitulado O bretão: o último rebento céltico no continente europeu (I e II). Trata-se de um estudo aprofundado da situação do bretão nos dias de hoje. |