A construção on-line do significado
um
estudo de caso

Ana Flávia Lopes Magela Gerhardt (UFRJ)

 

Uma visão sócio-cognitiva do significado

A discussão acerca da natureza do significado representado na linguagem constrói-se sobre uma tradição de mais de dois mil anos de especulações, desde, pelo menos, o Crátilo, de Platão, em que se refletia a respeito da motivação ou arbitrariedade do signo lingüístico.

Neste momento, em que temos buscado reconhecer o enquadramento sócio-cognitivo para a representação lingüística em todos os níveis de análise, assume-se também a natureza do significado como tema central. Isso é possível porque, no estudo das bases cognitivas da gramática, as unidades lingüísticas passam a ser tomadas como unidades simbólicas, nos termos de Langacker, 1987, que apontou para uma integração tal entre significado e significante, que daí se pode entrever, uma reconfiguração da noção de significado, que contaria com uma pragmática associada, bem como os padrões de forma-conteúdo que por si sós também significam (cf. também Croft, 2001 e Tomasello, 2003).

É importante, neste contexto, definir se a compreensão do significado numa angulação sócio-cognitiva representa mais um componente, ou não, no correr de uma tradição semântica com a qual necessariamente nos deparamos, e que pode ser sintetizada, segundo Chierchia (2003: 36 passim), em três pensamentos fundamentais sobre o significado: o pensamento representacional ou mentalista, referente ao que é captado mentalmente no uso de uma expressão lingüística; o pensamento pragmático-social, que reconhece o significado como uma “práxis social” (Chierchia, op. cit., 43); e o pensamento denotacional, relacionado aos papéis das entidades e processos representados nos enunciados, e também a que classes/categorias podem pertencer os indivíduos representados pelos elementos da linguagem.

À parte as particularidades e inevitáveis dificuldades heurísticas provindas de qualquer escolha feita entre os pressupostos colocados acima, podemos reconhecer que entre elas todas há em comum o fato de serem hipóteses a respeito de um significado visto de forma estática, isto é, visto como objeto (Sinha, 1999: 223) e posto a priori para o discurso, em forma de imagem, rótulo, ou convenção social, mas em todas as postulações acima se propõe o significado pronto para a emprego na comunicação. Mesmo no caso do pensamento sócio-pragmático, em que a linguagem altera estados de coisas, se espera de antemão que determinado enunciado gere uma forma específica de comportamento, o que lhe confere um caráter de existência prévia e não sujeita a negociações interacionais.

No nosso caso, para a produção do significado numa visão sócio-cognitiva, não estamos considerando as expectativas prévias de como as coisas significarão, tampouco postulamos um jogo entre uma virtualidade e uma efetividade semântica, mas sim visualizamos as formas de construção do significado que emergem na interação on line e nela vão sendo negociadas, ajustadas. Isso permite que nos coloquemos em posição de observar o significado de forma dinâmica, ou seja, como construção e articulação entre experiências, habilidades, conhecimentos e processos, incluindo as formas dos acordos interacionais possíveis (ou não) durante a interação.

Uma assunção sócio-cognitivista, portanto, inclui a proposta de descrever os exatos processos cognitivo-pragmáticos envolvidos em todo evento de linguagem, de modo a construir um modelo semântico responsável por representar a progressão do discurso como interlocução cognitivamente motivada. Com isso, é possível advogar que não se observa para o item lingüístico e o seu significado uma relação atributiva, mas sim se propõe, para a linguagem, o papel que Fauconnier (1994[1985]) define como sendo o de guia para a consecução do significado, cujas condições de validação estariam circunscritas ao momento comunicativo a que pertencem, incluindo as prescrições espácio-temporais a ele vinculadas. Assim, o significado, em lugar de ser visto como um objeto mental, seria um ato de construção subjetiva cujo sentido se concretiza em um universo intersubjetival (Sinha, op. cit., p. 232).

É importante dizer que estamos tratando de uma mudança na concepção do significado ocorrida no próprio seio da Lingüística Cognitiva, uma teoria primariamente baseada na metáfora, compactuando com o significado visto de forma estática, que considera as relações entre conceitos fundamentadas em associações entrincheiradas, estáveis e apriorísticas. Entretanto, uma teoria cognitiva que reconhece a realidade da integração conceptual compactuará com o significado visto de forma dinâmica, on line e real time. Isso ocorre porque a mesclagem, mesmo fundada no mesmo processo que alicerça a metáfora – a projeção interdominial –, manipula elementos presentes na memória de trabalho no continuum da comunicação, e por isso se vincula a ações criativas e emergentes, articuladas a bases estáveis de conhecimento manifestadas de forma contínua nos espaços mentais.

Aliás, no próprio seio da Lingüística Cognitiva, temos podido acompanhar uma perceptível reorientação de encaminhamento descritivo, protagonizada pelos trabalhos de Fauconnier, 1997 (e, embrionariamente, 1994[1985]) e, sobretudo, Coulson, 2001 e Fauconnier & Turner, 2002, entre outros, que têm se interessado pelo papel desempenhado pelo aparato sócio-cognitivo na construção on-line e real-time dos sentidos. Nesta reorientação, baseada especialmente numa visão da linguagem como representação de uma cognição interativamente sustentada (Tomasello, 1999), compreende-se que todo evento de linguagem evidencia e deflagra, a um tempo, modelos e planos de realidade e de compreensão da representação lingüística, envolvendo conhecimentos sistematizados de mundo que se articulam via processos cognitivos intra e interdominiais, e gerando diferentes qualidades de interpretação, relacionadas às condições pragmáticas de validação de cada construção lingüística. Em outras palavras: a compreensão de toda representação lingüística tem uma natureza construtiva, que é passível de descrição – é o que se , por exemplo, em Coulson, op. cit., e no estudo de caso que nos propomos realizar.

 

Um estudo de caso

A riqueza e a complexidade das relações entre os saberes acumulado e processual não se revela nas aparências de uma avaliação imediata do discurso. De fato, a rapidez do processamento cognitivo, sobretudo em língua materna, de forma alguma deixa entrever a miríade de processos que se sucedem e não raro se sobrepõem, bem como a quantidade de conhecimento estocado que rapidamente acionamos para a compreensão do que ouvimos e lemos. Isso é mais expressivo ainda quando observamos processos como a mesclagem e o reenquadre, por exemplo, destinados precipuamente a criações muitas vezes tão-somente pertinentes à circunscrição espácio-temporal e interacional em que nasceram. É de se espantar como se pode entrever esta sucessão e concomitância em enunciados simples e rapidamente compreendidos, como, por exemplo, o que se leu em um cartaz num posto de gasolina:

 

NEM TODO POSTO É A MESMA BOMBA

Falantes comuns do português, quando perguntados a respeito do significado deste enunciado, prontamente responderam que o posto em questão não tinha combustível adulterado. Ora, é razoável a distância entre o que se mostrou como gatilho aos falantes e a leitura que eles fizeram, o que nos faz comprovar a idéia de Salomão, 1997 acerca da escassez do significante, e também o fato de que o significado contido no material lingüístico não é posto a priori para uso dos falantes, que bomba neste caso manifesta um conteúdo inusitado, complexo, submetido e circunscrito (válido, portanto) a diversas contingências espácio-temporais. Essa distância, igualmente, nos faz intuir que, para dar conta dos direcionamentos de interpretação que o enunciado suscita, o falante não somente não poderá contar com os significados apriorísticos para bomba, que no exemplo são insuficientes, como também precisará efetuar uma série de processos cognitivos para atribuir ao enunciado a idéia de que o posto onde está o cartaz com a frase em questão não tem combustível adulterado.

Esta mesma observação foi feita em Coulson, 2001, que salienta a freqüente ausência, do fluxo discursivo, de qualquer possibilidade de mera ancoragem interpretativa em significados definidos por senso comum bem como esquemas e conhecimentos de mundo pré-estabelecidos, fato que, sem uma abordagem da construção do significado on-line e real-time, fará, de nossa parte, supor que o falante, nessas situações, é deixado em total abandono interpretativo, sem palavras, até, o que não parece ser o caso quando observamos minimamente as pessoas em interação.

Essas evidências são mais que suficientes para que percebamos a necessidade de observar os conhecimentos que vamos acumulando ao longo da vida, a par das condições determinadas em que os manipulamos para fazer com que novos conhecimentos surjam.

Em nossa análise deste caso, partimos da idéia de que o que ativa os processos de construção de significado que levam à idéia de que o posto em questão não tem combustível adulterado é a palavra bomba, que no enunciado aparece metaforizada a partir do que se compreende sobre o seu referente no MCI Guerra, aliás uma metáfora recorrente e consagrada de bomba como algo inesperado, ruim, destruidor, de conseqüências desagradáveis, capaz de alterar profundamente um estado de coisas, como nos enunciados “Toninho levou bomba no colégio”, “A fofoca da traição foi uma bomba no casamento deles”3. Os dicionários do português registram “levar bomba”, do exemplo acima, e também o emprego da palavra para designar acontecimentos inesperados.

Assim, tem-se o processo de metáfora que, a partir do domínio-fonte de bomba, compreendido no MCI Guerra, projeta-se o elemento para um domínio-alvo em que se guardam as suas propriedades destrutivas, mas se abstraem, por exemplo, o material de que as bombas são feitas.

Fig. 01 – Metáfora: Bomba

Este enquadramento metaforizado de bomba participa de um novo processo, agora de mesclagem, em que figura como INPUT I. Neste processo, que vai integrar esta concepção de bomba àquela que conhecemos relativamente ao MCI Posto de combustível, mesclam-se conceitos para a produção do significado de bomba como um objeto presente nos postos capaz de destruir os motores dos carros em que injeta combustível. Esta mescla é possibilitada pela existência de um espaço genérico em que se observam aspectos comuns aos dois conceitos, que é o da estrutura de evento (Lakoff & Johnson, 1999). Observe-se que não é necessário que todos os elementos pertinentes aos conceitos sejam correlacionados entre si e estejam também no espaço mesclaeste se comporá dos aspectos relevantes à compreensão para um dado momento, no caso, da bomba como uma máquina capaz de destruir o motor do automóvel em que injeta combustível.

Fig. 02: Mesclagem conceptual: Bomba

Note-se que a compreensão de bomba elaborada na estrutura emergente não precisa contar com todos os elementos dos espaços input, que, a propósito, não estão todos descritos na representação esquemática acima. Por exemplo, não se incluíram os materiais de que são feitas as bombas ou as suas dimensões.

Note-se também que revigorar a metáfora cristalizada da bomba como objeto destruidor ou alterador de estados de coisas não é suficiente para a compreensão total do enunciado, porque na verdade quem destrói o motor do carro é o combustível adulterado, e não a bomba que o injeta. Para chegar a essa interpretação, o leitor do cartaz terá de operar também uma metonímia circunscrita a um mesmo domínio de realidade, que assume bomba como ponto de referência e combustível como zona ativa, numa relação de contigüidade entre o objeto bomba e o seu conteúdo, no caso, o combustível. Visto que o sentido de bomba no enunciado é construído, via mesclagem, como máquina que injeta combustível que destrói o motor dos veículos, o combustível entendido na bomba metonímica é a substância que destrói o motor dos veículos.

Fig. 03: Metonímia: Bomba – Combustível

Os processos descritos acima se conduzem de forma a proceder à elaboração do significado de bomba, que, de material explosivo com algumas características específicas e prototipicamente compreendido no MCI Guerra, pode representar, no cartaz do posto de gasolina, o combustível capaz de destruir o motor dos carros. Entretanto, a verificação das formas como se construiu este entendimento ainda não é bastante para que enquadremos o enunciado em que está bomba, a saber, “Nem todo posto é a mesma bomba”, como o de que o posto em que estava o cartaz não tem combustível adulterado. Isso se fará mediante a refocalização da idéia de Existência – do posto que não é uma bombapara Posse – do posto que não tem combustível adulterado –, com a manipulação do esquema imagético continente-conteúdo, base de conhecimento subjacente à constituição dos significados de Posse e Existência. Nessa manipulação, entende-se a Posse precipuamente como a colocação do foco no espaço que contém um dado objeto, de modo que possuir é ser um espaço que contém esse objeto, e a Existência, com foco no objeto contido em um determinado espaço, de forma que existir é ocupar um lugar neste espaço (Gerhardt & Pinheiro, 2004):

Fig. 04: refocalização: Posse – Existência

Assim, a partir da verificação dos processos cognitivos motivados pelo input lingüístico no enunciado que estudamos, os quais se fundamentam em bases de conhecimento estáveis, entrevemos como é possível a quem a frase no cartaz do posto de gasolina chegar à idéia de que a bomba em questão não carrega de fato o sentido que a priori se lhe imagina (e este sentido tampouco será uma “cargasobre a palavra, que emergirá também sob as mesmas condições que definirão quaisquer outros sentidos que bomba pode e poderá assumir).

Mas a condução para o que temos até este momento também não é suficiente para que o leitor da frase conclua que aquele posto em específico, isto é, o posto em que está o cartaz, não tem combustível adulterado, apenas com base na asserção de que nem todo posto tem combustível adulterado. O que entrará, então, nesse jogo, para que leitor possa fazer esse tipo de conclusão?

Ora, não devemos nos esquecer de que a enunciação é posta em jogo, melhor dizendo, em negociação, relativamente ao entorno interacional cujos participantes se posicionam e se vêem em condições de mesclagem, segundo as quais cada interactante “se redefine como participante do discurso a partir de elementos projetados da ação de seu interlocutor”, no entender de Salomão, 2003: 81, que se baseia na pressuposição de Tomasello, 1999 de que o ser humano traz em si a propriedade de enxergar o semelhante como a si próprio. A autora ainda nos fornece os elementos que são checados no fluxo interacional, e que vão compor, todos juntos, as formas possíveis de validação do que está sendo dito, para muito além da mera assunção de atributos ou traços semânticos do material lingüístico: intenções, expectativas, pré-condições, molduras comunicativas, além, é claro, da própria linguagem (Salomão, ibid.). As formas de mesclagem desses elementos são definidas por contratos de fala, que incluem estratégias de proteção de face, válidas para o enunciador e também construídas na visão que ele tem do seu interlocutor. Assim, o leitor do nosso cartaz aceitará/construirá o enquadramento para o enunciado que melhor se ajuste às determinações definidas pelos acordos interacionais em articulação com o material lingüístico à disposição e os processos cognitivos por ele suscitados: o funcionário do posto de gasolina que é capaz de afirmar que nem todo posto tem combustível adulterado certamente não estará incluindo o posto em que trabalha entre os fraudadores.

 

Finalizando o começo

O estudo de caso, embora breve e não exaustivo, pode oferecer uma idéia de como a construção sócio-cognitiva do significado conta com uma miríade de aspectos inteiramente novos a cada momento da interação realizada via linguagem. Tantas possibilidades de relacionamento entre as bases de conhecimento e os processos citados permitem ser tão possível criar novos significados para satisfazer necessidades comunicativas imediatas e fortemente circunscritas, quanto gerar significados que com o tempo se consagram e se cristalizam na língua.

A contribuição de uma tipologia de bases de conhecimento vem melhorar e tornar mais específica a idéia de “conhecimento enciclopédico/conhecimento de mundo”, tão citada em estudos de Lingüística Textual e até de Psicolingüística. Traz também a noção clara de como a língua é conhecimento, a par de outras informações que vamos organizando e acumulando ao longo da vida. Os processos cognitivos, entretanto, trazem no bojo da sua descoberta a questão de como podem articular-se, isto é, como se assemelham e se correlacionam, aos demais processos cognitivos conhecidos pela literatura sobre as relações entre a mente a linguagem, como os processamentos top-down e bottom-up, o parsing, as sacadas, o acionamento do diferentes níveis de memória etc., que também atuam em um nível automatizado e não consciente, além de participarem de fenômenos on-line de significação, como os que foram brevemente descritos aqui. Neste pormenor, não será impertinente considerar que a diferença entre estes dois campos de observação repouse apenas em termos de referência teórica, visto que os processos citados acima também estão voltados para a construção do significado nos termos dinâmicos colocados neste trabalho.

Uma outra questão oportuna diz respeito às formas de organização desses processos no discurso. No estudo de caso, pudemos enumerar alguns deles na obtenção de um dado significado, mas não dispomos de verificações que nos possam informar sobre a ordem de ocorrência desses processos, se eles podem ser definidos em termos de ordenações seriais ou paralelas, ou se é possível estabelecer alguma hierarquia para a sua ocorrência, em moldes análogos ao que foi feito em Silva, 2003, por exemplo.

Parece-nos que os passos para o diálogo entre o que se sabe sobre a construção da linguagem em termos psicolingüísticos e os processos cognitivos citados aqui (estes e outros que ainda podem ser estudados) gerarão inúmeras contribuições para abordagens interessantes acerca do significado em linguagem, das suas formas de construção e das suas condições de validação exigidas na realidade fugidia e imediata da comunicação entre as pessoas.

 

REFERÊNCIAS BibliogrÁFICAS

CHIERCHIA, G.  SemânticaCampinas: UNICAMP, 2003.

CROFT, W.  Radical construction grammar: syntactic theory in a typological perspective.  Oxford: University Press, 2001.

COULSON, Seana.  The space structuring model.  In: Semantic leaps: frame-shifting and conceptual blending in meaning construction. Cambridge: University Press, 2001.  p. 267 –282.

––––––; FAUCONNIER, Gilles.  Fake guns and stone lyons: conceptual blending and privative adjectives.  Department of Cognitive Science, San Diego University.  Disponível em      http://cogsci.ucsd.edu/%7Ecoulson/Fake/fakeguns.htm Acesso em: 30 jan. 2004.

CUNNINGHAM, Anne E.; STANOVICH,  Keith E. What reading does for the mind. Disponível em www.aft.org/pubs-reports/american_educator/spring_sum98/cunningham.pdf. Acesso em: 13 out. 2003.

FAUCONNIER, G.  Mental spaces.  Cambridge: University Press, 1994 [1985].

––––––. Mappings in thought and language. Cambridge: University Press, 1997.

––––––; TURNER, M.  The way we think: conceptual blending and the mind’s hidden complexities.  New York: Basic Books, 2002.

GERHARDT, Ana Flávia Lopes Magela. Teorias e conceitos na lingüística cognitiva: (in)compreensõesCadernos de Estudos Lingüísticos,  45.Campinas: UNICAMP, 2003.

––––––; PINHEIRO, D. R. Gramática e Cognição: Um Estudo das Construções Possessivas e Existenciais no Português Brasileiro. Revista Portuguesa de Humanidades, VIII. Braga: Faculdade de Filosofia, 2004.

GRADY, Joseph E., OAKLEY, Todd, COULSON, Seana.  Conceptual blending and metaphor. Disponível em            http://markturner.org/blendaphor.html.  Acesso em: 30 jan. 2004.

JOHNSON, M.  The body in the mind: the bodily basis of meaning, imagination and reason.  Chicago: University Press, 1992.

LAKOFF, G.  Women, fire and dangerous things: what categories reveal about the mind.  Chicago: University Press, 1987.

––––––; JOHNSON, M.  Metaphors we live by. Chicago: University Press, 1980.

––––––. Philosophy in the flesh.  New York: Basic Books, 1999.

LANGACKER, R.  Foundations of cognitive grammar. Vol. 1.  Stanford: University Press, 1987.

SALOMÃO, Maria Margarida Martins.  Gramática e interação: o enquadre programático da hipótese sócio-cognitiva sobre a linguagemRevista Veredas, Juiz de Fora, v. 1, n.1, p. 23-39, jan./jun. 1997.

––––––. Razão, realismo e verdade: o que nos ensina o estudo sociocognitivo da referênciaCadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas, p. 71-84, jan./jun.2003.

SINHA, C.  Grounding, mapping and acts of meaning.  In: JANSSEN, Theo, REDEKER, Gisela (Eds.) Cognitive linguistics: foundations, scope and methodology.  Berlin: Mouton de Gruyter, 1999.  p. 223-255.

TOMASELLO, M.  The cultural origins of human cognition.  Harvard: University Press, 1999.

––––––. Constructing a language: a usage-based theory of language acquisition.  Harvard: University Press, 2003.

 

 

...........................................................................................................................................................

Copyright © Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos