A
interface
da
Pragmática
com
outros
módulos
da
Gramática
um
estudo
contrastivo português-espanhol
Paulo Antonio
Pinheiro
Correa (UFRJ)
Introdução
Em
português as
construções
concessivas contrastivas expressam a contrajunção
através de
nexos
como
embora
ou
ainda
que,
como
nos
exemplos
abaixo:
(1)
Embora
seja
cara, vamos
fazer a
viagem.
(2)
Ainda
que
ela
não
esteja zangada,
eu
vou cumprimentá-la.
Há
que se
notar
que
em
português essas
conjunções
pedem
verbos no
subjuntivo,
por
imposição
morfossintática.
Em
espanhol, ao
contrário, a
estrutura
morfossintática da
oração permite
a
alternância
modo
subjuntivo/modo
indicativo
para
codificar
diferenças
pragmáticas:
(3)
Aunque sea
caro,
haremos el viaje.
(4)
Aunque es
caro,
haremos el viaje.
A
diferença
entre (3) e
(4) é a de
que a
primeira
codifica
um
evento
que pode
ser
factual,
mas está
modalizado
em
sua
força
expressiva
pelo
locutor,
ou codifica
um
evento
hipotético. A
segunda, no
entanto,
alude a
um
evento
estritamente
factual e pode
acrescentar
certo
grau de
evidencialidade.
Este
trabalho tem
por
objetivo
fazer uma
análise da
forma
como as duas
diferentes
línguas
codificam o
conhecimento
do
mundo do
falante
em
suas
construções
morfossintáticas.
Através deste
exame,
objetiva
demonstrar
que a
morfossintaxe do
português
brasileiro
não é
permeável à
codificação
de
informação de
ordem
pragmática e,
em
contraste,
efetivamente,
no
espanhol, se
dá uma
interface
entre a
pragmática e o
nível
intra-sintático/morfológico da
construção. O
espanhol
permite,
como se
demonstrará, uma
grande
permeabilidade da
codificação
de
informação de
ordem
pragmática
dentro de uma
mesma
estrutura
sintática,
segundo se
trate de
um
evento
factual, semifactual
ou
contrafactual,
através da
mudança de
desinências
modo-temporais,
coisa
que
em
português
brasileiro
não seria
possível.
Para
expressar concessivas
contrastivas
com
eventos
estritamente
factuais, o
português
brasileiro recorre ao
emprego de
nexos
diferentes
ou
construções
sintáticas distintas,
não permitindo
a modalização da
informação na
morfologia
verbal.
Fundamentação
Teórica
Dentro do
quadro
teórico da
Gramática Gerativa, a
teoria
corrente é a da
modularidade da
mente,
em
que
cada
aspecto da
gramática é processado
em
um
módulo.
Inicialmente
centrada
nos
estudos de
sintaxe e
fonologia, a
Teoria
Gerativa,
que se
interessa basicamente
pela
noção de
competência
lingüística dos
seres
humanos,
deixava de
fora de
seu
escopo de
análise as
chamadas
pressões do
uso
ou
determinações
do
discurso (Moura
Neves,
2002:269,
apud. Givón
1979), estas
ligadas à
noção de
desempenho,
dentro da
dicotomia
chomskiana
competência x
desempenho. O
desempenho,
portanto,
estaria relacionado à
pragmática e
às
funções
discursivas, estando colocado
em uma
posição
estanque,
fora das
derivações
sintáticas.
Atualmente,
estudos
gerativos procuram
analisar uma
possível
interação
entre
aspectos
discursivo-pragmáticos e a
teoria
formal da
gramática.
Os
estudos de
interface
pretendem
captar o
momento
em
que
informações de
um
módulo
dialogam
com
propriedades
de
outro
módulo e há
uma
interação, e
de
que
maneira
ela se dá.
Este
trabalho
procura
avançar nesta
discussão, analisando a
influência da
pragmática na
estrutura
sintática e na
morfologia
verbal,
enfatizando as
diferenças da
forma
como essa
interação se
dá nas
línguas
espanhola e portuguesa.
Se a
sintaxe é
um
módulo, será
ele
permeável a
influências de
elementos de
fora da
gramática
formal,
como,
por
exemplo, o
grau de
conhecimento
que
um
falante tenha
da
ação à
qual se
refere? Haveria
meios de
codificar
esse
matiz
pragmático,
ou seja, de
transpor o
conhecimento
de
mundo do
falante à
formalidade
das
estruturas
sintáticas e das
operações
morfológicas? Estas
são algumas
das
perguntas
cuja
resposta
este
trabalho se propõe
perseguir.
Um
estudo
contrastivo
português
x
espanhol
a
análise
das concessivas contrastivas
Construções
com
a
conjunção
aunque/embora
As
orações
concessivas
em
português e
espanhol
apresentam
características
bastante
diferentes. No
português uma
mesma
construção morfossintática
exprime
diferentes
matizes
pragmáticos,
como salienta
Mira
Mateus:
As
orações
concessivas entram
em
construções
que exprimem a
contrajunção
ou
junção
contrastiva e
cuja
asserção é
regulada
pela
modalidade do
factual, do
hipotético
ou do
contrafactual. (Mira
Mateus,
1993:306).
No
português,
tanto as
concessivas contrastivas
factuais
como as
hipotéticas
com
embora
só podem
ser codificadas
segundo a
seguinte
fórmula de
prótase:
embora
+ V SUBJ+compl/predicativo
+ apódose
(5)
Embora
seja
cara, vamos
fazer a
viagem.
(contrastiva
hipotética)
(6)
Embora
seja
cara, vamos
fazer a
viagem.
(contrastiva
factual)
No
espanhol o
emprego do
subjuntivo
diferencia as contrastivas
efetivamente
factuais de
outros
dois
tipos, a
hipotética e a
que chamaremos
aqui de
factual modalizada.
No
caso de uma
contrastiva
factual, o
verbo
que se seguirá
ao
nexo aunque
apresenta
desinências
modo-temporais de
indicativo e
introduz ao
interlocutor
uma
informação
nova:
(7) Aunque estoy
perfectamente informado de su
caso,
en la reunión de ayer no pude hacer
nada
por
usted. (Montero 1993:170,
apud
Flamenco García, 1999:3827)
(Ainda
que esteja
[estou]
perfeitamente
informado do
seu
caso,
não pude
fazer
nada
pelo(a)
senhor(a) na
reunião de
ontem)
O
uso de
desinências de
subjuntivo
codificará
dois
tipos de
constrições:
a) as contrastivas
factuais
modalizadas e b) as contrastivas hipotéticas. As
factuais
modalizadas
são
caracterizadas
pelo
uso do
subjuntivo
temático,
que está
em
oposição ao
subjuntivo
hipotético,
típico das
contrastivas hipotéticas. O
subjuntivo
temático dá a
entender
que
aquilo
que se diz
já é do
conhecimento
do
ouvinte (portanto,
é
um
tema=tópico),
mas
cuja
importância
foi modalizada
por
este,
como no
exemplo
abaixo:
(8) -No debería salir la niña; estos días
ha
estado muy
enferma.
-Ya, pero aunque haya
estado muy
enferma, ¿no
crees
que le
conviene moverse un poco? (F. García, op.cit.:3830)
(-A
menina
não devia
sair; esteve
muito
doente
estes
dias.
-Certo,
mas,
mesmo
que tenha
estado
doente,
você
não
acha
que
era
bom
pra
ela se
mexer
um
pouco?)
Aqui, o
interlocutor,
com o
uso do
subjuntivo (haya)
modaliza a expressividade do
que foi
dito,
não a
factividade. O
curioso da
construção é
que o
interlocutor
poderia
ter
dito “Ya,
pero aunque ha
estado
muy
enferma”,
com o
verbo no
indicativo,
por tratar-se
de
um
evento
factual,
mas
não é o
que acontece.
O
interlocutor
opta
por
codificar o
evento no
subjuntivo. O
caráter
factual do
evento
continua assumido,
mas,
com
isso, o
interlocutor
modaliza a expressividade do
ato de
fala do
primeiro
falante e
enfraquece a
argumentação
anterior.
O
verbo
com
desinências de
subjuntivo
também
codifica
eventos
semifactuais
ou
contrafactuais,
através do
uso do
subjuntivo
hipotético,
como no
exemplo
abaixo:
(9) Aunque ahora
me
ofrezcan
una
buena indemnización, no tengo
ganas
de dejar el trabajo.
(Ainda
que
agora
me ofereçam
uma boa
indenização,
não estou
interessado
em
sair do
emprego.)
Segundo
observa Flamenco García,
Generalmente,
la alternancia
modal se
relaciona con la actitud del hablante
acerca del
grado de
expectativa del
cumplimiento de los hechos denotados. (Flamenco García, 1999:3826).
No
português, ao se
expressar
um
evento
estritamente
factual, há
que se
recorrer a
construções
sintáticas
diferentes. No
exemplo (5),
repetido
aqui
como (10)
tem-se uma
construção na
qual,
através da
pura
sintaxe,
não se
consegue
distinguir
esse
matiz
pragmático:
(10)
Ainda
que
seja
cara, faremos a
viagem.
Para
expressar a factividade
nessa
oração, há
que se
usar uma
construção
como a
abaixo.
Não há
como
alterar
somente as
desinências
nem
como
preservar a
estrutura
sintática e os
nexos:
(11)
Apesar
de
que
é /
apesar
de
ser
cara, faremos a
viagem.
Uma
tabela, a
efeito de
resumo,
sobre a
codificação
do
grau de
factividade
em concessivas
contrastivas próprias
conjuntivas
apresenta as
seguintes
características
na
parte da
oração
que a
apresenta:
Língua |
Factual |
Factual
modalizada |
Hipotética
(semifactual e contrafactual) |
Português |
Embora,
Ainda
que +
SUB |
Apesar
de + INF
Apesar
de
que +
IND |
Mesmo
que +
SUB |
Mesmo+
GERÚNDIO |
Espanhol |
Aunque, a
pesar de
que +
IND |
Aunque, a
pesar de
que +
SUB |
O
fato de
que uma
oração seja
factual
ou
hipotética
depende da
experiência do
falante. Se
isso pode
ser
codificado
na
sentença
com
uso de
um
mesmo
nexo (aunque/embora),
o
que de
fato é
possível no
espanhol e
vetado no
português, pode
significar
que nessa
construção há
um
diálogo
entre a
pragmática e a
morfologia,
sob o
ponto de
vista da
escolha da
flexão
que acompanha
a
raiz
verbal,
já
que é a
única
mudança
que ocorre
em
toda a
estrutura da
oração.
Construção
não-conjuntiva
com
valor
concessivo
o
caso
de “por
más
que”
Inclusive
em
orações
com
valor
concessivo
em
que a
contrajunção está apresentada
por
um
nexo
não-conjuntivo,
como é o
caso de
por
más
que/por
mais
que
não há
como
codificar
um
matiz
factual/hipotético
no
português.
Em
espanhol,
novamente,
observa-se essa possibilidade.
Portanto, a
oração
portuguesa, se analisada de
maneira
descontextualizada, denuncia uma morfossintaxe
opaca a
informações
dessa
natureza.
(12)
Por
mais
que
eu
tentasse,
não
consegui
aprender a
andar de
bicicleta.(evento
semifactual)
(13)
Por
mais
que
eu
tentasse,
não
consegui
aprender a
andar de
bicicleta. (evento
factual)
Uma modalização
mais
factual no
português
poderia
ser obtida
através do
uso do
pretérito
mais-que-perfeito do
subjuntivo.
Assim,
não haveria
uma
alternância de
modos
que,
por
sua
vez, acarreta
alternância de
desinências,
como é o
processo
mais
comum no
espanhol, e,
sim, uma
escolha de
um
tempo
verbal
diferente,
composto, apresentando o
mesmo
modo
subjuntivo:
(14)
Por
mais
que
eu
tenha tentado,
não
consegui
aprender a
andar de
bicicleta.
O
espanhol
apresenta,
mais uma
vez a
possibilidade
sintática de
codificar a
pragmática
através da
simples
troca de
desinência no
verbo:
(15)
Por
más
que
lo intentara, no logré
aprender a
andar en
bicicleta. (evento
semifactual)
(16)
Por
más
que
lo intenté, no logré
aprender a
andar en
bicicleta. (evento
factual)
Expressando morfologicamente a
diferença
entre
eventos
factuais
x
hipotéticos
em
outras
construções
sintáticas
Advérbios
de
dúvida:
o
caso
de “tal
vez”[5]
Palmer, 1986 estabelece
dois
grandes
tipos de
modalidade do
discurso. O
primeiro seria a
modalidade
epistêmica,
que
guarda
relação: a)
com a
evidência,
através dos
sentidos,
principalmente;
b)com
aquilo
que se ouviu
dizer; e c)
com a
possibilidade
ou
necessidade. O
segundo
tipo é a
modalidade
deôntica,
que está
ligada à
volição
ou ao
afetivo.
Mira
Mateus
inclui
ainda o
matiz
facultativo
para a
modalidade
deôntica e
plausível
para a
modalidade
epistêmica.
No
português, as duas
modalidades
deôntica e epistêmica
são
codificadas
igualmente na
oração
com
talvez.
(17)
Talvez
você tenha
dinheiro. (modalidade
deôntica: o
locutor
expressa
sua
vontade de
que o
interlocutor
tenha
dinheiro,
mas
não tem
evidências de
que
isso seja
verdadeiro)
(18)
Talvez
você tenha
dinheiro.
(modalidade
epistêmica: o
locutor
insinua
que o
interlocutor
tem
dinheiro,
através de
evidências
captadas
pelos
sentidos, é a
modalidade do
plausível)
No
espanhol há
como
codificar essas duas
modalidades
diferentemente.
Há
como
expressar, no
dizer de
Mira
Mateus, “o
conhecimento
que o
locutor tem do
estado de
coisas” (Mira
Mateus,
1993:104).
(19)
Tal
vez
tengas dinero. (modalidade
deôntica:
facultativo)
(20)
Tal
vez
tienes dinero. (modalidade
epistêmica:
plausível)
Nestes
dois
casos, a
exemplo das
concessivas contrastivas, é a
alternância da
escolha
entre
desinências de
subjuntivo
ou de
indicativo
que
vão
determinar a
codificação
do
conhecimento
do
falante
sobre o
fato na
mesma
estrutura
sintáticas.
A possibilidade de
modalizar
orações
declarativas
sem
alterar
a
estrutura
sintática
Observem-se as
seguintes
construções:
(21) Usted será
muy educada, pero las cosas
que
no son de
una
no se tocan. (Extraído do
filme Mujeres
al Borde de un
Ataque de Nervios,
Espanha, 1989, dir. P. Almodóvar)
(A
senhora deve
ser
muito educada,
mas uma
pessoa
não deve
mexer nas
coisas
que
não pertencem
a
ela.)
(22) Pedro será
muy
inteligente,
pero no lo demuestra.
(Flamenco García, op.cit.p.3821)
(O Pedro deve
ser
muito
inteligente,
mas
não
demonstra.)
A
alternância
entre
tempos
verbais
dentro de
um
mesmo
modo
para
modalizar
declarativas ocorre no
espanhol de
maneira
bastante
produtiva. Nas
duas
línguas, se o
evento
mencionado na declarativa é
factual, o
verbo no
indicativo
modaliza essa
característica. No
entanto,
como a
tradução
torna
claro, a
construção
empregada
para
modalizar
o
aspecto
hipotético
ou semifactual
de
um
evento varia
entre o
português e o
espanhol. O
espanhol
peninsular
simplesmente
recorre a
expressar o
verbo da
ação no
futuro
imperfeito do
mesmo
modo,
indicativo. No
caso do
exemplo (21) a
personagem dá
como
certo o
fato de a
interlocutora
ser educada, e, no
entanto
por esta
ter mexido
em
um
objeto
alheio – o
que depõe
contra esta
característica -
ela se
vale do
verbo no
futuro,
para
enfraquecer a
característica de “ser
educada” da interlocutora.
Um
exemplo dessa
produtividade é o de
que
geralmente,
qualquer
oração
em
indicativo
pode
ser modalizada
pragmaticamente
através desse
recurso:
(23)
Mi
padre
anda
muy
enfermo.
Tiene pulmonía.
(24)
Mi
padre
anda
muy
enfermo.
Tendrá pulmonía.
(Meu
pai
anda
muito
doente. Está
com
pneumonia.)
(Meu
pai
anda
muito
doente.
Deve
estar
com
pneumonia.)
A
tradução
em
português
brasileiro demonstra
que, nesta
língua,
para
manifestar
esse
caráter
pragmático há
que se
recorrer à
construção
DEVER + V
INFINITIVO,
em
oposição a V
INDICATIVO.
Convém
ressaltar
que, neste
ponto, o
português
brasileiro se
comporta de
maneira
idêntica ao
espanhol
atlântico,
que
lança
mão do
verbo
correspondente
deber
para
codificar
eventos
presumíveis, não-evidenciais.
Conclusão
A
observação de
algumas
construções
que envolvem
graus variados
de
conhecimento
do
mundo do
locutor
sobre o
assunto
codificado
na
sentença
revela
que, de
fato, a
interação
entre a
pragmática e a
estrutura
morfossintática é
muito
perceptível no
espanhol e
opaca no
português,
em
termos de
morfologia
verbal,
ou seja, a
morfologia
verbal
portuguesa parece
não
dialogar
com a
pragmática,
parece
não
lhe
dar
brechas
para manifestar-se.
Essa
manifestação
da
pragmática no
português se
mostra, de
acordo
com os
exemplos
apresentados,
mais
ligada à
escolha de
itens
lexicais
diferentes,
que à
alternância de
desinências.
Tal
fato gera
sentenças de
estruturas
sintáticas
diferentes,
segundo o
estatuto de
factivo/hipotético
do
que diz o
falante.
Portanto, essa
codificação
parece
mais
estritamente
sintática no
português e
mais
morfológica/morfossintática no
espanhol.
Esse
fato evidencia
que há
diferença,
que pode
vir a
ser parametrizada,
pelo
menos
dentro das
línguas
neolatinas,
sobre o
momento de
influência de
informações de
ordem
pragmática na
concatenação
de
sentenças, ao
estilo do
Programa
Minimalista,
iniciado
por Chomsky
(1993, 1995).
Além disso,
põe
em
evidência o
fato de
que pode
haver uma
interface
pragmática/morfologia
operante no
espanhol e
inoperante no
português, e,
que, ao
contrário, a
pragmática
apresentaria
interface
com
outros
módulos no
português,
em
outro
momento da
derivação,
como,
por
exemplo, no
momento da
escolha dos
itens
que
serão
utilizados
para
formar a
sentença,
itens
que
já trazem
definida a
seleção de
modo
verbal e
bloqueiam a
manifestação
da
pragmática
nesse
ponto da
concatenação
da
sentença.
ANEXO
As
formas de
codificar o
factual, o semifactual e o
contrafactual
através das
diferentes
construções
observadas
em
português e
espanhol.
língua |
Modalidade
epistêmica |
Modalidade
deôntica |
factual |
Hipotética
(semifactual e contrafactual) |
português |
Embora,
Ainda
que
+ SUB |
Apesar
de + INF
Apesar
de
que
+ IND |
Mesmo+
GERÚNDIO |
Por
mais
que
+ PERF SUBJ |
Por
mais
que
+ SUBJ
|
Talvez
+ SUBJ |
Declarativa
com
INF |
Construção
diferente,
com
DEVER +
INF |
espanhol |
Aunque, a
pesar de
que
+ IND |
Aunque, a
pesar de
que
+ SUB |
Por
más
que
+ IND |
Por
más
que
+ SUBJ |
Tal
vez
+ IND |
Tal
vez
+ SUBJ |
Declarativa
com
PRES IND |
Declarativa
com
FUT IND |
REFERÊNCIAS
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Cambridge:
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Press, 1993.
GUIÓN de la
película
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Nervios (fragmento)
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