A CONSTRUÇÃO DO TEXTO PELO PARÁGRAFO
Bruno Cavalcanti Lima (UFRJ)
Hayla Thami da Silva (UFRJ)
Introdução
Este trabalho visa relatar as experiências vivenciadas como estagiários no Projeto de Extensão Universitária da UFRJ - o CLAC - Curso de Línguas Aberto à Comunidade. O Projeto pretende integrar a Universidade e as comunidades próximas ao campus do Fundão.
Um dos cursos oferecidos pelo Projeto é o de Redação. O Curso de Redação tem com principal objetivo levar o aluno a desenvolver habilidade na produção de textos dissertativos-argumentativos.
Esta comunicação focalizará o Curso de Redação I. Este nível tem a leitura como ponto de partida para a produção de textos. São focalizados vários aspectos relacionados ao ato de ler e de escrever, como a noção de texto, os fatores de textualidade e a paragrafação. O curso apresenta, como perspectiva principal, a análise das noções básicas relativas ao texto, com propostas de exercícios voltados para a produção de parágrafos. O material didático que tem sido utilizado pelos alunos foi produzido pelos próprios estagiários em 2004, com a inserção permanente de atividades extras, preparadas com base em textos jornalísticos atuais, de acordo com a realidade de cada turma e a perspectiva inerente ao Projeto de repensar constantemente a sua prática pedagógica.
O trabalho a seguir subdivide-se em cinco seções: na seção 1, apresentamos o Projeto CLAC, no que concerne a sua filosofia. Na seção seguinte, analisamos o Curso de Redação como um todo. Posteriormente, abordamos a ementa e o programa do Curso de Redação I e a metodologia utilizada em sala de aula. Na seção 4, discutimos a evolução dos alunos no que tange ao tópico coesão textual. Por fim, na seção 5, fazemos as considerações finais acerca do ensino de redação.
O Projeto CLAC
(Curso de Línguas Aberto à Comunidade)
O CLAC é um projeto de extensão universitária cujo objetivo central é unir o conhecimento e a pesquisa desenvolvidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, local de funcionamento do projeto, de maneira a atender às comunidades próximas ao campus da Ilha do Fundão. Dessa forma, há uma integração entre a Universidade e as comunidades, construindo-se uma “via de mão dupla” (Zyngier, 2003) em que o acadêmico e o popular se completam e interagem na construção do espaço social, enriquecendo, assim, um ao outro.
Além da relação entre comunidade e Universidade, o CLAC contribui para a formação dos alunos de Letras, posto que seus cursos são ministrados pelos próprios alunos de graduação da UFRJ, orientados por docentes da Universidade. Para ingressarem no Projeto, os alunos devem passar por um processo seletivo organizado pelos professores-orientadores.
Dessa forma, o Projeto de Extensão CLAC funciona como um fomentador das relações entre a Universidade e as comunidades que aderiram ao Projeto. Com isso, tem-se uma difusão do ensino de línguas e de redação, o que garante mais oportunidades à população carente e, ao mesmo tempo, aos próprios estudantes de Letras que sairão da Universidade com prática de sala de aula.
O Curso de Redação
O Projeto CLAC é composto pelos cursos de idiomas, inglês, espanhol, árabe, francês, alemão, hebraico, japonês, russo e italiano, e pelo Curso de Redação. Este foi criado devido a solicitações de alunos da graduação de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, visto que as ementas dos cursos de graduação não objetivam ensinar o aluno a produzir textos acadêmicos de excelência, pressupondo o domínio prévio dessa técnica.
O Curso de Redação subdivide-se em três níveis, com a duração de um semestre cada: Redação I, Redação II e Redação III, além do Curso de Oficina de Língua Portuguesa, curso este voltado para discussão de questões relativas à morfossintaxe do português, com base na gramática prescritiva. O primeiro nível busca desenvolver a habilidade escrita através do ensino da unidade textual – o parágrafo; o segundo procura trabalhar a produção do texto dissertativo-argumentativo (objetivo primeiro do curso); o terceiro nível faz com que os alunos se tornem, além de escritores, revisores críticos de seu próprio texto.
O Curso de Redação I
A ementa do Curso de Redação I reúne os seguintes itens: a noção de texto, a coesão e coerência textuais, organização das idéias, a constituição do parágrafo, os tipos de parágrafo, a ligação de parágrafos e atividades de identificação e produção de parágrafos. Como se pode perceber, o foco do curso é o estudo do parágrafo. A escolha desse tema como central se deu devido ao fato de que a estrutura do parágrafo é, na verdade, a própria estrutura do texto; logo, partindo de uma estrutura menor para outra maior, o aluno é capaz de transpor para o texto a mesma unidade que é própria do parágrafo. (cf. Figueiredo, 1999)
Os conteúdos privilegiados no material didático em uso no momento são os seguintes:
Unidade 1: O texto e suas peculiaridades
Unidade 2: Coesão textual
Unidade 3: Coerência textual
Unidade 4: A dissertação
4.1. Planejando uma dissertação
4.2. A estrutura do texto dissertativo
Unidade 5: O parágrafo e sua constituição
5.1. O parágrafo padrão
5.2. Tópico frasal
Unidade 6: Ligação de parágrafos
Unidade 7: Assunto, tema e título
Unidade 8: Qualidades do parágrafo
Unidade 9: Tipos de parágrafo
Unidade 10: Revisão de parágrafos
Unidade 11: Pontuação
Em primeiro lugar, o Curso de Redação I aborda as principais noções relativas ao texto, como, por exemplo, a própria definição de palavra e, a partir das discussões relativas a esse tema, são apresentados os conteúdos das unidades dois e três, posto que a coesão e a coerência textuais sustentam a compreensão do texto como “entrelaçamento, tecido”, já que esses mecanismos, somados a outros, possibilitam a organização das idéias e a construção da textualidade.
Após abordadas as três primeiras unidades, estuda-se a dissertação, visto que o curso de Redação como um todo pauta-se, fundamentalmente, na produção de textos dissertativos-argumentativos. Nesta etapa do curso, o aluno pode observar na prática, ou seja, dentro da própria estrutura textual, a importância dos temas discutidos anteriormente. Além disso, o estudante torna-se capaz de ordenar melhor suas idéias, devido ao estudo do planejamento redacional que, no caso do Curso de Redação I, refere-se, basicamente, ao planejamento de unidades textuais – os parágrafos.
Posterior à unidade quatro, o curso alcança seu objetivo central que é a produção de parágrafos e o estudo de suas peculiaridades. Analisa-se, então, a sua constituição, isto é, a estrutura da unidade textual, confrontando-a com a construção do texto em si. Com isso, o estudante perceberá que o parágrafo nada mais é que um minitexto.
A unidade seis tratará da relação entre parágrafos, retomando as noções de texto dadas nas unidades um, dois e três. A adoção de tal estratégia de ensino-aprendizado pretende mostrar ao aluno que todos os segmentos do curso se relacionam e interagem entre si.
O item seguinte a ser estudado é “assunto, tema e título”. O objetivo desse capítulo é mostrar que um dado assunto pode ser focalizado de diversos ângulos. Esses ângulos seriam o tema, o assunto delimitado. Com relação ao título, diz-se que este tem a função de explanar e/ou antecipar ao leitor o assunto do texto (trata-se de uma pista; porta de entrada no texto). O capítulo sobre as qualidades do parágrafo é de suma importância, pois analisamos as principais características desse pequeno texto, tais como: a consistência, a concisão, a coesão / coerência textuais e a unidade. Assim, os alunos podem perceber como melhor organizar suas idéias.
O módulo seguinte aborda as diversas possibilidades de se desenvolver o parágrafo. Essas possibilidades são geradas segundo os diferentes tipos de unidades textuais, como, por exemplo, a enumeração ou descrição de detalhes; o confronto; a analogia; a citação de exemplos; as razões e conseqüências; a definição; a divisão e explanação das idéias “em cadeia” e a ordenação dos fatos por tempo e espaço. A depender do tema a ser discutido e do objetivo da exposição, o aluno pode optar por usar um ou outro tipo de parágrafo, conforme lhe pareça melhor.
Após conhecer a estrutura do parágrafo e de produzir os seus próprios minitextos, o aluno verá como se deve revisá-lo, a fim de que seja capaz de analisar seus erros e corrigi-los, tornando-se, assim, um autor crítico de sua obra. Neste momento, estuda-se também a pontuação, pois, no processo de revisão textual, faz-se necessário que o aluno conheça as regras básicas de como pontuar corretamente, a partir de noções de morfossintaxe.
É importante mencionar que aos conteúdos programados para o Curso de Redação I somam-se atividades extras, como, por exemplo, o uso de filmes, documentários, reportagens sobre temas considerados polêmicos. Dessa forma, o uso do material didático e de outras estratégicas complementares oferece aos alunos condições suficientes para que ele conclua este módulo produzindo bons parágrafos dissertativos.
Metodologia
Além da apostila adotada, materiais extras são preparados e utilizados nas aulas, de acordo com as necessidades de cada grupo de alunos. Em geral, são usados textos jornalísticos atuais sobre temas amplamente discutidos pela sociedade, a fim de fundamentar atividades de produção textual, o que motiva mais os estudantes.
Para exemplificar o trabalho desenvolvido no decorrer do curso, a seguir reproduzimos duas atividades desenvolvidas em sala de aula.
Atividade 1 (contida na apostila utilizada pelos alunos)
Desenvolva as frases a seguir, apresentando argumentos que apóiem as idéias expressas. Mas, agora, é você quem deve colocar o conectivo que ligará coerentemente a idéia principal ao argumento de apoio.
1. A prática do esporte deve ser incentivada e amparada pelos órgãos públicos.
2. O trabalho dignifica o homem, mas o homem não deve viver só para o trabalho.
Antes de partir para um exercício como este, temos o costume de debater, rapidamente, os assuntos abordados pela questão. Sendo assim, os assuntos 1 e 2 da atividade acima foram previamente debatidos com a turma, para que, após o debate, os alunos começassem a escrever. O debate das questões presentes nos exercícios é fundamental para que os estudantes possam levantar argumentos mais consistentes e coerentes. Com este exercício, podemos trabalhar a constituição do parágrafo e a coesão textual (emprego de conectivos).
Atividade 2 (exercício extra)
Discuta os textos jornalísticos apresentados pelo professor e, a seguir, produza um parágrafo padrão com base na discussão realizada entre a turma.
A turma deverá estar dividida em grupos e cada grupo receberá um texto jornalístico (escolhido pelo professor). Os alunos terão tempo de ler e identificar quais são as principais idéias expostas em seu texto. Após a discussão, cada grupo apresentará as idéias consideradas mais importantes em seu texto. Em seguida, os estudantes terão de produzir um parágrafo padrão sobre o tema de um grupo diferente do seu. Na aula seguinte, depois de corrigidos, os parágrafos devem ser analisados pelos próprios alunos, a fim de que eles verifiquem seus erros.
Quanto ao critério de avaliação utilizado no curso, adotamos o sistema de provas e trabalhos. O aluno, para ser aprovado, precisa ter média igual ou superior a 7,0 (sete) em duas provas e em uma série de trabalhos feitos durante todo o curso. A primeira prova é aplicada no meio do curso, e a segunda, no fim. Os trabalhos são aplicados e avaliados durante o curso, e os alunos podem, se desejarem, refazê-los. Todos os trabalhos aplicados constituem uma única nota, que se soma às notas das duas provas para que se obtenha, então, a média final.
Para a correção das redações dos alunos, utilizamos uma legenda como a que se vê abaixo, que é apresentada logo no início do curso:
A- acentuação
AC- ausência de conclusão
ACI- ausência de concatenação de idéias
AD- argumentação deficiente
AI- ausência de introdução
AM- ambigüidade
AO- ausência de oração principal
AP- ausência de paralelismo
AS- ausência de sujeito
C- contradição de idéias
CN- concordância nominal
CT- coesão textual
CV- concordância verbal
DP- delimitação de período(s) e parágrafo
FC- falta de correlação (não só... mas também)
IC- idéias confusas
ID- introdução deficiente
IV- inadequação vocabular
O- ortografia
P- pontuação
PI- pensamento incompleto
PL- período e/ou parágrafo longo
RD- referência deficiente
RI- repetição de idéias
RN- regência nominal
RP- repetição de vocábulos
RV- regência verbal
TO- transposição da oralidade para a escrita
UM- uso de letras maiúsculas
A correção com legenda é bastante eficaz no curso, visto que, através desse método, o aluno torna-se revisor do seu próprio texto. Ao receber o trabalho corrigido com o auxílio da legenda, o aluno é convidado a investigar os desvios/problemas encontrados no seu texto. Os códigos da legenda são colocados à margem de cada linha, o que evidencia que na linha assinalada há algum tipo de problema.
Análise
Nesta seção, analisamos quatro diferentes parágrafos produzidos por dois alunos do curso de Redação I do primeiro semestre de 2004 – a cada aluno pertencem dois parágrafos. Esses textos foram produzidos em dois momentos distintos: no início do curso (no caso, março de 2004) e no término do curso (junho de 2004). Dessa forma, procuramos confrontar esses parágrafos de maneira que se possa verificar o progresso do aluno. Para esse confronto, por uma opção didática, investigaremos apenas um aspecto: a coesão textual.
Analisemos os dois primeiros parágrafos:
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Neste primeiro parágrafo, produzido em março de 2004 (início de curso, portanto), o aluno tinha como objetivo estabelecer um paralelo entre a juventude de antigamente e a juventude contemporânea:
Cada época trás um modismo, um costume praticado pela juventude da época. O que mais se destaca é a fala, a qual está sempre em movimento, mas a roupa e o comportamento são bem distintos dos jovens de cinqüenta anos atrás, os de hoje são mais livres e não vivem tantos tabus como os de antes.
Verificamos, no texto acima, problemas de diversas ordens, como ortografia e pontuação; entretanto, nosso foco será a coesão textual. De início, destacamos a repetição desnecessária do vocábulo “época”: “Cada época trás um modismo, um costume praticado pela juventude da época (...)”. Outro problema encontrado é o emprego inadequado do conectivo com valor adversativo “mas”. Não há qualquer relação de oposição entre o que se diz antes e depois do conectivo, o que configura um problema de coesão inter-oracional: “O que mais se destaca é a fala, a qual está sempre em movimento, mas a roupa e o comportamento são bem distintos dos jovens de cinqüenta anos atrás (...)”. Cabe ressaltar também que a presença indevida do conectivo acarreta outro problema para o texto: a coerência, visto que as orações não estão ligadas pelo sentido. Podemos destacar, além disso, que não há uma boa transição entre os períodos que compõem o parágrafo, como se nota no término do texto: “os de hoje são mais livres e não vivem tantos tabus como os de antes.”
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Este segundo parágrafo trata-se de uma reescritura produzida pelo mesmo aluno do texto anterior em junho de 2004 (fim de curso), cujo objetivo era enumerar vantagens e desvantagens da vida nas grandes cidades:A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, pode-se citar a concentração de bons colégios, universidades, hospitais, farmácias, tecnologia e meios de comunicação; já entre as desvantagens, citam-se a vida agitada, a poluição sonora, a poluição ambiental, o trânsito caótico, entre outros.
Como se pode depreender, o parágrafo apresenta uma introdução constituída a partir de um tópico frasal de divisão ou enumeração: “A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. (...)”. Dessa forma, um desenvolvimento coeso seria aquele que enumerasse as vantagens e desvantagens que existem nas grandes cidades: “Entre as vantagens, pode-se citar a concentração de bons colégios, universidades, hospitais, farmácias, tecnologia e meios de comunicação; já entre as desvantagens, citam-se a vida agitada, a poluição sonora, a poluição ambiental, o trânsito caótico, entre outros.”. Além da enumeração adequada das vantagens e desvantagens existentes nas cidades grandes, destacamos a correta pontuação, importante fator para garantir a coesão do texto.
Partamos, abaixo, para o segundo par de parágrafos:
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Este parágrafo foi produzido por um outro aluno em março de 2004 e tinha o mesmo objetivo do parágrafo anterior, ou seja, estabelecer as vantagens e desvantagens da vida nas grandes cidades:As oportunidades nas grandes cidades são limitadas, nem todos tem a mesma condição de vida, há um contraste entre os ricos e os pobres. Enquanto os ricos andam de carro, moram bem e tem a vida mais confortável, o pobre, muitas vezes, lutam muito para ter o mínimo de condições de sobrevivência, vivem sem luxo e muitos não tem casa própria.
Há, no parágrafo acima, problemas de acentuação, concordância e pontuação; porém, como já mencionado na análise anterior, focalizaremos apenas a coesão textual. O primeiro problema que conseguimos identificar no parágrafo acima é a falta de coesão entre os períodos que o constituem, como se observa logo no início: “As oportunidades nas grandes cidades são limitadas, nem todos tem a mesma condição de vida, há um contraste entre os ricos e os pobres. (...)”. Como notamos neste primeiro período do parágrafo, que funciona como introdução, o aluno coordena pequenas frases sem a utilização de nenhum conectivo de transição, o que prejudica a coesão textual. A seguir, como desenvolvimento, o estudante estabelece uma comparação entre ricos e pobres, fugindo do tema, que solicitava vantagens e desvantagens da vida nas cidades grandes.
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O último parágrafo que apresentamos para análise foi produzido pelo mesmo aluno do texto anterior em junho de 2004. A proposta era discorrer sobre a dificuldade que muitos alunos têm em produzir redações:Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, porque a prática da escrita não é desenvolvida nos colégios. O ensino de língua portuguesa, na maioria das vezes, é muito precário e não desenvolve, no aluno, a escrita. Dessa forma, ele permanece com deficiências que o farão encontrar dificuldades na elaboração de uma redação.
Como percebemos, o parágrafo em questão, de acordo com o que postula Garcia (1971:188), pode ser chamado de padrão, pois apresenta as três partes constituintes de um texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. A tese, presente no primeiro período, relaciona a dificuldade que o aluno tem em produzir textos à falta de desenvolvimento da escrita nos colégios. A tese, então, é desenvolvida no período que se segue, o que confere unidade ao texto. A seguir, o aluno conclui o parágrafo, afirmando que o estudante, devido ao precário ensino de língua portuguesa, permanece com dificuldades na produção textual. Podemos destacar o adequado uso dos operadores “porque” e “dessa forma”, a boa transição estabelecida entre as partes constituintes do parágrafo e a correta pontuação. Além desses fatores, ressaltamos o uso anafórico do pronome pessoal “ele” e do pronome oblíquo “o”, ambos retomando o termo “aluno”.
Considerações Finais
Ao analisarmos, na seção anterior, quatro parágrafos produzidos por alunos do curso de Redação I do projeto CLAC, sendo dois deles do início do curso e os outros dois do final, verificamos o progresso que esses alunos obtiveram em vários aspectos. Estamos seguros de que alguns problemas persistem e que poderão ser solucionados nos outros níveis do curso.
Sabemos que muitos trabalhos já foram feitos sobre o ensino de Redação e que muitos outros ainda serão produzidos. Relatamos, neste trabalho, algumas de nossas bem sucedidas experiências como estagiários do curso de Redação I do CLAC, tentando contribuir, dessa forma, para que haja uma reflexão constante da prática pedagógica a partir das experiências que adquirimos em classe.
Bibliografia
FIGUEIREDO. Luiz Carlos. A Redação pelo Parágrafo. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.
LIMA, Bruno Cavalcanti & FERREIRA, Michelli. Redação I. Faculdade de Letras/UFRJ, 2004. (Material didático utilizado no Curso de Redação I).
GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 3ª. ed., Rio de Janeiro: FGV, 1975.
THEREZO, Graciema Pires. Como Corrigir Redação? São Paulo: Alínea, 2002.
ZYNGIER, Sonia. PROJETO CLAC: Reflexão, Prática e Construção do Saber. Comunicação apresentada no Congresso de Extensão de João Pessoa: Paraíba, 2003.
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