Ano 11 - No – 52 Rio de Janeiro, abr-mai-jun de 2007.

Número dois da segunda fase. Finalmente dentro do programado. Qualquer informação sobre eventos do CiFEFiL, não hesite em consultar www.filologia.org.br. Ali encontrará a seção que lhe interessa. Também pode telefonar para (21) 2569-0276. Para O Filólogo de Plantão conecte alfredo.ntg@terra.com.br ou (21) 2593-1960. Continuaremos noticiando os próximos eventos do CiFEFiL e outros afins do interesse dos estudiosos e dos estudantes de Letras. Mande-nos o evento da sua instituição ou o item que você gostaria de ver publicado.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv

TEATRO AMAZONAS. Construído em Manaus no auge do Ciclo da Borracha. Nele se apresentavam famosas companhias européias e renomados artistas do canto e da dança.

********************************************

 

 

 

Próximos Eventos

 

 

 


XI Congresso Nacional de Lingüística e Filologia

Do dia 27 ao dia 31 de agosto de 2007
Em homenagem ao filólogo Joaquim Mattoso Câmara Jr.
Rua São Francisco Xavier, 524 – 11 andar.
Instituto de Letras da UERJ, Rio de Janeiro (RJ).

Informações:
www.filologia.org.br/xicnlf
Tel.: (21) 2569-0276.



IX Fórum de Estudos Lingüísticos da UERJ (Língua Portuguesa, Educação)

Sob a orientação do Prof. José Pereira.
O Fórum ocorrerá simultaneamente com o
I Colóquio de Semiótica (Mundos Semióticos Possíveis)
Sob a orientação da Professora Darcília Simões.
Nos dias 22 a 26 de outubro de 2007
Informações: www.filologia.org.br/ixfelin


II Semana de Filologia da USP

Universidade de São Paulo – SP
Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
FFLCH/USP – São Paulo - SP
De 7 a 11 de maio de 2007
www.fflch.usp.br/sce_outros_abril/semana_filologia.htm
Público em geral
Palestras e debates
200 vagas
Taxa de inscrição: R$ 30,00
Certificado com pelo menos 85% de freqüência
Contato: 55 – 11 – 3091-4645
E-mail: agenda@usp.br

CiFEFiL

 

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos

 

Rua São Francisco Xavier, 512/97

Mangueira

20943-000 – Rio de Janeiro --RJ

pereira@uerj.br - (21) 2569-0276

www.filologia.org.br

 

Diretor-Presidente:

José Pereira da Silva

Vice-Diretora:

Cristina Alves de Brito

Primeira Secretária:

Délia Cambeiro Praça

Segundo Secretário:

Sérgio Arruda de Moura

Diretor Cultural:

José Mario Botelho

Vice-Diretora Cultural:

Antônio Elias Lima Freitas

Diretor de Publicações:

Amós Coêlho da Silva

Vice-Diretor de Publicações:

Alfredo Maceira Rodríguez

Diretora de Relações Públicas:

Vâldenia Teixeira de Oliveira Pinto

Vice-Diretora de Relações Públicas:

Maria Lúcia Mexias-Simon

Diretora Financeira:

Ilma Nogueira Motta

Vice-Diretora Financeira:

Carmem Lúcia Pereira Praxedes


 

O FILÓLOGO DE PLANTÃO

Redator:

Alfredo Maceira Rodríguez

Rua Brasilina, 34/204

21350-060 – Cascadura – Rio de Janeiro – RJ

Tel.: (21) 2593-1960

e-mail: alfredo.ntg@terra.com.br

home page:

www.filologia.org.br/alfredo

Aquisição da Linguagem

Somente os seres humanos conseguem usar a linguagem articulada na forma de uma língua organizada. Algumas espécies animais conseguem articular sons para comunicar-se, mas só se comunicam para reprodução ou para defesa da espécie. Cita-se muito a organização das formigas e das abelhas, mas elas seguem um instinto ancestral e não conseguem mudar nada do que já fizeram seus ascendentes. Muito diferente é o se passa com os humanos. Também são gregários e também sentem necessidade de comunicar-se, mas não só para a defesa da espécie. Seus interesses podem ser muito mais requintados. A fala é aprendida nos primeiros anos de vida, imitando a pronúncia das pessoas com as quais a criança está em contato.

Nos primeiros meses de vida a criança começa a balbuciar sons sem qualquer significado. Nesse estágio irá identificar os fonemas da língua.

No período de aquisição da linguagem, a criança aprende com bastante facilidade a língua a que está exposta. Ela imita fonologicamente a fala das pessoas do seu entorno. A partir de aproximadamente seis meses de vida, consegue balbuciar algumas palavras que ela considera significativas, mas que ainda não se podem considerar como fala real. Esta começa a ser desenvolvida por volta dos doze meses.

O processo durante o qual a criança aprende a fonologia, o vocabulário e a gramática de sua língua é bastante longo e requer aprendizagem; apesar do progresso parecer rápido. Durante este estágio, a criança imita a fala dos adultos. Depois de conseguir pronunciar algumas palavras, vai aprendendo o seu significado isolado para logo associá-las com o que para ela tem interesse: “Meu pai”, “Cavalo corre”, “Quero doce”, etc.

Por volta dos nove anos pode melhorar sua língua pelo contato mais amplo e pelo estudo, mas o processo de aprendizagem é consciente e mais trabalhoso. Fechou-se o ciclo da aprendizagem infantil. Agora para adquirir uma segunda língua é necessário aprender com interesse e longa dedicação. Quanto mais avançado em idade o aprendiz, mais difícil se torna esta adquisição. Alguns adultos nunca conseguem aprender razoavelmente uma língua diferente da sua. 

 

Algumas frases feitas do galego

 

(Estas frases do galego foram retiradas de um artigo nosso do mesmo título, publicado na Revista Philologus e está disponível em www.filologia.org.br/alfredo.(Textos) Ali há explicações sobre a língua galega e a fraseologia.).

 

Abrir a porta e a arca. (Receber as pessoas com os braços abertos.).

Contarlle a un as costelas. (Estar muito magro.)

Custarlle a bola un pan. (Custar os olhos da cara; custar mais do que se pensava.).

Chamarlle ós pés compañeiros. (Fugir a toda pressa.)

Chegar e bica-lo santo. (Conseguir algo só com intentá-lo; sem esforço nem demora.).

Chorar ás cuncas; chorar coma unha veiga tallada; chorar os sete chorares. (Chorar muito.)

Chorar coma unha Madalena. (Chorar desconsoladamente.)

Nunca choveu que non escampara. (Depois da tormenta vem a bonança; tudo tem remédio.).

Xa choveu dende aquela. (Já passou muita água por baixo da ponte; já passou muito tempo.).

Durmi-la mona. (Dormir a bebedeira.)

Engana-lo demo. (Ser muito experto.).

Andar a máis; andar a paso de can. (Andar com pressa.).

Andar a mal; andar ás malas. (Dar-se mal com alguém, estar de mal.).

Andar coa lúa. (Estar algo doido; ser lunático.).

Andar coa area na zoca. (Andar com a pulga atrás da orelha; andar desconfiado.).

Andar daquela maneira; andar de mes; andar a mal; andar á mala. (Estar menstruada.)

Andar de cacho para cribo. (Andar de ceca em meca; andar dum lugar para outro sem fazer nada.).

Apelar ós pés. (Passar sebo nas canelas; fugir às pressas.).

Aprendeu co demo. (Diz-se de quem só tem habilidade para o mal.)

Arrimarse ó sol que mais quenta. (Servir ao mais poderoso; ficar do lado do vencedor.).

Botar un xerro de auga fría. (Deixar alguém desenganado de alguma coisa.).

Botar bo pelo; botar pelo novo. (Prosperar financeiramente.)

Botarlle os cans a alguén. (Receber mal alguém.).

Buscar cinco pés ó gato. (Tentar a paciência de alguém com risco de irritá-lo.).

Cantabile as corenta a alguén. (Dizer-lhe poucas e boas; adverti-lo severamente.).

Coma se cantase un carro. (Entrar por um ouvido e sair pelo outro; como se nada tivesse sido dito.).

Marchar cantando baixiño. (Sair com o rabo entre as pernas; envergonhado; humilhado.).

Colga-los libros. (Deixar de estudar.).

 

Coller auga nun cesto. (Trabalhar inutilmente.)

Contarlle os pelos a un can. (Perseguir alguém; acusá-lo.).

Ensina-la orella. (Deixar escapar a intenção interesseira por palavras ditas inadvertidamente.).

Estar ó cabo do conto. (Estar bem informado sobre o assunto.).

Estar coma o rei nunha cesta. (Ter muito conforto; estar rodeado de comodidades.).

Estar contento coma un cuco (Estar muito contente.) Estar calado coma na misa. (Estar em silêncio total.).

Ir coma o gato polas ascuas. (Andar com muito cuidado num assunto perigoso.).

Irse da língua. (Não ser capaz de guardar um segredo)

Írselle a alguén o santo ó ceo. (Ficar distraído; esquecer o que se ia fazer ou dizer.).

Ladrarlle á lúa. (Insultar alguém a quem não é afetado pelos insultos.).

Lucirlle o pelo a alguén. (Estar com aparência saudável; estar contente com a marcha de algum negócio.).

Mandar alguén a pedir. (Deixar alguém na miséria.).

Mete-la língua na boca; morde-la língua. (Engolir em seco; conter-se e calar quando se é atacado.).

Meterlle os dedos na boca. (Puxar pela língua a alguém; experimentar alguém para saber sua intenção.).

Mete-la pata. (Dar mancada; interferir num assunto de maneira inoportuna.).

Meterlle algo polos ollos a alguén. (Enganar alguém com facilidade.).

Oír con orellas xordas. (Fingir que não se ouve porque não convém.).

Xa oíu cantar máis de catro cucos. (Já tem muitos anos, já é muito idoso.).

Pasarlle a alguén o sol pola porta. (Deixar escapar uma oportunidade que não volta mais.).

Pedi-la lúa. (Pedir o impossível.).

Non pedir pan para o camiño. (Fugir às pressas.).

Pillar unha mona. (Pegar uma carraspana; embebedar-se.).

O meu can pillou unha lebre. (Acertar em alguma coisa por puro acaso; só acontece uma vez na vida.).

Saí-la cadela can. (Ser enganado, iludido.)

Non saír do rabo de alguén. (Não deixar alguém nem a sol nem a sombra; andar colado a alguém.).

Semellar unha gata parida. (Diz-se da pessoa fraca e extenuada.)

Ser agudo coma o pé de un muíño. (Não ser nada esperto)

Tanto ten Xan coma seu irmán. (Tanto faz um como o outro; nenhum deles é melhor que o outro.).

Tocarlle o santo a alguén. (Bater em alguém; dar-lhe uma surra.).

Tomarlle o pelo a alguén. (Fazer gozação; fazer chacota de alguém.).

De gustibus non est disputandum. De gostos não se deve discutir.  <Gostos não se discutem. <Se todos os gostos fossem iguais, o que seria do amarelo? <Cada um tem seu gosto. =De gustibus non oportet disputare. =De gustibus et coloribus non est disputandum. De gostos e cores não se deve discutir.

www.hkocher.info


CONGRESSOS  DE ESPERANTO

42º Congresso Nacional de Esperanto

Homenagem ao Centenário da Liga Brasileira de Esperanto
Do dia 8 ao dia 13 de julho de 2007
Rio de Janeiro (RJ)
Na UERJ (Rua São Francisco Xavier, 524) será realizada somente a abertura. O restante do Congresso será realizado na SUESC (Praça da República, 50-54).
Informações: www.aerj.org.br
aerjrj@hotmail.com

Tel.: (21) 2240-6119

92º Congresso Universal de Esperanto

Do dia 04 ao dia 11 de agosto de 2007
Yokohama (Japão)
Informações:
http://www.uea.org/kongresoj/uk_2007.html
kongresoj@co.uea.org
Tel.: +31 (0) 10 436 1044

 

 (Cantinho da tradução)

 

Volta às aulas

 

Acabaram-se as férias, as brincadeiras e os jogos com os amigos. Agora os novos amigos são os colegas de aula, só que não se pode brincar muito porque os brinquedos agora são outros: caderno, lápis, caneta, textos de leitura e outros materiais didáticos. Os professores, às vezes, escrevem no quadro-negro com giz. Os alunos podem copiar textos, gráficos e desenhos. Alguns alunos estão sentados em suas carteiras, esperando os alunos novos que estão no gabinete da diretora com as mães para apresentar os papéis. Aqui no térreo estão as salas de português, matemática, geografia, história e outras matérias. No andar de cima estão as salas de línguas estrangeiras, física, química e o laboratório, onde vamos fazer experiências. Temos muito que estudar até as outras férias. Até lá!

(Repetimos aqui o texto por se não tem o número anterior)

 

 

Vuelta a las clases

Se acabaron las vacaciones, las bromas y los juegos con los amigos. Ahora los nuevos amigos son los colegas de sala, pero no se puede jugar mucho porque los juguetes ahora son otros: cuaderno, lápiz, bolígrafo, textos de lectura y otros materiales didácticos. Los profesores, a veces, escriben en el encerado con tiza. Los alumnos pueden copiar textos, gráficos y dibujos. Algunos alumnos están sentados en sus pupitres, esperando los alumnos nuevos que están en el despacho de la directora con sus madres para presentar los papeles. Aquí en el bajo están las aulas de portugués, matemáticas, geografía, historia y otras disciplinas. En el piso de arriba están las aulas de lenguas extranjeras, física, química y el laboratorio, donde vamos hacer experiencias. Tenemos que estudiar mucho hasta las otras vacaciones. ¡Hasta allá!

 

Unificação  da  Língua  Portuguesa
(Enviado por Margarida Castro – Portugal)

Até o final do ano deve entrar em vigor o "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa". Os países-irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste terão, enfim, uma única forma de escrever. As mudanças só vão acontecer porque três dos oito membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ratificaram as regras gramaticais do documento proposto em 1990. Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano passado, em novembro, por São Tomé e Príncipe. Tão logo as regras sejam incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição no qual ministérios da educação, associações e academias de letras, editores e produtores de materiais didáticos recebam as novas regras ortográficas e possam, gradativamente, reimprimir livros, dicionários, etc.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal sejam modificados. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

O que muda.  

As novas normas ortográficas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "húmido" para escrever "úmido". Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como nas palavras "acção", "acto", "adopção", "baptismo”, "óptimo" e "Egipto".

Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças que, a priori, parecem estranhas. As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo” ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo". Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar","ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem","leem" e "veem". O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça","sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio. O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do"w" e do "y" e o acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

Outras duas mudanças: criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos” em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", além da eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"

(Resumo)

Graça Cravinho