EXERCÍCIOS
DE MORFOSSINTAXE
Albetiza Rodrigues Vieira
(UFAC)
Francisco Cláudio Lopes (UFAC)
Maria Aniceta Cacau Nunes (UFAC)
Rosilda Maria Oliveira da Cunha (UFAC)
Sérgio Torres dos
Santos
(UFAC)
INTRODUÇÃO
Morfologia
é a parte da gramática que se ocupa
das palavras
quanto
à sua estrutura
e formação, bem
como quanto
às suas flexões
e classificação, tendo em vista dois pontos de vista
diferentes: sincrônico –
estado atual, descritivo, ou
diacrônico
– processo evolutivo,
desde a mais
antiga fase até os dias atuais.
Sintaxe
é a parte da gramática
que se ocupa com
a disposição, função
e relação das
palavras
nas frases; das
frases
nas orações e das
orações
nos períodos.
Morfossintaxe
é o estudo das
palavras nos
aspectos morfológico e
sintático, simultaneamente.
Objetivos
gerais
Enquanto
alunos da disciplina morfossintaxe, que
ocupa-se com as
palavras
tanto na área
morfológica, quanto na sintática, pretendemos com
este trabalho,
ampliar nossos
conhecimentos
referentes
a esta parte da
gramática.
É nosso
objetivo ainda,
comprovar que,
um mesmo
vocábulo pode desempenhar
funções variadas, dependendo de sua disposição, função e relação
dentro de uma
frase,
oração ou
período.
Objetivo
específico
Considerando-se que
as palavras desempenham diferentes funções
e que estas são
identificadas de acordo com a relação e
disposição dos vocábulos
nas orações, procuraremos
oferecer
exercícios
práticos
sobre o assunto,
visando à compreensão das possibilidades
que as palavras
nos oferecem para
melhorar
nossa
produção e interpretação
da linguagem.
Justificativa
Optamos por
trabalhar com
exercícios de morfossintaxe por ser uma atividade integrante
do dia-a-dia de
um
falante, o que
torna este
assunto em
um rico objeto de estudo,
além de nos
possibilitar um
maior
conhecimento
da língua portuguesa.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Várias são
as formas de estudar
a norma culta
da língua portuguesa.
Neste trabalho, o
estudo está dividido em:
1 – Morfologia
– estudo das palavras.
(restrito a classificação).
2 – Sintaxe –
estudo
das funções sintáticas desempenhadas pelos vocábulos
dentro de uma
estrutura.
Para
classificar um vocábulo existem três critérios
a serem seguidos.
1 – Semântico
– modo de significação (extralingüístico
ou intralingüístico).
2 – Mórfico
– Caracterização
da estrutura da
palavra.
3 – Sintático
ou
funcional –
função ou papel da palavra na oração.
Quadro
resumo
das classes de
vocábulos
em português.
Substantivo
– Palavra que funciona com
o núcleo de uma
expressão
ou com
o termo
determinado,
palavra formada
por
base lexical
mais morfemas
gramaticais,
palavra
que designa os
seres
ou objetos
reais ou
imaginários.
Adjetivo
– Palavra que
funciona como
especificador
do núcleo de uma
expressão
(ao qual atribui
um
estado ou
qualidade),
palavra
formada por
morfema
lexical (base
de significação) mais morfemas gramaticais,
palavra que
específica e caracteriza seres animados ou inanimados reais ou imaginários atribuindo-lhes
estados
ou qualidades.
Pronome
– Palavra que substitui o núcleo
ou funciona como
termo
determinante
do núcleo de uma
expressão,
palavra formada unicamente por morfema gramatical, palavra
que serve para
designar as pessoas
ou coisas,
indicando-as (não nomeia as pessoas ou coisas nem as qualidades, ações,
estados,
quantidades, etc.). Pronomes:
pessoais,
possessivos,
demonstrativos,
indefinidos, interrogativos e relativos.
Artigo
– Palavra que funciona como
termo
determinante
do núcleo de uma
expressão,
palavra formada unicamente por morfema gramatical (palavra
variável em
gênero e número,
palavra que
define ou indefine o substantivo a que
se refere (definido,
indefinido).
Numeral
– Palavra que funciona como
especificador do
núcleo
de uma expressão,
ou
como substituto
desse mesmo
núcleo. (numeral:
substantivo,
adjetivo), palavra
formada unicamente por morfema gramatical,
palavra que
indica a quantidade dos seres,
sua ordenação
ou proporção
(cardinal,
ordinal,
múltiplo,
fracionário,
coletivo).
Verbo
– Palavra que funciona como
núcleo de uma
expressão
ou como
termo determinado,
palavra formada
por
morfema lexical
(base de significação) mais morfemas gramaticais, palavra
que indica um
processo (ações,
estados, passagem
de um estado
a outro). Processo
verbal => fenômeno
em
desenvolvimento,
com indicação
temporal.
Advérbio
– Palavra que funciona basicamente como
determinante de
um
processo verbal,
advérbios formados
por
morfema lexical
mais morfema
gramatical.
Advérbios
formados apenas
por
morfema
gramatical,
palavra que
especifica a significação de um processo verbal.
Funções
sintáticas das classes
gramaticais
·
Artigo: Sempre desempenhará a função
sintática de
adjunto
adnominal.
A floresta
é um
lugar para
se fazer uma festa?
·
Substantivo: Exerce
qualquer
função sintática.
1 – sujeito: Os pais
são dignos
de amor.
2 – Objeto direto:
Ana adora seus
pais.
3 – Objeto indireto:
Júlia gosta dos
pais.
4 – Predicativo: Eles
são meus
pais.
5 – Complemento Nominal:
Eles sentem
saudades
dos pais.
6 – Agente da passiva:
Os filhos são
amados pelos
pais.
7 – Adjunto adverbial: Falou-se muito a respeito
dos pais.
8 – Adjunto adnominal:
Ela retornou à
casa
dos pais.
9 – Aposto: João e Ana,
pais do
menino, viajaram.
10 – Vocativo: “Pai,
afasta de mim
este
cálice”.
·
Adjetivo
- O adjetivo
funciona como adjunto adnominal ou predicativo.
O entusiasmo
do professor chegou.
O professor
chegou entusiasmo.
·
Pronome
- O pronome adjetivo é adjunto de
um substantivo,
por isso
funciona como
adjunto
adnominal.
O pronome
substantivo exerce praticamente as mesmas
funções do substantivo.
·
Termos
da oração
Os termos:
Termo
é a palavra ou locução
consideradas como
elementos
funcionais da
oração.
Palavra ou
grupo de palavras
que participam da
estrutura
de uma oração,
como
um de seus
constituintes.
1 – Termos
essenciais:
Sujeito
Predicado
Predicativo
2 – Termos integrantes:
Complementos
verbais
+ objeto
direto
e indireto.
Complemento nominal
+ predicativo do
sujeito
e do objeto.
Agente
da passiva
3 – Termos
acessórios:
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
4 – Termo
Independente: Vocativo |
Termos
essenciais
Sujeito
a)
Conceito:
O sujeito
pode ser o termo
sobre o qual
se declara alguma coisa; o
agente
ou paciente
da ação verbal
e que invariavelmente concorda com o verbo.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
É o
tema da oração
complexa |
A
vida
humana |
Sintático |
Relaciona-se ao verbo.
|
O
homem
defende seus direitos |
Mórfico |
É
constituído de um
sintagma
nominal |
A
flor
é bela. |
1.1
Predicado
a)
Conceito:
É tudo o que é
declarado a respeito do
sujeito
ou, que
se torna a
expressão
absoluta de um
fato.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Comunica uma informação sobre
o sujeito |
A
vida
humana é
complexa. |
Sintático |
Relaciona-se com o núcleo
do sujeito. |
O
homem
defende seus
direitos. |
Mórfico |
Organiza-se em torno do verbo |
As
flores
são belas. |
Predicativo
a)
Conceito: Qualidade ou condição atribuída ao sujeito
ou ao objeto
através de um
verbo qualquer,
especialmente um
verbo de ligação.
b)
Classifica-se em:
Predicativo
do sujeito
Atribui qualidade
ou condição
ao sujeito.
Ex.: “Ela
ficou triste”.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Informa
estado
do sujeito |
Ela
ficou triste. |
Sintático |
Refere-se ao
sujeito. É o núcleo
do predicado
nominal ou
um dos núcleos
do predicado verbo-nominal |
Ela
parece nervosa. |
Mórfico |
É constituído de adjetivo ou Grupo nominal |
O
homem
é um
animal racional.
Ele
está preocupado. |
Predicativo
do objeto.
Atribui qualidade
ou condição
ao objeto.
Ex.: “Denise comprou jóias caríssimas”.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Informa
estado
do objeto atribuído
pelo
sujeito. |
Acho
sua
roupa bonita. |
Sintático |
Refere-se ao objeto. É um
dos núcleos do
predicado
verbo-nominal. |
Julgaram-no inocente. |
Mórfico |
É constituído de adjetivo ou grupo nominal |
Acho
sua
proposta
indecente.
Ela
é um
anjo. |
Termos
integrantes
a)
Conceito
Denominam-se termos
integrantes
aqueles
que completam o
sentido
de determinadas estruturas.
-
Complementos verbais;
-
Complemento nominal;
-
Agente
da passiva.
Complementos
verbais
São
os termos que complementam um
verbo transitivo.
b)
Classificação
Dependendo do tipo
de verbo, o
complemento
verbal é chamado
objeto
direto ou
objeto indireto.
Objeto direto
Completa
o sentido de um verbo transitivo, normalmente
sem preposição,
havendo casos
especiais
em que
ele aparece preposicionado. Indica o ser para o
qual
se dirige a ação verbal.
Ex.: Você atravessou
o rio.
Terminei o
trabalho.
O objeto direto pode vir
representado também
pelos
pronomes os, a, as,
me, te,
se, nos, e vos.
Ex.: Entreguei o trabalho
ao professor.
Entreguei-o ao
professor.
Convidou-nos
para a festa.
Há casos em que o objeto direto
deve vir preposicionado. Não
porque o verbo
assim o exija mas,
por necessidades
expressivas ou
por
razões morfossintáticas.
Ex.: Amava a todos
sem distinção.
Objeto direto Pleonástico
– É quando há uma repetição do objeto
direto na mesma
oração. Uma das
formas
é sempre um
pronome pessoal
átono.
Ex.: O presente
guardei-o com
carinho.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
É o alvo da ação do sujeito |
Terminei o
trabalho. |
Sintático |
Refere-se a
um verbo
transitivo
direto |
Terminei o
trabalho
VTD OD |
Mórfico |
É constituído de
um grupo
nominal |
Terminei o
trabalho. |
Objeto indireto
É o termo que completa o verbo transitivo
indireto, com
auxílio de
preposição. Indica o destinatário ou beneficiário
da ação, nos verbos transitivos
diretos e
indiretos.
Nos transitivos
indiretos pode ser
substituído por “lhe”.
Ex.: Sonhei com
você esta noite.
Resistiu ao mesmo
tempo.
O objeto indireto pode vir também representado pelos
pronomes me,
te, se, nos e vos.
Ex.: Pediram-me
novas
explicações.
Objeto Indireto Pleonástico –
Repetição
da função sintática dando ênfase
a um determinado
significado
dentro
da oração.
Ex.: A ela
falou-lhe do seu amor.
O objeto direto e indireto
podem aparecer
concomitantemente
nas orações, dependendo do verbo.
Ex.: “Se ele não te
deu amor”.
OI OD
O objeto indireto pode ser definido com base em três aspectos:
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
É o alvo
(objeto) da
ação do sujeito |
Ele
precisa de estímulos. |
Sintático |
Refere-se a
um verbo
transitivo
indireto |
Ele
precisa de estímulos.
VTI O IND |
Mórfico |
É constituído de
preposição + grupo.nominal. |
Ele
precisa de estímulos.
Prep. GN |
Complemento Nominal
Conceito:
É um termo regido de preposição,
servindo de complemento a nomes. Completa um nome (substantivo, adjetivo e advérbio), no que
se refere a sua significação ou sentido,
indicando o alvo do
processo
expresso pelos
mesmos.
a)
Complemento nominal de um substantivo:
“Dê notícias de você”.
b)
Complemento nominal de um adjetivo:
“Sou tão dependente de você”.
c)
Complemento nominal de um advérbio:
“Vem para perto do meu
peito”.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Completa
a significação
transitiva de
um
nome. |
O cumprimento às leis
é obrigação de
todos. |
Sintático |
Refere-se a
um substantivo,
adjetivo ou
advérbio |
O
cumprimento
às leis.
O trabalho é agradável
a todos. |
Mórfico |
É constituído de
preposição + grupo nominal |
O cumprimento as leis
obrigação de todos. |
Agente
da passiva
Conceito:
É o termo que permite a transformação do
agente
da passiva em
sujeito da voz
ativa.
Voz passiva analítica.
Ex.: Joana colheu as
flores
Suj. voz
ativa OD
As flores
foram colhidas por
Joana.
Suj.
voz
passiva ag. da
passiva
O homem
foi criado por Deus.
V.
ser
particípio Ag.
passiva
Deus
criou o homem
(voz ativa).
Passiva
sintética ou pronominal.
Ex.: Vendem-se
carros?
VTD
PA Suj. Ag. da passiva
Agente
da passiva
fica indeterminado.
Carros
são vendidos.
Suj.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Realiza a
ação |
Ela
foi aplaudida por
todos. |
Sintático |
Refere-se ao verbo |
Ela
foi aplaudida por
todos.
verbo |
Mórfico |
É constituído de preposição (por)
+ grupo
nominal |
Ela
foi aplaudida por
todos.
Prep. GN |
Adjunto adnominal
Conceito:
É o termo que pode ser expresso pelos (artigos,
adjetivos,
numerais,
pronomes
possessivos,
demonstrativos,
indefinidos,
locuções adjetivas)
que
acompanham o núcleo
substantivo, delimitando ou
especificando o significado deste substantivo.
Ex.: Noite
de
luar.
Adj.
Adnominal
A mesa
da professora.
Subs. Conc. Adj. Adnominal
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Especifica o significado do substantivo |
Aquele
foi o meu
o primeiro
amor. |
Sintático |
Refere-se ao substantivo núcleo
do grupo
nominal |
Vi
um filme
de ação. |
Mórfico |
É constituído de artigo, adjetivo, pronome adjetivo e locução adjetiva
(=prep. + GN). |
Vi
um filme
de ação. |
Adjunto
adverbial
Conceito
é o termo que
determina ou modifica o sentido e circunstâncias
relacionadas ao verbo, podendo variar de locuções
adverbiais, adjetivas ou
advérbios. Situa a ação do
predicado, dando idéia de
lugar,
modo, intensidade,
etc.
Existem as mais
diversas classificações de adjunto
adverbiais. Os mais utilizados, entretanto são
os seguintes.
a)
Advérbio de
lugar – Indica o
local
onde se desenvolve uma
ação. É reconhecido através da indagação “onde?”,
ou suas
variações.
Ex.: Ana e Fábio trabalhavam num
escritório.
b) Advérbio
de tempo –
Demonstra o momento
ou
época em que ocorreu determinado
fato. Pode ser
identificado através da
pergunta
“quando?”.
Ex.: “Todos
os dias quando acordo não vejo
mais o tempo
que passou”. (Legião
Urbana).
c) Advérbio
de modo
– Versa sobre a maneira
da qual se dá uma
circunstância. Se reconhece através
da pergunta
“como?:”.
Ex.: “Com açúcar, com
afeto, fiz
seu
doce predileto”,
(Chico buarque de holanda).
d) Adjunto
adverbial de intensidade – Especifica a forma como os fatos se deram, no que
se refere à intensidade. Responde a pergunta “quanto?”.
Ex.: “... mas
tenho muito tempo...”. (Legião
urbana).
e) Adjunto
adverbial de causa – Demonstra os motivos pelos quais ocorreram determinados
fatos. É reconhecido através da pergunta “porque?”.
Ex.: “Como
a cigarra arrebenta tanta
luz ...”. (Simone).
f) Adjunto
adverbial de companhia – Indica a existência de alguém
ou algo
que acompanha a ação,
fato ou
estado. Responde à
pergunta
com quem?”.
Ex.: Fui ao mercado
com meu
pai.
“Se você vier pro que der e vier comigo”
(Geraldo Azevedo).
g) Adjunto
adverbial de finalidade - Indica o objetivo de determinada
atitude ou ação. Responde à pergunta “para quê?”.
Ex.: “Ana
Luisa
trabalha para
sustentar seus
irmãos”.
“Tudo, tudo só pra Ter uma noite com você”. (Vando).
h) Adjunto
adverbial de instrumento – É relativo à maneira
utilizada para se chegar
a um objetivo
tocante ao fato,
ação ou circunstância.
É identificado através
da pergunta “com
quê?”.
Ex.: Ela
passava a roupa
com
ferro quente.
i) Adjunto
adverbial de dúvida – É aquele que
demonstra incerteza
em
relação à
determinado
fato.
Ex.: Talvez
eu mude de idéia.
j) Adjunto
adverbial de negação – É o que nega o fato, caracterizando tal
circunstância.
Ex.: Nem que o mundo
caia sobre mim,
as pazes contigo
eu farei”.
l) Adjunto
adverbial de meio – Demonstra o meio através do
qual a ação é
desenvolvida.
Ex.: Ir a São Paulo de carro
seria demorado.
m) Adjunto
adverbial de afirmação – Afirma o fato.
Ex.: Esse sim, era seu amigo.
Essas seriam as
circunstâncias
mais comuns
da ocorrência dos
adjuntos
adverbiais na língua portuguesa. Outros tipos de
adjuntos adverbiais
como
de assunto, de
origem, de preço, de
troco, de opinião
entre
tantos outros
também ocorrem em
nossa língua
e para enforcar a todos seria necessário uma pesquisa voltada exclusivamente
para esse fim.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Indica
circunstância |
Chegou
cedo ao
trabalho |
Sintático |
Refere-se ao
verbo, adjetivo
ou advérbio |
Chegou
tarde.
Ele
é muito bonito
Chegou
bem tarde |
Mórfico |
É constituído de
advérbio ou locução
adverbial |
Chegou
cedo ao
trabalho.
Adv. Loc. Adv. |
Aposto
Conceito
– Palavra
ou expressão
que explica outro
termo, vindo na
frase,
geralmente depois
desse termo que
procura explicar
e que pode ser
substantivo,
pronome
ou verbo.
Normalmente aparece separado ou entre vírgulas.
O aposto também apresenta
diversificações
podendo ser explicativo,
enumerativo, recapitulativos, comparativo,
circunstancial, oracional e distributivo.
Na linguagem
enfática o aposto vem antes do termo
a que se refere.
Ex.: Cidade
satélite. Taguatinga é um grande centro comercial
do Distrito
Federal.
a) Aposto explicativo – Evidência
uma explicação do
fato
principal da ação e, geralmente, aparece entre
vírgulas.
Ex.: Castro Alves o poeta
da abolição faleceu ainda
jovem.
b) Aposto
enumerativo – Explica o fato a que se refere, enumerando-o.
Ex.: Tudo
nele era sadio corpo alma
e sentimentos.
c) Aposto
resumidor – Resume vários aspectos num só
termo.
Ex.: Ele tinha a família,
o trabalho, o lazer,
a saúde, tudo
o que qualquer
um desejaria.
d) Aposto comparativo – Indica uma comparação do elemento principal.
Ex.: Aquela criança,
um
verdadeiro
anjinho, era a
dona
do seu coração.
e) Aposto
circunstancial – É limitado a uma determinada
situação vinculada ao fato principal.
Ex.: Como
empresário
ele
era um
homem brilhante.
f) Aposto especificativo – Refere-se a
títulos
ou termos
gerais, especificando-os.
Ex.: Rua
das nações
O engenheiro
Jorge Rodrigues chegou ontem.
g) Aposto
ovacionar – Explica fato
relacionado a uma ação.
Ex.: Tudo
nele era sombrio,
que causava certa estranheza.
Vocativo
a)
Conceito
– É o termo que
não tem
importância
na estrutura da ação.
Elemento à parte
pode vir acompanhado
da interjeição
vocativa. Difere do aposto
justamente
pôr não manter ligação necessária com
a frase.
Ex.: Ó Lúcia vem cá!
Caro
leitor dirijo-me a
você neste momento.
Aspectos |
Definição |
Exemplos |
Semântico |
Indica chamamento |
Meninos
venham até aqui |
Sintático |
Não
se refere a nenhum termo da oração.
Pode estar em
qualquer
posição
na frase separa-se dos demais termos
pôr um sinal de pontuação, geralmente a vírgula |
Meninos
venham até aqui
Venham
meninos, até aqui.
Venham
até aqui
meninos. |
Mórfico |
É constituído de
advérbio ou Locução
adverbial |
Chegou
cedo ao
trabalho |
METODOLOGIA
O presente trabalho propagou-se de forma gradual, tendo início
com as aulas
expositivas, ministradas pelo
professor
Jesé Pereira.
Como
fundamento teórico foram utilizados
materiais
fornecidos e indicados pelo referido
professor,
bem como outros citados na bibliografia.
Os exercícios
estão dispostos,
primeiramente, seguidos da chave
de correção.
DESENVOLVIMENTO
Exercícios
gerais de Morfossintaxe
1-
Nas questões seguintes, diga a que
classe gramatical
pertence as
palavras
destacadas e diga a função sintática das mesmas:
a)
Pedro, enlouquecido, saiu da reunião.
b)
Não
os vejo faz um bom tempo.
c)
A redação do jornal estava fechada.
d)
Elas
são atenciosas para
com
todos.
e)
Os
alunos
foram aprovados.
f)
Os culpados são quatro.
g)
No ano passado,
Lúcia leu bastantes
livros.
h)
Você
precisa comer bastante.
i)
Aquelas pessoas têm necessidade
de ajuda. |
j)
Paulo não obedece às leis
de trânsito.
k)
Você,
Astronobalda,
não merece
respeito.
l)
O exercício foi resolvido por
ele.
m)
Ela
os tem como irmãos.
n)
Marionília não
se deu o luxo.
o)
A rua Minas Gerais foi interditada.
p)
A criança
chorou de novo.
q)
Não
sei o que
ela queria dizer.
r)
As crianças cujos pais viajaram estão preocupadas. |
2-
Classifique quanto
à predicação os
seguintes
verbos:
a)
Ela
confia nos amigos.
b)
Existe um só Deus.
c)
Atronobalda passou
a líder.
d)
Tudo
na vida
passa.
e)
Os sonhos sumiram.
f)
Astrulgência passou
a roupa.
g)
Leodegário passou
por
aqui.
h)
As senhoras permanecem chateadas.
i)
Eles
permanecerão no mesmo
lugar. |
j)
As crianças continuam
doentes.
k)
O vento virou o barco.
l)
Depois
de uma desilusão amorosa, Lalá
virou a cabeça.
m)
O trem chegou, apitou e parou.
n)
O tempo voa , benzinho.
o)
julgavam-no capaz.
p)
Os moradores
lhe pediram
ajuda.
q)
Edésia nasceu
rica.
r)
Pedro
não deu flores
para a namorada. |
3– Identifique sintaticamente o
conseqüente
das seguintes
estruturas
trimembres . Use AADN, para adjunto adnominal, AADV
para adjunto
adverbial; OI
para objeto indireto, CN
para complemento
nominal; AGP
para agente
da passiva e PRED,
para predicativo.
a)
Café
com pão.
b)
Pense no futuro.
c)
Cedo
chegaremos a Barretos.
d)
Luma era de Salvador.
e)
A casa foi vendida pelo
corretor.
f)
A entrada do prédio.
g)
A entrada no prédio.
h)
O retorno da
cavalaria.
i)
A água da fonte.
j)
O gosto pela leitura.
k)
Não
se faça de bobo.
l)
Não
se esqueça do jornal. |
m)
A entrega dos
mantimentos.
n)
Os desejos de
Antonieta.
o)
Desejoso de vitória
p)
Obedecemos às leis.
q)
Obediência
às leis.
r)
A compra dos cartazes.
s)
Moro longe do centro.
t)
Estava certa de seus sentimentos.
u)
A redação do aluno.
v)
A redação do jornal.
w)
O gosto de
chocolate.
x)
Ela
é querida de
todos. |
CHAVE
DE CORREÇÃO
Questão
número 01.
a)
adjetivo/adjunto
adnominal
b)
pronome subst,/
objeto
direto
c)
substantivo/adj.adnominal
d)
adjetivo/ predicativo
do sujeito
e)
substantivo/ sujeito
f)
numeral/
predicativo
do sujeito
g)
adjetivo/ adjunto
adnominal
h)
advérbio/
adjunto
adverbial
i)
substantivo/
complemento
nominal
|
j)
substantivo/ obj.
indireto
k)
substantivo/
vocativo
l) pronome substantivo/ agente
da passiva
m)
pronome
substantivo/ obj. direto
n)
conjunção/ obj.indireto
o)
substantivo/
aposto
p)
locução adverbial/ adj.adv
q)
conjunção/objeto
dire
r)
pronome/ adj.
Adnominal
|
Questão
número 02
a) VTI b) VI c) VL d) VI e)
VI f) VTD g) VI h) VL
i) VI j) VL k) VTD l) VL m)
VI,VI,VI n) VI
o) VTD p) VTDI q) VL r) VTDI
Questão
número 03
a) AADN b) OI c) AADV d) PRED e) AGP f) AADN
g) CP h) AADN i) AADN j)
CN k) PRED l) OI
m) CN n) AADN o) CN p)
OI q) CN r) CN
s) CN t) AADN u)
CP v) CP x) AGP
CONCLUSÃO
O presente trabalho foi de grande
importância para
nós, enquanto
alunos de
pós-graduação
em Língua
Portuguesa. Falante do
português
e professores de
língua
portuguesa, haja visto que me
proporcionou uma revisão de
morfossintaxe, percebendo
assim a riqueza
que contém cada
palavra, desde
a sua formação
até à função
desempenhada pela
mesma
dentro de uma
estrutura
lingüística, durante
a realização deste
trabalho, serviram para
comprovar que ensinar e estudar a norma culta da língua
portuguesa é um desafio,
pois há uma grande
diferença entre
ela a língua
falada pela
maioria dos
brasileiros.
Diante
de tal constatação percebe-se a
responsabilidade
que cada
professor de língua
portuguesa tem de demonstrar aos alunos a importância
de conhecer e dominar a
norma culta,
tendo consciência de que é a maneira
de participar ativamente
da vida em
sociedade.
BIBLIOGRAFIA
RIBEIRO,
Manoel Pinto.
Gramática Ampliada da
Língua
Portuguesa. 11ª ed. Rio de
Janeiro
: Metáfora., 2000.
NICOLA, José de & INFANTE, Ulisses. Gramática
Essencial. 11ª ed. São Paulo : Scipione. 1997.