O POVO CONTRA O POVO
NO IMAGINÁRIO ESPORTIVO MINEIRO

Marcelino Rodrigues da Silva (UNINCOR)

A rivalidade entre Atlético e Cruzeiro é parte obrigatória da vida de todo belo-horizontino, qualquer que seja sua classe social, sua profissão, sua relação com o esporte e sua paixão clubística. Você pode até mesmo odiar o futebol e fazer de tudo para estar alheio a ele, mas do barulho dos foguetes, das camisas na rua, dos gritos lançados ao ar e do clima de loucura que impera na cidade no dia de um clássico ninguém pode escapar. Isso, é claro, se você não for torcedor e estiver mergulhado até o pescoço nesse clima, acompanhando pelo rádio, pelos jornais, pela tv e pelas conversas de boteco cada pequeno detalhe da vida de seu clube. Além disso, todos nós temos parentes, vizinhos, amigos e colegas de trabalho que não se cansam de nos lembrar que a bola vai girar novamente no fim de semana. Explicar esse fenômeno, em termos históricos ou discursivos, não é uma tarefa fácil. Sobretudo porque são dois clubes que fazem questão de reivindicar para si o rótulo de “popular”, o que vai frontalmente de encontro a certas idéias muito cristalizadas no discurso acadêmico sobre o esporte no Brasil.

Para entender essa contradição, é preciso lembrar que a história do futebol brasileiro tem sido contada quase sempre a partir do que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro. O que aconteceu nas outras grandes metrópoles e nos demais estados do país é geralmente considerado apenas um reflexo, tardio e de menor importância, da história do futebol carioca. Até mesmo São Paulo, com suas particularidades históricas e culturais e sua inegável importância no esporte e em outros campos, tem sido relegada a um segundo plano na historiografia do futebol no Brasil. A ênfase no Rio de Janeiro explica-se facilmente pela importância dessa cidade como metrópole política e econômica, como capital federal e centro administrativo e, principalmente, como pólo gerador de símbolos da identidade cultural brasileira. Mas a sombra que ela lança no conhecimento sobre o imaginário esportivo brasileiro deve, certamente, ser combatida e superada.

Por estar efetivamente impregnada de determinados elementos e por ter servido a determinados projetos e objetivos políticos e culturais, a história do futebol carioca – e conseqüentemente do futebol brasileiro – tem sido sempre narrada e analisada a partir de certas dicotomias que dividem seus personagens e instituições em ricos e pobres, da elite e do povo, negros e brancos, do centro e do subúrbio etc. O processo de popularização, que transformou um esporte europeu e elitista em uma prática extremamente difundida e fortemente contaminada por elementos da cultura popular, domina amplamente as atenções, fazendo com que nosso passado futebolístico seja sempre visto como uma narrativa de democratização racial, de construção de laços sociais e de afirmação de nossa identidade cultural.

São essas dicotomias, portanto, que estruturam boa parte do discurso sobre o esporte no Brasil, seja ele artístico, jornalístico ou acadêmico. E foram elas que permitiram que o futebol fosse, em determinados momentos, instrumentalizado e transformado em campo de ações de caráter pedagógico e nacionalista. Mas a vida esportiva brasileira certamente não se reduz a essas clivagens e não pode ser completamente explicada por elas. A história da rivalidade entre Atlético e Cruzeiro me parece ser um dos casos em que essas limitações ficam evidentes.

Segundo os poucos relatos disponíveis, o Clube Atlético Mineiro foi fundado em 1908, por um grupo de jovens estudantes, entre os quais se pode reconhecer algumas da famílias tradicionais da cidade. A agremiação teve, portanto, uma origem que pode ser considerada elitista. Sua transformação em um “clube de massa”, alcunha que lhe é consensualmente atribuída pela mídia contemporânea, é ainda um mistério a se resolver. Partindo das análises sobre o futebol carioca e de alguns outros indícios, é possível lançar uma hipótese, que já desenvolvi em outros textos, buscando comprová-la através das memórias esportivas de meu pai.

No Rio como em Belo Horizonte, um momento especialmente significativo no processo de popularização do futebol no Brasil foi a adoção do profissionalismo por muitos dos grandes clubes do país, em 1933. O acontecimento foi precedido por uma longa luta entre os que defendiam o amadorismo, em nome da preservação do futebol como passatempo elegante dos mais abastados, e os adeptos do regime profissional, que favoreceria os jogadores mais pobres que gradativamente vinham invadindo o esporte. Em Minas Gerais, Atlético, Cruzeiro e Villa Nova também se profissionalizaram em 1933, enquanto o América tentava se manter amador. Os três primeiros campeonatos profissionais foram vencidos pelo Villa Nova, clube de Nova Lima que, por suas origens operárias, tinha a tradição de abrigar jogadores de classe social mais baixa. O Atlético, então, passou a contratar atletas de origem mais humilde, alguns deles negros e mulatos, para reforçar o seu time e fazer frente ao Villa. Em 1936, o clube finalmente foi o campeão mineiro e conquistou o famoso título de “Campeão dos Campeões”, jogando contra clubes de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Esse título provocou grande orgulho regional e até hoje é lembrado, ocupando lugar de destaque no hino do clube. Dessa história viria, pelo menos parcialmente, a mística de “clube de massa” que o Atlético ostenta hoje e que a própria massa celebra a cada novo jogo no Mineirão.

O Cruzeiro Esporte Clube surgiu em 1921, como uma dissidência do Yale, ambos formados pelos numerosos imigrantes italianos que haviam se estabelecido em Belo Horizonte desde a sua fundação. Seu primeiro nome foi Società Sportiva Palestra Itália, e até o ano de 1926 a agremiação só aceitava italianos ou filhos de italianos em seus quadros. Somente a partir dali, e gradativamente, o clube passou a incorporar atletas que não eram membros da colônia, sem nunca perder seus fortes laços com ela. Em 1942, pressionado pelo clima de animosidade contra os italianos que a Segunda Grande Guerra havia provocado no Brasil, o Palestra mudou de nome para Cruzeiro e adotou como símbolo as estrelas do céu tropical, manifestando o desejo da colônia de se integrar à comunidade brasileira.

Tendo surgido como um clube de imigrantes, portanto, o Cruzeiro já nasceu popular. Os italianos que se estabeleceram em diversas partes do Brasil, no final do século XIX, não podem, de modo algum, ser tomados como membros da elite da sociedade brasileira daquela época. Eles eram, sobretudo, trabalhadores sem capital e sem instrução, que se dedicavam a atividades pouco valorizadas, como o trabalho nas fábricas e nas lavouras. Alguns deles, no entanto, já começavam a trilhar um duro caminho de ascensão social, dedicando-se ao comércio e à manufatura ou mesmo começando pequenos empreendimentos industriais cuja prosperidade seria responsável futuramente por alçá-los às classes mais abastadas. O Palestra Itália era um clube de imigrantes que, na sua grande maioria, eram membros de famílias pobres ou no máximo remediadas, sustentadas pelo trabalho árduo nas fábricas, oficinas e armazéns.

Embora Atlético e Palestra tenham protagonizado alguns capítulos importantes da história do futebol mineiro nas primeiras décadas do século XX, a rivalidade entre os dois clubes só apareceu mais tarde, provavelmente por volta da década de 1940. Nos anos de 1910 e 1920, os dois principais clubes do esporte mineiro eram o América, formado pela nata da sociedade belo-horizontina e detentor do celebradíssimo decacampeonato metropolitano, e o próprio Atlético. Nos anos de 1930, em função da adoção do profissionalismo, houve um crescimento do Villa Nova e um certo recuo do América, mantendo-se o Atlético no topo da hierarquia esportiva mineira. O Palestra teve, nas décadas de 1920 e 1930, alguns momentos brilhantes – como o tricampeonato de 27, 28 e 29 –, mas foram os anos de 1940 que marcaram sua subida ao primeiro plano. A partir daí o Cruzeiro começou a desenvolver com o Atlético uma intensa rivalidade, que atingiria o seu auge a partir da fundação do Mineirão, em 1965.

Como disse anteriormente, não é fácil localizar nessa trajetória os fatos e motivações que deram origem aos fortes sentimentos revanchistas que hoje opõem os membros das duas hostes. Mais difícil ainda é interpretar essa história e extrair dela os significados e as relações afetivas que a sociedade projeta nos dois clubes e em sua rivalidade. O protagonismo esportivo das duas instituições certamente é o responsável por elas serem as preferidas do público, mas de modo algum é capaz de explicar as configurações que essas paixões assumiram na vida esportiva mineira. Assumindo meu movimento apenas como um primeiro esforço nesse sentido, tento neste trabalho propor uma primeira resposta a essas questões. Para isso recorro a dois livros lançados recentemente pela editora DBA, como parte da coleção “Camisa 13”, sobre os grandes clubes brasileiros. Os livros são Raça e Amor: a saga do Clube Atlético Mineiro vista da arquibancada, de Ricardo Galuppo, e Páginas Heróicas, onde a imagem do Cruzeiro resplandece, de Jorge Santana. Somados a alguns pouquíssimos outros, esses dois livros são parte importante da limitadíssima bibliografia sobre a história do futebol mineiro.

Sobre esses dois volumes, é necessário dizer, antes de tudo, que não são textos construídos segundo os rigores do trabalho acadêmico. Ao contrário, são relatos que, embora baseados sobre um elogiável trabalho de pesquisa, transitam do registro jornalístico ao libelo apaixonado, já que, no espírito da coleção, ambos foram feitos por autores que não escondem sua condição de torcedores fiéis dos clubes sobre os quais escreveram. Longe de ser um inconveniente para os objetivos deste trabalho, essa característica faz com que os dois livros sejam, na verdade, legítimas expressões do imaginário, das tradições e da rivalidade que cerca os dois clubes.

Em ambos os textos, os sentimentos revanchistas entre atleticanos e cruzeirenses aparecem a todo momento. Os dois autores adotam, inclusive, certas formulas verbais para se referir ao rival, manifestando através delas a importância que esses sentimentos possuem na definição de sua própria identidade. O atleticano Ricardo Galuppo evita durante todo o texto usar a palavra “Cruzeiro”, referindo-se ao clube como “aquele time do Barro Preto”, “o ex-Yale”, o “ex-Palestra”, “a turma do Barro Preto” etc. Nas primeiras páginas do livro, o autor já avisa: “Em respeito à família atleticana, certas palavras não serão mencionadas neste texto, nem mesmo como referência a uma antiga moeda nacional – que saiu de circulação sem deixar saudade.” (GALUPPO, 2003: 21). Já o cruzeirense Jorge Santana, se não se nega a escrever o nome do rival, reserva sempre a ele algum comentário ou epíteto irônico ou depreciativo, como “galeto com polenta” e “os empedernidos secadores da vizinhança” (SANTANA, 2003: 15, 21). Assim, os dois autores já mostram o quanto a presença constante e ameaçadora do outro é vital para suas próprias identidades de torcedores, mesmo que esse outro seja seu semelhante e seu vizinho mais próximo, ou talvez exatamente por isso. Mas é quando buscam definir o que é ser torcedor de seu clube, descrevendo suas origens e seus vínculos com a sociedade, que os autores dão as pistas mais interessantes sobre os significados da rivalidade entre Atlético e Cruzeiro.

Na mística que cerca o Atlético, podemos certamente encontrar muitos dos elementos através dos quais se definiu, em âmbito nacional, uma certa imagem do “povo brasileiro”. Como uma agremiação eminentemente popular, o Atlético é o clube do “povão”, o clube da “massa”, dos pobres, dos negros e dos mestiços. Isso é perceptível, por exemplo, no verso do hino do clube utilizado para nomear o livro de Ricardo Galuppo (“lutamos com muita raça e amor”), em que a palavra raça ecoa não apenas o espírito aguerrido do esportista, mas também a presença do negro no esporte e os sofrimentos a que ele foi submetido em razão dos conflitos raciais. No livro de Ricardo Galuppo, esse sentimento está presente, por exemplo, na narrativa da ascensão de Ubaldo, um “menino fujão”, um “negro de corpo roliço” famoso por seus “gols espíritas”, que foi um grande ídolo do time na década de 1950:

Foi naquele ano que a torcida começou a saudar Ubaldo com uma música especial. Sucesso do carnaval de 1955, a marcha “Tem nego bebo aí”, de Mirabeau e Ayrton Amorim, era tocada em todo o país. Dali em diante, sempre que o centroavante do Atlético entrava em campo, a massa cantava: “Tem nego Ubaldo aí! Tem nego Ubaldo aí!” O artilheiro teve o passe vendido ao Bangu no final daquele ano e voltou pouco tempo depois, em 1958, quando recebeu da torcida uma das maiores homenagens já prestadas a um jogador de futebol.

Num jogo contra o Ex, realizado em 7 de dezembro de 1958, Ubaldo fez um de seus gols inexplicáveis. A torcida invadiu o gramado, carregou seu ídolo e ganhou as ruas. O desfile seguiu pela avenida Silviano Brandão, subiu em direção à Floresta, passou pela praça da Estação e, sempre ao som de “Tem nego Ubaldo aí!”, foi parar na praça Sete, no coração de Belo Horizonte. Ubaldo jamais se referiu àquele fato com modéstia. “Naquele tempo, só duas pessoas eram carregadas nos ombros do povo. O presidente Juscelino Kubitschek e eu.” Orgulho legítimo de quem foi protagonista de uma cena extraordinária. (GALUPPO, 2003: 94)

Curiosamente, no entanto, o livro de Ricardo Galuppo parece se esforçar em alguns momentos para não enfatizar essas conotações com maior potencial de conflito, preferindo efetuar um deslocamento de sentido e definir a torcida e o time do Atlético por características como a paixão cega e o empenho desmedido pela vitória. “Raça e amor”, independente da classe social ou da cor da pele: “O povo alvinegro é assim – passional, fiel, generoso. (...) Nosso time não tem simpatizantes. Tem torcedores apaixonados. Quem ama o Galo se considera o ser mais atleticano do mundo.” (GALUPPO, 2003: 20). A esse deslocamento, pode ser relacionada uma outra característica, associada freqüentemente por Galuppo ao Atlético e sua torcida: a heterogeneidade – seja ela social, profissional ou racial. Ecoando as palavras do autor, José Eustáquio de Oliveira afirma, na orelha do livro:

Ser atleticano é ser intrépido, gentil, solidário, engraçado, triste, alegre, mal-humorado, gozador, inteiro, estilhaçado, criança, adulto, esclerosado, homem, mulher, pobre, rico, remediado. Pai-de-santo, pastor, ateu e até cardeal. Moreno, louro, vermelho, amarelo. É preto e branco!

Mais do que um clube dos pobres, portanto, o Atlético é um clube “da massa”. Esse conceito deve ser tomado, aqui, de modo teoricamente mais rigoroso. A massa é aquela entidade em que toda a sociedade urbana e moderna se une, tornando-se um aglomerado heterogêneo, gelatinoso e altamente inflamável, que tanto pode ser conduzido como um gentil rebanho quanto pode explodir em revoltas sangrentas e incontroláveis. Mas é também o lugar onde as classes e as raças se encontram, para produzir o fenômeno da mestiçagem étnica e cultural, do qual surgiu a imagem do Brasil e do brasileiro que durante o século XX dominou o imaginário de nossa sociedade.

A essas conotações associadas ao Atlético podem ser opostas determinadas características da representação da idéia do “popular” que se faz através da mitologia cruzeirense. Se a torcida do Atlético é apaixonada, a do Cruzeiro é exigente, ranzinza, acostumada a cobrar o desempenho de seu time. Pois, embora os cruzeirenses também não se cansem de declarar seu amor pelo clube, o que os distingue não é a atitude passional. À possessão da “Galoucura”, o Cruzeiro opõe a organização e a diligência de sua “Máfia Azul”. Nascido no interior de uma colônia de imigrantes, o Cruzeiro parece se definir sobretudo por aquilo que possibilitou aos italianos sua inserção na sociedade brasileira: o trabalho árduo e incansável, por meio do qual se pode construir lentamente um futuro bem sucedido. É o que se vê, por exemplo, nos seguintes trechos da narrativa de Jorge Santana sobre as origens e o desenvolvimento do tal “clube do Barro Preto”:

O Palestra mineiro foi criado por trabalhadores e recebeu a adesão dos comerciantes e industriais, todos italianos. Era uma cosa nostra, fechada às demais colônias e ao restante da população. Os italianos pobres queriam um clube para integração social, lazer e cultura física e os ricos, um cartão de visitas para exibir à elite da capital. O Palestra, assim como a Beneficência Italiana, deveria espelhar a capacidade de realização que levara tantos deles ao sucesso. (SANTANA, 2003: 30)

E mais à frente:

É aí que se inicia a saga do Cruzeiro Esporte Clube, o qual, nas palavras de Luiz Carlos Rodrigues, “se fez grande sem lances de heroísmo pungentes e sem heróis miraculosos, cuja grandeza foi plasmada no cotidiano, na simplicidade de um trabalho constante e reiterado, quase anônimo, cuja somatória, ao correr do tempo, conferiu a dimensão grandiosa, internacional, universal, de um dos maiores clubes do mundo! (SANTANA, 2003: 32)

Vemos, então, que Atlético e Cruzeiro, com suas origens, suas tradições e seus mitos particulares, representam duas imagens bem diferentes da idéia do “popular”. Se buscarmos por relações entre essas representações e certos elementos do contexto em que elas foram produzidas, como os processos de modernização da sociedade brasileira e construção da identidade nacional, veremos que elas desempenham também papéis bastante diferentes, e talvez complementares. Na mitologia do Atlético podemos identificar o esforço da mediação, do encontro entre as classes e grupos sociais, para o qual foi necessário estabelecer conexões com a memória e a cultura dos menos favorecidos, por exemplo, através da escolha da “raça” como valor primordial. Já no imaginário cruzeirense, parece predominar sobretudo a idéia do “trabalho”, tomada como valor fundante da vida esportiva e caminho para a prosperidade, no futebol e fora dele. Enquanto o Atlético, miscigenado e contaminado, reafirma a diferença do brasileiro passional, intuitivo e sofredor, que de algum modo perturba o processo de modernização, o Cruzeiro reforça o vetor desse processo, fincando suas raízes na ação dos próprios europeus como agentes modernizantes e estabelecendo como seu valor primordial o próprio fundamento do sistema capitalista.

Essas, no entanto, são conclusões muito preliminares, resultantes de uma investigação que ainda está dando os seus primeiros passos. A decifração do intrincado jogo social e discursivo que se desenrola em torno da rivalidade entre Atlético e Cruzeiro certamente demanda, para ser bem compreendida, um trabalho mais demorado e cuidadoso de pesquisa e análise, um trabalho que ainda está por ser realizado. É necessário ampliar o corpus, buscar as fontes primárias, recolher relatos de atletas e torcedores de outros tempos, cotejar as informações, refinar teórica e metodologicamente a análise... Mas está lançada, pelo menos, uma hipótese inicial de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GALUPPO, Ricardo. Raça e amor: A saga do Clube Atlético Mineiro vista da arquibancada. São Paulo: DBA Artes Gráficas, 2003.

HELAL, Ronaldo & GORDON Jr., Cesar. Sociologia, história e romance na construção da identidade nacional através do futebol. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, n.23, 1999, p. 147-165.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro – 1902-1938. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

SANTANA, Jorge. Páginas heróicas, onde a imagem do Cruzeiro resplandece. São Paulo: DBA Artes Gráficas, 2003.

SILVA, Marcelino Rodrigues da. Mil e uma noites de futebol; o Brasil moderno de Mário Filho. Tese (Doutorado em Letras – Estudos Literários.), Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte, 2003.

SOARES, Antonio Jorge. História e invenção de tradições no campo do futebol. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, n° 23, 1999, p. 119-146.

 

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