MONTEIRO LOBATO E A LINGUAGEM DO JECA TATU

Shirley Cabarite da Silva (USP)

Este trabalho tem por objetivo resgatar a metalinguagem de Monteiro Lobato no momento em que defende a linguagem popular. Na metalinguagem do escritor vislumbram-se equívocos impregnados de juízo de valor, resultantes do progresso até então alcançado pelos estudos de língua e do nacionalismo efervescente que permeia o comportamento dos intelectuais do final do século XIX e primeira metade do século XX no Brasil. No prefácio do livro de Nhô Bento ( poeta residente em Lagoinha - Vale do Paraíba), Lobato propõe que a linguagem usada pelo poeta nos poemas deveria ser ensinada na escola, defendendo a importância de se dar ênfase à norma popular, ou seja, à linguagem do Jeca Tatu, como ele a denomina. Para Monteiro Lobato existe um denominador-comum entre a linguagem praticada pelos iletrados do Vale do Paraíba e a utilizada pelos moradores iletrados das demais regiões do país.

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