Argumentação em entrevistas
o caso das minorias organizadas

Cristiane S. Guimarães (UFF)

Esta comunicação propõe-se a analisar a atuação textual - em resposta a entrevistas - de representantes de associações minoritárias, que - por serem “minorias” - pouco espaço possuem na mídia, sobretudo a impressa. Como hipótese central deste estudo, então, entendemos que (caso esta oportunidade de divulgação ocorra) os referidos líderes devem responder às questões propostas com conteúdo que lhes garanta direito à palavra e legitime seu fazer social, na tentativa de estabelecer, para o público, imagem positiva do grupo representado. Assim, nosso objetivo maior consiste em analisar os artifícios argumentativo-persuasivos por eles utilizados para aceite, respeito, compreensão e, até mesmo, admiração.

Na análise, fixamos três patamares argumentativos, analisados individualmente, em um primeiro momento, e contrastivamente, em segundo: (1) o esqueleto argumentativo básico (Aristóteles apud CITELLI, 1995); (2) os esqueletos argumentais predominantes (CHARAUDEAU,1992); e (3) a análise mais específica das premissas menores, ou melhor, argumentos escolhidos dentro da cadeia argumentativa por aparentarem/apresentarem mais importância, ao nosso ver, para o emissor do discurso. Nesse caso, os procedimentos mais recorrentes (PERELMAN & OLBRECHTS-TYTECA ,1996).

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