SEREIA-SÓ
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Finjo que sou no máximo de mim, bóio e me lavo em teu lago, nado, faço piruetas e marolas tentando te seduzir.
Mas, no divisor de minhas águas, estou eu simples simplesmente metade meia verdade temendo me naufragar e afundar - atadas as pernas de pesado fardo.
Se soçobrar-me as forças - naufrágio de mim - que tu me restes balsa que me mantenha à tona.
Me mergulha e me desafoga o medo. Me navega e me recupera o rumo. Me lança a âncora e me resgata à vida.
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