A SEMIOSE
ENQUANTO
OBJETO DE
ESTUDO
DAS
CIÊNCIAS DA
COGNIÇÃO
Claudio Manoel de
Carvalho
Correia
“(...) a
semiose,
como
objeto da
investigação
semiótica, estabelece
nada
mais
nada
menos
que uma
nova
perspectiva e
novos
fundamentos
para a
totalidade do
conhecimento
humano (...)”
John Deely
INTRODUÇÃO
Este
trabalho tem
como
objetivo
mostrar
que a
semiótica de Peirce se apresenta
como uma
ciência
cujos
fundamentos se caracterizam
como
essenciais
para os
estudos
que visam à
análise do
desenvolvimento cognitivo,
além de uma
ciência,
cujos
princípios
são
fundamentais às
ciências cognitivas, a
semiótica constitui-se,
também,
como
um
tipo
específico de
ciência cognitiva,
com
pontos de
vista epistemológicos
para o
entendimento do
significado,
enquanto
entidade
lógica.
São
muitos os
pontos
em
comum
que direcionam essas
ciências
para
um
encontro epistemológico,
com
vias a
gerar uma interdisciplinaridade
entre
seus
princípios
fundamentais. Podemos
citar,
entre
esses
pontos,
princípios
como a
observação das
percepções no
que se refere às
cognições
que estão no
cerne da fenomenologia de Peirce, o
estudo da
geração dos
significados
através das
determinações
entre os correlatos do
conceito
triádico do
signo peirceano, as
inter-relações
lógicas
entre os
três
elementos da
tríade e a
produção da
cognição produzida na
mente do
intérprete.
Um
aspecto
fundamental
que emerge
como
síntese do
pensamento de Peirce e
que
nos direciona,
também,
para a interdisciplinaridade
entre a
semiótica e a as
ciências cognitivas, está na
definição peirceana do
pensamento
enquanto uma
corrente de
signos.
Para Peirce,
não há
pensamento
sem
signos. O
pensamento é
totalmente estruturado
em uma
corrente de
signos.
Na
medida
em
que o
pensamento é constituído de
signos e os
signos
são os
veículos
portadores de
significado,
somente
nos aproximaremos de uma
compreensão do
que é o
pensamento e
suas
relações
com a
experiência,
através de uma
atenta
análise do
que é o
signo.
Em
outros
termos, estamos afirmando
que há a
necessidade da
busca do
que
são os
signos,
para investigarmos as
formas
que apreendemos a
experiência, a compreendemos, geramos o
conhecimento e o transformamos
em
signos. Essa
questão é
um dos
objetos das
ciências cognitivas e
nos parece,
que a
semiótica de Peirce possui as “chaves”
para a
solução de
muitos desses
problemas
intrínsecos às
chamadas
ciências cognitivas.
RELAÇÕES
ENTRE
A
SEMIÓTICA
E AS
CIÊNCIAS
COGNITIVAS
De
início, o
conceito
triádico de
signo proposto
por Peirce,
em
si
mesmo, constitui
um
arcabouço
satisfatório
para as
pesquisas
que visam às
relações
entre os
sujeitos cognocentes e a
experiência.
Gomila (1996: 1357)
nos apresenta o
ponto
em
que a
ciência cognitiva emerge,
enquanto
crítica às
teorias de estímulo-resposta
que visavam
entender,
através de
um
processo comportamental, as
formas de
geração dos
conceitos,
significados e
representações
mentais:
De hecho, puede verse la Ciencia Cognitiva
como un
programa
científico comprometido con la teoría
representacional de la
mente, surgido en
parte
como reacción al predominio del conductismo en
psicología,
para el
que debía explicarse la conducta
como función de los
estímulos.
De
forma
contrária, a
ciência cognitiva, nas
mais distintas subáreas
em
que pode
aparecer
como
substrato
para outras
ciências humanas,
não possui uma
visão
tão limitada da
capacidade
humana de
gerar os
conceitos e as
representações.
Seu
objetivo é,
exatamente, a
busca do
entendimento das
formas
como o
conhecimento rompe
com as
limitações das
percepções diretas,
através das mediações
que emergem
entre os
estímulos e repostas, carregados de
significados
através das
inferências de
ordem
social, cultural e,
sobretudo,
psicológica.
Assim, a
teoria do
signo de Peirce se apresenta
como
fundamentação
para as
ciências cognitivas
enquanto uma
teoria do
significado
que explica os
mecanismos de engendramento das
interpretações. Essas
interpretações
são mediadas de
forma
lógica
pela
abstração do
signo
que,
por
sua
vez, é
determinado
pelo
objeto,
elemento
que
em outras
teorias do
significado foi
excluído do
processo de
análise da complexidade da
geração dos
conceitos.
Sobre a
importância do
conceito Peirceano de
signo
para as
ciências cognitivas, afirma Gomila (1996: 1358):
El
marco
conceptual
de Peirce
nos
ayuda a
entender
también la necesidad de
una
teoría de la determinación del contenido (del
objeto)
de las representaciones
mentales
para la
fundamentación de la Ciencia Cognitiva. Y ofrece también la primera indicación
de los
tipos
de relación en virtud de los cuales el R y el O de
una
representación
mental podrían
estar
relacionados.
É
exatamente nas
relações
lógicas de
determinação
entre os correlatos do
signo
que podemos
buscar
aquilo
que a
semiótica de Peirce possui de
fundamental
para a
compreensão da
produção dos
significados. É das
relações e
determinações
entre os correlatos
que emergem os
significados
como signos-interpretantes dos
objetos
que
são representados
pelo
signo e interpretados na
mente do
intérprete.
Uma
questão
também
fundamental
para os
estudos
sobre o
desenvolvimento cognitivo é a
separação tradicional
entre
processos perceptuais e
processos conceptuais. O
que deve
ser
observado, no
entanto, é
que,
além dessa
separação tradicional
que denota a
diferença
entre
esses
conceitos, as
ciências cognitivas reconhecem
que há
formas de
cognição
que derivam da
experiência perceptual. O
que está no
cerne desta
questão,
como
nos foi explicado
por Turner (1976: 63), é
que a
natureza
imediata das
percepções pode
atuar
como
conexões
entre
ações e
operações
com
objetos e
eventos:
Sublinha a
natureza
imediata,
aqui
e
agora,
das
percepções,
e
seu
papel, na
medida
em
que
as
percepções,
embora
não
possam
ser a
fonte de
conhecimento,
pois
este
requer a
aplicação dos
esquemas
operativos (...), podem,
não
obstante,
atuar
como
um
meio
de
conexão
das
ações
e
operações
com
objetos
e
eventos:
(...).
Assim, chegamos à
constatação de
que é
fundamental levarmos
em
consideração
tanto os
aspectos perceptuais,
quanto os conceituais
em
qualquer
atividade cognitiva e,
como propôs Turner (1976: 63-64), é
apropriado
considerar o
desenvolvimento perceptual
como
necessário
componente na
compreensão do
desenvolvimento cognitivo.
Para Turner (1976: 64), o
pensamento de uma
pessoa é influenciado
por
sua
percepção, e o
que
ela percebe é,
em
maior
ou
menor
grau, influenciado
pelo
que
pensa.
Em
resumo,
esses
conceitos
que englobam o
processo de
percepção
nos
estudos cognitivos
são
indícios da
forma
como os
conceitos
emergentes da
semiótica de Peirce podem
servir
como
arcabouço
para a
análise do
desenvolvimento cognitivo, a semiose é a
noção
que descreve as
formas
como as
percepções e
sensações,
em
nível diádico, evoluem
para
cognições e
interpretações,
em
nível
triádico.
Outro
conceito
que
também poderá
servir
como
base
para os
estudos cognitivos é o
conceito
triádico de
signo. A
inclusão do
objeto na
tríade do
signo,
como
um correlato
que
pertence ao
nível da
experiência, do
evento e,
sobretudo, o
entendimento do
signo,
enquanto uma
entidade
abstrata
cuja
função é
mediar a
representação do
objeto
para a
geração dos
conceitos na
mente do
intérprete, constitui,
também, uma
definição
singular e
importante,
pois engendra
um
conceito epistemológico da
entidade
que veicula as significações no
processo de semiose.
Na transposição desses
conceitos peirceanos
para a
realidade das
análises dos
processos de
desenvolvimento cognitivo, o
que encontramos é uma
teoria
que descreve a
natureza
construtiva e
evolutiva da
interação
entre o
processo de
percepção e a
cognição. É
exatamente nessa
interação
que está
fundamentado o
desenvolvimento cognitivo. Nesse
ponto, concordamos
com a
definição de Turner (1976: 66) de
que a
percepção é
um
processo cognitivo
básico,
quer
dizer, é uma
condição
necessária ao
desenvolvimento
subseqüente. Os
elementos
perceptivos podem
estar
presentes
nos
elementos conceituais,
ou seja,
elementos conceituais contêm
elementos
perceptivos.
Como argumentou Turner (1976: 66):
Na
extremidade perceptual podem
estar
presentes
elementos conceptuais, e na
extremidade
conceptual
são
necessários
elementos perceptuais,
mas a
ênfase atribuída a
um
ou
outro
processo difere, dependendo do
estágio de
desenvolvimento atingido.
A
relação
entre a
semiótica e as
ciências cognitivas têm sido discutidas
por
alguns
autores.
Alguns direcionam
seus
argumentos
para a
análise das
formas de
como a
semiótica poderá
servir no
auxílio às
investigações cognitivas, na
medida
em
que possui
um
arcabouço epistemológico
poderoso
para a
observação do engendramento dos
processos de significação;
outros
autores,
mesmo
sem se aprofundarem
em
questões
sobre o
advento das
ciências cognitivas, trabalham
com as
bases
semióticas
em
análises
que visam à
explicação das
formas
como
nos relacionamos
com a
experiência e,
assim, geramos o
conhecimento.
A
possível
relação
entre a
semiótica e os
estudos cognitivos é,
para
nós,
um
tema
particularmente
instigante de
ser analisado, na
medida
em
que,
alguns
autores,
como
nos
mostra Nöth (1995: 127)
já evocaram o
espectro do
fim da
semiótica na
era do cognitivismo,
enquanto
outros, de
forma
contrária, têm
previsto uma
revolução cognitivista no
próprio
quadro da
semiótica.
Seguimos neste
trabalho
com a
segunda
perspectiva apresentada. Acreditamos
que a
semiótica buscará,
em
seu
âmago, na
medida
em
que possui
bases epistemológicas e fenomenológicas
para as
análises dos
sistemas
significantes, os
princípios cognitivos
inerentes aos
conceitos formulados
por Peirce e se transformará
em uma
ciência
essencial no
estudo do
desenvolvimento dos
processos cognitivos. Gomila (1996: 1367) reconhece
os
conceitos peirceanos
como
definições
fundamentais
para os
estudos das
ciências cognitivas na contemporaneidade:
En cualquier
caso,
su concepción del pensamiento
como
sígno y su reconocimiento del
caráter
específico
de la significatividad y la interpretación de los
signos
mentales
le sitúan
como
un
valioso
precedente de la Ciencia Cognitiva contemporánea.
Em nenhuma
hipótese, cremos
em
um
fim da
semiótica
em
meio ao
advento das
ciências cognitivas na contemporaneidade. Na
verdade, acreditamos
que,
enquanto
ciência
cujos
conceitos rompem
com as
limitações impostas pelas
vertentes behavioristas e comportamentais nas
análises dos
processos de
geração dos
conceitos, a
semiótica se assemelha
em
muito
com as
ciências cognitivas, na
medida
em
que reconhece o
signo
como uma
entidade
triádica mediadora
em
qualquer
nível diádico.
Em
outros
termos, a
tríade rompe
com as
limitações das díades,
em
nível de estímulo-resposta.
Esse
ponto é
importante
ser enfatizado,
pois,
como observou Nöth (1995: 128), no
que diz
respeito à
história das
ciências cognitivas:
Conforme
a historiografia
normal
das
ciências
cognitivas, o
paradigma
cognitivo
não
é de
maneira
nenhuma
oposto à
semiótica,
mas
surgiu das
cinzas
do
behaviorismo.
Na
área
da
psicologia,
a
história
dessa
ciência
no
nosso
século
tem
até
sido considerada
como
seqüência
de
só
duas
eras:
a do
behaviorismo
e a do cognitivismo.
No
que concerne
às
relações
entre a
semiótica peirceana e as
ciências
cognitivas, devemos
atentar
para as
diferenças
fundamentais
entre os
conceitos de
signo
postulados
por Peirce e
Saussure. É
importante
atentarmos
para essas
definições,
pois, o
conceito
saussureano de
signo
veio
influenciar e
fundamentar as
vertentes
estruturalistas da
semiótica,
como a
semiologia de
Barthes, a
semiótica de Hjelmslev e,
na
atualidade, a
semiótica de Greimas.
Vale
ressaltar
que todas
essas
vertentes
estruturalistas da
semiótica, percebem o
processo de significação
enquanto uma
rede de
relações
binárias,
que instauram
traços
distintivos e,
como
conseqüência,
geram
significados a
partir desse
processamento
binário.
Se
nos direcionarmos
com
atenção
para o
conceito de
signo
postulado
por Saussure, encontraremos
um
conceito
dual, diádico
ou, na
terminologia
corrente na
Lingüística, “dicotômico”, no
qual o
significado é apresentado
como a
contraparte do
significante. A
natureza do
signo
lingüístico é
definida
como uma
moeda
com duas
faces,
cujo
elemento na
parte
oposta “reclama” o
outro.
Em
outros
termos, o
significante “reclama” o
significado no engendramento do
signo
lingüístico.
Podemos
observar as
palavras de Saussure (1972: 80)
em
seu
Curso de
Lingüística
Geral: “O
signo
lingüístico é,
pois, uma
entidade
psíquica de duas
faces,
que pode
ser representada
pela
figura: (...)
Esses
dois
elementos estão intimamente unidos e
um reclama o
outro”.
Mattoso Camara (1975: 106)
nos explica a
definição saussureana de
signo
lingüístico:
Saussure propôs esta
idéia
distinguindo, de
um
lado,
o
que
ele
chamou de <<significante>>
(le signifiant) e de
outro,
de <<significado>>
(le signifié). Uma
forma
fonética,
ou
significante,
relaciona-se a
um
conceito
ou
feixe
de
idéias,
o
significado,
e desta
relação
resulta a
forma
lingüística.
O
significado é
determinado a
partir de outras
relações de
base
inerentes ao
sistema,
ou seja, é
definido
em
relações
paradigmáticas,
conceito
dicotômico
postulado
por Saussure.
Se o
significado é
entendido
através de uma
rede de
oposições
inerentes ao
sistema,
qualquer
discussão
sobre o
objeto e
sobre o
sujeito cognocente na
geração dos
conceitos, é
totalmente
excluída.
De
forma
contrária, a
noção do
signo
peirceano está
baseada
em uma
relação
entre os
três
constituintes
da
entidade
signo,
considerando os
constituintes
como
correlatos
responsáveis
pela
própria
atividade
semiótica: o
objeto, o
signo e a
cognição
produzida na
mente do
intérprete. A
cognição é,
dessa
forma,
um
constituinte
da semiose,
enquanto
que nas outras
vertentes da
semiótica estruturalista a
cognição é
definida
através de
traços
distintivos
em
oposições
paradigmáticas.
Assim,
como foi
observado, a
cognição é
parte do
processo
infinito de
geração dos
significados.
Nöth (1995: 130)
nos
chama a
atenção
para as
formas
como,
através das
categorias
fenomenológicas de Peirce, a
cognição pode
ser
entendida:
Na
filosofia de Peirce, a
tríade tradicional da
mente corresponde às
suas
três
categorias de primeiridade, secundidade e
terceiridade. O
sentimento
pertence à primeiridade, a
categoria do
imediato e das
qualidades
ainda
não diferenciadas. A
volição
pertence à secundidade,
categoria da
interação diádica
entre o
eu e o
outro (um
primeiro e
um
segundo). A
cognição
pertence à terceiridade,
categoria da
comunicação, da
representação “entre
um
segundo e
um
primeiro” (CP 5.66)
E,
em uma
definição
que está
totalmente de
acordo
com as
discussões
que estão
sendo apresentadas neste
trabalho, Nöth (1995: 131)
conclui
que a
cognição é
...um
elemento
constitutivo no
processo do
signo
triádico
ou
semiose,
tal
como
Peirce (CP 5.484) define o
processo
em
que
o
signo
tem
um
efeito
cognitivo no
seu
intérprete.
Mas
a semiose
não
pode
ser reduzida à
cognição.
Ela
pressupõe a
percepção,
um
processo
triádico
gerado na
consciência
do
observador a
partir de
um
nível de
sentimento
imediato
ainda
indiferenciado, no
qual
ele
é “meramente
a
qualidade
de
um
signo
mental” (Peirce,
CP 5.291).
CONCLUSÃO
Como pôde
ser
observado, podemos
encontrar diversas
relações
entre a
semiótica de Peirce e as
Ciências Cognitivas. Uma das
relações
mais
relevantes pode
ser encontrada no
próprio
conceito
triádico de
signo
que define a
produção da
cognição
através da
noção de
Interpretante,
além da
própria
noção de semiose,
enquanto
um
processo
evolutivo
que se inicia a
partir da
percepção e
que evolui
para
um
nível
superior, a “Terceiridade”, caracterizada
como uma
categoria
eminentemente cognitiva.
Assim, seguimos
com a
argumentação da
importância dos
estudos da
semiótica de Peirce
para a
análise do
desenvolvimento cognitivo
humano.
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CAMARA JR., Joaquim
Mattoso.
História da
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CORREIA, Claudio Manoel de
Carvalho. Semiose e
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em
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Rio de
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Dissertação de
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Programa de
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Universidade do
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DEELY, John.
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São Paulo: Cultrix, 1972.
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Desenvolvimento Cognitivo.
Rio de
Janeiro: Zahar, 1976.
Este
trabalho é
parte do
capítulo 3 da
dissertação de
Correia (2001), apresentada ao
Programa de
Pós-Graduação
em
Letras,
área de
concentração
em
Lingüística, da
Universidade do
Estado do
Rio de
Janeiro.