O presente estudo integra a dissertação de mestrado, requisito obrigatório de avaliação final do curso de Letras, área de concentração Lingüística. O objetivo principal do trabalho é analisar discursivamente a coluna Língua Viva, de Sérgio Rodrigues, do Jornal do Brasil, cuja função é a de esclarecer ao leitor o certo e o errado no que diz respeito às questões de uso da língua portuguesa. A seleção dessa coluna deve-se à presença da Lingüística como autoridade para explicar e/ou justificar usos lingüísticos e à importância dada a esse tipo de “consultório gramatical”. Pretende-se identificar a hierarquia das vozes que dialogam na coluna: das personalidades da mídia, dos gramáticos, dos dicionaristas, da Lingüística, além de desvelar o quanto existe de preconceito lingüístico no estabelecimento de regras gramaticais. Devido à complexidade da tarefa, percebeu-se a exigência de uma teoria que desse conta de questões relativas à ideologia, à representação dos sujeitos enunciadores e ao juízo de valor que se faz dos gramáticos, dicionaristas e lingüistas. Para tanto, os pressupostos teóricos que apresentam uma crítica da linguagem são os que advêm da Análise do Discurso de base enunciativa.