Aurora de Jesus Rodrigues (PUC/SP)

Produzir textos coesos e coerentes, embora seja um dos objetivos do ensino de língua portuguesa, na maioria das vezes, não é uma prática tão constante na vida estudantil. Muitos alunos dos mais variados níveis escolares não conseguem escrever a contento. O problema ainda persiste na faculdade, em todos os cursos, tais como: inadequação vocabular e incoerência, dentre outros.Diante de tais evidências, a presente comunicação tem por objetivo apresentar os resultados preliminares de uma pesquisa sobre a produção de significação em discursos escritos por estudantes universitários. Para garantir a neutralidade da pesquisa, sorteamos 30 estudantes (15 rapazes e 15 moças) do primeiro ano de um curso noturno de uma faculdade de Pedagogia. Para tanto, valemo-nos do referencial teórico da Análise Textual, da Análise do Discurso e de literaturas pertinentes para respaldar este trabalho. Os informantes, selecionados por sorteio, produziram um texto dissertativo sobre suas aspirações pessoais e/ou profissionais. Seus discursos escritos foram analisados quanto à correção gramatical, criatividade, organização lógica, adequação vocabular e argumentação. Após a análise desses elementos constatou-se que os alunos de ambos os sexos apresentavam dificuldades para selecionar vocabulário adequado. As alunas, por sua vez, souberam argumentar melhor que os rapazes. A pesquisa ainda não está concluída. Outros tópicos ainda serão analisados.