Ano 10 - No – 50 Rio de Janeiro, maio-jun de 2006.

Chegamos ao número 50, mas demoramos muito. Queremos demorar menos nos próximos números. Gostaríamos de receber sugestões. Os dados estão sempre na segunda página. Os números anteriores, assim como tudo o que há de importante sobre Filologia e Lingüística, principalmente sobre língua portuguesa, encontram-se em www.filologia.org.br. Consultem sempre!

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 PRÓXIMOS EVENTOS

III Congresso de Letras da UERJ
(De 16 a 20 de outubro de 2006)

Inscrições e informações:
http://www2uerj/~ffp/iiicluerj_sg/~cluerj_sg.htm

Local:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Formação de Professores
Rua Francisco Portela, 794
São Gonçalo-RJ

CEP: 24.435.005

Tel. (21)2604-3232 – R. 221
e-mail: delffp@uerj.br

Gaita galega. Instrumento do folclore galego e asturiano. A gaita galega difere um pouco da gaita escocesa, porém ambas provêm da cornamusa, que já existia antes do império romano.

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I Jornada Nacional de Lingüística e Filologia da Língua portuguesa
(Domingo, dia 5 de novembro de 2006)

Sede acadêmica no Departamento de Letras da FFP (UERJ), com o apoio de diversas faculdades e institutos de Letras (www.filologia.org.br/ijnlfp)

Caso seu departamento tenha interesse em sediar uma sessão do evento, entre em contato conosco: jornada@filologia.org.br

I Colóquio Internacional de Análise do discurso

UFSCar – São Paulo – SP
(25-27 de outubro de 2006)
www.ppgl.ufscar.br

CiFEFiL

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos

 

Rua São Francisco Xavier, 512/97

Mangueira

20943-000 – Rio de Janeiro --RJ

pereira@uerj.br - (21) 2569-0276

www.filologia.org.br

 

Diretor-Presidente:

José Pereira da Silva

Vice-Diretora Cultural:

Ilma Nogueira da Motta

Primeira Secretária:

Délia Cambeiro Praça

Segundo Secretário:

Álvaro Alfredo Bragança Júnior

Diretor Cultural:

Bruno Fregni Bassetto

Vice-Diretora Cultural:

Ilma Nogueira Motta

Diretora de Relações Públicas:

Valdênia Teixeira de Oliveira Pinto

Vice-Diretora de Relações Públicas:

Maria Lucília Ruy

Diretora Financeira:

Cristina Alves de Brito

Diretor de Publicações:

Amós Coêlho da Silva

Vice-Diretor de Publicações:

Vito César de Oliveira Manzolillo

Domínio do CiFEFiL

www.filologia.org.br


 

O FILÓLOGO DE PLANTÃO

Redator:

Alfredo Maceira Rodríguez

Rua Brasilina, 34/204

21350-060 – Cascadura – Rio de Janeiro – RJ

Tel.: (21) 2593-1960

e-mail: alfredo.ntg@terra.com.br

home page:

www.filologia.org.br/alfredo

 

Conceito do correto e incorreto na linguagem

R. F. Mansur Guérios

(Parte final)

A maioria dos gramáticos e dos filólogos tradicionalistas confundem feiosamente o uso oral com o escrito, aí incluso o literário. Desconhecendo a dupla teleologia da linguagem, querem impor as normas da modalidade literária, compendiadas na gramática, à modalidade oral, de natureza fundamentalmente diferente daquela.

Já se viu como são os escritores, e acrescento que eles também sofrem as influências da linguagem oral do tempo e do espaço em que vivem, e apesar disso podem-se deparar ainda, numa única página de um autor, o passado, o presente e o problemático futuro?

Pelo consenso unânime dos críticos, dos filólogos e gramáticos, os melhores escritores ou os clássicos são aqueles que satisfazem plenamente a todas as exigências dos predicados estilísticos. Embora não haja, entre os críticos, perfeita concordância quanto a esses predicados, estão, contudo, concordes nos principais – correção, clareza, propriedade, harmonia.

Não obstante, nem todos os clássicos satisfazem plenamente a todas essas qualidades ou a outras. E, por isto, os críticos nem sempre tem a mesma opinião com respeito a cada escritor; nem sempre os colocam na mesma categoria dos mestres da vernaculidade.

Se o autor tem predileção especial para com as obras antigas, os seus escritos podem pejar-se de arcaísmos. Se for o conhecedor profundo das obras de alguém, pode-se, então, ter renovado, transferido esse escritor predileto.

Apesar de a linguagem literária ser dependente da escrita, importando isso em conservadorismo, em arcaicidade, ela sofre inelutavelmente influxos da linguagem oral. Daqui se deduz que os escritores de uma época estão sujeitos à modalidade oral dessa época.

E como a linguagem falada não é a mesma dentro de um mesmo território, os escritores sofrem os influxos do seu meio geográfico.

De tudo se conclui: - Não há uniformidade na linguagem literária, e, portanto, a autoridade dos escritores, quando muito, pode servir de critério da correção para a própria linguagem literária, mas sempre a ressalvar o estilo do escritor ou a sua idiossincracia, e de nenhum modo pretenda servir de critério para a linguagem falada.

E a autoridade dos gramáticos e filólogos?

Em vista de os gramáticos e filólogos recolherem dos escritores os fatos ou lições de vernacularidade, apresentado-os de modo sintético e metódico, o seu critério é, em última análise, o mesmo da autoridade dos escritores.

Recapitulando e concluindo:

1º ) Há duas linguagens de finalidades diferentes - linguagem falada e escrita, inclusa a literária; portanto, há dois usos.

2º) Nesses usos é em que se deve assentar o critério da correção.

3º) Na linguagem oral das pessoas incultas, o correto é o que é claro, e o incorreto é o que é obscuro.

4º) Na linguagem falada das pessoas cultas, o que é correto é o que, além de claro, satisfaz o máximo número do meio geofísico e social onde vivem essas pessoas cultas.

5º) Na linguagem literária, é correto o que atende ao uso tradicional da mesma, e incorreto o desvio da tradição. Apesar disso, não é possível estabelecer em conceitos inflexíveis o correto e o incorreto na linguagem literária, visto predominar aqui o lado individual, e, portanto, arbitrário. Donde, as sanções que se poderiam aplicar aos infratores, se às vezes são da mesma natureza da linguagem oral, outras vezes são completamente diferentes, dependendo do consenso dos críticos. Contudo, há os que não reconhecem ou não admitem qualquer sanção no âmbito literário, porque não reconhecem nele nenhuma incorreção. Ou, admitindo incorreções, segundo o critério tradicional, classificam-nas, todavia, como fatos estilísticos.

GUÉRIOS, R F. Mansur. Conceito do correto e do incorreto na linguagem. In: Estudos Filológicos (Homenagem a Serafim da Silva Neto). (P.221-229). Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1967.

Alguns eventos do CIFEFIL 2007

1º (Dependendo do interesse):

I Semana Nacional de Crítica e Edição de Textos

2º (Já confirmado):

XI Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos

De 2 a 6 de abril de 2007
www.filologia.org.br
Tel. (21) 2569-0276

Tradução ao espanhol

(Por se não tem o no. 49, repetimos aqui o texto)

Um dia de compras no shopping

Chegamos ao shopping e pegamos a escada rolante para o terceiro andar. Ali olhamos as vitrines das lojas de várias mercadorias: roupa, calçado e brinquedos para as crianças. Entramos numa loja de roupa infantil para comprar camisas para os meninos e saias para as meninas, para as festas de São João. Também compramos chapéus de palha. A vendedora mandou-nos ir pagar no balcão. Pagamos com cartão de crédito e fomos a outra loja comprar um celular.

A seguir, fomos à praça da alimentação fazer um lanche. Pedimos sanduíches de queijo e presunto e refrigerantes. As crianças queriam ir ao parque dos brinquedos: andaram no trenzinho, mas ficaram com medo de outros mais perigosos. Assim, demos por encerrado nosso passeio de compras pelo shopping. Descemos pela calçada, entramos no carro e tomamos a estrada para ir para a casa.

 

Un día de compras en el centro comercial

Llegamos al centro comercial y tomamos la escalera rodante para el tercer piso. Allí miramos los escaparates de las tiendas de varias mercancías: de ropa y calzado y de juguetes para los niños. Entramos en una tienda de ropa infantil para comprar camisas para los niños y faldas para las niñas, para las fiestas de San Juan. También compramos sombreros de paja. La dependienta nos mandó ir a pagar al mostrador. Pagamos con tarjeta de crédito y nos fuimos a otra tienda para comprar un teléfono móvil.

Después fuimos a la plaza de alimentación merendar. Pedimos bocadillos de queso y jamón y refrescos. Los niños querían ir al parque de los juguetes: anduvieron en el trencito, pero quedaron con miedo de otros más peligrosos. Así, encerramos nuestro paseo de compras por el centro comercial. Bajamos para la acera, entramos en el coche y tomamos la carretera para ir para casa.