O USO DE ESTRUTURAS CONCESSIVAS
EM TEXTOS JORNALÍSTICOS

Erica Almeida (UFRJ)
Suelen Sales
(UFRJ)

 

Introdução

Neste trabalho será apresentado um estudo sobre as estruturas concessivas em editoriais e notícias do século XX. O processo de concessão, do ponto de vista semântico, tem como função estabelecer uma oposição entre argumentos contrários. No entanto, é importante ressaltar que, do ponto de vista sintático, existem diferenças entre essas construções.

Assim, pode-se dizer que há, sintaticamente, dois tipos de estruturas concessivas: a coordenativa e a subordinativa. Na primeira, o operador mas[1] caracteriza a “estratégia do suspense” – em que a conclusão que vem à mente não é efetivada, uma vez que será apresentado um outro argumento que levará o alocutário a uma conclusão contrária. Já as construções subordinativas utilizam, por meio do operador embora[2], a “estratégia de antecipação” – em que o locutor anuncia que o argumento introduzido pelos operadores subordinativos concessivos será anulado.

A relação sintática que se estabelece entre essas estruturas conduz, portanto, a diferentes estratégias argumentativas para o locutor convencer o alocutário do seu ponto de vista.

 

Hipóteses, objetivos, corpus e metodologia

Assim, neste trabalho, pretende-se fazer um estudo contrastivo de estruturas concessivas (coordenativas e subordinativas) em notícias e editoriais de jornais do século XX, a fim de: (i) verificar em quais desses gêneros textuais as estruturas concessivas são mais recorrentes; (ii) observar que tipo de estrutura concessiva, de coordenação ou de subordinação, predomina em cada um desses gêneros; (iii) mostrar que as estruturas concessivas podem ser um mecanismo a serviço da argumentação; (iv) ratificar que o processo concessivo na subordinação promove uma maior credibilidade argumentativa do locutor, já que este, ao utilizar a estrutura Embora S, E, valoriza o argumento passível de refutação, colocando-se junto ao alocutário.

Para implementação da pesquisa, foram analisados, a princípio, 20 editoriais e 20 notícias do século XX extraídos do corpus do projeto VARPORT (www.letras.ufrj.br/varport). No entanto, como se encontrou um número muito menor de estruturas concessivas em notícias (16 ocorrências) do que em editoriais (68 ocorrências), houve a necessidade de ampliação dos dados de notícias. Extraíram-se, portanto, mais 12 notícias do século XX, passando-se a ter 40 ocorrências de estruturas concessivas nesse tipo de gênero textual.

Com base nesses corpora, busca-se confirmar a hipótese de que o processo de concessão é mais recorrente no gênero editorial, uma vez que este possui um discurso mais argumentativo, opondo-se à notícia, que é um texto de caráter mais narrativo.

Utilizou-se o pacote de programas VARBRUL, que trata os dados estatisticamente, apenas como um instrumento para obter provas concretas sobre o uso da estrutura concessiva no corpus analisado. Apesar de não se ter como objetivo primordial a avaliação estatística, utilizaram-se os resultados numéricos com a finalidade de promover uma maior credibilidade à análise discursiva dos diferentes gêneros textuais.

Na análise sociolingüística, foram utilizadas as seguintes variáveis: (i) Tipo de conector[3] – coordenativo e subordinativo; (ii) Gênero textual – editorial e notícia; (iii) Processo sintático – coordenação, subordinação e elementos de transição[4]; (iv) Mobilidade da oração subordinada; (v) Modo verbal/ Formas nominais; (vi) Tipo de seqüência – narrativa, descritiva e dissertativa.

 

Concessão: um processo argumentativo

O processo de concessão – coordenativo e subordinativo – é um dos mecanismos que podem ser utilizados para se contestar os argumentos do outro. A concessão é um tipo de manobra capaz de persuadir o leitor, uma vez que, concordando com o adversário, se pode tanto se conciliar com ele quanto tornar mais fácil ao adversário assimilar os argumentos que são contrários a ele.

Na coordenação, que é representada simplificadamente pelos enunciados do tipo E mas S, o locutor apresenta não somente seu ponto de vista, mas também o ponto de vista do outro. Veja o exemplo a seguir:

(1) A informatização das zonas eleitorais é uma tentativa de acabar com as fraudes eleitorais, mas ensinar a votar o eleitorado rural e de baixa escolaridade é o grande desafio do TRE. (Notícia/O Globo/1998)

No exemplo (1), é possível observar que existem dois argumentos. Um deles exalta a importância da informatização nas eleições e o outro enaltece a necessidade de ensinar ao eleitorado votar. No entanto, percebe-se que a presença do conector adversativo mas anuncia que a oração introduzida por ele terá o argumento mais forte.

Na subordinação, por sua vez, o locutor, através da estrutura concessiva, anuncia a relevância do argumento do outro, reconhecendo a sua legitimidade. Observe:

(2) Mesmo que não houvesse solução à vista para o impasse, alguém precisava advertir que no Brasil o econômico caminha perigosamente no sentido oposto ao social, e disso se encarrega o chefe do governo. (Editorial/Fluminense/1992)

No exemplo (2), verifica-se que o alocutário acredita que não há uma solução para os problemas econômicos do país. Contudo, o locutor afirma que um dos caminhos para que haja a solução desses problemas é não desvincular a questão econômica da social. Nota-se, assim, que, apesar de apresentar um argumento mais forte, o enunciador não desmerece a posição do outro, utilizando-a como um mecanismo de fortalecimento da sua opinião.

Como se pode perceber, o locutor está inserindo no seu discurso uma voz alheia, com a finalidade de promover uma argumentação pertinente.

Percebe-se, portanto, que, enquanto a concessão coordenativa estabelece um contraponto à idéia principal, a subordinativa promove uma conciliação entre os argumentos contrários. Entretanto, é importante ressaltar que, nesse processo de conciliação, leva-se em conta a argumentação alheia até certo ponto, ocorrendo uma pseudogenerosidade (cf. Schenedecker, 1992), uma vez que se tem o objetivo de valorizar a posição do interlocutor.

 

A diferença entre o editorial e a notícia

Algumas estruturas lingüísticas são mais ou menos recorrentes em determinado tipo de gênero textual – no caso do presente trabalho, em editorial ou notícia –, a depender do objetivo do gênero em questão.

A noção de gênero muito se confunde, na literatura especializada, com a de tipo textual. Enquanto os gêneros se constituem como ações sócio-discursivas, os tipos de texto, na perspectiva sócio-interacionista, designam seqüências de base narrativa, descritiva, dissertativa etc.

Sabe-se que, em um tipo de gênero, se encontram, normalmente, variadas seqüências tipológicas. É de conhecimento geral que todo texto possui um caráter argumentativo. Por isso, a depender do interesse do locutor, podem-se utilizar diferentes estratégias para persuadir o outro. Portanto, esses tipos de seqüências são usados como mecanismo a serviço da argumentação. Fica, pois, evidente, que o que irá definir a qual tipo de texto estamos nos referindo será o predomínio tipológico.

Para Sales (2004), os editoriais são um gênero jornalístico argumentativo que buscam orientar o leitor através da definição de um ponto de vista do veículo ou da pessoa responsável pela publicação. Estão inseridos, portanto, no chamado jornalismo opinativo.

Esse tipo de gênero tem, predominantemente, o tipo de seqüência argumentativa no discurso. Assim, por meio da argumentação, revelam-se algumas estratégias persuasivas utilizadas pela imprensa, a fim de convencer o público-alvo de uma determinada posição político-social.

A estrutura concessiva – seja coordenativa ou subordinativa – é um dos mecanismos que podem ser utilizados pelo enunciador para enfatizar o discurso argumentativo, uma vez que os operadores concessivos caracterizam diferentes estratégias argumentativas.

A notícia de jornal, por sua vez, faz parte de um jornalismo informativo, no qual o redator informa algum fato ocorrido. A linguagem empregada na chamada “notícia” tende a ser objetiva, porque revela um universo “narrativo” acerca dos fatos/acontecimentos.

Portanto, quanto ao tipo de seqüência discursiva, observa-se que há, predominantemente, a presença da narração a serviço da argumentação, uma vez que uma notícia, além de ser narrada, pode ser apresentada de diversas maneiras, a depender da intenção de quem a escreve ou do jornal em questão.

 

Primeiras reflexões

A partir da análise de 20 editoriais e 32 notícias, pôde-se constatar que houve uma maior presença de conectores concessivos coordenativos do que subordinativos. Do total de 108 dados, 27 correspondem a sentenças que possuíam um elemento subordinado e 81, coordenados.

Com relação ao tipo de gênero, foi possível o seguinte quadro:

 

Elemento
subordinado

Ocorrências/ %

Elemento
coordenado

Ocorrências/ %

Total

 

Ocorrências

Editorial

18/ 26%

50/ 74%

68

Notícia

9/ 22%

31/ 77%

40

Total

28/ 25%

80/ 75%

108

Tabela 1–
Distribuição de elementos coordenados/ subordinados em editoriais e notícias

No Tabela 1, há um predomínio de elementos coordenados tanto em editoriais (74%) como em notícias (77%). No entanto, dentro do quadro de elementos subordinados, comprovou-se que é muito mais freqüente o uso desse tipo de operador argumentativo em editoriais (18 oco) do que em notícias (com apenas 9 oco). Este percentual pode ser explicado pela função mais argumentativa dos editoriais.

No que diz respeito ao tipo de estrutura sintática, foram analisadas três tipos de estruturas: coordenadas, subordinadas e sentenças introduzidas por um elemento de ligação entre os parágrafos. Dentre os 80 dados de elementos coordenados, 40 possuem, ainda, a característica de promover a progressão do texto, que já foram referidos como os chamados elementos de transição. Esses elementos são, na maioria das vezes, coordenados, o que explicaria o grande número de estruturas que possuem um elemento concessivo coordenativo.

Apesar de estabelecerem um elo entre as partes constituintes de um texto, esses elementos de transição estão, em geral, enquadrados dentro do que as gramáticas consideram como conjunções coordenativas. Observe o exemplo a seguir:

(6) E o caso dos colégios? Por afetar apenas uma parte da classe média, a participação dos seus custos no cálculo da inflação fica bastante diluída. Mas os aumentos absurdos das mensalidades convertem-se num drama para quem ainda consegue manter seus filhos matriculados na rede de ensino particular com uma conseqüência social acessória. (Editorial/JB)

A presença desse tipo de elemento ocorre mais em editoriais (31 oco/ 78%), que possuem um caráter mais argumentativo. Nesse tipo de gênero, o enunciador deve desenvolver argumentos a fim de convencer o outro, o que justifica uma maior presença desse tipo de elemento, uma vez que estabelece uma maior coesão/ligação entre as partes do texto.

Ao analisarmos o tipo de seqüência (narrativa/descritiva ou dissertativa), verificou-se que, independente do tipo de gênero, há uma maior presença de elementos coordenados em trechos narrativos (83% em editoriais e 81% em notícias).

Segundo Leite (2003), que aliou a perspectiva variacionista a perspectivas discursivas para analisar editoriais dos séculos XIX e XX[5], é menos recorrente a presença de trechos que contenham argumentação pura em editoriais do século XX, uma vez que se torna cada vez mais freqüente a utilização de seqüências narrativas e descritivas a serviço da argumentação. A autora afirma que se narra e descreve um fato para que este possa servir de argumento. A preponderância de elementos coordenados em editoriais do século XX poderia, assim, ser explicada pelo fato de o editorial deste século utilizar a narração e a descrição como mecanismos argumentativos.

Apesar de termos encontrado um maior número de elementos coordenados em editoriais e em notícias, comparando a presença de elementos subordinados em seqüências narrativas e dissertativas, encontrou-se uma menor freqüência desse tipo de operador em trechos narrativos. Em contraposição, há uma maior freqüência de elementos subordinativos em trechos dissertativos.

Veja:

Gráfico 1– Uso do operador concessivo subordinativo
em seqüências narrativas e dissertativas de editoriais do século XX.

Gráfico 2– Uso do operador concessivo subordinativo
em seqüências narrativas e dissertativas de notícias do século XX.

Após os dados serem submetidos a uma análise mais estatística, a partir da utilização do pacote de programas VARBRUL, destacaram-se, no tratamento das estruturas concessivas, as seguintes variáveis: o modo verbal e a posição em que aparece a oração coordenada e/ou subordinada.

Quanto ao modo verbal, pôde-se perceber que a presença do modo subjuntivo é significativa nos dados. Verifica-se, portanto, que o modo subjuntivo é favorável ao aparecimento de estruturas concessivas subordinativas. Foi possível encontrar, nos dois corpora analisados, o seguinte resultado:

Gráfico 3– O uso de estruturas concessivas subordinativas
quanto ao modo verbal.

Em relação à ordem das estruturas concessivas, percebeu-se que o aparecimento dessas estruturas é favorecido quando a oração está em uma posição intermediária, intercalada (.89), seguida da posição inicial (.59) e da final (.37).

Gráfico 4 – A posição das estruturas concessivas subordinativas
nos
dois corpora analisados.

Como já foi dito, as estruturas concessivas subordinativas possuem uma mobilidade que é característica das orações adverbiais. Observe o exemplo retirado do jornal O Fluminense, em 1987:

(9) O Brasil viveu quase vinte anos sob o signo do bipartidarismo e, apesar de ele haver sido considerado camisa-de-força das várias correntes do pensamento nacional, criou hábitos ainda não de todo vencidos.

(9’) O Brasil viveu quase vinte anos sob o signo do bipartidarismo e criou, apesar de ele haver sido considerado camisa-de-força das várias correntes do pensamento nacional, hábitos ainda não de todo vencidos.

Nota-se que esta oração pode aparecer tanto na posição inicial, quanto medial e, até mesmo, final. Já as estruturas concessivas coordenativas não possuem essa mobilidade, podendo ocorrer somente em posição final:

(10) O Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema confirmou ontem que nos últimos dias houve ligeiras paralisações do trabalho em setores da indústria, mas desmentiu que os trabalhadores tenham feito greve. (Notícia/JB/1978).

*(10’) Mas desmentiu que os trabalhadores tenham feito greve, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema confirmou ontem que nos últimos dias houve ligeiras paralisações do trabalho em setores da indústria. (Notícia/JB/1978)

É importante ressaltar que os operadores do grupo concessivo coordenativo e subordinativo possuem, do ponto de vista semântico, comportamento semelhante (Koch, 2003). Estes operadores opõem argumentos que orientam para conclusões contrárias. Mas, ao observar a estratégia argumentativa utilizada pelo locutor, nota-se que, no caso do operador coordenativo, emprega-se a estratégia do suspense, isto é, a conclusão que vem à mente não é efetivada, já que se apresenta um outro argumento que faz com que o alocutário chegue a uma conclusão contrária. O fato de as estruturas coordenativas ocorrerem preferencialmente em posição final comprova a utilização desse tipo de mecanismo argumentativo.

Por outro lado, o operador concessivo subordinativo introduz a estratégia de antecipação, em que o locutor anuncia que o argumento introduzido por ele será anulado. Os resultados da análise variacionista desse trabalho apontam, como já foi mencionado anteriormente, que as estruturas concessivas subordinativas aparecem em menor freqüência em posição final, ao contrário do que ocorre com estruturas coordenativas. Esse resultado reverencia uma maior credibilidade argumentativa do locutor, já que, ao utilizar esse tipo de estrutura em posição inicial (cf. ex. 11) ou medial (cf. ex. 12), valoriza o argumento passível de refutação, colocando-se, assim, junto ao alocutário.

(11) Apesar da manutenção do sigilo pela comunidade de informações, uma brasileira não perde a esperança de saber como seu marido desapareceu numa viagem de regresso ao País, nos idos de 70. (Editorial/O Dia/1988)

Como se pode observar nos exemplos (11), o locutor anuncia, primeiramente, o argumento do outro. No entanto, sabe-se, pelo uso do operador concessivo subordinativo, que o mesmo será posteriormente anulado. Nestes casos, é utilizado, portanto, a estratégia de antecipação.

 

Conclusão

A partir desse trabalho de caráter preliminar, pode-se confirmar que as estruturas concessivas estabelecem uma relação de oposição entre os argumentos e que a opção por determinado tipo de estrutura sintática vai depender do objetivo argumentativo do produtor do texto.

Pela análise dos dados, foi possível perceber que as estruturas concessivas – coordenativas e subordinativas – são mais recorrentes em editoriais do que em notícias. Isso se deve ao fato do caráter argumentativo desse tipo de gênero.

Além disso, encontraram-se mais estruturas coordenadas nos dois tipos de gêneros analisados. Esse predomínio de uso de estruturas coordenativas, com intuito de estabelecer uma contraposição de argumentos, pode ser explicado, ainda, recorrendo-se ao caráter peculiar do editorial do século XX, em que se utiliza a narração a serviço da argumentação.

Para confirmação desse resultado, será necessária a ampliação dos corpora, a fim de se ter um resultado mais preciso sobre a predominância desse tipo de construção.

 

Referências bibliográficas

DUCROT, J.C. Argumentation e persuasion. In: Colloquie d’Anvers “Enunciation et Part-Pris”, 1990.

GOUVÊA, L. H. N. Discurso jurídico e estratégia argumentativa. In: Argumentação Jurídica. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.

KOCH, I.G. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2003.

––––––. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1984.

LEITE, L.P.V. Estratégias argumentativas no discurso jornalístico opinativo: séculos XIX e XX. Dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, 2003.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A.P., MACHADO, A. R. & BEZERRA, M. A. (orgs) Gêneros textuais x Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

SALES, S. Os adjetivos como marcas da enunciação. Monografia apresentada à professora Maria Aparecida Lino Pauliukonis no Curso de Mestrado – disciplina “Introdução à Pragmática”. Rio de Janeiro, Pós-Graduação da Faculdade de Letras da UFRJ, 2004/1.

SCHENEDECKER, C. Quand il faut faire des concessions. Quelques suggestions pour une didactique de la concession. In: Pratiques, nº 75. Paris: 1992.


 


 

[1] Vale lembrar que o operador mas é representativo do grupo de conectores concessivos coordenativos. Seguem-se a este os conectores porém, entretanto, contudo, no entanto etc.

[2] O operador embora representa o grupo de conectores concessivos subordinativos. Além dele, encontram-se os seguintes: apesar (de) que, mesmo (que), ainda que, sem que etc.

[3] Entende-se por conector as palavras utilizadas não só para ligar as sentenças mas também para estabelecer relações semânticas entre elas.

[4] Encontraram-se algumas estruturas concessivas, no corpus analisado, que possuíam um caráter peculiar. Nelas, utilizam-se conectores que estabelecem uma articulação entre os parágrafos. Essas estruturas não podem ser consideradas nem coordenadas, nem subordinadas. Optamos por chamá-las de elementos de transição.

[5] Leite (2003) trabalhou com os editoriais do Projeto Varport, que são fruto de análise do presente trabalho. Ressalta-se, aqui, que a autora analisou todos os editoriais que compõem o corpus do referido Projeto. Neste trabalho, são estudados alguns desses documentos. 

 

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