PLANOS DISCURSIVOS EM SAMBAS DE ENREDOS NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Paulo Monteiro Soares (UFF)
1. Apresentação
Esta comunicação tem por objetivo divulgar dados referentes ao anteprojeto de tese de Doutorado em Letras (área de concentração: Estudos Lingüísticos), cuja proposta consiste em investigar planos de relevância discursiva (Hopper, 1979; Naro & Votre, 1996; Silveira, 1990, 1997; Neves, 1997; Vieira, 1995) em sambas de enredo numa perspectiva histórica. Tal projeto pretende dar continuidade à pesquisa desenvolvida para a dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa intitulada Relevância Discursiva em Sambas de Enredo do Carnaval Carioca dos Anos 90 (defendida em 2000).
Tomamos por base os pressupostos teóricos do Funcionalismo norte-americano (Givón, 1995; Hopper & Thompson, 1980, 1999; Sweetser, 1990; Lakoff & Turner, 1989; Martelotta et alii, 1996; Abraçado et alii, 1997; Votre et alii, 1998; Furtado da Cunha et alii, 2002; Rios de Oliveira, 1998; entre outros). Propomos, desta forma, o refinamento dos planos discursivos figura (o principal, o central, o nuclear) e fundo (o secundário, o detalhe, o satélite), investigados inicialmente por Hopper (1979) e Silveira (1990, 1997), em um tipo textual pouco abordado em estudos lingüísticos: o samba de enredo. Como o Funcionalismo preocupa-se em observar a língua em uso (Naro & Votre, 1996), optamos por observar a interface gramática/discurso em samba de enredo (poema feito para ser cantado por milhares de pessoas por cerca de oitenta minutos) devido ao fato de este constituir-se num tipo peculiar de uso lingüístico.
Ressaltamos a importância de se analisar tal gênero textual numa abordagem funcional pelo fato de as escolas de samba, sobretudo as do Rio de Janeiro, terem obtido elevada repercussão na mídia (televisão, rádio, jornais, revistas) a partir do final da década de 50, quando as elites cultural e econômica passaram a prestigiar o espetáculo realizado pelas principais escolas de samba do Rio de Janeiro. Devemos salientar ainda o fato de o samba de enredo bem como o desfile das agremiações cariocas terem despertado o interesse de diversos estudiosos da cultura popular brasileira, dentre os quais citamos os seguintes: Valença, 1983, 1996; Cabral, 1996; Tinhorão, 1986; Augras, 1998; Longhi, 1997; Costa, 2001; Saturnino, 2001 e Santos, 2001 .
2. Tipologia de sambas de enredo dos anos 90
Na dissertação de Mestrado (Soares, 2000), constatamos a existência de um continuum de relevância, em se tratando de sambas de enredo dos anos 90, o qual obedece à seguinte ordem:
1º) sambas narrativos- estes possuem características próximas ao plano de figura de narrativas prototípicas (orais ou escritas), como seqüencialidade, dinamicidade, perfectividade, modo realis e aspecto télico.
A seguir, apresentamos um exemplo de samba de enredo narrativo que comporta praticamente todos os traços caracterizadores de uma letra de samba narrativo - Já vi este filme (São Clemente, 1991).
Avancei no tempo
O mundo parou (acabou)
Carnaval festa profana
Satã é o imperador
“Clementius” do espaço sideral
Criou a terra céu e mar
Do Clementônio fez o homem
Que a mulher originou
A longo prazo tudo se multiplicou
(E assim)
E assim, viu que tudo dava certo
Desceu para ver de perto
Toda a sua criação
Com treze naus invadiu nosso torrãoViu muito bumbum de fora e a missa rezou
Trouxe os saturnafricanos e os escravizou“Na evolução do tempo
Veio a voz da liberdade (liberdade
Com a corda no pescoço
Se calou sem piedade
“Clementius” que não é bobo
Vendo o mundo diferente
Sem querer ser comandado
Tinha um plano traçado
Elegeu-se presidentePassaram os anos foi aberta a exceção
Diretamente vai às urnas o povão
Cansado confiscado sem saber o que fazer
Vendo “Clementius” novamente no poderÉ brincadeira quá... quá...quá
Pau Brasil que nasce torto
Sempre torto vai ficar
2º) sambas híbridos - resultantes da fusão dos planos de figura do samba de enredo narrativo com o temático, ou seja, uma parte do samba é narrativa e a outra é marcada pela ausência de narratividade.
Apresentaremos um exemplo prototípico de samba de enredo do tipo AB. O samba intitula-se De Gama a Vasco, a epopéia da Tijuca, defendido pela Unidos da Tijuca em 1998:
Através da mão divina (amor)
Naveguei, naveguei
O meu sonho de menino
Quis assim o meu destino
Portugal e toda Europa encantei
Naveguei
Novos povos encontrei
Por tempestades e lendas eu passei
Para um almirante a coragem é lei
Por tantos mares viajei
Na Índia, eu então cheguei
Veio o progresso nessa aventura
Descobertas e culturas
Parte Narrativa (A) É nessa onda que eu vou
O povo vai recordar
Vem com a Unidos da Tijuca festejarRio de Janeiro brasileiro meu irmão
Sou Vasco da Gama tantas vezes campeão
Quando entra no gramado me alucina
Esse clube da colina, centenário de paixão
Estrela no céu a brilhar
Que faz essa galera delirarVamos vibrar, meu povão (é gol, é gol)
A rede vai balançar, vai balançar
Sou Vasco da Gama, meu bem
Campeão de terra e marParte Não-narrativa (B)
3º) sambas temáticos - são caracterizados pela ausência de narratividade, isto é, nestes sambas de enredo predomina a exaltação exarcebada de seres concretos e/ou abstratos mediante descrições e comentários, marcados pelos seguintes traços: atemporalidade, estaticidade, imperfectividade, modo irrealis, aspecto durativo.
Como exemplo de samba de enredo temático, apresentamos Todo o azul que o azul tem (Portela, 1992):
Encontrei no pavilhão da minha escola
A beleza mais notória
Pro meu visualTá nas cores da bandeira do meu país
Tá no espaço sideral
Não esquente a cabeça
Tá tudo azul, tudo legal
Olha nós aí de novo com a Portela
Azulando o seu astral
É dos deuses
É divinal
Vem da Pérsia
Tradicional
Quero a alegria de um azulão
Sobrevoando o lindo azul do mar
Dei bilhete azul para a tristeza
Amor, vem comigo sambar
Ó estrela
Soberana, triunfal
Cor de pedra preciosa
Traz a nobreza para o carnaval
Que saudade, que felicidade
Novamente lhe encontrar
Eu sou o rio que passou em sua vida
Tem corações se deixando levar
A escala de relevância discursiva em sambas de enredo proposta configura-se da seguinte forma:
Narrativos > | Híbridos > | Temáticos |
+ prototípicos | - prototípicos | |
- metafóricos | + metafóricos |
Vinculado à iconicidade e à relevância, surge o conceito de metáfora (Martelotta et alii, 1996: 31-2): processo de transferência semântica, em que usamos uma forma ou construção para representar um significado estreitamente relacionado com o significado a que, até então, a forma vinha sendo relacionada.
A metáfora acarreta o deslizamento semântico, ou seja, transferência de domínio conceptual (Sweetser, 1990) de determinados referentes abordados pelos enredos das escolas de samba. Os sambas de enredo narrativos são menos metafóricos do que os temáticos, uma vez que estes tendem a passar por um processo elevado de abstratização dos enredos (como, por exemplo, a noite, o azul, a estrela, a loucura, assuntos que não têm uma história a ser relatada)
3. Proposta de análise
Assim como no Mestrado (Soares, 2000), propomos para a tese de Doutorado a análise da relevância discursiva (Hopper, 1979; Naro & Votre, 1996; Silveira, 1990, 1997; Neves, 1997), propriedade discursiva responsável pela distribuição das informações ao longo do todo textual, dependendo do tipo de texto em questão numa perspectiva histórica. Altamente vinculada ao conceito de iconicidade (função > forma), a relevância discursiva determina os traços caracterizadores de cada tipo textual: as narrativas caracterizam-se pelo relato de um fato real ou imaginário em seqüência cronológica e dinâmica; as descrições servem para retratar características físicas e/ou psicológicas de um ser concreto ou abstrato; as dissertações espelham a opinião do autor a respeito de determinados assuntos.
Até há pouco tempo os estudos acerca de relevância centravam-se geralmente em narrativas orais ou escritas (Hopper & Thompson, 1980) ou cláusulas de conversação espontânea do Inglês Contemporâneo (Hopper & Thompson, 1999). Assim, ao propormos a análise dos planos discursivos em sambas de enredo, temos o objetivo de refinar as categorias figura e fundo, a partir de uma perspectiva histórica.
Partimos da investigação da manutenção ou ausência do continuum de relevância observado nos anos 90 e tomamos por base a análise de sambas de enredo produzidos nas décadas de 40, 50, 60, 70 e 80. Pretendemos verificar a provável interferência dos contextos histórico, social e cultural sobre a organização das informações e, por conseguinte, da temática dos enredos no corpus a ser constituído. Optamos inicialmente, com base em critérios aleatórios, por analisar os sambas produzidos pelas quatro escolas mais tradicionais do carnaval do Rio de Janeiro: Estação Primeira de Mangueira, Portela, Império Serrano e Acadêmicos do Salgueiro. Embora saibamos que Ismael Silva, juntamente a outros sambistas do Estácio, fundou a primeira escola de samba do Rio de Janeiro em 1928 (Alves Filho, 2000: 9), devemos salientar o fato de termos dado prioridade aos sambas de enredo produzidos a partir da década de 40 em função de ter ocorrido justamente nesta década o surgimento do samba de enredo como o conhecemos na atualidade (Augras, 1998; Santos, 1998; Alves Filho, 2000).
Aluízio Alves Filho (2000), ao fazer uma análise do discurso político-ideológico nos sambas de enredo “Exaltação a Tiradentes” (Império Serrano, 1949) e “Chica da Silva” (Acadêmicos do Salgueiro, 1963), constata que o samba de enredo passou por transformações ao longo de sua trajetória. Segundo o autor, o samba de enredo de 1949 foi construído dentro da linha tradicional enquanto o de 1963 promoveu uma ruptura com a tradição da organização das informações ao longo do corpo do texto. Para Alves Filho, “Exaltação a Tiradentes” (samba narrativo) retrata a necessidade por parte dos moradores dos morros e subúrbios de agradar as autoridades constituídas para serem aceitos pela sociedade (as camadas privilegiadas). Tal fato ocorre mediante a estrutura tradicional do samba de enredo (texto curto, no caso com treze versos, que relata a trajetória de Joaquim José da Silva Xavier/Tiradentes de acordo com os manuais didáticos de ensino primário e secundário). A política ufanista vivenciada durante o Estado Novo levou as escolas de samba a fazerem apologia dos grandes vultos da pátria (como Tiradentes), ode aos momentos decisivos (como o Descobrimento do Brasil), exaltação a feitos bélicos, sempre contra estrangeiros (como a 2ª Guerra Mundial) e elegia às belezas naturais do país ( as regiões e suas riquezas). O samba de enredo tradicional abordava fatos relevantes para a literatura didática a fim de apagar a imagem negativa que os sambistas tinham na sociedade (sambista era sinônimo de marginal e vagabundo até meados do século XX).
Em contrapartida, “Chica da Silva”, samba narrativo de grande sucesso defendido pelo Salgueiro em 1963, retrata a transformação da sociedade, das agremiações cariocas e da estrutura do samba de enredo. “Chica da Silva” é constituído por trinta e quatro versos, portanto mais complexo que “Exaltação a Tiradentes”; nele faz-se apologia à trajetória de uma mulher negra e escrava, fugindo, portanto da temática tradicional. Segundo Alves Filho (2000: 25), as mudanças ocorridas nas escolas de samba devem ser atribuídas à transformação por que passou a sociedade. Em 1963, a sociedade caracterizava-se por fortes tensões coletivas e aspirações de mobilidade individual decorrentes da crescente industrialização do país, sobretudo no governo de Juscelino Kubitscheck (1955/1960). As relações sociais tornaram-se cada vez mais competitivas. O sistema político-partidário inaugurado em 1946 permitiu o avanço do populismo. Desta forma, os políticos populistas se aproximaram das Escolas de samba com a intenção de obterem votos da população dos morros e dos jovens de classes médias urbanas, que freqüentavam os ensaios de quadra.
O sucesso de “Chica da Silva” deve-se ao enfraquecimento das marchinhas carnavalescas na década de 50 (Alves Filho, 2000: 29), o qual abriu espaço para o crescimento gigantesco das músicas compostas por blocos de embalo e escolas de samba no que se refere à divulgação por parte das rádios. Além disso, o samba do Salgueiro mostrava a vitória do amor sobre o preconceito racial, ou seja, a mulher negra e escrava supera as barreiras sociais utilizando-se do amor para ascender socialmente. Chica da Silva passa por um processo de “embranquecimento” ao romper com sua identidade social e étnica, integrando-se à classe dominante do século XIX a partir do momento em que adere ao catolicismo. Existe, assim, no samba em questão a fusão do profano (o amor) com o sagrado (a religião). Chica da Silva ficou próxima do imaginário coletivo por representar a síntese do sonho concretizado: amor, mobilidade social, respeitabilidade, poder e fartura (Alves Filho, 2000: 31). Assim, o samba de enredo do Salgueiro caiu no gosto popular, promovendo a progressiva transformação das escolas de samba, desde a concepção de desfile até a estrutura e a temática do samba de enredo: enredos e sambas-enredo pós “Chica da Silva” passaram a girar em torno de culturas, festas, personagens e feitos populares (Alves Filho, 2000: 31), deixando de lado o ufanismo e os temas da historiografia oficial.
Entretanto, após efetuarmos breve análise do corpus (sambas de enredo das décadas de 40 a 80 até o presente momento coletados), observamos, discordando de Alves Filho (2000), que a ruptura em relação à temática tradicional se dá em 1960 com o samba de enredo “Quilombo dos Palmares”, defendido pela Acadêmicos do Salgueiro. No samba narrativo citado (de autoria de Noel Rosa de Oliveira e Anescar Rodrigues), ocorre pela primeira vez na história das escolas de samba a exaltação à trajetória de um negro que fora escravo e encontrava-se refugiado em um quilombo em Pernambuco no período colonial (no caso, Zumbi dos Palmares), até então desconhecido de grande parcela da sociedade brasileira e, sobretudo, ausente dos manuais didáticos de História Oficial. Zumbi foi exaltado justamente por ser considerado um herói bem como representar os ideais de igualdade e liberdade tão desejados pelos negros escravizados pelos colonizadores (na época, portugueses e holandeses). Desta forma, consideramos “Quilombo dos Palmares” (1960) o verdadeiro marco de ruptura com a temática dos sambas de enredo, embora a estrutura básica de organização das informações não tenha sofrido alterações, o que ocorreria somente na década de 70 (Saturnino, 2001). Investigaremos tal proposta com mais rigor em próximos estágios da pesquisa. A seguir, apresentamos a letra do samba em questão:
No tempo em que o Brasil ainda era
Um simples país colonial
Pernambuco foi palco da história
Que apresentamos nesse carnaval.
Com a invasão dos holandeses
Os escravos fugiam da opressão
E do jugo dos portugueses.
Esses revoltosos
Ansiosos pela liberdade
Nos arraiais de Palmares
Buscavam a tranqüilidade.
Ô-ô-ô-ô-ô-ô
Ô-ô-ô-ô-ô-ô.Surgiu nessa história um protetor.
Zumbi, o divino imperadorResistiu com seus guerreiros em sua Tróia
Muitos anos
Ao furor dos opressores,
Ao qual os negros refugiados
Rendiam respeito e louvor.
Quarenta e oito anos depois
De luta e glória
Terminou o conflito dos PalmaresE lá no alto da serra
Contemplando a sua terra
Viu em chamas a sua Tróia
E num lance impressionante
Zumbi no seu orgulho se precipitou
Lá do alto da serra do Gigante.Meu maracatu (bis)
É da coroa imperial (bis)
É de Pernambuco (bis)
Ele é da casa real. (bis)
4. Considerações finais
A análise dos planos discursivos em sambas de enredo numa perspectiva histórica pode vir a trazer elucidações acerca da estruturação informacional ao longo da trajetória das escolas de samba, surgidas nas primeiras décadas do século XX. Pretendemos, em nossa pesquisa, ainda em estágio inicial, demonstrar como se dá a interferência da História (oficial ou não), da sociedade e da cultura (em seus diversos sentidos) no fluxo informacional do nosso objeto de análise: o samba de enredo produzido pelas quatro escolas mais tradicionais do carnaval do Rio de Janeiro (Mangueira, Portela, Império Serrano e Acadêmicos do Salgueiro).
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