A FILOLOGIA NA CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES
Apresentação
Estrutura da CBO
Portaria Nº 1.334, de 21 de Dezembro de 1994 (D.O.U. 23/12/94, seção 1 pág. 20388)
Apresentação
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) é o documento normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Sua última publicação data de 1994, resultante de atualização pontuais da estrutura editada pela primeira vez em 1982, com o título de CBO.
A CBO origina-se do Cadastro Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho e da Classificação Internacional Uniforme de Ocupações (CIUO) da Organização Internacional do Trabalho, de 1968.
O Ministério do Trabalho, por intermédio da Secretaria de Políticas de Emprego e Salário (SPES), no intuito de facilitar seu acesso aos usuários, está viabilizando a distribuição da CBO via Internet.
Você pode obter cópia da CBO94. Para maiores informações consulte-nos.
Divisão de Classificação
Brasileira de Ocupações E-mail: cbo.spes@mte.gov.br
Telefone: (061) 317-6600 Fax: (061) 226-0789
Estrutura da CBO
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) apresenta uma ordenação das várias categorias ocupacionais, tendo em vista a analogia dos conteúdos de trabalho e as condições exigidas para o seu desempenho.
A Categoria Ocupacional é um conceito genérico, aplicável a qualquer agrupamento classificatório de realidades do trabalho, enquanto que a ocupação é o agrupamento de tarefas, operações e outras manifestações que constituem as obrigações atribuídas a um trabalhador e que resultam na produção de bens e serviços.
As Categorias Ocupacionais que compõem a estrutura da CBO são: Grandes Grupos, Subgrupos, Grupos de Base e Ocupações.
Grande Grupo: é a categoria de classificação mais agregada. Reúne amplas áreas de emprego, mais do que tipos específicos de trabalho. Por força de sua amplitude, nem sempre se estabelecem inter-relações dos conjuntos aí reunidos.
· Grande Grupo 0/1 - Trabalhadores de Profissões Científicas, Técnicas, Artísticas e Trabalhadores Assemelhados.
Subgrupo: trata-se de agrupamento mais restrito que o grande grupo, e configura, principalmente, as grandes linhas do mercado de trabalho.
· Subgrupo 0-1 - Químicos, Físicos e Trabalhadores Assemelhados
Grupo de Base: também denominado grupo primário, grupo unitário e família ocupacional, reúne ocupações que apresentam estreito parentesco tanto em relação à natureza de trabalho quanto aos níveis de qualificação exigidos.
· Grupo de Base 0-11 - Químicos
· Grupo de Base 0-12 - Físicos
Ocupação: é a unidade do sistema de classificação. Para efeitos práticos, define-se a ocupação como o conjunto de postos de trabalho substancialmente iguais quanto a sua natureza e as qualificações exigidas. (O posto de trabalho corresponde a cada unidade de trabalho disponível ou satisfeita. Constitui-se de tarefas, obrigações e responsabilidades atribuídas a cada trabalhador). Pode-se ainda conceituar a ocupação como o conjunto articulado de funções, tarefas e operações destinadas à obtenção de produtos ou serviços.
· Ocupação 0-11.05 - Químico industrial, em geral (exceto química agrícola)
· Ocupação 0-11.10 - Químico, em geral
· Ocupação 0-11.25 - Químico (tratamento de água)
As categorias ocupacionais têm como elementos básicos de identificação o título, o código e a descrição.
Título: cada categoria é identificada por um título ou denominação principal, com a preocupação fundamental de que o título exprima a realidade do trabalho. Devido a existência de grande variedade de denominações regionais ou setoriais, a CBO inclui uma relação de sinônimos de maior significação denominado Índice Alfabético, que espelha, de forma mais real e abrangente possível, o universo ocupacional brasileiro, incorporando regionalismos e denominações características, adotadas nas mais variadas atividades e setores.
Descrição: procura responder a três questionamentos básicos: o que se faz, como e com que se faz e para que se faz. A cada categoria ocupacional corresponde uma descrição de atribuições e tarefas. Para ocupações fundamentais, a descrição compõe-se de três núcleos:
· 1º - sumário, constituído por informações gerais sobre o conteúdo do trabalho.
· 2º - tarefas principais, isto é, as atribuições que exigem do trabalhador maior concentração de esforço físico, mental, habilidades, tempo e outros fatores. As tarefas são, usualmente, ordenadas segundo uma sequência lógica resultante da análise dos processos de execução.
· 3º - tarefas secundárias, opcionais ou acessórias, as quais, embora não fazendo parte da essência da ocupação, guardam alguma analogia com as principais. Vêm precedidas da palavra Pode.
Código: o sistema básico de codificação da CBO tem a amplitude máxima de cinco campos, correspondente à categoria mais desagragada. A codificação é numérica, onde o primeiro dígito identifica o grande grupo; os dois primeiros, o subgrupo; os três primeiros, o grupo de base; e cinco dígitos, a ocupação. Tomando como exempo a ocupação de emissor de passagens, cujo código é 3-32.40, tem-se:
· o dígito 3 identifica o grande grupo dos trabalhadores de serviços administrativos e trabalhadores assemelhados
· os dígitos 3-3 determinam o subgrupo dos trabalhadores de serviços de contabilidade, caixas e trabalhadores assemelhados
· os dígitos 3-32 representam o grupo de base dos atendentes de guichês, bilheteiros e trabalhadores assemelhados.
Dois grandes grupos e subgrupos estão identificados por códigos duplos ou triplos, devido à sua amplitude: são os grandes grupos 0/1, trabalhadores das profissões científicas, técnicas, artísticas e trabalhadores assemelhados, e 7/8/9, trabalhadores de produção industrial, operadores de máquina, condutores de veículos e trabalhadores assemelhados, e os subgrupos 0-6/0-7, médicos, cirurgiões-dentistas, médicos veterinários, enfermeiros e trabalhadores assemelhados, e 1-3/1-4, professores. A utilização de códigos múltiplos só se verifica , porém, em nível de agrupamento maior, não sucedendo o mesmo às categorias ocupacionais incluídas. O grande grupo dos membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares, é identificado, excepcionalmente, pela letra X.
Portaria Nº 1.334, de 21 de Dezembro de 1994
(D.O.U. 23/12/94, seção 1 pág. 20388)
O MINISTÉRIO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal:
Considerando a necessidade de uniformizar os títulos e codificar as ocupações brasileiras, para fins de pesquisa sobre o mercado de trabalho e a estrutura ocupacional;
Considerando os estudos da Organização Internacional do Trabalho, consolidados na Classificação Internacional Uniforme de Ocupações;
Considerando que o "Projeto de Planejamento de Recursos Humanos" Bra/70/550 decorrente do convênio entre o governo do Brasil e o programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), com a colaboração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), previu, entre seus objetivos, a elaboração de uma Classificação Nacional de Ocupações a fim de unificar a nomenclatura para as estatísticas de trabalho;
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, versão 94, para uso em todo o território nacional;
Art. 2º - Determinar que os títulos e códigos constantes na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO sejam adotados;
I. nas atividades de registro, inscrição, colocação e outras desenvolvidas pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE);
II. na Relação anual de Informações Sociais (RAIS);
III. nas relações dos empregados admitidos e desligados - CAGED, de que trata a Lei Nº 4923, de 23 de dezembro de 1965;
IV. na autorização de trabalho para mão-de-obra estrangeira (imigração - anexo - I);
V. nas atividades de preenchimento do certificado de dispensa do Seguro Desemprego (CD);
VI. no preenchimento do contrato de trabalho na CTPS;
VII. nas atividades e programas do Ministério do Trabalho, quando for o caso;
Art. 3º - A Secretaria de Políticas de Emprego e Salário fica autorizada a celebrar convênios com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com outras instituições, com o objetivo de compatibilizar as Classificações atuais com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO);
Art. 4º - A Secretaria de Políticas de Emprego e Salário baixará as normas necessárias à regulamentação da utilização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Parágrafo único - Caberá à Coordenação de Identificação e Registro Profissional, através da Divisão da Classificação Brasileira de Ocupações, atualizar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, procedendo às revisões técnicas necessárias com base na experiência de seu uso.
Art. 5º - Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) são de ordem administrativa e não se estendem às relações de emprego, não havendo obrigações decorrentes da simples mudança da nomenclatura do cargo exercido pelo empregado;
Art. 6º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando obrigado o uso da nova nomenclatura nos documentos oficiais a que aludem os itens II, III, IV, V e VI, da artigo 2º.
Art. 7º - Fica revogada a Portaria 3654, de 24 de novembro de 1977, e demais disposições em contrário.
MARCELO PIMENTEL
Projeto de modernização da CBO
Pesquise diretamente a CBO e conheça as características ocupacionais das profissões que lhe interessarem |
Parte superior do formulário Digite o título a ser procurado. Use a acentuação corretamente OUTRAS OPÇÕES Parte inferior do formulário |
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Partindo-se dos "grandes grupos", navegue pelos "subgrupos" e "grupos de base" da CBO, até chegar à ocupação que deseja. |
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Faça o download completo da Base CBO (5.6Mb) e manipule a base de dados Access no seu computador. |
Informações Gerais sobre a CBO
Código CBO: 1-95.20 |
Título: Filólogo |
Sinônimos: |
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Descrição Resumida: Realiza estudos científicos sobre a origem, evolução e estrutura das línguas, em documentos escritos, analisando combinações lingüísticas, sons e articulações, fazendo comparações entre as línguas antigas e modernas e identificando, classificando, reconstruindo e decifrando as arcaicas ou não muito conhecidas, através de textos escritos, para determinar a etimologia e evolução das palavras, seus significados e definir estruturas lingüísticas: |
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Descrição Detalhada: Estuda a etimologia, evolução e significado das palavras, analisando documentos escritos e fazendo comparações entre línguas antigas e modernas, para definir estruturas lingüísticas; estuda sons e articulações da linguagem e suas combinações nas diferentes línguas, analisando símbolos e códigos estabelecidos na reprodução da fala, para caracterizar distinções lingüísticas; realiza pesquisas sobre línguas semidesco-nhecidas, identificando-as através do estudo de documentos ou por outros meios, para obter uma base de comparatividade com outras línguas; reconstrói e decifra línguas arcaicas ou desconhecidas, estudando e comparando sinais e documentos escritos encontrados em escavações arqueológicas, a fim de obter elementos para estudo de outras línguas; elabora dicionários e outras obras similares, organizando sistemas de classificação relativos à significação, para esclarecer os estudiosos e proporcionar o conhecimento de diversas línguas. Pode especializar-se em um determinado campo da filologia, como fonética, lexicologia, semântica ou morfologia, e ser designado de acordo com a especialização. |
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES
Projeto de Mudança
Temos presenciado profundas transformações no mundo do trabalhador. Globalização, difusão de novas tecnologias, novas formas de organização do trabalho; são alguns exemplos das mudanças que vêm exigindo dos trabalhadores o desenvolvimento de novas competências frente a sua profissão.
O próprio conceito de ocupação têm se modificado. A antiga forma de classificação baseada em pequenas qualificações fixas, está sendo substituída por sistemas mais versáteis, flexíveis e amplos.
A CBO - Classificação Brasileira de Ocupações passa, igualmente, por profundas modificações.
Atualmente a CBO é utilizada para registros administrativos (RAIS e CAGED), carteira de trabalho, imposto de renda, imigração, pesquisas salariais, estatísticas oficiais, definição de políticas de emprego, entre outros. O objetivo é que a nova CBO seja a única classificação ocupacional, passando a ser utilizada também para os registros domiciliares (censo).
Outro objetivo é garantir a atualização e a competitividade da nossa mão-de-obra em nível internacional. Para tanto, nosso sistema deverá estar em sintonia com as ocupações dos demais países com os quais o Brasil mantém relação. Por isto a elaboração da CBO tem como norteador a Classificação Internacional Uniforme de Ocupações - CIUO, que fornece aos países um sistema referencial que permite uma comparação de ocupações em âmbito internacional.
Este grande projeto, que teve início em 1996 e está sendo conduzido no âmbito da CONCLA - Comissão Nacional de Classificação, conta com o apoio de Confederações, Federações, Sindicatos, Associações, Áreas de Recursos Humanos, com destaque para o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas você também pode participar.
Etapas do Projeto
Em 1996, o Ministério do Trabalho e Emprego, em pareceria com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, organizou uma proposta de estrutura de famílias ocupacionais e seu dicionário. O documento proposto foi amplamente divulgado e em 1997 foi organizada uma série de reuniões com sindicatos, órgãos de formação profissional, escolas técnicas, universidades e institutos de pesquisa, para sua validação. O trabalho foi encerrado em outubro de 1998.
Uma vez definido essa estrutura básica inicial, a próxima etapa consiste na elaboração das descrições (conteúdo do trabalho) de cada uma das famílias ocupacionais.
Para efetuar a descrição das famílias, é utilizada uma metodologia que consiste em reuniões com grupos de trabalhadores (chamados de Grupo Especialista) que são especialmente convidados por serem considerados profundos conhecedores da sua profissão e respeitados pela seu desempenho profissional. O objetivo é identificar as competências, habilidades e principais atividades de cada família ocupacional.
Para esta etapa do projeto, o MTE conta com as seguintes parcerias:
· SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, que através do CIET - Centro Internacional para Educação Trabalho e Transferência de Tecnologia, está responsável pela descrição de 253 famílias do setor industrial.
· FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, responsável pela descrição de 120 famílias dos profissionais das ciências sociais e humanas, dirigentes de empresas, comércio, serviços e administração.
· FUNCAMP - Fundação de Desenvolvimento da Unicamp, responsável pela descrição de 50 famílias ocupacionais que integram as classes profissionais de ensino, jurídicos, de atendimento ao público e cultural.
· FUNDEP - Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do CEDEPLAR - Centro de Desenvolvimento Planejamento da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, responsável por 105 descrições das famílias ocupacionais do técnicos e trabalhadores dos segmentos agropecuários, florestal e pesca e profissionais das áreas das ciências e da engenharia.
Uma vez elaborada a descrição pelo Grupo de Especialistas, passa-se para a fase de validação desses conteúdos. Esta fase, que ocorre ao final de cada reunião dos Grupos de Especialistas, é realizada pelo Comitê de Validação. Este comitê é formado por profissionais com reconhecida competência técnica, facilidade de comunicação, influentes em seu meio de atuação e atualizados a respeito das novidades que dizem respeito a ocupação, e seu papel é ajustar as descrições propostas para cada família.
Tanto a nomenclatura como o índice de sinônimos estão sendo testados pelo IBGE nos experimentos-piloto que antecedem o censo populacional 2000.
Famílias Descritas
Selecione a opção que possua a inicial da família descrita a ser pesquisada.
O que já aconteceu
Data: |
05 a 06 de julho de 2001 |
Família Ocupacional: |
Filólogos, Intérpretes e Tradutores |
Entidades colaboradoras: |
Apic Associação Profissional dos Inter. de Conferências Autônoma Berlitz Global Services Ltda Margil Administração e Empreendimentos Ltda Ministério da Fazenda Unitrad Universidade de São Paulo Universidade do Rio de Janeiro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul |
Profissionais convidados: |
Alana Madureira Amy Herszenhorm Bruno Fregni Bassetto Francisco G. Labate João Bortolanza José Pereira da Silva Luís Antônio Lindo Paulo Antônio Wengorski Rosiléia Pizarro Carnelós Stella Engelberg Meyer Wânia Cássia Garcia Grandesso |