Ano 4 - No 20 - Rio de Janeiro, mar-abr de 2000. Publicação bimestral. |
Chegamos
ao número 20, sem qualquer atraso significativo. Não parece muito, mas
para uma publicação que conta apenas, quase exclusivamente, com o
redator, já significa algo. O que nos move a continuar são algumas opiniões elogiosas e o gosto que temos pelos estudos lingüísticos. Não deixem de se manifestar, opinando e colaborando. Todos temos pouco tempo, mas a falta de tempo é muitas vezes uma das muitas desculpas para justificar-nos a nós mesmos, portanto, espero sua participação. Nosso e-mail agora é: alfredo.ntg@terra.com.br e o tel.: (0XX21)-593-1960. Não se esqueçam do IV Congresso Nacional de Lingüística e Filologia, que será realizado na UERJ, de 28 de agosto a 1O de setembro. Vejam informe, a seguir, nesta edição. Contamos com sua participação. Acorram em massa! |
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Opiniões
sobre dicionários Samuel Johnson (1709-1784) “A vida é nosso dicionário. Os anos foram bem gastos quando os demos aos trabalhos de campo, ou a comércio, às manufaturas, às relações sinceras com grande número de homens e mulheres... isto com o único fim de apreender em todas as suas realidades uma linguagem capaz de ilustrar e de encarnar as nossas percepções. A pobreza ou a riqueza do discurso de quem fala me ensina imediatamente em que medida ele viveu.” Emerson (1803-1882) |
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“Maliciosa invenção literária para refrear o crescimento de uma língua e torná-la dura e inflexível.” Ambroise Bierce (1842-1914?) “O dicionário, em certos meios, é tão desconsiderado como os palavrões obscenos que a crítica pudibunda repele. Contudo não poderíamos trabalhar sem ele, como não poderíamos trabalhar sem couro ou tijolos se fôssemos sapateiros ou pedreiros.” Graciliano Ramos (1892-1953) “Um dicionário deve ser um ser vivo, uma súmula de vida, mais um instrumento de aprendizagem que um objeto de luxo. O Chamado ‘pai dos burros’, da expressão do povo, tem de ser mesmo paternal, simples, dando-nos o valor e o significado das coisas, sem pretensões, capaz da mais franca intimidade, generoso, probo, fácil.” José Lins do Rego (1901-1957) “Diccionario, no eres / tumba, sepulcro, féretro, / túmulo, mausoleo, / sino preservación, / fuego escondido, / plantación de rubíes, / perpetuidad viviente / de la esencia, / granero del idioma.” Pablo Neruda (1904-1973) “O dicionário é o pai dos inteligentes: os burros dispensam-no.” Mário da Silva Brito (1910) “O dicionário pode ser o ‘pai dos burros’, mas só pessoas inteligentes o consultam.” Júlio Camargo Fonte: RÓNAI, Paulo. Dicionário universal de citações. São Paulo: Círculo do Livro, 1985.
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