O texto tem como essência o questionamento do ensino da linguagem na Educação Básica, principalmente na escola do povo. A preocupação está em atingir a melhor qualidade no ensino sem promover a discriminação na escola através da linguagem. Neste começo de século, ainda se repetem os erros do ensino na aplicação da linguagem e já não há necessidade de os pesquisadores mapearem as diferenças lingüísticas. É preciso que nós, estudiosos e educadores, movimentemo-nos para compreender e buscar os fundamentos das variações e mudanças da linguagem. Surgem as questões: “Por que os estudos da Língua são importantes?” ¾ “Qual a importância da linguagem na vida do sujeito?”. As contribuições na melhoria da linguagem na escola do povo ainda são tímidas em trabalhos isolados de pesquisa. Também não basta só uma estatística positiva, relatando sobre a permanência das crianças e jovens na escola. É preciso diminuir-se a desigualdade social através de um ensino sério e compromissado na escola popular. Nossa pesquisa tem caminhado para fazer a junção da linguagem da vivência à linguagem formal na tentativa de perdermos o preconceito em migrar a outras áreas, compartilhando significados novos. Para isso, temos buscado a articulação dos saberes separados para um trabalho interdisciplinar no processo da linguagem. Os pontos de encontro e desencontro entre as diversas áreas do conhecimento na busca da compreensão da linguagem levam-nos ao caminho do diálogo para a inovação do ensino da linguagem. Acreditamos que esse olhar positivo da nossa investigação possa viabilizar uma perspectiva nova na formação de professores com o objetivo de fecundar o ensino da linguagem mais humanizada pelas experiências dos alunos sem tampouco menosprezar a unidade da língua a qual faz parte da sociedade como um todo.

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