REVENDO A
COORDENAÇÃO
E A
SUBORDINAÇÃO
NAS
GRAMÁTICAS
E NO
ENSINO
DO
PORTUGUÊS
Tadeu
Luciano Siqueira Andrade
(UNEB)
INTRODUÇÃO
Este
trabalho
tem
como
objetivo
uma re -análise dos
processos
de
coordenação
e
subordinação
a
partir
dos
compêndios
gramaticais
e difundidos nas
aulas
de
Língua
Portuguesa,
cuja
temática
são
os
estudos
de
análise
das
orações.
Considerando a
análise
dos
manuais
gramaticais
no
que
toca
à
coordenação
e à
subordinação,
percebemos
que
tais
fenômenos
são
abordados a
partir
de
um
corpus
formado
por
frases
isoladas e descontextualizadas
que,
às
vezes,
não
mostram
visão
semântico
-
pragmática.
A
análise
das
orações
está fundamentada
nos
critérios
meramente
sintáticos
ou
formais.
Tais
critérios,
sem
os
componentes
semânticos
e
pragmáticos,
não
mostram,
com
clareza,
o
uso
efetivo
da
língua.
Não
podemos
falar
em
coordenação
ou
subordinação
sem
fazermos
referência
às
orações:
coordenada,
principal
e
subordinada,
uma
vez
que
essa
tripartição
é
constante
nas
gramáticas
e nas
aulas
de
sintaxe
do
português.
Procedemos à
análise
de
dez
manuais
gramaticais,
considerando
como
são
abordadas as
orações
nesses
manuais
e,
conseqüentemente,
os
exercícios
de
análise
lingüística
do
período
composto
quer
por
coordenação
quer
por
subordinação.
REFERENCIAL
TEÓRICO
A
Gramática
Tradicional
traça
diretrizes
para
o
estudo
das
orações
a
partir
da classificação dos
constituintes
oracionais
em
termos
essenciais
(sujeito
e
predicado),
integrantes
(complementos,
agente
da
passiva
e
predicativos)
e
acessórios
(adjuntos
e
aposto),
procurando
inserir
os
elementos
da
oração
nessas
funções.
Cada
termo
recebe a classificação de
acordo
com
a
função
exercida.
CARONE (1994:
11) considera
como
função
a
relação
de
dependência
que
os
elementos
da
oração
estabelecem
entre
eles.
Os
constituintes
de uma
oração
apresentam – se
em
dois
processos:
o
processo
de
ordem
e de
dependência.
De
ordem,
porque
há uma
seqüência,
e de
dependência,
porque
os
termos
se articulam no
processo
de
hierarquia,
para
formar
as
frases.
Essa
articulação
é
dada
graças
à
conexão
sintática,
daí vem o
processo
da
subordinação.
A
Nomenclatura
Gramatical
Brasileira
usa
os
termos
coordenação
e
subordinação
quando
faz
alusão
ao
período
composto.
Será
que
em
uma
oração
não
há
tais
processos
sintáticos?
As
relações
sintáticas ocorrem no
interior
da
oração.
Somente
a
subordinação
é
responsável
pela
existência
das
funções
sintáticas.
Para
AZEREDO (1995: 49), “o
processo
por
excelência
é,
portanto,
a
subordinação,
meio
que
consiste
em
prover
as
unidades
que
formam os
sintagmas
que
constituem as
orações”.
As
palavras
se organizam num
processo
de
hierarquia,
ou
seja, num
processo
de
subordinação.
Nenhuma
língua
viva
ou
morta
conhece uma
frase
organizada
por
coordenação.
A
subordinação
é
responsável
pela
estrutura
da
frase,
como
também
pela
interpretação
semântica.
ORAÇÕES
COORDENADAS
A
doutrina
tradicional e
ortodoxa
considera a
oração
coordenada
como
uma
oração
independente
no
período.
Esse
conceito
ainda
hoje
se apresenta
em
algumas
gramáticas
e difundido
por
alguns
professores
nas
aulas
de
sintaxe.
KOCH (1995:
124) diz
que
as
coordenadas
são
orações
independentes
do
ponto
de
vista
estrutural,
ou
seja,
não
há
encaixe
de uma
oração
em
outra.
Apesar
de uma
coordenada
apresentar
autonomia
sintática,
ocorre uma
combinação
que
estabelece
entre
elas
uma
vinculação
semântica,
como
por
exemplo:
(1) Estudou,
mas
não
obteve
bom
resultado.
As
gramáticas
consideram as duas
orações
independentes,
sendo
que
a
idéia
de
adversidade
não
está
apenas
no
conectivo,
como
afirmam os
gramáticos,
e
sim
entre
as duas
orações,
ocorrendo
assim
a
vinculação
semântica[1]
(c.f. KOCH).
BARRETO (1994:
10) afirma
que
as
orações
coordenadas
devem
possuir
a
mesma
estrutura
sintático-gramatical.
Na
verdade,
nestas
orações
há
um
mecanismo
de
encadeamento
de
idéias,
ocorre uma
dependência
semântica
que
estabelece
entre
elas
uma
subordinação.
GARCIA (1990:
21),analisando o
processo
da
coordenação,
afirma a
existência
de uma
falsa
coordenação[2].
Há,
portanto,
a
coordenação
gramatical
e a
subordinação
psicológica.
BECHARA (1999:
476) considera a
coordenação
como
um
grupo
oracional
formado
por
orações
independentes
do
ponto
de
vista
sintático.
KURY (1995: 16)
reconhece as
coordenadas
como
orações
–
frases,
porque
cada
oração
é
capaz
de
formar
um
período.
Essa afirmação,
por
apresentar
uma
série
de
interpretações
e
controvérsias,
não
pode
ser
feita
para
todas as
orações
coordernadas.
Para
CARONE (op. cit.), as
coordenadas
são
duas
orações
que
se encontram, uma
não
é
parte
da
outra.
Não
há o
processo
de encaixamento[3]
entre
elas.
Segundo
FÁVERO (1990: 52), será
necessária
uma re -
análise
nos
conceitos
de
coordenação
e
subordinação,
uma
vez
que
é estabelecido
entre
as
orações
um
processo
de
interdependência
no
qual
todas
elas
são
necessárias
para
o
processo
de
análise
e
compreensão
do
texto.
As
orações
que
constituem
um
período,
não
importa se
são
coordenadas
ou
subordinadas, estão inter-relacionadas, formando
um
todo.
É a “subordinação
psíquica”.(c.f.
Gili Y Gaya
apud.
FÁVERO op. cit).
Embora
as
orações
coordenadas
sejam classificadas
como
independentes,
exprimem uma
relação
semântica
que
exige a
presença
de duas
ou
mais
orações,
conforme
podemos
observar
na
sentença:
(2) Venha
cedo,
porque
vai
chover.
A
explicação
porque
vai
chover
semanticamente está
subordinada
a venha
cedo
e
vice
versa.
Os
exercícios
adotados pelas
gramáticas
para
separação
e classificação das
orações,
partindo
apenas
da
idéia
expressa
pelo
conectivo,
proporcionam
um
estudo
fragmentado,
como
se o
texto
fosse
um
emaranhado de
frases,
reforçando
assim
o
mito
da
autonomia
das
orações.
(grifo
meu).
AS
ORAÇÕES
SUBORDINADAS
Na
subordinação,
encontramos o binônimo:
oração
principal
e
oração
subordinada.
Os
exercícios
para
memorização
estão fundados
nos
enunciados:
·
Classifique as
orações
em
destaque;
·
Separe a
oração
subordinada
e classifique – a.
Como
separar
uma
oração
que
está encaixada na
outra?
Que
critérios
usam os
gramáticos
para
definir
uma
oração
principal,
considerando o
processo
de uma
oração
está encaixada na
outra?
Analisando
alguns
manuais
gramaticais,
encontramos
vários
conceitos
para
as
orações
subordinada
e
principal.
“Oração
subordinada
é aquela
que
está
subordinada
à
principal,
sozinha
não
tem
sentido.”
(conceito
simples,
parafraseando a
maioria
dos
autores
analisados).
Os
estudos
estão voltados
para
a estruturação e
segmentação
do
período,
como
se as
orações
que
formam uma
sentença
não
estivessem interligadas.
SPALDING (1980)
retoma o
conceito
de
oração
principal
na
visão
de
alguns
gramáticos,
comparando – os
com
os
mais
recentes,
notamos
que
pouco
mudou:
“Oração
principal
é a
que
tem
sentido
principal
no
período.”
(Napoleão Mendes de Almeida).
“Oração
principal
é
que
encerra
o
pensamento
fundamental
no
período.”
(Francisco da
Silveira
Bueno).
“Oração
principal
é a
que
exprime o
sentido
mais
importante.”
(Marques da
Cruz).
“Oração
principal
é a
que
traz
para
si
como
dependente
outra
oração”.
(Rocha
Lima).
Como
falarmos
em
oração
principal,
se existe, no
período,
um
processo
de
interdependência?
Se as
orações
seguem uma as outras numa
ordem
lógica
de
modo
que
uma
ajuda
na
compreensão
da
outra?
À
luz
da
Lingüística
Moderna,
podemos
questionar
o
processo
de
subordinação
numa
visão
mais
pragmática
e
semântica.
Segundo
KURY, (op.cit.) a
oração
principal,
se analisada
sozinha,
é uma
oração
truncada e
desprovida
de
sentido,
havendo,
portanto,
sentido
quando
considerar
o
conjunto.
Para
BECHARA (op.cit.), no
período
composto
por
subordinação,
há uma
unidade
oracional,
em
que
a
oração
subordinada
não
passa
de
um
termo
sintático
na
oração
complexa,[4]
sendo
impossível
separá – la do
período.
Na
sentença:
(3)
Desejo
que
seja
feliz.
que
seja
feliz
é
um
termo
sintático
na
oração
complexa
e funciona
como
objeto
direto
do
verbo
desejar,
ocorrendo uma recursividade.[5]
Separando a
oração
principal
e a
subordinada,
nenhuma delas satisfaz as
condições
de
sentido
da
oração.
Considerando o
período
composto
por
subordinação,
como
uma
oração
complexa,
composta
ou
geral
conforme
classificavam José
Oiticica
e Souza da
Silveira.,
não
é,
portanto,
aconselhável
a
separação
artificial
entre
subordinada
e
principal.
A
Nomenclatura
Gramatical
Portuguesa eliminou a designação de
oração
principal
sob
o
argumento
de
não
fazer
falta
ao
estudo
desses
processos
e
dar
ensejos
a
duplas
interpretações
quer
sejam no
plano
lógico
quer
sejam no
plano
gramatical.
(apud.
CUNHA
& CINTRA 1985: 580).
Concordamos
com
BARRETO (op.cit) na
subordinação,
as
orações
são
dependentes
quanto
à
função
e
quanto
ao
sentido.
Trata
– se de
um
processo
de
hierarquização,
havendo uma
dependência
entre
as
orações.
Os
conceitos
de
subordinação
e de
coordenação
não
são
questionados
por
KOCH (op.cit)
porque,
“do
ponto
de
vista
semântico
–
pragmático,
as
frases
que
formam
um
período
composto
são
necessariamente
interdependentes”.
No
processo
de
subordinação
ou
na
oração
complexa,
temos
termos
representados
sob
forma
de
oração.
Baseados
nos
princípios
acima,
podemos
afirmar
que
na
subordinação
há uma transposição,
ou
seja, uma
unidade
de
camada
superior
–
oração
independente
–
passa
a
ser
uma
inferior,
funcionando
como
membro
de
outra
oração.
Assim
só
ocorrerá
oração
composta
ou
período
composto
quando
houver
coordenação
(c.f. BECHARA).
As
coordenadas
são
orações
que
se encontram, uma
não
é
parte
da
outra.
Só
a
coordenação
tem a
capacidade
de
relacionar
orações,
havendo o
paralelismo.
A
subordinação
é
um
processo
em
que,
na
oração
complexa,
um
dos
seus
termos
funciona
como
oração,
existindo
assim
uma
oração
ampliada.
Na
maioria
das
gramáticas
analisadas, encontramos o
período
composto
por
coordenação
antecedendo o
composto
por
subordinação.
Se o
que
ocorre é uma
unidade
oracional,
na
qual
temos uma
oração
ampliada, justifica- se a
subordinação
anteceder
a
coordenação,
já
que
segundo,
AZEREDO, CARONE e BECHARA, o
termo
período
composto
é
reservado
à
coordenação.
Segundo
CARONE (op.cit), a
coordenação
forma
seqüências
abertas
e
não
sintagmas[6].
Para
compreendermos
como
se relacionam as
orações,
seremos
mais
prudentes,
se partirmos da
subordinação
para
a
coordenação,
contextualizando – as no
texto,
por
ser
o
recurso
mais
completo
e adequado
para
as
análises
das
relações
na
oração,
haja
vista
a
insuficiência
da
gramática
frasal
no
que
tange à
apreensão
e à
interpretação
dos
fatos
da
língua.
(c.f. Elisa Guimarães).
A
metodologia
de
separar,
conceituar
e
classificar
as
orações
a
partir
de
conectivos
como
fazem
alguns
gramáticos
não
possibilita uma
análise
coerente
da
conexão
entre
as
orações
que
formam
um
período,
ou
até
mesmo
um
texto.
Tal
metodologia
nos
mostra
um
ensino
fragmentado e voltado
para
a
análise
sintática
a
partir
da
nomenclatura
e das
funções
consagradas
pela
NGB.
É
necessário,
aliados
às
aulas
de
sintaxe
tradicional, considerarmos a
integração
entre
a
rede
sintática
(tessitura
textual)
e o
fio
condutor
da
mensagem
(plano
lógico
–
semântico).
Nesse
processo,
estamos
não
vendo
só
a
sintaxe
do
texto,
como
também
a
semântica,
observando a
macro
e a microestruturas
nos
planos
lingüístico
e
conceitual.
(c.f. VAL –
Redação
e textualidade).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Para
PERINI (1994: 19), “uma
formação
gramatical
intelectualmente
sadia
só
pode
ser
atingida
através
de
um
exame
racional
e
rigoroso
dos
fenômenos
da
língua.”
É
importante
desenvolver,
nas
aulas
de
Língua
Portuguesa, a
capacidade
de o
aluno
raciocinar
e
analisar
para
que
ele
possa
compreender
os
diversos
processos
de
organização
de
frases
na
língua,
tornando – se
capaz
de
organizar
os
signos
lingüísticos
e
expressar,
com
clareza,
o
seu
pensamento.
Ao
desenvolvermos
todos
esses
processos,
estamos usando a
sintaxe
da
língua,
uma
vez
que,
quando
falamos, ativamos
toda
a
nossa
competência
lingüística,
organizando o
nosso
pensamento,
através
da seqüenciação de
orações,
usando
tanto
o
plano
sintático
como
também
o
semântico
-
pragmático.
Precisamos
discutir
e
analisar
as
questões
sintáticas abordadas
pela
Gramática
Tradicional.
Não
estamos querendo
abolir
os
ditames
da
gramática,
e
sim
propor
um
exame
mais
profundo
das
relações
sintático
–
semântico
–
pragmáticas
que
ocorrem no
interior
dos
enunciados.
As
gramáticas
que
foram analisadas neste
trabalho
tomam a
frase
como
unidade
básica
da
análise
para
explicar
uma
série
de
fenômenos
lingüísticos
que,
em
muitos
casos,
ficam
sem
uma
explicação
coerente,
por
exemplo,
a
separação
de
orações
principal
e
subordinada
e a
polêmica
da
oração
independente.
Para
um
ensino
de
sintaxe
contextualizado, acreditamos na
busca
de uma
gramática
que
vá
além
dos
limites
da
frase,
tomando
como
ponto
de
partida
o
texto,
por
ele
não
ser
um
somatório
de
frases,
e
sim
uma
seqüência
que
mobiliza
recursos
sintáticos
e
semânticos
para
a
sua
sustentação.
(c.f. Elisa Guimarães).
Optamos
por
um
estudo
de
orações
em
que
as
relações
sintáticas ocorram
tanto
no
plano
macro
como
na microestrutura, constituindo
assim
o
objeto
da
Lingüística
textual,
uma
vez
que
não
podemos
falar
em
sintaxe
sem
adentrarmos
nos
caminhos
da
lingüística
do
texto.
Deste
modo,
como
já
argumentamos, o
exame
das
gramáticas
e do
ensino
das
orações
deverá
ocorrer
concomitantemente
com
a
adoção
dos
critérios
sintáticos,
semânticos
e
pragmáticos
para
que
o
usuário,
ao
construir
textos,
considere as
relações
sintáticas
dentro
das
orações
e
entre
as
orações,
reconhecendo as
relações
sintagmáticas na
produção
e na
compreensão
do
pensamento.
Essas
relações
devem
ser
analisadas a
partir
do
texto.
Assim
o
usuário
aprenderá a
sintaxe,
usando –a
em
diferentes
situações
comunicativas.
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E A
SUBORDINAÇÃO
NAS
GRAMÁTICAS
E NO
ENSINO
DO
PORTUGUÊS
Tadeu
Luciano Siqueira Andrade
(UNEB)
INTRODUÇÃO
Este
trabalho
tem
como
objetivo
uma re -análise dos
processos
de
coordenação
e
subordinação
a
partir
dos
compêndios
gramaticais
e difundidos nas
aulas
de
Língua
Portuguesa,
cuja
temática
são
os
estudos
de
análise
das
orações.
Considerando a
análise
dos
manuais
gramaticais
no
que
toca
à
coordenação
e à
subordinação,
percebemos
que
tais
fenômenos
são
abordados a
partir
de
um
corpus
formado
por
frases
isoladas e descontextualizadas
que,
às
vezes,
não
mostram
visão
semântico
-
pragmática.
A
análise
das
orações
está fundamentada
nos
critérios
meramente
sintáticos
ou
formais.
Tais
critérios,
sem
os
componentes
semânticos
e
pragmáticos,
não
mostram,
com
clareza,
o
uso
efetivo
da
língua.
Não
podemos
falar
em
coordenação
ou
subordinação
sem
fazermos
referência
às
orações:
coordenada,
principal
e
subordinada,
uma
vez
que
essa
tripartição
é
constante
nas
gramáticas
e nas
aulas
de
sintaxe
do
português.
Procedemos à
análise
de
dez
manuais
gramaticais,
considerando
como
são
abordadas as
orações
nesses
manuais
e,
conseqüentemente,
os
exercícios
de
análise
lingüística
do
período
composto
quer
por
coordenação
quer
por
subordinação.
REFERENCIAL
TEÓRICO
A
Gramática
Tradicional
traça
diretrizes
para
o
estudo
das
orações
a
partir
da classificação dos
constituintes
oracionais
em
termos
essenciais
(sujeito
e
predicado),
integrantes
(complementos,
agente
da
passiva
e
predicativos)
e
acessórios
(adjuntos
e
aposto),
procurando
inserir
os
elementos
da
oração
nessas
funções.
Cada
termo
recebe a classificação de
acordo
com
a
função
exercida.
CARONE (1994:
11) considera
como
função
a
relação
de
dependência
que
os
elementos
da
oração
estabelecem
entre
eles.
Os
constituintes
de uma
oração
apresentam – se
em
dois
processos:
o
processo
de
ordem
e de
dependência.
De
ordem,
porque
há uma
seqüência,
e de
dependência,
porque
os
termos
se articulam no
processo
de
hierarquia,
para
formar
as
frases.
Essa
articulação
é
dada
graças
à
conexão
sintática,
daí vem o
processo
da
subordinação.
A
Nomenclatura
Gramatical
Brasileira
usa
os
termos
coordenação
e
subordinação
quando
faz
alusão
ao
período
composto.
Será
que
em
uma
oração
não
há
tais
processos
sintáticos?
As
relações
sintáticas ocorrem no
interior
da
oração.
Somente
a
subordinação
é
responsável
pela
existência
das
funções
sintáticas.
Para
AZEREDO (1995: 49), “o
processo
por
excelência
é,
portanto,
a
subordinação,
meio
que
consiste
em
prover
as
unidades
que
formam os
sintagmas
que
constituem as
orações”.
As
palavras
se organizam num
processo
de
hierarquia,
ou
seja, num
processo
de
subordinação.
Nenhuma
língua
viva
ou
morta
conhece uma
frase
organizada
por
coordenação.
A
subordinação
é
responsável
pela
estrutura
da
frase,
como
também
pela
interpretação
semântica.
ORAÇÕES
COORDENADAS
A
doutrina
tradicional e
ortodoxa
considera a
oração
coordenada
como
uma
oração
independente
no
período.
Esse
conceito
ainda
hoje
se apresenta
em
algumas
gramáticas
e difundido
por
alguns
professores
nas
aulas
de
sintaxe.
KOCH (1995:
124) diz
que
as
coordenadas
são
orações
independentes
do
ponto
de
vista
estrutural,
ou
seja,
não
há
encaixe
de uma
oração
em
outra.
Apesar
de uma
coordenada
apresentar
autonomia
sintática,
ocorre uma
combinação
que
estabelece
entre
elas
uma
vinculação
semântica,
como
por
exemplo:
(1) Estudou,
mas
não
obteve
bom
resultado.
As
gramáticas
consideram as duas
orações
independentes,
sendo
que
a
idéia
de
adversidade
não
está
apenas
no
conectivo,
como
afirmam os
gramáticos,
e
sim
entre
as duas
orações,
ocorrendo
assim
a
vinculação
semântica[1]
(c.f. KOCH).
BARRETO (1994:
10) afirma
que
as
orações
coordenadas
devem
possuir
a
mesma
estrutura
sintático-gramatical.
Na
verdade,
nestas
orações
há
um
mecanismo
de
encadeamento
de
idéias,
ocorre uma
dependência
semântica
que
estabelece
entre
elas
uma
subordinação.
GARCIA (1990:
21),analisando o
processo
da
coordenação,
afirma a
existência
de uma
falsa
coordenação[2].
Há,
portanto,
a
coordenação
gramatical
e a
subordinação
psicológica.
BECHARA (1999:
476) considera a
coordenação
como
um
grupo
oracional
formado
por
orações
independentes
do
ponto
de
vista
sintático.
KURY (1995: 16)
reconhece as
coordenadas
como
orações
–
frases,
porque
cada
oração
é
capaz
de
formar
um
período.
Essa afirmação,
por
apresentar
uma
série
de
interpretações
e
controvérsias,
não
pode
ser
feita
para
todas as
orações
coordernadas.
Para
CARONE (op. cit.), as
coordenadas
são
duas
orações
que
se encontram, uma
não
é
parte
da
outra.
Não
há o
processo
de encaixamento[3]
entre
elas.
Segundo
FÁVERO (1990: 52), será
necessária
uma re -
análise
nos
conceitos
de
coordenação
e
subordinação,
uma
vez
que
é estabelecido
entre
as
orações
um
processo
de
interdependência
no
qual
todas
elas
são
necessárias
para
o
processo
de
análise
e
compreensão
do
texto.
As
orações
que
constituem
um
período,
não
importa se
são
coordenadas
ou
subordinadas, estão inter-relacionadas, formando
um
todo.
É a “subordinação
psíquica”.(c.f.
Gili Y Gaya
apud.
FÁVERO op. cit).
Embora
as
orações
coordenadas
sejam classificadas
como
independentes,
exprimem uma
relação
semântica
que
exige a
presença
de duas
ou
mais
orações,
conforme
podemos
observar
na
sentença:
(2) Venha
cedo,
porque
vai
chover.
A
explicação
porque
vai
chover
semanticamente está
subordinada
a venha
cedo
e
vice
versa.
Os
exercícios
adotados pelas
gramáticas
para
separação
e classificação das
orações,
partindo
apenas
da
idéia
expressa
pelo
conectivo,
proporcionam
um
estudo
fragmentado,
como
se o
texto
fosse
um
emaranhado de
frases,
reforçando
assim
o
mito
da
autonomia
das
orações.
(grifo
meu).
AS
ORAÇÕES
SUBORDINADAS
Na
subordinação,
encontramos o binônimo:
oração
principal
e
oração
subordinada.
Os
exercícios
para
memorização
estão fundados
nos
enunciados:
·
Classifique as
orações
em
destaque;
·
Separe a
oração
subordinada
e classifique – a.
Como
separar
uma
oração
que
está encaixada na
outra?
Que
critérios
usam os
gramáticos
para
definir
uma
oração
principal,
considerando o
processo
de uma
oração
está encaixada na
outra?
Analisando
alguns
manuais
gramaticais,
encontramos
vários
conceitos
para
as
orações
subordinada
e
principal.
“Oração
subordinada
é aquela
que
está
subordinada
à
principal,
sozinha
não
tem
sentido.”
(conceito
simples,
parafraseando a
maioria
dos
autores
analisados).
Os
estudos
estão voltados
para
a estruturação e
segmentação
do
período,
como
se as
orações
que
formam uma
sentença
não
estivessem interligadas.
SPALDING (1980)
retoma o
conceito
de
oração
principal
na
visão
de
alguns
gramáticos,
comparando – os
com
os
mais
recentes,
notamos
que
pouco
mudou:
“Oração
principal
é a
que
tem
sentido
principal
no
período.”
(Napoleão Mendes de Almeida).
“Oração
principal
é
que
encerra
o
pensamento
fundamental
no
período.”
(Francisco da
Silveira
Bueno).
“Oração
principal
é a
que
exprime o
sentido
mais
importante.”
(Marques da
Cruz).
“Oração
principal
é a
que
traz
para
si
como
dependente
outra
oração”.
(Rocha
Lima).
Como
falarmos
em
oração
principal,
se existe, no
período,
um
processo
de
interdependência?
Se as
orações
seguem uma as outras numa
ordem
lógica
de
modo
que
uma
ajuda
na
compreensão
da
outra?
À
luz
da
Lingüística
Moderna,
podemos
questionar
o
processo
de
subordinação
numa
visão
mais
pragmática
e
semântica.
Segundo
KURY, (op.cit.) a
oração
principal,
se analisada
sozinha,
é uma
oração
truncada e
desprovida
de
sentido,
havendo,
portanto,
sentido
quando
considerar
o
conjunto.
Para
BECHARA (op.cit.), no
período
composto
por
subordinação,
há uma
unidade
oracional,
em
que
a
oração
subordinada
não
passa
de
um
termo
sintático
na
oração
complexa,[4]
sendo
impossível
separá – la do
período.
Na
sentença:
(3)
Desejo
que
seja
feliz.
que
seja
feliz
é
um
termo
sintático
na
oração
complexa
e funciona
como
objeto
direto
do
verbo
desejar,
ocorrendo uma recursividade.[5]
Separando a
oração
principal
e a
subordinada,
nenhuma delas satisfaz as
condições
de
sentido
da
oração.
Considerando o
período
composto
por
subordinação,
como
uma
oração
complexa,
composta
ou
geral
conforme
classificavam José
Oiticica
e Souza da
Silveira.,
não
é,
portanto,
aconselhável
a
separação
artificial
entre
subordinada
e
principal.
A
Nomenclatura
Gramatical
Portuguesa eliminou a designação de
oração
principal
sob
o
argumento
de
não
fazer
falta
ao
estudo
desses
processos
e
dar
ensejos
a
duplas
interpretações
quer
sejam no
plano
lógico
quer
sejam no
plano
gramatical.
(apud.
CUNHA
& CINTRA 1985: 580).
Concordamos
com
BARRETO (op.cit) na
subordinação,
as
orações
são
dependentes
quanto
à
função
e
quanto
ao
sentido.
Trata
– se de
um
processo
de
hierarquização,
havendo uma
dependência
entre
as
orações.
Os
conceitos
de
subordinação
e de
coordenação
não
são
questionados
por
KOCH (op.cit)
porque,
“do
ponto
de
vista
semântico
–
pragmático,
as
frases
que
formam
um
período
composto
são
necessariamente
interdependentes”.
No
processo
de
subordinação
ou
na
oração
complexa,
temos
termos
representados
sob
forma
de
oração.
Baseados
nos
princípios
acima,
podemos
afirmar
que
na
subordinação
há uma transposição,
ou
seja, uma
unidade
de
camada
superior
–
oração
independente
–
passa
a
ser
uma
inferior,
funcionando
como
membro
de
outra
oração.
Assim
só
ocorrerá
oração
composta
ou
período
composto
quando
houver
coordenação
(c.f. BECHARA).
As
coordenadas
são
orações
que
se encontram, uma
não
é
parte
da
outra.
Só
a
coordenação
tem a
capacidade
de
relacionar
orações,
havendo o
paralelismo.
A
subordinação
é
um
processo
em
que,
na
oração
complexa,
um
dos
seus
termos
funciona
como
oração,
existindo
assim
uma
oração
ampliada.
Na
maioria
das
gramáticas
analisadas, encontramos o
período
composto
por
coordenação
antecedendo o
composto
por
subordinação.
Se o
que
ocorre é uma
unidade
oracional,
na
qual
temos uma
oração
ampliada, justifica- se a
subordinação
anteceder
a
coordenação,
já
que
segundo,
AZEREDO, CARONE e BECHARA, o
termo
período
composto
é
reservado
à
coordenação.
Segundo
CARONE (op.cit), a
coordenação
forma
seqüências
abertas
e
não
sintagmas[6].
Para
compreendermos
como
se relacionam as
orações,
seremos
mais
prudentes,
se partirmos da
subordinação
para
a
coordenação,
contextualizando – as no
texto,
por
ser
o
recurso
mais
completo
e adequado
para
as
análises
das
relações
na
oração,
haja
vista
a
insuficiência
da
gramática
frasal
no
que
tange à
apreensão
e à
interpretação
dos
fatos
da
língua.
(c.f. Elisa Guimarães).
A
metodologia
de
separar,
conceituar
e
classificar
as
orações
a
partir
de
conectivos
como
fazem
alguns
gramáticos
não
possibilita uma
análise
coerente
da
conexão
entre
as
orações
que
formam
um
período,
ou
até
mesmo
um
texto.
Tal
metodologia
nos
mostra
um
ensino
fragmentado e voltado
para
a
análise
sintática
a
partir
da
nomenclatura
e das
funções
consagradas
pela
NGB.
É
necessário,
aliados
às
aulas
de
sintaxe
tradicional, considerarmos a
integração
entre
a
rede
sintática
(tessitura
textual)
e o
fio
condutor
da
mensagem
(plano
lógico
–
semântico).
Nesse
processo,
estamos
não
vendo
só
a
sintaxe
do
texto,
como
também
a
semântica,
observando a
macro
e a microestruturas
nos
planos
lingüístico
e
conceitual.
(c.f. VAL –
Redação
e textualidade).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Para
PERINI (1994: 19), “uma
formação
gramatical
intelectualmente
sadia
só
pode
ser
atingida
através
de
um
exame
racional
e
rigoroso
dos
fenômenos
da
língua.”
É
importante
desenvolver,
nas
aulas
de
Língua
Portuguesa, a
capacidade
de o
aluno
raciocinar
e
analisar
para
que
ele
possa
compreender
os
diversos
processos
de
organização
de
frases
na
língua,
tornando – se
capaz
de
organizar
os
signos
lingüísticos
e
expressar,
com
clareza,
o
seu
pensamento.
Ao
desenvolvermos
todos
esses
processos,
estamos usando a
sintaxe
da
língua,
uma
vez
que,
quando
falamos, ativamos
toda
a
nossa
competência
lingüística,
organizando o
nosso
pensamento,
através
da seqüenciação de
orações,
usando
tanto
o
plano
sintático
como
também
o
semântico
-
pragmático.
Precisamos
discutir
e
analisar
as
questões
sintáticas abordadas
pela
Gramática
Tradicional.
Não
estamos querendo
abolir
os
ditames
da
gramática,
e
sim
propor
um
exame
mais
profundo
das
relações
sintático
–
semântico
–
pragmáticas
que
ocorrem no
interior
dos
enunciados.
As
gramáticas
que
foram analisadas neste
trabalho
tomam a
frase
como
unidade
básica
da
análise
para
explicar
uma
série
de
fenômenos
lingüísticos
que,
em
muitos
casos,
ficam
sem
uma
explicação
coerente,
por
exemplo,
a
separação
de
orações
principal
e
subordinada
e a
polêmica
da
oração
independente.
Para
um
ensino
de
sintaxe
contextualizado, acreditamos na
busca
de uma
gramática
que
vá
além
dos
limites
da
frase,
tomando
como
ponto
de
partida
o
texto,
por
ele
não
ser
um
somatório
de
frases,
e
sim
uma
seqüência
que
mobiliza
recursos
sintáticos
e
semânticos
para
a
sua
sustentação.
(c.f. Elisa Guimarães).
Optamos
por
um
estudo
de
orações
em
que
as
relações
sintáticas ocorram
tanto
no
plano
macro
como
na microestrutura, constituindo
assim
o
objeto
da
Lingüística
textual,
uma
vez
que
não
podemos
falar
em
sintaxe
sem
adentrarmos
nos
caminhos
da
lingüística
do
texto.
Deste
modo,
como
já
argumentamos, o
exame
das
gramáticas
e do
ensino
das
orações
deverá
ocorrer
concomitantemente
com
a
adoção
dos
critérios
sintáticos,
semânticos
e
pragmáticos
para
que
o
usuário,
ao
construir
textos,
considere as
relações
sintáticas
dentro
das
orações
e
entre
as
orações,
reconhecendo as
relações
sintagmáticas na
produção
e na
compreensão
do
pensamento.
Essas
relações
devem
ser
analisadas a
partir
do
texto.
Assim
o
usuário
aprenderá a
sintaxe,
usando –a
em
diferentes
situações
comunicativas.
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