Apresentação
Há
quatro
anos o
Círculo
Fluminense de
Estudos Filológicos e
Lingüísticos vem mantendo o
compromisso de
publicar previamente os
textos
completos de
seus
eventos remetidos
com a
suficiente
antecedência.
Neste IX CNLF,
visto
que foram
enviados
muitos
textos,
estes “Primeiros
Trabalhos”
vão editados
em
dois
tomos
para
não ficam
muito
volumoso e
dispendioso
para os minguados
cofres da
instituição, sendo
que neste
primeiro reunimos
trabalhos de
filologia,
relativos a
textos e a
literatura, deixando
para o
segundo
tomo os
trabalhos relacionados
principalmente a
lingüística e
ensino.
Inserimos
entre os
dois
textos
referentes ao
nosso
primeiro
grande
poeta (o
barroco Gregório de
Matos), dos
professores Ruy e Eduardo,
diversos
importantes
trabalhos
que tratam de
textos
bastante
conhecidos,
como
são os de Camões, estudados
pela portuguesa Maria Paula
Lamas
ou os de Gil Vicente, estudados
pela
doutoranda Eloísa
Porto Corrêa,
assim
como
outros
menos
conhecidos e destrinçados
pelos
analistas e
críticos de
textos.
Baseada
em
textos
latinos, Eliana da
Cunha Lopes apresenta uma
tradução e
interpretação de
textos da
literatura
oral
latina, destacando
provérbios
conhecidos
pelos classicistas, utilizados
pelos
clássicos
ou
que
nos chegaram
em
versões portuguesas
aqui identificadas.
A interessante
interpretação de
um
texto da
literatura moçambicana de Paulina Chiziane é trazida
também
pela professora Eloísa, avaliando a
obra e a autora de
forma
bastante
positiva.
A
discussão
concernente à
repetição
como
marca da
oralidade no
discurso
literário foi
tratada
por Anete Mariza, levando
em
conta
principalmente a
distinção
entre
fala e
escrita no
texto
literário,
principalmente se se
trata de
autor
que produz
também
para o
teatro e a
televisão,
em
que é
indispensável esta
proximidade
entre os
discurso
literário (stricto sensu) e o
oral
ou
coloquial,
em
que a
repetição é
marca
indispensável.
Com
atuação
marcante na
crítica
genética e
profunda conhecedora da
obra de Pedro Nava, a professora Edina Regina P.
Panichi
nos apresenta o
ponto de
vista semiótico da
produção desse
importante
memorialista
brasileiro,
cujo “desenho recupera
a
imagem e a
escritura
registra a
soma de
imagem e
grafia, numa
condensação de várias
linguagens na
construção do
esboço
textual”,
conforme
registra
em
seu
trabalho (p. 112).
Por
fim brindando
mais
um
escritor
carioca, Ricardo
Tupiniquim
Ramos
nos apresenta
em
rápidos
lampejos o
trabalho
que desenvolveu
para
editar criticamente o
conto “Pretensão”, de Edegard
Gomes, demonstrando uma
faceta
importante da
filologia
baiana das últimas
décadas,
intensamente preocupada
com a
edição e
preservação de
documentos
literários,
históricos,
científicos etc., numa
demonstração
efusiva de
que a
filologia é uma
ciência a
serviço da
cultura da
humanidade registrada
em
seus
textos e
não
somente uma
ciência
lingüística.
Grato
por
continuar à
frente dos
trabalhos do CiFEFiL e das
causas
lingüísticas e filológicas brasileiras,
não
poderia
deixar de
lhe
pedir
que
nos apresente
suas proveitosas e
sempre bem-vindas e aproveitadas
para a
correção e aperfeiçoamento dos
trabalhos
que desenvolvemos.
Rio de
Janeiro,
julho de 2005.
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