ORDENAÇÃO
DE ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM -MENTE
UMA TRAJETÓRIA DE EXPRESSIVIDADE
E DISCURSIVIZAÇÃO

Victoria Wilson (UERJ)

Introdução

O trabalho aqui apresentado faz parte do projeto Ordenação de advérbios no português escrito: uma abordagem histórica desenvolvido pelos integrantes do Grupo Discurso & Gramática cuja análise é parte dos resultados analisados por Jacimar Cavalcante da Silva (IC- estágio voluntário 2002) e Claudia Marcia Monteiro da Silva, bolsista de IC-FAPERJ (2002-2003). A pesquisa que ora se desenvolve diz respeito à distribuição/ordenação dos advérbios em -mente, especialmente aqueles que se caracterizam como modalizadores, apresentando como pressupostos teóricos o princípio funcionalista de orientação givoniana e os princípios da pragmática.

Como o rótulo advérbio designa um conjunto muito diferenciado de elementos, constituindo uma categoria fluida que tende, em muitos casos, a se adaptar às intenções comunicativas do discurso, no caso dos advérbios modalizadores, é importante observar como a modalidade , ao se constituir como recurso de expressão de valores, atitudes, emoções do locutor, é responsável por originar novos usos e, conseqüentemente, nova distribuição desses elementos na cláusula.

Esses advérbios seguem a trajetória de mudança proposta em Traugott (1995), caracterizada por um processo de gramaticalização, segundo o qual determinados advérbios ganham progressivamente liberdade sintática e têm seu escopo ampliado, até assumirem função de marcador discursivo. Segundo a autora, essa trajetória unidirecional pode ser caracterizada do seguinte modo: advérbio interno à cláusula > advérbio sentencial > marcador discursivo.

Propomos, portanto, que os chamados advérbios modalizadores estão no meio dessa trajetória de mudança. Nesse processo, alguns advérbios de modo também podem passar a assumir valor modalizador, conforme Ilari et alii (1990). Na base dessa diferença do advérbio ligado ao verbo, indicando o modo como se dá a ação verbal, e do advérbio aplicado à cláusula, cuja colocação passa a ser periférica, residem processos de extensão metafórica e metonímica que também acabam por envolver os aspectos de gramaticalização e discursivização relativamente à colocação o advérbio.

E é aí que reside o problema. Como diferenciar o modalizador do advérbio de modo? Por exemplo, se a posição depende, em cada caso, da função que o advérbio exerce ao mesmo tempo em que contribui para identificar essa função, que critérios utilizar para classificar advérbios ligados ao verbo ou a outro constituinte que indicam algum tipo de modalidade? Poderão ser classificados como modalizadores? Ou estes seriam apenas os advérbios sentenciais e de discurso? Polissemia, extensão metafórica e gramaticalização/discursivização seriam elementos suficientes para solucionar a questão?

Para a reformulação da classe dos advérbios, sobretudo para os modalizadores, é preciso que se considerem as condições pragmático-discursivas a que estão sujeitos esses elementos, que tendem a se adaptar às intenções comunicativas envolvidas no discurso. Ao conceber língua e linguagem em seu aspecto dinâmico, interativo e necessário, não há, a princípio, como restringir a análise apenas aos advérbios periféricos, uma vez que a modalidade “mantém relação necessária com o complexo de funções de que a frase se reveste” (Neves, 2002:178).

Portanto, uma investigação de cunho funcionalista, deve analisá-los “como funcionais em relação a todo o enunciado” (Neves, 2002:178) e, ainda, contemplando aquelas motivações funcionais que possibilitaram e possibilitam os diferentes usos. Quais seriam as motivações que levam o advérbio em -mente a ocupar a posição periférica na sentença?

O corpus compõe-se de dois textos religiosos contemporâneos Amor é vida (FRACASSO:2000) e Tocar o Senhor (Pe. Léo: 2001), escolhidos por todos os integrantes do grupo, e será trabalhado, observando-se a relação entre modalidade e advérbio modalizador.

Modalidade e advérbios modalizadores

Ilari et alii (1990), em uma análise detalhada dos advérbios e de sua ordenação, propõem uma classificação, considerando os usos e as funções diferenciadas dos advérbios em geral: (i) advérbios constituintes de sentença e de discurso; (ii) advérbios predicativos (nos quais se incluem os modalizadores) e não-predicativos. Os modalizadores “aplicam-se a sentenças completas, qualificando-as, e indicam atitude proposicional.” Quanto à ordenação, sua colocação tende para a posição periférica na cláusula, com uma forte predominância da posição inicial sobre a final.

Neves (2000), reconhecendo a natureza heterogênea do advérbio, propõe como Ilari, uma revisão no estudo dessa classe de palavras, subdividindo os advérbios, independentemente da posição que ocupam na cláusula, em: (i) advérbios modificadores (advérbios de modo ou qualificadores, advérbios de intensidade ou intensificadores e advérbios modalizadores); (ii) advérbios não-modificadores (que correspondem aos advérbios de afirmação, negação, circunstanciais, de inclusão, exclusão, verificação e advérbios juntivos).

Os modalizadores, então, incluem-se na subclasse dos modificadores, cuja classificação obedece, em parte, à categorização tradicional sobre modalidade. De acordo com o tipo de modalidade, os modalizadores expressam um juízo de valor, uma avaliação, assinalando uma adesão do falante ao que ele diz (modalizadores epistêmicos); manifestam um dever ou uma obrigação (modalizadores deônticos); delimitam o âmbito dos valores de verdade - sem garantir ou negar tais valores (modalizadores delimitadores); expressam sentimentos ou emoções do falante ou se baseiam nas relações intersubjetivas entre falante e ouvinte (modalizadores afetivos) (Neves, 2000).

Estudos já realizados com modalizadores já demonstraram que esses advérbios tendem a ocupar as posições periféricas na cláusula. Segundo o princípio da iconicidade de orientação funcionalista, a estrutura gramatical das línguas não é de todo arbitrária. De acordo com esse princípio, a colocação dos advérbios em -mente no início da cláusula estaria sujeita a pressões de natureza discursiva e pragmática, isto é, existiriam motivações tais responsáveis por essa reorganização na trajetória desses elementos. Tais motivações podem ser explicadas conforme o subprincípio de ordenação linear, derivado do princípio de iconicidade: (a) quanto mais importante for uma informação, tanto mais ela tenderá a ser localizada no início do enunciado; (b) quanto mais previsível for uma informação, tanto maior será a tendência de ela ser localizada no início do enunciado; (c) quanto mais temática for uma informação, tanto maior será a tendência de ela ser localizada no início do enunciado.

Informação relevante, previsível e temática constituem, assim, fatores determinantes para o deslocamento desse advérbio para a posição periférica. A esses fatores, acrescentaria outros, ligados a motivações da esfera do sujeito quanto à modalidade, a saber: (a) os processos de subjetivação e expressividade; (b) as relações intersubjetivas, ou seja, a troca de informação, a interação entre falante e ouvinte; (c) o tipo de texto no qual se estabelece essa interação; (d) os fatores adesão/persuasão/afetividade.

Os fatores acrescentados estão sendo formulados como hipóteses para explicar a relação existente entre modalidade e advérbios em -mente. Se as motivações apontadas pelo subprincípio de ordenação linear explicam a trajetória desse advérbio, as motivações oriundas do âmbito das relações subjetivas e intersubjetivas e da expressividade não prevêem e não restringem, necessariamente, a modalização ao fenômeno da ordenação. Na perspectiva pragmática assumida, não há como encapsular modalização à posição, embora o deslocamento do advérbio para o início da cláusula revele uma ação do sujeito de forma mais explícita sobre a estrutura gramatical da língua, incidindo essa modalização sobre todo o enunciado, enquanto que, nas posições mediais, os advérbios em -mente parecem estar mais ligados à estrutura argumental dos elementos sobre os quais incidem: verbos, adjetivos ou advérbios. No entanto, não deixam de manifestar algum tipo de modalidade.

Os exemplos abaixo, extraídos do corpus em análise, parecem confirmar essa hipótese inicial.

Assim, vejamos o primeiro caso. Advérbios na posição inicial:

(a) Muitas vezes você sofre muito. E o desespero da dor o leva a pensar que Deus é injusto por haver permitido um sofrimento tão grande. Não é que Deus seja injusto, mas é você que não tem o conceito da verdadeira justiça. Normalmente, você considera como justo tudo quanto o agrada ou beneficia, e julga como injusto tudo quanto o desagrada e prejudica. (FRACASSO, 2000: 4)

(b) Amor, sublime palavra que guarda o segredo da vida! (...) Infelizmente nem sempre esta palavra ‘amor’ é usada no seu verdadeiro e profundo sentido. (id.p. 14)

(c) Freqüentemente, ouvimos alguém dizer que tem uma vida estéril, vazia, sem sentido. É porque não souberam amar, ou não aprenderam a sofrer.(id. p.)

(d) “Infelizmente, muitos jovens usam todo vigor de sua mocidade e a força de sua juventude para cavar a sepultura de sua própria felicidade.” (id.p.76)

(e) Infelizmente hoje não damos tanta importância àquilo que Deus constantemente nos fala. (Pe. Léo, 2001: 15)

(f) As pessoas não mudaram muito e, como aconteceu com os gadarenos nos pedirão que deixemos suas cidades, porque a mensagem libertadora é um constante apelo ao serviço fraterno. Evidentemente não é essa a praxe do mundo. (id. p.18)

(g) A pergunta é repetida três vezes. A intenção é curativa: Jesus quer curar Pedro do remorso da tríplice negação. Em nossa vida esta cena se repete. Constantemente Jesus vem curar-nos de nossas negações. Não existe pecado que mereça castigo quando nos arrependemos profundamente e o confessamos. (id. p.28-9)

(h) Infelizmente conhecemos nossa fé de modo muito superficial (...) (id.p.40)

(i) Infelizmente não conhecemos nem somos conscientes da grandeza da eucaristia (id.p.51)

(j) Dificilmente surgirá uma vocação de uma família que não reza (id.p.65)

(k) Felizmente, a publicação de livros espirituais é cada vez mais acessível (id.p.92)

Encontramos, nos textos, um número considerável de ocorrências de advérbios em -mente. Na posição periférica, em que se situariam os chamados modalizadores, o número de ocorrências é bem reduzido em relação àqueles que ocupam as posições mediais.

Na posição inicial da oração, temos advérbios do tipo infelizmente, normalmente, freqüentemente, certamente, evidentemente, dificilmente, constantemente. Como se trata de textos religiosos de cunho didático, o discurso se reveste de um tom doutrinário, tendendo à monossemia e à previsibilidade, em detrimento da polissemia e da pluralidade dos sentidos. A análise não contemplará, com profundidade, nesse momento, o aspecto relacionado à modalidade e tipo de texto, apesar de relevante para justificar a presença dos modalizadores. Mas cabe salientar que os elementos empregados nos exemplos relacionados, não se referem a um item especificamente; seu escopo é todo o enunciado. Ao serem deslocados para a posição inicial, tais advérbios desprendem-se de uma estrutura gramatical fixa, e, ao ganharem liberdade sintática, garantem também maior autonomia semântico-pragmática em favor de um único ponto de vista: o do enunciador-autor.

A leitura dos excertos revela uma motivação funcional do autor (locutor-enunciador) orientada para a adesão do leitor no sentido de convertê-lo à fé e ao modo de vida cristão. As expressões adverbiais utilizadas na posição inicial e, associadas ao uso da primeira pessoa do plural, promovem um suposto vínculo de solidariedade, complacência e tolerância do autor quanto às faltas do leitor, aqui, na condição ou status de aprendiz/pecador. Suposto envolvimento, pois é a assimetria, ou melhor, as relações assimétricas, que caracterizam o discurso religioso, conforme argumenta Orlandi (1987,1993). Na verdade, os modalizadores (de natureza mista) estabelecem uma suposta equivalência de papéis entre os interlocutores, pois, por meio do envolvimento afetivo, acabam por exprimir valores e sentidos de ordem e conduta.

Considerando-se a previsibilidade - de informação e de sentido - como uma hipótese forte para a colocação desses advérbios no início da cláusula, verifica-se, pelos advérbios empregados, com exceção de infelizmente (por enquanto) que eles tendem para a assertividade informativa, o que se conclui que existe nessa expressão da modalidade uma relação entre previsibilidade e assertividade. Todos os advérbios apelam para aquilo que é comum (normal, freqüente, evidente, certo e constante), neutralizando ou atenuando a modalidade epistêmica como aferição de um juízo de valor rígido em favor da modalidade afetiva fortalecida em infelizmente: em lugar da crítica, a anuência do locutor-autor em relação ao leitor.

Já na posição interna, os advérbios estão sintática e semanticamente mais ligados aos elementos aos quais se aplicam. No entanto, é perceptível a motivação funcional e pragmática dirigida para a adesão do interlocutor ao discurso:

(l) Você estará amando verdadeiramente se pensa mais em servir do que ser servido, se você deseja mais amar do que ser amado, se você está pronto a amar em silêncio, seja ou não correspondido em sua afeição. (FRACASSO, 2000:66)

(m) Se você puser sempre um grande amor em tudo quanto fizer, você será espiritualmente grande nas realidades materialmente pequenas. (id. p.66)

(n) A verdadeira alegria nunca é fruto do prazer, mas nasce sempre de um coração cheio de amor; é o transbordamento da paz interior que existe num coração que ama incondicionalmente. (id. p.69)

(o) Sem cessar, o amor luta contra o egoísmo, contra o orgulho e contra o comodismo. Lutar contra o egoísmo, porque amar é dar desprendidamente e doar sem reservas. (id. p.69)

(p) - “Quem ofende visa precisamente isto: atingir você.” (id. p.123)

(q) - “O amor que invade e possui um coração humano vem sempre de Deus e marcha inevitavelmente para ele.” (id. p. 143)

(r) Somente aqueles que realmente fizeram em suas vidas esta maravilhosa experiência terão coragem suficiente para testemunhar Jesus (Pe. Léo, 2001:9)

(s) Nossa reflexão parte exclusivamente da Sagrada Escritura (id.p.9)

(t) Maria encontrou graça diante de Deus porque o procurou intensamente (id.p.16)

(u) Voltada constantemente para Deus ela pode receber a sua grande missão (id. p.16)

(v) Maria percebe claramente esta dimensão social de sua consagração a Deus. (id. p.16)

Não é objetivo da pesquisa classificar os advérbios quanto às modalidades nem seguir as classificações, exaustivamente propostas por Ilari et alii e Neves. Mas, os advérbios, cuja incidência focal é o verbo ou o adjetivo, se comparados aos que se referem a todo o enunciado, apresentam-se gramaticalmente mais presos aos elementos aos quais se referem, o que não significa dizer que não possam ser classificados como modalizadores, pois, ao estabelecem relações funcionais com o elemento aos quais estão ligados, isso repercute em todo o enunciado, conforme demonstra Neves (2000), já citada.

No processo de gramaticalização/discursivização, os elementos que se referem a todo o enunciado ou mesmo ao discurso já teriam passado pela trajetória de mudança, fixando-se na posição inicial, pois mais sensíveis ao contexto comunicativo. Por outro lado, os advérbios internos à cláusula conservam uma dependência sintático-semântica maior com os elementos sobre os quais incidem, e se a significação modal parece mais restrita ao âmbito interno, isso não significa que o todo não seja afetado, ou seja, a modalidade acaba se expandindo no nível semântico e pragmático.

Se fizermos um levantamento dos advérbios empregados, podemos verificar que, em termos semânticos e pragmáticos, expressam a mesma força ilocucionária de assertividade e certeza contundente: verdadeiramente, incondicionalmente, precisamente, inevitavelmente, realmente, exclusivamente, intensamente, constantemente, claramente. Se a palavra de ordem é doutrinar o leitor e chamá-lo para perto de Deus, a opção por tais advérbios não pode ser considerada aleatória ou desmotivada, e o fato de estarem situados internamente na cláusula sugere o quanto esse vínculo sintático-semântico também se estende a domínios de outra ordem.

Koch (1987:78) não hesita em confirmar o caráter subjetivo, sobretudo em relação `as modalidades do tipo deôntico, que se referem “a conceitos que constituem como que sua face subjetiva: disposição dos sentimentos e disposições normativas, traduzidos nos seguintes valores: morais, técnicos e afetivos”. Sweetser (1990), por sua vez, ao definir modalidade, aponta para a questão polissêmica que a envolve: como os humanos, em geral, usam a linguagem do mundo externo para aplicá-la ao mundo interno, o domínio deôntico constitui uma extensão do domínio epistêmico, o que leva a autora a argumentar que a polissemia deôntico-epistêmica está relacionada com a polissemia semântico-pragmática, cuja expressão lingüística existe nesse dois domínios simultaneamente (Sweetser, 1990: grifo meu).

A proposta de Sweetser permite trabalhar com a ambigüidade existente tanto nos domínios do mundo interno e externo, e, pode estar associada à hipótese de reanálise, apresentada em Rigoni (1995), segundo a qual existe uma tendência à abstratização, cristalização e sistematização das formas escolhidas pelos falantes para exprimir a modalidade. Com esta hipótese, seria possível explicar em que medida, no processo específico de modalização do português, os usos discursivos já se incorporaram de forma mais definida para os advérbios em -mente na posição periférica, atuando como modalizadores do discurso e, para os internos à cláusula, como modalizadores sentenciais (confirmando a classificação de Ilari et alii), podendo estes serem considerados embriões de possíveis futuras mudanças morfossintáticas.

Portanto, considero a modalização uma “ação ou atividade discursiva” cuja expressão de subjetividade ou expressividade representa função relevante, revestindo o enunciado de significações que só poderão ser interpretadas tendo em vista também o tipo de discurso. Uma vez que a expressividade pode se dar tanto no nível subjetivo quanto no intersubjetivo (interacional), o tipo de discurso revela-se como fator determinante quanto ao emprego do advérbio em -mente na qualidade de modalizador devido às relações que se estabelecem entre autor-texto-leitor no ato ou na atividade da leitura.

Apesar de os exemplos confirmarem que os advérbios em -mente não correspondem à classificação sintática e nocional proposta nas gramáticas, os exemplos evidenciam o quanto o aspecto modal, ou modalidade, requerem uma abordagem diferenciada.

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