A
SITUAÇÃO
ATUAL
DAS
LÍNGUAS
MINORITÁRIAS NA EUROPA
João Bittencourt de
Oliveira (UERJ e UNESA)
INTRODUÇÃO
Nosso
trabalho tem
por
objetivo
apresentar, de
maneira
sucinta, a
situação
atual das
línguas minoritárias na Europa.
Partindo de uma
síntese
diacrônica, procuraremos
analisar,
com
apoio
em
trabalhos de renomados
lingüistas, as
cerca de vinte
línguas desse
grupo (algumas
inclusive
com
variantes
dialetais)
que
ainda se falam
em várias
regiões da Europa e
que se distinguem das
demais
pelo
sistema de
fonemas e
pelo
sistema de
formas,
bem
como
pelos
padrões
frasais (colocação
sintático-gramatical,
concordância,
variantes etc.).
Quanto aos
ramos
lingüísticos, distribuem-se essas
línguas
entre românicas, célticas, germânicas, eslavas, uma
semítica: o maltês e uma isolada: o
basco.
Pelo
menos
três
fatores nortearam
nosso
critério de classificação dessas
línguas: 1) o
número reduzido de
falantes, 2) as
áreas geográficas
em
que
são faladas, e 3) a
concorrência das
línguas
nacionais
ou das
línguas de
maior "prestígio",
em
muitos
casos impostas
pela
mídia
ou
por
decisões de
caráter
político. Muitas,
dentre
elas o
basco, o
catalão e o
galego, todas faladas
por
um
maior
contingente
em
território da Espanha, foram
alvo de
violenta
repressão no
período da
ditadura do
General
Franco (de 1937
até
meados dos
anos 50).
Nas últimas
décadas,
porém, tem havido
grandes
esforços
por
parte de
entidades
internacionais,
inclusive
com
apoio da UNESCO,
para a
preservação
ou
até
mesmo a revitalização dessas
línguas.
LÍNGUAS ROMÂNICAS
Denominam-se
línguas românicas (ou
neolatinas) as
que se formaram do
latim
vulgar.
Dentre os
diversos
critérios de classificação das
línguas românicas, a
enumeração de Meyer-Lübke (1901) parece-nos a
mais
convincente. Vindo do
Leste
para
Oeste, o
famoso filólogo suíço
assim apresentou as
línguas românicas:
romeno, dalmático, reto-romano (também
conhecido
como rético), italiano, sardo,
provençal,
francês,
espanhol e
português.
É
bem
verdade
que do
ponto de
vista
diacrônico,
não se
trata de
nove
línguas e
sim de
nove
sistemas de
dialetos,
pois
cada uma
representa, de
fato,
um
conjunto de
dialetos, e
um desses,
por
desfrutar de
maior
prestígio
político
ou
literário se
tornou a
língua
nacional.
Desse
modo, o
espanhol baseia-se no
dialeto de
Castela (daí a
sua
denominação el castellano); a
língua francesa baseia-se
principalmente no
dialeto de Paris (dialeto da Íle- de-France)
que, a
partir do
século XV, conquistou
definitivamente a
supremacia
inclusive
sobre o
provençal no
sul da França; o
florentino (dialeto de Petrarca e
Boccaccio) serviu de
base
para o italiano
escrito.
Às
nove
línguas de Meyer-Lübke devemos
acrescentar, no
estágio
atual,
pelo
menos
mais duas: o
catalão e o
galego.
É a
seguinte a
distribuição
geográfica das
línguas
minoritárias da
família
românica:
O
provençal
O
provençal
ou occitânico originou-se de
um dos
dialetos da
língua de oc, e,
sobretudo, do
antigo
provençal (proensal),
ou
língua dos
trovadores
medievais (séculos
XII-XIII).
Ao
domínio dos
dialetos
provençais pertencem a Provença, o Languedoc
(região da
antiga França ao
sul da Guyenne ao
norte do Roussilon), o Auvergne, o Limousin.
O
provençal é
falado nas
comunidades
rurais do
sul da França
por
cerca de 1.500.000.
Todos os
falantes do
provençal usam o
francês
como
língua
oficial e cultural.
A
situação
atual do
provençal é
um
tanto
paradoxal.
Por
um
lado, existem
pessoas,
principalmente
as
mais idosas,
que
ainda falam a
língua na
convivência
diária,
porém
são
incapazes de
lê-la
ou escrevê-la.
Por
outro
lado,
devido aos
movimentos e
associações
que apóiam a
revitalização de
línguas
minoritárias na Europa e na França, o
provençal vem
cada
vez
mais sendo
ensinado nas
escolas
bilíngües, nas
escolas
públicas primárias, nas
escolas
secundárias e
até
em algumas
universidades.
Contudo, uma
grande
incerteza
permanece: será
que os
alunos
que estudam a
língua irão
usá-la
em
sua
comunicação
diária?
Como
sustenta LAUSBERG (1981: 33), ao
lado do
provençal ocupa uma
posição
em
certo
sentido
particular o gascão (béarnais),
entre o Garona e os Pirineus,
que
já
entre os
trovadores
passa
por
língua
independente, a
par do
provençal. O gascão é
falado
por
cerca de 250.000
pessoas.
O
catalão
Durante a
Idade
Média o
catalão desenvolveu uma
língua
escrita (século XII a
XV),
que se impôs ao
Sul da Itália,
quando foi do
domínio
sobre Nápoles, e a Sicília. A
partir do
século XV começou a
sofrer
concorrência do
castelhano,
como
língua
escrita.
Seu reflorescimento
como
língua
literária foi retomado no
século XIX.
O
domínio do
catalão compreende
mais de
seis
milhões de
pessoas na Catalunha na
costa norte-oriental da Espanha e nas
Ilhas
Baleares (Maiorca, Minorca e Ibiza). Compreende
ainda a Catalunha Francesa.
O
catalão
comporta algumas
variedades
dialetais e subdialetais
principalmente no
aspecto da
fonética. Essas
diferenças
dialetais,
entretanto,
não afetam a
notável
unidade do
catalão
literário. O
catalão é
atualmente usado
em várias
universidades da
região.
O
galego
O
galego é uma das
cinco
línguas
que se falam na
Península
Ibérica:
quatro delas
são românicas (o
português, o
galego, o
espanhol
ou
castelhano, e o
catalão), a
quinta, de
origem
controversa (o
basco
ou euskera). É
falado
por uma
população de aproximadamente
três
milhões de
habitantes na Galiza (em
espanhol, Galícia),
região do
noroeste da Espanha,
correspondente às
atuais
províncias de La Coruña, Lugo, Orense e Pontevedra.
A
estes acrescentam-se
cerca de 1.500.000
galegos
que vivem
em diversas
partes do
mundo e
outros
habitantes
castelhanos e portugueses das
áreas
limítrofes.
A Galiza foi,
com as Astúrias, o
ponto de
partida da reconquista da
Península
Ibérica aos
mouros. Afonso VII,
rei da Galiza,
Leão,
Castela e
Estremadura, foi coroado
imperador da Espanha
em 1135.
O
processo de normatização do
galego tem provocado
controvérsias
entre os
que defendem a
situação
atual da
língua e os
que desejariam uma
maior
aproximação ao
português.
Existe uma
Academia da
Língua
Galega e as publicações literárias vêm
crescendo de
maneira
quantitativa e
qualitativa nas últimas
décadas.
O reto-românico
O reto-românico (também
conhecido
como rético) é
um
nome
coletivo de
três
grupos de
dialetos
românicos
falados
por
menos de
um
milhão de
pessoas nas
regiões montanhosas na
Suíça
, na Áustria e na Itália.
Esses
dialetos
já
não se encontram geograficamente ligados,
mas apresentam
características
comuns
que os distinguem dos
dialetos do
norte da Itália. Compreende
um
grupo
ocidental,
nos Grisões,
onde tem o
nome
especial de romanche (Rumantsch Grischum);
um
grupo
central, o tirolês, no Tirol (Áustria e
Itália); e
um
grupo
oriental, o friulano, no Friul (Itália).
Os
atuais
dialetos reto-românicos
são
resíduos de uma colonização
românica, nas
zonas de
retirada,
que se estendeu
antigamente
em continuidade
geográfica
pelos Alpes e
pela
região pré-alpina
setentrional (Raetia, Vindelicia, Noricum). Os
primeiros
registros
escritos datam de 1700.
O reto-românico é
ainda
falado
por uma
população
que oscila
entre 30.000 e 35.000.
Essa
língua,
com
seus
respectivos
dialetos, vem perdendo
terreno
para o
alemão e
para o italiano,
embora continue a
ser o
principal
meio de
educação da
região.
Nos
últimos
anos tem havido
tentativas de
sua revitalização cultural. A
Liga Romanche vem se empenhando
nos
trabalhos de
documentação da
língua.
O sardo
O sardo é uma
língua
românica
falada na Sardenha,
ilha italiana, ao
sul de Córsega.
Explorada,
desde a
Idade do
Bronze,
por
suas
minas, a Sardenha foi
importante
estabelecimento
fenício e
púnico a
partir do
século VII a.C.
Em 1718, o
Duque de Savóia tornou-se
rei da Sardenha.
Desde
então a
ilha foi
parte
integrante dos “Estados
Sardos” (Piemonte, Savóia, Sardenha).
Em 1861 foi incluída no
Reino da Itália, e,
em 1948, transformada
em
região
autônoma.
O sardo
não desenvolveu uma
língua
escrita,
salvo
alguns
raros
documentos
medievais redigidos
nos
dialetos sardos e
alguns
livros da
Bíblia (1861-1862).
LAUSBERG (1981: 39) divide a Sardenha
em
três
zonas
lingüísticas: no
sul fala-se o campidanês, na
fixa
central o
arcaico logudonês e os
dialetos
centrais (Bitti e Nuoro,
ainda
mais
arcaicos);
já o
norte é preenchido
por
dois
dialetos: o sararês no
oeste e o galurês no
leste.
Ao
todo,
cerca de
1.500.000
pessoas falam
o sardo. A
língua é
ininteligível
para a
maioria dos
italianos e
causa uma
impressão
acústica
mais
aproximada ao
espanhol do
que ao
italiano. Ultimamente, tem havido
um
movimento
crescente
para
reconhecer o sardo
como
herança
lingüística e cultural da
região.
Não há,
até o
presente,
nenhum
registro de
produção
literária,
nem
mesmo
um
jornal
em sardo.
LÍNGUAS
CÉLTICAS
As
línguas célticas constituem
um dos
ramos da
família indo-européia. O
habitat
primitivo dos
celtas foi,
como opinam a
maioria dos
lingüistas, o
sudoeste da
atual Alemanha, de
onde se viram impelidos
para a
Gália,
para a Espanha,
para as
ilhas Britânicas,
até
que,
por
fim, foram submetidos
pelos
romanos (século II
a.C. -
século I d. C).
Um
outro
grupo dirigiu-se
para uma
região da Ásia
Menor fixando-se na Galácia (já
mencionada no
Novo
Testamento da
Bíblia Cristã),
onde foram derrotados
por Átalos I
em 241 a.C. Foi na Bretanha, no
País de Gales e na Irlanda
que o
tipo e a
língua dos
celtas
melhor se conservaram.
Os
lingüistas costumam
dividir as
línguas célticas
em
três
grupos: o
continental, gaulês
ou celta-comum, (extinto
nos
primeiro
séculos de
nossa
era, deixando
por
memória
apenas algumas raras e obscuras
inscrições e
alguns
topônimos) e os
insulares, o
britônico e o
gaélico.
O
britônico,
que parece
ter
coberto
toda a Grã-Bretanha, recebeu marcada
influência
romana
durante a
ocupação (43-410) e, a
partir do
século V, sofreu
forte e
desvantajosa
concorrência dos anglo-saxões (povos
germânicos
que invadiram as
ilhas). Continuou
em
três
descendentes: o galês, o córnico e o
bretão.
O
gaélico,
atestado
já no
século V de
nossa
era, é
empregado no
interior da Irlanda (onde
recebe o
nome de
gaélico irlandês
ou
simplesmente irlandês), no
interior da Escócia (onde
recebe o
nome de
gaélico escocês) e,
em
situação
crítica na
Ilha de Man (o manx).
O
gaélico escocês
O
gaélico escocês é a
língua céltica
empregada no
interior da Irlanda e nas
regiões montanhosas do
norte da Escócia. É
atestado
desde o
século V d.C.
Com a
crescente
influência do
inglês do
norte, o
uso e o
prestígio do
gaélico começou a
declinar e
desde o
século XII tem havido uma retração
gradual.
Fatores
políticos,
pressões
sociais e
políticas
educacionais vêm combinando
esforços
para
impedir
que a
língua
entre
em
processo de
extinção. A
partir das últimas
décadas do
século XX, algumas
medidas,
ainda
que tímidas, têm sido
tomadas
para
sustentar o
gaélico,
encorajar as
políticas
bilíngües e incluí-lo no
currículo das
escolas.
No
censo de 1981,
havia
pouco
mais de 80.000
falantes do
gaélico
escocês, dos
quais
menos de 1.000
com
idade
inferior a
cinco
anos.
A
língua é ensinada
em
três
Universidades escocesas, duas das
quais (Edinburgh e Glasgow) possuem uma
cadeira de céltico.
O
gaélico irlandês
O
gaélico irlandês (ou
simplesmente irlandês) foi a
única
língua
falada na Irlanda
até o
século XVII,
mas a
dominação do
inglês, os
efeitos da
fome do
século XIX e a
emigração contribuíram
para
seu
brusco
declínio.
Conforme o
censo de 1981,
mais de 5.000
pessoas falam
somente o irlandês e
mais de
um
milhão empregam o irlandês e o
inglês.
Quando o
Estado
Livre Irlandês foi estabelecido
em 1921, o
gaélico passou a
ser de
responsabilidade do
governo e a
constituição do
país tornou o irlandês a
primeira
língua
oficial. O
gaélico irlandês é ensinado nas
escolas
desde 1922, e uma
gramática
padrão
já foi produzida. Ultimamente tem havido
um
crescente
movimento a
favor da reforma do
complexo
sistema ortográfico da
língua.
O manx
O manx
(Chailckagh),
falado
na
ilha
de Man, no
mar
da Irlanda, mantém
semelhanças
com o irlandês e
com o
gaélico escocês. Foi provavelmente introduzido na
ilha no
século IV
por
colonos irlandeses e pode
ter substituído uma
língua
anterior de
estrutura
semelhante ao galês.
Nos
séculos X-XIII, o manx sofreu
influência do
antigo norueguês,
principalmente no
léxico,
porém continuou a
ser o
idioma
principal da
ilha
até o
final do
século XVIII,
quando o
inglês começou a
assumir
um
papel
dominante.
Havia
cerca de 5.000
falantes no
início de
século XX.
Com a
morte de Edward Maddrell,
último
falante
nativo da
língua,
em 24 de
dezembro de 1974, desapareceu
mais uma
língua indo-européia. Maddrell foi,
nos
últimos
anos de
vida,
curador da
aldeia de Cregneish, e encorajado
pelos
membros da Manx Society conseguiu
gravar o
que
ainda lembrava dessa
língua.
O galês
O galês é a
língua céltica do
País de Gales,
conhecida
pelos
falantes
nativos
como Cymraeg. O galês e o
bretão
são as únicas
línguas
remanescentes do
antigo
britânico,
subdivisão da
família céltica. A
língua britônica
original
era riquíssima
em
flexões; muitas delas desapareceram no galês.
Outrora a
língua
principal do
País de Gales e a
língua
literária
desde o
século VI, o galês começou a
entrar
em
decadência a
partir da
ascensão de Henrique VII ao
trono
inglês
em 1485.
Existem
atualmente
poucos
falantes monolíngües do galês;
cerca de 600.000
pessoas no
País de Gales
são
bilíngües,
ou seja,
cerca de 25% da
população.
A
situação
atual do galês parece
relativamente
estável.
Organizações
como a Society for the Welsh Language
conseguiram
salvar a
língua da
morte e estão se empenhando no
sentido de
assegurar
para o galês
um
status
oficial ao
lado do
inglês. No
condado de Gwynedd, ao
norte do
país, é a
língua
oficial do
governo
local e aparece ao
lado do
inglês nas sinalizações de
rodovias. É ensinado
em todas as
escolas e é utilizado
como
meio de
instrução
em algumas. Os
defensores da revitalização do galês,
entretanto, sustentam
que
ainda há
muito
por
fazer.
O córnico
O córnico (curnoack) é a
antiga
língua céltica de Cornwall (Cornualha,
condado do
sudoeste da Grã-Bretanha). Há
pouca
informação documentada
sobre a
língua
antiga. O
texto
mais
conhecido dos filólogos, Ordinalia (do
final do
século XIV), é uma
trilogia de
dramas
em
versos de 8.734
linhas ao
todo. A
língua começou a
decair no
período da Reforma, e
sua
última
falante
conhecida, Dolly Pentreath, da
aldeia de Mousehole, faleceu
em 1777.
Em 1967 foi estabelecido o
Conselho da
Língua Córnica (Kesva Tavas Kernewek),
cujo
propósito é
promover o
estudo e a revitalização do córnico.
O
bretão
O
bretão (brezhonek),
falado
por
cerca de 500.000
pessoas na Bretanha (região
do
oeste da França), é -
juntamente
com o córnico e o galês - uma
continuação
ininterrupta da
antiga
língua britônica da Roma
Britânica. O
bretão compartilha de
muitos
traços
comuns a outras
línguas neocélticas,
mas é de
particular
interesse ao
lingüista
já
que é a
única
língua céltica
que evoluiu
completamente
sem a
influência da
língua inglesa. É a
única
língua céltica
ainda
falada no
Continente
Europeu.
Através dos
séculos, a
soberania do
francês, a
língua
oficial
desde os
tempos
medievais,
contribuiu de
maneira
decisiva
para o
declínio do
domínio do
bretão. O
declínio do
bretão
como
língua
falada é
considerado
por
muitos
lingüistas
como o
mais
dramático na
Europa
ocidental
durante o
século XX,
principalmente
no
período
que se seguiu
a
Segunda
Grande
Guerra
(1939-45).
Em 1975 foi
criado
em Bruxelas (Bélgica) o
Comitê
Internacional de
Defesa do
Bretão,
cujo
objetivo é
angariar
fundos
internacionais
em
apoio aos
programas de
resgate cultural dos
bretões e o
reconhecimento da
língua
como
meio
legítimo de
expressão de
um
povo minoritário.
LÍNGUAS
GERMÂNICAS
Distribuem-se
em
três
subgrupos os
falares
germânicos: o
gótico, o
germânico
setentrional
ou
nórdico, e o
grupo
germânico
ocidental.
O
gótico,
atestado
principalmente
por uns
fragmentos da
tradução da
Bíblia, realizada no
século IV d.C.
por Wúlfila, é
hoje
língua
morta. O
germânico
setentrional
ou
nórdico,
atestado
já no
século III de
nossa
era
por
inscrições rúnicas, se multiplicou
em
dialetos,
hoje
tornados verdadeiras
línguas,
bem
semelhantes
entre
si: o islandês, o norueguês, o
sueco, o dinamarquês e o ferroês. O
grupo
germânico
ocidental, consideravelmente
menos
uno
que o
nórdico, está
hoje representado
por várias
línguas e
dialetos, derivados uns do denominado
alto-alemão (donde surgiu o
atual
alemão
literário),
outros do baixo-alemão (donde provém o
atual holandês) e
outros do frisão e do velho-inglês
(donde se originou o
inglês
moderno).
As
três
línguas
que se seguem
são minoritárias.
O islandês
O islandês é a
língua
germânica da Islândia.
Depois dos
monges irlandeses (século
VIII), os vikings aportaram à Islândia (século
IX). A
emigração
escandinava, favorecida
pelo
rei norueguês Haroldo I, fez
subir o
número de
habitantes a aproximadamente 40.000 no
fim do
século X. A
ilha foi cristianizada
nos
séculos
XI e XII, passou à
tutela dos
reis da Noruega
em 1262 e,
em 1380,
juntamente
com esta, à
soberania da Dinamarca,
que
lhe impôs a
revolução
luterana (1550). Obteve
sua
autonomia
em 1904 e
sua
independência
em 1918.
Do islandês se possuem
documentos
literários
medievais do
mais
alto
valor,
entre os
quais ressaltam as famosas "sagas"
, sogur:
narrativas e
lendas escandinavas, (c.1150-1350). Nesse
período, de
fato, as
diferenças
entre o norueguês e o islandês
são
insignificantes.
É,
dentre as
línguas
germânicas,
talvez a
mais
conservadora, preservada
pelo
isolamento e
uma
tradição
orgulhosa de
resistir a
influências
internacionais.
O
sistema de
quatro
casos e
três
gêneros é
também
melhor
preservado do
que
em
qualquer
outra
língua
germânica.
Outro
traço
peculiar ao
islandês é a rejeição aos
empréstimos:
termos
modernos
são formados a
partir dos
elementos da
própria
língua.
Assim,
por
exemplo,
enquanto a
maioria das
línguas
européias recorrem a
versões de “telefone”
e “rádio”,
o islandês
emprega os
neologismos
sími (a
partir do
termo
que significa
“linha”)
e útvarp (literalmente
“emissor”
).
Graças a
esse
conservantismo, as
sagas
medievais
são
ainda
compreensíveis aos
falantes do
islandês.
O islandês é
falado
atualmente
por
cerca de 300.000
pessoas.
O ferroês
Língua
germânica
falada
por
cerca de
47.000
indivíduos,
nas
ilhas Ferroês,
região
autônoma da
Dinamarca
entre
Shetleland e a Islândia,
ocupada
primeiramente
pelos
noruegueses no
século VIII.
Guarda algumas
semelhanças
com o islandês
e
com o
velho
norueguês,
este
falado na
Escócia
até o
século XVII,
quando cedeu
lugar ao
gaélico (da
família
céltica). O ferroês,
entretanto,
sobreviveu e adquiriu uma
forma
escrita no
século XIX. O
dinamarquês é ensinado nas
ilhas
como
segunda
língua.
Apesar da
proximidade
geográfica, o
ferroês e o
inglês têm exercido
pouca
influência uma
sobre a
outra.
A
língua
conserva os
três
gêneros e
quatro
casos:
nominativo,
acusativo,
dativo e genitivo,
este
último
pouco usado na
língua
falada. A
base do
léxico ferroês é de
origem norueguesa,
porém
grande
parte dos
topônimos é de
origem céltica.
O frisão
Conforme os
mais
antigos
testemunhos, (Plínio,
Tácito, Ptolomeu) o
território dos Frisii se estendia do
delta do Reno
até o
Ems (rio da Alemanha,
que margeia a
fronteira
com os
Países
Baixos e desemboca no
mar do
Norte).
Sua
história
nos
séculos
seguintes é
pouco documentada.
Diferentemente das
tribos germânicas, os frisões
não se movimentaram
em
grupos no
tempo das Migrações dos
Povos,
mas permaneceram
em
suas velhas
guaridas.
Mais
tarde tornaram-se
mais
expansivos e colonizaram as
ilhas frísias do
norte e a
faixa
costeira
adjacente. Supõe-se
que
esse
movimento
rumo ao
norte tenha começado no
século IX. Os povoamentos ao
leste do
golfo de
Jade ocorrem a
partir do
século XII.
Desde o
século XVII,
quando a Frísia perde
sua
independência,
entretanto, a
área de
domínio do frisão vem se contraindo.
Atualmente está representado
por
falares
locais no
norte da Holanda,
em Oldemburgo, na
ilha de Heliogoland, na
costa do Slesvig e
ilhas próximas, totalizando
cerca de 300.000
indivíduos. Vem perdendo
terreno
para o holandês,
apesar da
educação
bilíngüe.
LÍNGUAS
ESLAVAS
As
línguas eslavas distinguem na
família indo-européia
pelo
caráter
fortemente
conservador, e,
portanto,
arcaico, da
morfologia
nominal,
isto é, a
maioria dessas
línguas
ainda mantêm
tantos
casos
como no
indo-europeu
comum.
Costumam os
lingüistas
dividir essas
línguas
em
dois
grandes
ramos: báltico e
eslavo.
Do
ramo báltico se cita o velho-prussicano,
desaparecido no
século XVII, o
lituano e o letão.
No
ramo
eslavo
distinguem-se
três
grupos: o
meridional,
o
oriental
ou russo
e o
ocidental.
Fazem
parte do
grupo
meridional os
falares
macedônicos e búlgaros, donde surgiu o
atual
búlgaro
literário,
o servo-croata, o esloveno e o
macedônio.
No
subgrupo
oriental encontramos o
russo
com
suas
variantes
dialetais e o
ucraniano.
No
subgrupo
ocidental
distinguem-se duas
importantes
línguas: o
tcheco
e o
polonês (línguas
nacionais).
Nesse
subgrupo
podemos
incluir o sorábio,
língua
minoritária.
Pelo
menos duas
línguas minoritárias da
família
eslava merecem
nossa
atenção.
O macedôneo
O
macedônio (Mekedonski) é uma
língua
eslava
aparentada
com o búlgaro,
falada ao
sul da ex-Iugoslávia e
norte da Grécia. É a
língua
oficial da
atual
República da
Macedônia. Possui
um
total de
dois
milhões de
falantes, incluindo 1.400.000 na
própria
Macedônia e
cerca de 2.000.000 na Grécia. Os
demais
falantes distribuem-se
entre a
atual
República da Sérvia, Albânia e Bulgária.
Por
influência do
grego, o
macedônio
possui
um
artigo
definido (ausente
nas
demais
línguas
eslavas) posposto ao
nome.
Esse
artigo possui
três
formas
que exprimem
valores
mais
ou
menos
dêiticos.
Assim, temos:
kniga = “livro”,
knigata = “o
livro”,
knigava = “o
livro
perto de
mim’,
knigata = “o
livro
ali
ou
lá”.
A
situação
atual do
macedônio pode
ser
assim
resumida: o
governo da
Bulgária
não reconhece
a
existência da
língua
alegando tratar-se de
mero
dialeto do búlgaro; o
governo
grego
não reconhece
o
nome “Macedônio”
aplicado a essa
língua
eslava,
exigindo
um
outro
nome
para substituí-lo,
para
não
perder a
glória da
Antiga
Macedônia (dos
tempos de
Alexandre, o
Grande);
por
fim,
alguns sérvios
consideram o
macedônio
apenas
um
dialeto do servo-croata.
O Sorábio
O sorábio (srbi)
pertence ao
ramo
ocidental das
línguas eslavas. Mantém
semelhanças
com o
tcheco, o
polonês e o esloveno,
porém retém
alguns
elementos do
velho
eslavo.
No
século IX, a
área
ocupada
pelos sorábios,
povos
eslavos de Lausitz (chamados Wandes
pelos
alemães), se estendia
até o
rio Saale (afluente do Elba).
Em 928 caíram
sob o
domínio
alemão e
em 1002 dos poloneses.
Em 1033 o
território foi reconquistado
pelos
alemães,
que passaram a
impor severas
restrições
sobre os
habitantes sorábios.
Em 1635 Lausitz foi anexado à
Saxônia e
em 1815 o
Baixo Lausitz foi transferido
para a Prússia e a
região passou a
ser
alvo de uma
intensa
campanha de
germanização.
Em 1949, Lausitz foi incorporado à
República
Democrática da Alemanha e os sorábios tiveram
garantido o
direito de
usar
sua
própria
língua e
divulgar
suas
atividades culturais.
Conforme o
último
censo de 1981,
cerca de 489.000
pessoas vivem na
região dos sorábios dos
quais
apenas 15.000 empregam a
língua na
comunicação
diária. Os
demais
falantes optam
pelo
alemão
que exerce
forte
influência na
região.
LÍNGUAS
NÃO
INDO-EUROPÉIAS
Das diversas
línguas
não indo-européias faladas no
território
europeu, duas se incluem
entre as minoritárias: o
basco e o maltês.
O
basco
O
basco (euskera) é a
língua
mais
antiga
entre as
que se falam na Espanha e
conta
com
cerca de 660.000
falantes (conforme o
censo de 1991).
Seu
domínio
territorial ocupa a
maior
parte do
País
Basco (Euskal Herria) na
região
ocidental dos Pirineus, do
lado da França e da Espanha,
em Navarra. É
provável
que outras
línguas
semelhantes ao
basco eram
também faladas na Europa
ocidental
antes da
conquista
romana: Gascônia,
nome de uma
província francesa, é de
origem
basca; o gascão apresenta
muitos
traços da
influência
basca.
O
basco está
entre as
línguas
mais complexas do
ponto de
vista morfossintático. Possui treze
casos,
alguns
totalmente
estranhos às
línguas clássicas (latim
e
grego),
como o ergativo (-k), comitativo (-ekin),
o alativo (-ra), o destinativo (-rako).
Não possui
gênero
gramatical e
nem
classes de
nomes. A
morfologia
nominal é ergativa. O
sujeito de
um
verbo
intransitivo e o
objeto
direto de
um
verbo
transitivo ficam no "caso
absoluto" (sufixo
zero);
já o
sujeito de
um
verbo
transitivo fica no
caso ergativo (sufixo
-k).
A
morfologia
verbal é predominantemente perifrástica e possui
marcadores de
tempo,
aspecto e
modo.
A
situação
atual do
basco é
bem
diferente a das
demais
línguas da
Península
Ibérica.
Em
primeiro
lugar, o
basco é uma
língua
especial
aglutinante,
sem
relação
com as
línguas indo-européias. A
tentativa de se
determinar uma
família
lingüística
para o
basco tem sido
um
grande
desafio
para os
lingüistas de
todos os
tempos. Sabe-se,
entretanto,
que
já
era
falada
antes da
romanização da
Península
em uma
ampla
zona do
Norte,
entre os
montes Cantábricos e o
Vale de Arán.
Em
segundo
lugar, o
basco
não possui a
tradição
literária
secular das
línguas românicas, os
próprios
bascos utilizaram o
espanhol
como
língua de
cultura há
muito
tempo e o euskara esteve
durante
séculos encerrado a
um
ambiente
familiar e
rural.
A
recuperação da
língua,
iniciada
durante o
século XIX, impulsionou uma
literatura
que vem tomando
força e
que
já
conta
com
prestigiosos
autores.
O maltês
O maltês,
falado
por
cerca de 300.000
pessoas, é a
língua
oficial da
ilha de
Malta. O
inglês
também desfruta de
um
certo
status
oficial. O
árabe e o italiano
são
também utilizados
por
pequenas
comunidades.
O maltês desenvolveu-se a
partir do
árabe
ocidental,
porém apresenta
marcas da
influência das
línguas românicas (via Sicília). É
talvez a
única
língua de
origem
árabe
que
emprega o
alfabeto
latino.
Desde
seu
reconhecimento
como
língua
oficial
em 1934, a
produção
escrita nessa
língua tem aumentado consideravelmente e
já existem na
ilha
canais de TV,
estações de
rádio e
jornais
que empregam o maltês
como
meio de
comunicação, o
que vem contribuindo de
modo
bastante
positivo
para
afirmar o
status de
identidade desse
povo.
CONCLUSÃO
Pudemos,
assim,
observar
sucintamente a
situação
atual das
línguas
minoritárias na Europa. Vimos,
por
exemplo,
que algumas
dessas
línguas
são faladas
dentro de
territórios
política e
geograficamente
bem delimitados,
como é o
caso do
islandês (na Islândia); outras,
entretanto,
são faladas
por
grupos
étnicos
distribuídos
por
nações
diferentes e
sofrem a
concorrência
de
línguas
também de
troncos
diferentes,
como é o
caso do
basco (entre
as Espanha e a França).
Como se pode
observar, é
bastante
difícil
estabelecer a
fronteira
entre
língua e
dialeto.
Nem
todo
dialeto de
nação
soberana é
língua.
Muitos
são os
exemplos de
nações
soberanas
que possuem
uma
lista
bem
extensa de
dialetos,
que continuam
na
sua
posição
inferior,
como os
que existem na
França, na
própria
Inglaterra, na Espanha, na Itália, na Alemanha,
em Portugal,
etc.
Em
alguns
países existem
línguas isoladas, circunscritas a
regiões
sem
importância,
como o
ladino na Itália e o
bretão na França. Na Rússia, contam-se diversas
línguas
bem definidas.
Tudo vai
depender
de
esforços
conjuntos de
Organizações
Internacionais,
Nacionais e
Locais.
A
título de
curiosidade e
ilustração,
transcrevemos a
seguir algumas
versões do
Pai
Nosso a
partir do
texto
latino.
LATIM
Pater noster, qui est in coelis,
sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum, fiat voluntas tua sicut in coelo
et in
terra. Panem nostrum
cottidianum da nobis hodie et dimitte nobis dedita nostra, sicut
nos dimittimus
debitoribus nostris. Et ne
nos inducas in
temptationem, sed libera
nos a malo.
Amen.
LÍNGUAS
ROMÂNICAS
Provençal
Paire nostre
que
siés dins lou cèu,
que
toun noum se santifique,
que
toun Règne nous avèngue,
que
ta volonta se fague sus la terro coume dins lou cèu. Douno nous vuei noste pan
de cade jour, perdouno nous nòsti dèute coume nous autre perdounan à nòsti
debitour. E fai
que
toumben pas dins la tentacioun, mai deliéuro nous dóu
mau.
Que
soun tiéu: lou Règne, lou Poudé e la Glòri,
aro
e pèr l'eternita. Amen.
Gascão
Pair noste qui ès dans lo cèu,
que ton nom se
santifique,
que ton renhe
nos avenga,
que ta
volentat se hasca sus la tèrra
coma dans lo
cèu. Dona-nos uei noste pan da
cada jorn,
perdona-nos nostes deutes
coma nosauts
perdonam aus nostes debitors e hè
que
também
pás dans la
temptacion mès deliura-nos deu
mau. Amèm.
Catalão
Pare nostre del cel, seui santificat el
teu nom;
vingui el
teu Regne;
faci`s la teva voluntat,
com al cel,
així també a la
terra.
Dona´s avui el
nostre pa de
cada
dia; i
perdona´ns
lês notres
ofenses,
com també
nosaltres
hem perdonat els qui ens
ofenen; i no dêixis
que caiguem
em la
temptació, ans deslliura´ns del Maligne. Amèn.
Galego
Noso
Pai,
que estás
nos ceus,
santificado sea o
teu
nome. Veña o
teu
reino. Fágase
a tua volontá, así na
terra,
como no ceu. O
pan noso de
cada
dia dánolo
hoxe. E perdónanos as nosas deudas, así
como nosoutros
perdonamos aos nosos deudores. E no'
nos deixes
caer na tentacion.
Mais libranos
de
mal.
Reto-românico
(romanche)
Bab
noss, ti Che
es
em tschiel!
Sanctifitgà
vênia
tes num!
Tes reginavel
vênia tar
nus!
Tia veglia
daventia sin
terra sco
em tschiel!
Noss paun da
mintgadi dà a
nus oz!
Ed ans perduna
noss debits,
sco
era
nus perdunain
a
noss debiturs!
E n'ans maina begt
em
empruvament, ma spendra
nus dal
mal!
Pertge
tes èn il
reginavel, la pussanza e la gloria
em etern.
Amen.
Sardo
Babbu nostu ki
ses in is Celus, santificau siat su nòmini tuu, bengat a nosu su reinu tuu, siat
fatta sa voluntadi tua comenti in su celu aici in sa
terra.
Su pani nostu de dogna di donanosidd'
oi,
e perdonanosì is peccaus nostus, comenti nosaturus perdonaus is depidoris
nostus, no nosi lessis arrui in sa tentatzione, ma lìberanosì de tottu male.
Amen.
LÍNGUAS
CÉLTICAS
Gaélico
escocês
Faither o us aa, bidin abune,
thy name be halie.
Let thy reign begin.
Thy will be dune, on the erthe,
as it is in Hevin.
Gie us ilka day oor needfu
fendinan forgie us aa oor ill-deeds,
e’en as we forgie thae wha dae
us illas lat us no be testit,
but sauf us frae the Ill-Ane,
or the croon is thine ain, an
the micht,
an the glorie, for iver an
iver.
Gaélico
irlandês
Ar nathaír atá
ar neamh,
náomhthar hainm. Tigeadh do ríoghaehd. Deúntar do thoil
ar an ttalamh,
mar do nithear
ar neamh.
Ar narán
laéthamhail tabhair dhúinn a niu. Agus maith dhúinn
ar bhfíacha,
marimhaithmídne
dar bhféitheamhnuibh féin.
Agus na léig sinn a ccathughadh, achd sáor inn ó olc.
Manx
Ayr ain, t'ayns Niau, Casherick
dy rou dt'ennym.
Dy jigg dty Reereeaght;
Dt'aigney dy rou jeant er y Talloo
myr ta ayns Niau.
Cur dooin nyn Arran jiu as gagh
laa.
As leih dooin nyn Loghtyn, myr
ta shin leih dauesyn ta janoo loghtyn ny noi shin.
As ny leeid shin ayns Miolagh,
agh livrey shin veih olk.
Galês
Ein Tad yn y nefoedd, sancteiddier dy enw; deled dy deyrnas;
gwneler dy ewyllys,
ar
y ddaear
fel
yn y nef.
Dyro inni heddiw ein bara beunyddiol,
a maddau inni ein troseddau,
fel
yr ym ni wedi maddau i'r rhai a droseddodd yn ein herbyn;
a phaid â'n dwyn i brawf, ond gwared ni rhag yr Un drwg.
Oherwydd eiddot ti yw'r deyrnas a'r gallu a'r gogoniant am byth.
Amen.
Córnico
Pader an Arleth
Agon Taze nye, eze en
Neve,
Benegas bo tha Hanow.
Tha Gwlaskath gwrenz doaz; Tha
Voth bo gwreze,
En Noer pecarra en
Neve.
Ro tha nye an journama
gon bara
pub
death,
Ha gave tha nye gon
pehasow Pecarra tel
era
nye gava angye Neb eze peha war agon bidn. Ha na raze gon lewa en antall, Buz
gweeth nye thurt droeg.
Rag an Gwlaskath Che a beaw,
Han Nearth, han Worrians, Rag nevra venitha.
Andelna ra bo/Amen.
Bretão
Hon Tad pehini a zo en envou,
da hano bezet santifiet, deuet da rouantelezda volontez bezet great var an douar
evel en env.
Ro deomp hirio hor bara
pemdeziec, pardon deomp hon pec'hejouevel ma pardonomp ive d'ar
re ho deuz hon offanset, ha n'hon lez ket da gweza en dentation,
mes
delivr ac'hanomp diouz an droug.
LÍNGUAS
GERMÂNICAS
Alemão
padrão
Unser Vater im Himmel, dein
Name werde geheiligt,
dein Reich komme,
dein Wille geschehe wie im
Himmel, so auf der Erde.
Gib uns heute das Brot, das wir
brauchen.
Und erlaß uns unsere Schulden,
wie auch wir sie unseren
Schuldnern erlassen haben.
Und führe uns nicht in
Versuchung,
sondern rette uns vor dem Bösen.
Frisão
Us Heit yn 'e himel, lit jo
namme hillige wurde,
lit jo keninkryk komme, Lit jo
wil dien wurde op ierde likegoed as yn 'e himel.
Jou ús hjoed ús deistich brea
en ferjou ús ús skulden sa't wy ús skuldners ek ferjûn hawwe; en lit ús net yn
fersiking komme,
mar
ferlos ús fan 'e kweade; [want jowes is it keninkryk en de krêft en de
hearlikheid oant yn ivichheid. Amen.]
Islandês
Faðir
vor, þú
sem er
á himnum.
Helgist þitt nafn,
til
komi
þitt ríki,
verði þinn vilji,
svo á jörðu
sem á
himni. Gef oss í dag vort daglegt brauð. Fyrirgef oss vorar skuldir, svo
sem
vér og fyrirgefum vorum skuldunautum.
Og eigi
leið
þú oss í freistni, heldur frelsa oss frá illu.
[Því að þitt er ríkið,
mátturinn og dýrðin að eilífu amen.]
Ferroês
Fađir var,
tu sum eret í
himlunum! Heilagt verđi navn títt;
Komi ríki
títt; Verđi vilji tín sum í himli so á jørđ;
Gev okkum í dag okkara dagliga breyđ ;
Og fyrigev okkum skuldir okklara,
So sum vit fyrigeva skuldarum okkara;
Og leiđ okkum ikki í freistingar;
Men frels okkum frá ti illa.
LÍNGUAS
ESLAVAS
Macedôneo
Oèe na,
to
si
na neboto, da se sveti tvoeto ime.
Da dojde
tvoeto carstvo.
Da bide
tvojata volja, kako na neboto, taka i na zemjata.
Lebot na nasu en daj ni go deneska.
I prosti
ni gi dolgovite, kako i nie to im gi pro tavane na na ite dol nici.
I ne vovedubaj ne vo isku¹enie,
tyky izbavi ne od zloto.
Sorábio
Na wótèe, ki sy ty w njebjesach, swjeæene
bud twoje mjeno.
Pøiñd k nam twoje kralestwo.
Twoja
wola so stañ, ka na njebju, tak
te
na zemi.
Na w ìdny
chlìb daj nam
densa.
A wodaj
nam na e winy, jako my wodawamy na im winikam.
A njewjed
nas do spytowanja, ale wumo nas wot teho zeho.
[Pøeto twoje je to kralestwo a ta móc a ta èesæ ha
do wìènosæe.]
LÍNGUAS
NÃO
INDO-EUROPÉIAS
Basco
Gure Aita, zeruetan zarena, santu izan bedi zure
izena, etor bedi zure erreinua, egin bedi zure nahia, zeruan bezala lurrean ere.
Emaiguzu gaur egun honetako ogia, barkatu bure
zorrak,
guk ere gure zordunei barkatzen diegunez gero;
eta ez gu tentaldira eraman, baińa atera gaitzazu
gaitzetik.
Maltês
Missirne li Inti fis-smewiet
jitqcddis Ismik, Kejf fis-seme ekde fl-ort,
Hubzna tc`kiljum, aghtina llum,
ahfrilne
Min hu huti ghaline, Ia
ddahhalniex fit-tigrit
Ammin.
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http://www.cristusrex.org/www1/pater/
http://www.georgetwon.edu/faculty/balk
oe/pater_noster
Há na
Suíça
três
línguas
oficiais:
o
alemão (falado
por
aproximadamente 70% da
população),
o
francês (falado
por
cerca de
19%) e o italiano (falado
por
apenas
10%,
principalmente
no
cantão de
Ticino, na
vertente
meridional
dos Alpes). O romanche foi reconhecido a
partir de 1938
como a
quarta
língua
nacional (Nationalsprache)
da
Suíça,
porém
não
como
língua
oficial (Amtssprache).
Coube ao
famoso
lingüista e
dialetólogo
italiano G. I. Ascoli
reivindicar
para o reto-românico o
status de
língua
(Saggi Ladini, 1873).
O
poema
épico
Beowulf,
escrito
por
volta do
ano 900
em
anglo-saxão,
possui
elementos
literários
das
sagas.