RETRATO FALADO:
UMA ANÁLISE DAS "FALAS" DE GAROTINHO ATRAVÉS DO GÊNERO TEXTUAL "FRASES"

Pedrosa, Cleide Emília Faye (UFS e UFPE)

 

1 Introdução: Um gênero Textual: “Frase”

A vida em sociedade pressupõe uma necessidade de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente através da língua (Pedrosa, 2002a). Vista, neste trabalho, como uma atividade social, histórica, cognitva e interativa. Visão reforçada pelo posicionamento de Bakhtin (1992:283), a “língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua”.

De acordo com Fairclough (2001:90), a prática social apresenta várias orientações (econômica, política, cultural, etc), e que o discurso pode ser indicado em todas essas práticas.

Ao considerar os gêneros como modos particulares tanto de produção como de consumo social de textos e ao verificar que a sociedade sempre está sujeita a transformações históricas, podemos afirmar que os gêneros também vão sofrer influência dessas transformações. Isso justifica por que os gêneros apresentam uma classificação aberta e provisória. Nas palavras de Marcuschi (2000:07), os gêneros “variam, desaparecem, reaparecem sob novas formas, aparecem outros novos”

Após lermos alguns relevantes trabalhos sobre gêneros (Bakhtin, 1992; Bronckart, 1999; Marcuschi 2002 e outros) e considerando o fato de não termos encontrado nenhum estudo sobre “frases”, como o estamos concebendo, então classificamos esse material como gênero (Pedrosa, 2002) por apresentar características peculiares e culturalmente servir a um propósito.

As revistas e jornais que se utilizam desse gênero, geralmente, apresenta a mesma estrutura padrão em seu registro: ‘fala’ do locutor e (re)contextualização do evento comunicativo onde estava inserida a ‘fala’.

Exemplos:

Estrutura padrão

“Levo desvantagem em relação a Lula e Ciro porque eles estão desocupados e eu tenho de trabalhar.”
Anthony Garotinho
, governador do Rio, sobre a disputa para a corrida presidencial (Veja, 13/06/01)

Estrutura: locutor: Anthony garotinho + aposto: governador do Rio + tópico tratado: sobre a disputa para a corrida presidencial

 

1 Papel social do locutor

Segundo Fairclough (2001), há três aspectos dos efeitos construtivos do discurso, correspondentes a três funções da linguagem:

1o - construção de identidades sociais, posições do sujeito, e sujeitos sociais, e tipos de ‘eu’ (função identitária).

2o - construção das relações sociais entre as pessoas (função relacional), como essas relações são representadas e negociadas entre os participantes.

3o - construção de sistemas de conhecimento e crença (função ideacional), está relacionada “aos modos pelos quais os textos significam o mundo e seus processos, entidades e relações.” (Fairclough, 2001: 92)

O discurso pode ser visto como prática política e ideológica. Como prática política, o discurso estabelece, mantém e transforma as relações de poder e as entidades coletivas onde existe relação de poder. É uma arena de luta de poder e também arena delimitadora na luta de poder. Como prática ideológica, o discurso constitui, naturaliza, mantém e também transforma os significados do mundo de diversas posições nas relações de poder. A prática ideológica está submetida à prática política que se encontra em um nível superior.

Exemplos: as funções identitária, relacional e ideacional.

A - o ‘eu’ constrói sua identidade social:

“Eles é que erraram a pergunta.”
Anthony Garotinho, governador fluminense, culpando a produção do Show do Milhão por seu vexame de não ter sabido responder que a água é composta de oxigênio e hidrogênio (Veja, 09/01/02)

Ser vice para quê? Para perder? Não tem conversa com o PT.”
Anthony Garotinho, governador do Rio, sobre ser vice de Lula, do PT (Época, 18/03/02)

Através de uma leitura superficial, poderíamos pensar que, nesse gênero textual, o editor está apenas registrando a ‘fala’ e recuperando o contexto do evento comunicativo, porém tal não ocorre. Um leitor-analista irá identificar que a intencionalidade do editor se manifesta a partir da própria escolha da ‘frase’ para constar na secção, por isso que resolvemos nomear o contexto como (re)contexto por ser uma atividade que mostra o ‘lado’ (side) do editor, então o que temos, na verdade, em relação às posições e identidade sociais do locutor, é que elas não são construídas ou determinadas pelo próprio ‘eu’, porém, pelo editor.

B- o ‘eu’relaciona-se com o ‘outro’: negociação ou imposição?

"Já tinha de enfrentar o César, agora ainda vou ter de enfrentar o Brutus?"
Leonel Brizola, pré-candidato a prefeito do Rio (PDT), referindo-se ao concorrente do PTB, Cesar Maia, e à sua cria política, Anthony Garotinho, que estaria trabalhando por sua derrota nas urnas (Istoé, 13/06/2000)

“Meu desejo sincero é apoiá-lo, mas tudo tem limite. Não posso ser chamado, em seis meses, de Mussolini, de Brutos e de líder de uma seita tupiniquim”
Anthony Garotinho, governador do Rio de Janeiro, respondendo a Leonel Brizola (Istoé, 13/06/2000)

“Garotinho está deixando uma dívida impossível de ser coberta. O partido vai pedir sua prisão.” [César Maia, prefeito do Rio (PFL), sobre as denúncias de que a gestão de Anthony Garotinho tenha déficit de R$ 1 bilhão] (Época, 04/03/02)

“Se ele (César Maia) pedir minha prisão, pedirei a internação dele.”

[ Anthony Garotinho , governador do Rio, em resposta ao prefeito carioca] (Época, 04/03/02)

 

Você mente.”
Leonel Brizola, presidente do PDT, para o governador fluminense Anthony Garotinho (Veja, 12/7/2000)

“O senhor também mente.”
Anthony Garotinho
, respondendo a Brizola, num jogo em que o empate é um bom resultado (Veja, 12/7/2000)

Na construção do espaço discursivo, nota-se uma arena em que o ‘eu’ e o ‘outro’ tentam delimitar seu espaço e seu poder. O papel do editor é vital na preparação dessa arena. O efeito de sentido dessa luta, em que o ‘eu’ e o ‘outro’ lutam para ser ouvidos e dominar o espaço discursivo, só é identificado a partir do papel do editor que, ao selecionar as duas ‘falas’ e as aproximar no espaço gráfico, consegue o objetivo desejado.

C- o ‘eu’ e seu sistema de crenças:

"O PT é um partido de gente falsa, de fariseus, de sepulcros caiados."
Anthony Garotinho, em discurso na Baixada Fluminense (Veja, 27/03/02)

“Sou contra homossexualismo, mas amo os homossexuais.”

Anthony Garotinho, governador do Rio de Janeiro (Época, 12/11/ 01)

 

“O governo Fernando Henrique é muito ruim. No Brasil dele, só os banqueiros ganharam dinheiro. Minha (máquina) parece uma maquinazinha de costura em comparação com a do governo, que é de triturar.”
[Anthony Garotinho, governador do Rio e pré-candidato pelo PSB, criticando o governo FHC] (Época, 25/03/02)

A função ideacional tem o objetivo de explicitar o mundo, ou a visão de mundo construída. A Construção de sistemas de conhecimento e crença nos vem através da visão do sujeito (ou nesse caso, será que é a visão que o editor recorta para nós?)

2. Intertextualidade entre o discurso religioso e político

Foi Kristeva quem primeiro utilizou o termo intertextualidade nos anos 90 quando de suas apresentações sobre os trabalhos de Bakhtin. Bakhtin assim se expressa:

nossa fala... é preenchida com palavras de outros, variáveis graus de alteridade e variáveis graus do que é de nós próprios, variáveis graus de consciência e de afastamento. Essas palavras de outros carregam com elas suas próprias expressões, seu próprio tom avaliativo, o qual nós assimilamos, retrabalhamos e reacentuamos. (apud Fairclough, 2001: 134).

Para Kristeva (apud Fairclough, 2001), a intertextualidade pressupõe a ‘inserção da história’ em um texto e conseqüentemente deste texto na história, isto é, os textos absorvem e são construídos de textos do passado, respondendo-os, reacentuando-os e retrabalhando-os. Essa historicidade intrínseca aos textos permite-lhes preencher as funções centrais que têm na atual sociedade no principal limite da mudança tanto social quanto cultural.

Os modos de relações intertextuais são: Intertextualidade ‘sequencial’- textos diferentes ou tipos de discurso se alternam em um texto;‘intertextualidade encaixada’- um texto está explicitamente contido na matriz de um outro. Há uma relação entre estilos (Labov e Fanshel apud Fairclough, 2001);‘intertextualidade mista’- textos ou tipos de discurso estão fundidos de maneira mais complexa e menos separável facilmente.

 

Exemplos:

Os religiosos da época queriam condenar Madalena. Mandava a lei que a mulher fosse apedrejada
Anthony Garotinho, governador do Rio de Janeiro, que se diz perseguido pelos adversários políticos como foi perseguida a personagem bíblica Maria Madalena, que era uma prostituta (Istoé, /01/08/01)

"O PT é um partido de gente falsa, de fariseus, de sepulcros caiados."
Anthony Garotinho,
em discurso na Baixada Fluminense (Veja, 27/03/02)

A intertextualidade dos dois exemplos acima é construída por meio do discurso bíblico. No primeiro caso, tr6es referências bíblicas podem ser evocadas: João 8: 11 - relata o episódio da mulher adúltera que foi levada a Jesus pelos escribas e fariseus; Levítico 20:10 (“Aquele que adulterar com a mulher de seu próximo, sejam mortos, o adúltero, e a adúltera.”); Deuteronômio 22:22 (repete a mesma instrução dada na referência bíblica anterior). Interessante que na (re)contextualização, o editor deixa explícito qual o motivo de Maria madalena ter sido perseguida, motivo não explicitado pelo locutor - a prostituição. Alusão alguma atitude política de garotinho (?). Através da construção do campo semântico do segundo exemplo, o locutor emite sua opinião sobre o PT. Algumas referências bíblicas são: Mateus 23:13 (“Mas, ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas fingindo fazer longas orações.(...)”); Mateus 23:27 (“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas ! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”.). Em suma, todo o 23o capítulo de Mateus, Jesus dedica aos escribas e fariseus, e Garotinho o resume e o dedica aos petistas.

3. Os efeitos de sentido das construções metafóricas

As metáforas têm penetrado em outros tipos de discurso. Na atualidade, elas não são mais exclusividade do discurso literário.

Desde os anos 70, a visão de metáfora baseada no racionalismo aristotélico e cartesiano tem sido contestada. Um bom número de pesquisas empíricas vem sendo desenvolvido a fim de reforçar uma nova concepção desse fenômeno, destacando seu emprego nas mais diversas manifestações da linguagem (Canolla, 2000).

Selecionamos duas citações de Fairclough (2001:243) a fim de verificar o efeito metafórico produzido pela mídia:

“...as campanhas eleitorais não são conduzidas na verdade como confrontações ou discussões diretas, face a face: essa é apenas a forma como a mídia as constrói.”

“A mídia, pela maneira como seleciona, ordena e representa as informações, reduz a complexidade e a confusão de uma campanha a uma discussão ou a um combate com partes fixas, ataque seguido de contra-ataque. Isso é então retratado como uma realidade que a mídia simplesmente reflete, disfarçando assim os efeitos construtivos que a mídia , ela própria, exerce sobre a realidade.”

Exemplos:

"Garotinho é o beijo da morte."
Leonel Brizola, presidente nacional do PDT, lembrando que os candidatos apoiados pelo governador fluminense perderam na região metropolitana do Rio (Veja - 08/11/2000)

Os fundamentos da economia brasileira ditados pelo ministro Pedro Malan são sólidos como uma gelatina diet.”

Anthony Garotinho , governador do Rio de janeiro (Época - 08/12/01)

 

“A candidatura de Serra parece a Transbrasil: não decola nunca”

Anthony Garotinho , governador do Rio, em pé de guerra com o ministro da saúde, José Serra, por causa da epidemia de dengue (Época - 15/02 /02)

"Benedita fala em déficit orçamentário, depois fala que é financeiro e depois não sabe se é fiscal. Está como uma barata tonta."
Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro e presidenciável pelo PSB, sobre sua sucessora, Benedita da Silva (Época - 06/05/2002)

4. O ‘outro’ (locutor2 e editor) pintando o retrato do ‘eu’

Neste tópico, verificaremos a desvalorização do discurso do ‘eu’ por meio da fala do ‘outro’ (locutor2 ) e da (re)contextualização do editor. É uma estratégia da mídia criar cenários estereotipados (Faiclough, 2001:243).

Por meio da fala do ‘outro’, o retrato do ‘eu’ é pintado com cores sombrias, negras. Vejamos as escolhas lexicais e opiniões emitidas.

Exemplos:

“Tinha muito peixe para pouca água. Por isso muitos morreram sufocados .A mortandade foi devido a superpopulação de peixe .”

Anthony Garotinho , Governador do Rio de Janeiro, explicando a causa mortis de toneladas de peixes na Lagoa Rodreigues de Freitas, o mais novo esgoto a céu aberto. (Veja , 22/03/2000)

 

“Vamos distribuir camisinhas para os peixes , para que eles não se reproduzam mais .”

Mário Moscatelli, biólogo, respondendo ao Governador. (Veja , 22/03/2000)

Ao contrapor as ‘fala’ de um biólogo com a de Anthony Garotinho, o editor deixa explícito a superficialidade e até a infantilidade (Garotinho) da explicação do governador para a mortandade dos peixes. Na própria (re)contextualização, o editor já expõe a causa da mortandade - “o mais novo esgoto a céu aberto”.

 

 

 

“Garotinho não sabe administrar coisa grande”.

Luís Inácio Lula da Silva , candidato eterno à Presidência pelo PT, questionando a capa cidade do governador do Rio para ocupar o lugar de FHC.(Veja, 05/04/2000)

O retrato, nesse caso, foi pintado através da ambigüidade lexical (Garotinho), ao escolher dizer apenas o sobrenome do governador, o locutor 2 nos remete ao significado do item lexical ‘garoto’ e por meio de nosso conhecimento de mundo, sabemos que um garoto, uma criança não sabe administrar, principalmente, ‘coisa grande’.

O governador é um frouxo, incompetente.”
Eurico Miranda, deputado federal (PPB-RJ) e presidente eleito do Vasco da Gama, criticando a ordem do governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que cancelou a partida final da Copa João Havelange depois que desabou uma parte do alambrado do estádio de São Januário (Veja, 10/01/01
)

“Não sei se Garotinho é evangélico ou se o discurso é só conveniência. Para mim, ele é apenas um herege.”

José Aníbal , presidente do PSDB, sobre o governador do Rio, Anthony Garotinho, do PSB (Ëpoca, 06/ 08/ 01)

“Não concordo com nada que venha desse personagem que governa o Rio. Se ele falou isso, deve ter ouvido de alguém.”
Leonel Brizola, sobre o fato de seu desafeto político Anthony Garotinho ter emitido uma opinião igual a sua (Veja, 10/ 04/02)

Nos três exemplos acima, as cores da pintura vêm por meio dos adjetivos pejorativos (frouxo, incompetente e herege) e do substantivo utilizado com valor indeterminado (desse personagem), uma maneira de não nomear o governador. Como adjetivos são palavras que emitem julgamentos que processamos em relação às coisas, pessoas, eventos, então seu uso comprova que não somos neutros diante do que estamos vendo ou participando. Observemos que no caso do uso do substantivo, o locutor 2 tenta anular o espaço discursivo e o papel social do locutor 1 (neste trabalho o ‘eu’) através da substituição do nome pela expressão ‘desse personagem’.

" Garotinho é um animador de auditório. É ou não é? Ééééé..."
Leonel Brizola, imitando Silvio Santos para criticar o governador fluminense, Anthony Garotinho (Istoé11/09/2000)

A comparação do ‘eu’ com um dos mais conhecidos animadores em nossa sociedade implica algumas leituras sociais: que ‘Garotinho’ conduz seu governo na brincadeira; que assim como o ‘animador’ (referência às candidaturas do animador a cargos políticos) o governador não tem condições de governar; que o Rio é o grande ‘auditório’de Garotinho, etc.

Conclusão

Ao propormos a identificação do ‘retrato falado’ de Garotinho através do Gênero textual ‘frase’, queremos, aqui na conclusão, destacar que, pelo fato desse gênero ser essencialmente crítico, esse retrato é construído basicamente pela visão de mundo do editor; apresentamos para tal a seguinte justificativa: a seleção da ‘fala’ representando uma fragmentação do evento comunicativo de onde ela foi retirada é feita tão somente pelo editor; e mais, como o leitor não estava presente no momento da situação comunicativa, depende tão somente da (re)contextualização do editor. Assim, confirma-se nossa posição de que o ‘Retrato falado’ é fruto do trabalho do editor.

É fato sabido que quando a mídia faz a escolha do que deve constar ou não, trabalha com o que chamamos de lógica da escolha, isto é, qualquer escolha inclui exclusão. A seleção feita relega acontecimentos ou enfoques possíveis. Enfoques que poderiam criar uma outra imagem do locutor em foco.

A mídia constrói opinião, e mesmo por meio de textos tão curtos como os veiculados pelo gênero textual “Frase”, ela veicula explícita ou implicitamente sua visão sobre eventos e principalmente sobre pessoas. Assim, esse gênero “pequeno” em seu aspecto formal, mostrar-se-á como um grande mentor de discussões.

Referências bibliográficas

BAKHTIN, Mikail Mikhailovitch. 1992. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes.

BRONCKART, Jean-Paul. (1999). Atividades de linguagem, textos e discursos. São Paulo: EDUC, Editora da PUC-SP.

CANOLLA, Clemira. (2000) As metáforas da Produção: reflexões sobre o discurso de operários, DELTA, vol.16, n 1, São Paulo, p.55-82

FAIRCLOUGH, Norman. 2001. Discurso e mudança social. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. (2002). Gêneros textuais: definição e funcionalidade In: DIONÍSIO, Angela et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

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PEDROSA, Cleide Emília Faye. (2002). “Frases”: Caracterização do gênero e aplicação pedagógica. In: DIONÍSIO, Angela et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

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