AS MÚLTIPLAS EDIÇÕES D’OS SERTÕES,
DE EUCLIDES DA
CUNHA
Comentários
filológicos

Ruy Magalhães de Araújo (UERJ)

 

Escritos cinco anos após o episódio de Canudos, em São José do Rio Pardo, estado de São Paulo, quando Euclides ali se encontrava encarregado da construção de uma ponte, os primeiros manuscritos d’OS SERTÕES foram, a pouco e pouco, sendo elaborados, até serem levados primeiramente para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, onde Lúcio de Mendonça faz o encaminhamento do livro à Livraria Laemmert. Com essa editora, Euclides contratou a 1ª edição.

Antes, Euclides escreveu dois artigos intitulados “A nossa Vendéia”, versando sobre os acontecimentos de Canudos e publicados n’O Estado de São Paulo.

O plano da obra OS SERTÕES assentava-se no seguinte esquema:

A TERRA.

O HOMEM.

A LUTA:

(Travessia do Cambaio).

(Expedição Moreira César).

(Quarta Expedição).

(Nova Fase de Luta.).

(Últimos Dias).

Pronta a impressão em dezembro de 1902, Euclides comprovou, contudo, existirem inumeráveis erros e incorreções tipográficas.

A publicação do livro com o número de páginas que tinham Os Sertões não era fácil, tratando-se de autor desconhecido como era ele. A princípio pensou em publicá-lo parceladamente pelas colunas do Estado de São Paulo. Talvez fosse esse o meio de atrair a atenção de algum editor. Levou os originais a Julio de Mesquita, certa vez em que esteve na capital. Em vão esperou em Lorena que o jornal começasse a estampá-lo. Longos seis meses se passaram. Voltando a redação do Estado de São Paulo, encontrou o seu grande pacote de originais coberto de poeira, no mesmo lugar em que o deixara. Mas apareceram ainda os amigos. Com uma carta de Garcia Redondo a Lúcio de Mendonça, embarcou para o Rio de Janeiro, em dezembro de 1901. Deve ter sido penoso ao estreante o fato de andar daqui para ali com o seu manuscrito, em busca de editor. Mas Lúcio de Mendonça encontrou-o afinal: a Livraria Laemmert encarregou-se de publicar o livro, não sem alguma relutância. (Sylvio Rabello, Euclides da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966, p. 161)

O espírito rigoroso de Euclides, constantemente preocupado com a meticulosidade do trabalho, levava-o a considerar sempre que a edição necessitava de emendas. Por isso,

(...) ia sempre ao Rio a fim de corrigir as provas tipográficas, umas provas que nunca o satisfaziam inteiramente. Posto em letra de forma, o livro parecia-lhe outro, o bom e o mau das descrições, dos episódios, das figuras, ganhando um relevo que não tinha nas paginas manuscritas. Mas ainda era tempo de emendar o que lhe escapara antes. E refez períodos inteiros, intercalou novos, ao mesmo tempo que substituía palavras por outras, de maior propriedade verbos e adjetivos que dessem toda a sugestão de força e de harmonia às suas idéias.

Terminada a impressão pela editora, notavam-se, porem, ainda muitos erros. Os Sertões jamais poderiam ser lançados com tamanha coleção de erros, entendia Euclides. Assim,

(...) dispôs-se a emendar todos os defeitos, todos os erros, os tipográficos e os próprios. Durante dias e dias, diante dos operários aturdidos, não arrendou da tipografia para raspar, a ponta de canivete, os acentos indicativos de crase e as virgulas mal postas; para pingar com uma pena novos acentos e novas vírgulas. Um por um, cerca de mil exemplares da tiragem passaram pelas mãos do revisor inexorável. Em cada exemplar emendou oitenta erros. Oitenta mil emendas ao todo.

Durante algum tempo, Euclides permaneceu numa angustiante expectativa, até que recebeu carta do editor dando-lhe conta de que

(...) Os Sertões tinham feito um grande sucesso. Em oito dias, a metade da edição se esgotara. Nunca na sua vida de livreiro vira acontecimento igual. E depois os jornais vinham com artigos elogiosos. Os melhores críticos   tinham emitido o seu juízo: livro de mestre.

Colocado à venda, o livro foi um notório sucesso. Causou espanto em todo o Brasil. Abruptamente, no limiar da República, todos ficaram cientes de que a guerra de Canudos não era apenas uma vitória para a preservação do novo regime. Configurava-se, porém, sobremaneira como denúncia de um crime ou de uma monstruosidade ou de uma covardia que se cometera contra pessoas desamparadas, indefesas, miseráveis, famintas, analfabetas, isoladas no interior do país, onde campeava a ignorância em todos os seus ramos e categorias Era umlivro vingador”, que tratava “do grande assassinato coletivo” na expressão do próprio Euclides. Além disso, a obra tratava de temas de alto valor científico, antropológico, etnológico, sociológico, a par de esmerado estilo literário.

A crítica de Araripe Júnior fê-lo ainda mais conhecido e dentro em pouco tempo se reclamava a 2ªedição.

Criticar esse trabalho” [escreveu] “não e mais possível. A emoção por ele produzida neutralizou a função da critica. E, de fato, ponderando depois calmamente o valor da obra, pareceu-me chegar à conclusão de que Os Sertões são um livro admirável, que encontrara muito poucos, escritos no Brasil, que o emparelhem – único, no seu gênero, se atender-se a que reúne a uma forma artística superior e original, uma elevação histórico-folosófica impressionante e um talento épico-dramático, um gênio trágico como muito dificilmente se nos deparara em outro psicologista nacional. O Sr. Euclides da Cunha surge, portanto, conquistando o primeiro lugar entre os prosadores da nova geração. (Araripe Junior – ‘Os Sertões’, in: ––. Juízos Críticos, pp. 33-71)

Nas pegadas de Araripe Junior, Afrânio Peixoto talqualmente exaltou Os Sertões, mostrando

(...) o seu aspecto acidental, episódico, de livro que narra uma campanha, e o seu aspecto essencial, profundo, que é a de advertência aos brasileiros de todas as suas formas de incapacidade não de dominar a terra como de possuí-la dignamente. E prossegue: (...) livro esperado pela raça sertaneja séculos abandonada no recesso do País. (Afrânio Peixoto -  “Euclides da Cunha: dom e arte de estilo, in: –––. Poeira de Estrada, p. 48)

Também o fez Tristão de Ataíde.

Sua obra vinha mostrar, eloqüentemente, e com fatos, o erro do litoralismo político que fora na monarquia o parlamentarismo, importando formulas e confundindo ficções com soluções embora tendo conseguido organizar a estrutura social da nacionalidade e fixar a face mais original de sua literatura, até então – e era agora na Republica e caudilhismo militarista, corrompendo as forças armadas pelo veneno politicamente. Literariamente vinha relevar o erro do esquecimento em que jazia a massa dos homens brasileiros e dar aos vindouros um exemplo de originalidade ao tomar em suas mãos a matéria bárbara americana e procurar exprimi-la sem a correção de escolas  e preconceitos. (Tristão de Ataíde. Política e Letras, in: –––. A Margem dos História da República, pp. 288-289.)

Para o autor, contudo, a obra estivera sempre a merecer releituras e correções, mormente porque alguns gramáticos puristas a todo instante lhe apontavam deslizes, o que era endossado por outros críticos ávidos de terem seus nomes conhecidos.

Assim, falando-se ainda através de Sylvio Rabello, Op. cit., 1966, p. 186,

Euclides  (...) dedicou muitos dias à tarefa de emendar com a maior vigilância tudo o que lhe parecia uma impropriedade, uma obscuridade ou um defeito nas suas páginas. Mas era um nunca acabar: os períodos dados por definitivos uma vez, pareciam-lhes sempre cheios de novas falhas. Esse trabalho de revisão de Os Sertões nunca o concluiria a ponto de satisfazer-se completamente. Emendados para a terceira edição. E mais uma vez, emendados para a quarta que seria a definitiva. Esta apareceu, entretanto, depois da sua morte, reproduzindo exatamente a terceira.

A idéia de emendar e corrigir o livro sempre o atormentava. É o que veremos a seguir:

Mas Os Sertões definitivamente revistos e dados por corretos nunca contentaram o seu ideal de perfeição. A um amigo, em 1909, escreveu: ‘Hei de consertar isso por toda a vida. Até nem abro Os Sertões, porque fico sempre atormentado, a encontrar imperfeições a cada passo’. É que Euclides se supunha o ponto de referência de todos os gramáticos que, de lápis em punho, poderiam catar os erros que não emendara. Desta época, possivelmente antes de ter saído a segunda edição do seu livro, é a poesia O Paraíso dos Medíocresuma página que Dante destruiu. Euclides imaginava-se em certo sítio perto do inferno e tendo por guia Virgílio. Mas, de súbito este desaparece, deixando-o perdido entre demônios. Em vão lhe grita pelo nome. Em lugar do companheiro de peregrinação, aparece uma figura estranha, de fronte lisa e dentes à mostra, em riso imbecil. Indaga-lhe o nome. Era o cicerone do paraíso dos medíocres.

Sou Marcellus Pompônio, o purista,

O guia que te trouxe, esse Virgílio,

Esta ama seca que apelidas tanto

Não me suportaria; eu sou capaz

De mostrar solecismos nas ‘Geórgicas ...

Fez bem. Fugiu. E tu certo conheces

O gênio prodigioso que venceu

Certa causa notável, apontado

Um erro de gramática nos autos:

Sou eu. Sou imortal ... Tu és feliz,

Lucraste com a troca. Folga, ri,

Agradece ao teu Deus e dá-me o braço.

Eu vou mostrar-te o que outrem não faria.

viste o inferno, vou levar-te agora

Ao purgatório e ao céu. Mas antes deles

Há uma terra ideal onde domina

A santa mediania da virtude

E se chama o Paraíso dos Medíocres

É ali – disse. E depois me foi levando

Por um trilho escarpado. A breve trecho,

Vingando um cerro abrupto, tive em frente

O mais belo país que eu inda vira.

Que terra encantadora.

O meu olhar

Desatou-se folgando em amplitude

Dos horizontes vastos onde eternos

Fulgores de uma primavera eterna

Se revezam co’as noites estreladas”.

(Francisco Venâncio Filho.

A Glória de Euclides da Cunha, p. 130,132)

 

Nesse paraíso dos medíocres é que Euclides desejava colocar os supostos caturras que faziam de Os Sertões um exercício de aplicação de regras gramaticais.

A Laemmert publicou até a 3ª edição, quando, em 1914, a Francisco Alves comprou os direitos autorais e passou a publicar a obra até a 27ª edição.

É importante informarmos que somente em 1914 o exemplar corrigido e revisto pelo próprio autor foi encontrado, sendo considerada, desse modo, como edição definitiva a 4ª, na qual se registram 1.500 emendas.

Edições d’OS SERTÕES, de Euclides da Cunha.

edição. Rio de Janeiro, Laemmert & Cia,  1902. Ilustrada. 632 páginas.

Com um conto e quinhentos, a 1ª edição foi financiada pelo próprio Euclides da Cunha. Tal importância era exorbitante para o autor e talvez representasse duas vezes o seu ordenado.

edição. Rio de Janeiro, Laemmert & Cia,  1903. Ilustrada. 618 páginas. (Corrigida)

edição. Rio de Janeiro, Laemmert & Cia., 1905. Ilustrada. 618 páginas. (Corrigida).

edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves 1911. Ilustrada. 620 páginas. (Corrigida)

edição.Rio de Janeiro, Francisco Alves.1914.Ilustrada. 620 páginas. (Corrigida. Definitiva, de conformidade com as emendas deixadas pelo autor).

Obs. É pertinente transcrevermos aqui a informação constante da 5ª edição da Livraria Francisco Alves, em sua:

 

ADVERTÊNCIA  (da 5ª edição)

À primeira edição deste livro, em 1902, sucederam-se, em 1903 e 1905, a segunda e a terceira, todas impressas pela firma Laemmert & C.ª Tendo nós adquirido, à falência destes editores, e depois da morte do autor em 1909, a propriedade da obra, publicamos, em 1911, 14ª edição. Todas elas, sensivelmente, não diferiam. Posteriormente, porém, foi encontrado, entre os livros do ilustre escritor, um exemplar daquela terceira edição, última que ele vira, tendo no ante-rosto esta indicação intimativa:

Livro que deve servir para a edição definitiva (4ª).

Não cuidamos do nosso interesse, que seria reproduzir facilmente a estereotipia feita para a 4ª edição, mas sim em bem servir à cultura nacional e em honrar Euclides da Cunha. Por isto, esta 5ª edição, essencialmente a mesma no fundo, na forma muito diversa das outras, obedece, embora com atraso independente da nossa vontade, ao desejo expresso pelo grande estilista, que achara no seu célebre livro tanta matéria para aperfeiçoar.

edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1923. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1923. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1925. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1926. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

10ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1927. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

11ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1929. Ilustrada. 620 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

12ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1933. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

13ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1936. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

14ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1938. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

15ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1940. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

16ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1942. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

17ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1944. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

18ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1945. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

19ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1946. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

20ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 19346. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

21ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1950. Ilustrada. 646 páginas. (Definitiva, de conformidade com as correções e emendas deixadas pelo autor)

22ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1952. Ilustrada. [Ilustração de Ib. Andersen]. 554 páginas.

23ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1954. Ilustrada. 554 páginas.

24ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1956. Ilustrada. 554 páginas.

25ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1957. Ilustrada. 554 páginas.

26ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves., 1963. Ilustrada. 2 volumes.

27ª edição. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1968. Ilustrada. [Capa e ilustração de Aldemir Martins]. 471 páginas.[1]

28ª edição. Brasília, Universidade de Brasília, 1979.

 

PUBLICAÇÃO DE OUTRAS EDITORAS

Lisboa, Livros do Brasil, 1959. Ilustrada, 479 páginas. (Coleção Livros do Brasil, 41).

Rio de Janeiro, Edições de Ouro, 1967. Ilustrada, 554 páginas. (Clássicos Brasileiros, Águia de Ouro). Prefácio de M. Cavalcanti Proença.

Rio de Janeiro, Edições de Ouro, 1969. Prefácio de M. Cavalcanti Proença.

Ilustrada. 560 páginas. (Clássicos Brasileiros, Leão. Reimpressão).

Rio de Janeiro, Edições de Ouro, 1970. Seleção, introdução e vocabulário de Olímpio de Sousa Andrade. 225 páginas. (Coleção Calouro, Estrela).

Os Sertões: Texto integral. São Paulo: Editora Três, 1973. 2 volumes.

Os Sertões: Campanha de Canudos. São Paulo, Abril Cultural, 1979. Ilustrada, 442 páginas.

Os Sertões: Campanha de Canudos. São Paulo, Círculo do Livro, 1992. 496 páginas.

 

Apareceram, ainda, os seguintes trabalhos:

Os Sertões. Ed. Leopoldo M. Bernucci. São Paulo: Ateliê/ Imprensa Oficial/ Arquivo do Estado, 2001.

Lexicologia de “Os Sertões”: o vabulário de Euclides da Cunha. Manif Zacarias . Florianópolis: Garapuvu, 2001.

Cadernos da Literatura Brasileira: Euclides da Cunha e Cadernos de Fotografia Brasileira: Canudos. Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 2002. 411 e 302 pp, respectvamente.

História e Interpretação de OS SERTÕES. Olímpio de Souza Andrade.  Org. e Int. de Walnice Nogueira Galvão. Ap. Alberto Venâncio Filho. 4ª ed., rev. e aum. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2002.

Exposição sobre os cem anos de OS SERTÕES, obra-prima de Euclides da Cunha, lançada em 1902. Fotos de Flávio de Barros, o único fotógrafo que registrou cenas da guerra no arraial de Antônio Conselheiro. Rio de Janeiro: Instituto Moreira Sales, 2002.

 

TRADUÇÕES

Alemão

DIE SERTÕES. Tradução de Karl Schwarzenbach. Hamburgo.

 

Chinês

[Os Sertões] Tradução de Pei Chin. Pequim, 1959. 597 p. Il.

 

Dinamarquês

OPRORET paa hojsletten [Oversat af Richard Wagner Hansen, illustrationer of Ib Andersen]. Copenhague, Westermann, 1948. 339 p. Il.

 

Espanhol

LOS SERTONES (Os Sertões). Traducción del original de Benjamín de Garay; prólogo de Mariano de Vedia. Buenos Aires {Ministerio de Justicia y Instrucción Pública] 1938. 2 volumes. (Bibl.  de Autores Brasileiros Traducidos al Castellano, 3-4).

LOS SERTONES (Os Sertões). Versión compendiada por Enrique Pérez Mariluz. Ilustraciones de Castelao. Buenos Aires, Editorial Atlántida [1941]. 172 p. il. (Bibl.  Billiken, Col. Azul).

LOS SERTONES (Os Sertões). La tragédia del hombre derrotado por el médio. [Traducción directa del portugués por Benjamín de Garay. 2ª ed] Bueos Aires, Editorial Claridad [1942].452p. il (Bibl.  de Obras Famosas, 73)

LOS SERTONES (Os Sertões). Trad, de Benjamin de Garay. Reseña de la historia cultural del Brasil, por Afranio Peixoto. Buenos Aires, W. M. Jackson [c.1957] xxvi + 535 p.(Col. Panamericana, 4)

 

Francês

LES TERRES DE CANUDOS. Os Sertões. Trad. de Sereth Neu, préf. du dr. Afrânio Peixoto. Rio de Janeiro, Edições Caravela, 1947. xi + 412 p. Il.

 

Holandês

DE BINNENLANDEN, opstand in Canudos [Uit hat Portuguees door dr. de Jong]. Amsterdam,Wreldbibliotheek, 1954. 290 p. il.

 

Inglês

REBELLION IN THE BACKLANDS.  Translated from Os Sertões by Euclides da Cunha, with introduction and notes by Samuel Putnam. Chicago, University of Chicago Press [1945]  xxxii + 526 p. il.

REBELLION IN THE BACKLANDS. Translated from Os Sortões by Euclides da Cunha, with introduction and notes by Samuel Putnam. Chicago, University of Chicago Press [1952] xxxii + 526 p. il.

REBELLION IN THE BACKLANDS. Translated from O s Sertões by Euclides da Cunha, with introduction and notes by Samuel Putnam [Chicago]. The University of Chicago Press. [1957] xxx + 532 p. il. (Phoenix Books, P 22).

REBELLION IN THE BACKLANDS. REVOLT IN THE BACKLANDS by Euclides da Cunha. Translated by Samuel Putnam. Londres, Victor Gollancz, 1947. 347 p. il.

 

Italiano

BRASILE IGNOTO (L’assedio di Canudos) [Trad. di Cornelio Bisello]. Milão, Sperling & Kupfer [1953] 452 p. il.

 

Sueco

MARKERNA BRINNA (Os Sertões) [Svensk översättning och bearbetning av Th. Warburton]. Estocolmo, Wahlström & Widstrand [1945] 365 p. il.

 

ADAPTAÇÕES

Ainda se registram as seguintes adaptações:

CAMPANHA DE CANUDOS (episódio de Os Sertões). Adaptação de A. de Miranda Bastos, desenhos de José Geraldo, capa de Antônio Euzébio. Edição Maravilhosa. Rio de Janeiro, n. 136 (extra) nov. de 1956, 48 p. (Os Sertões em quadrinhos).

OS SERTÕES. Adaptação e desenhos de Mário Jaci. Brincar e Aprender. Boletim dos clubes agrícolas. Rio de Janeiro, 3 (13) out./dez. de 1944; 8 (33) jan../dez. de 1951.

Para encerrar, podemos dizer que OS SERTÕES, de Euclides da Cunha, constituem obra imortal.

Isto se estriba em fundamentos históricos, sociológicos, políticos, antropológicos, literários, filológicos, os quais, pela própria natureza e condição, talqualmente são eternos.

Em decorrência, somar-se-ão ao longo dos tempos ainda muitas outras edições, perquirições, teses, publicações em geral, a caracterizar e a reforçar, assim, a perenidade da obra.

 

BIBLIOGRAFIA

ABREU, Modesto de. Estilo e Personalidade de Euclides da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.

ANDRADE, Olímpio de Souza. História e Interpretação de "Os Sertões". São Paulo: Edart , 1960 (Coleção Visão do Brasil.

ARARIPE JR, T. A. Obra Crítica. Vol. II, 1888-1894. Rio de Janeiro: FCRB, 1960. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1976.

BRANDÃO, Junito de Souza. Dicionário Mítico-Etimológico. Petrópolis: Vozes, 2 volumes, 1991-2.

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HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001.

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MACHADO, José Pedro. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa: Confluência, 1956-1959, 1ª edição.

––––––. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa: Confluência, [s.d.], 3 volumes.

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MORAIS SILVA, Antônio de. Dicionário da Língua Portuguesa. Lisboa: Tipografia Lacérdina, 2 volumes, 1813.

NASCENTES, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1952-1955, 2 volumes.

NEVES, Edgard de Carvalho. Afirmação de Euclides da Cunha. São Paulo: Francisco Alves, 1960.

NUNES, Cassiano. "Euclides da Cunha: a personalidade e a obra", in –––. Revista Brasiliense nº 24.

PICHIA, Menotti del. "Euclides da Cunha e o Socialismo", in –––. A Gazeta, de 1-6-1963.

PROENÇA, M. Cavalcânti. "O Sertanejo de Euclides e a Literatura Regional, in ––– Revista Brasiliense, nº 32.

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RODRIGUES LAPA, Manuel. Estilística da Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

ROMERO, Sílvio. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1946, 6 volumes.

VIANA FILHO, Luís. À Margem de Os Sertões. Salvador: Progresso, 1960.


 

[1] Obs. A Universidade de Brasília também publicou uma 27ª edição.