João Constantino G. F. Neto.(FAMASUL)

Abordagem de particularidades na comunicação oral em Pernambuco; especificamente na região da Mata Sul do Estado, que possui características bastante peculiares que a diferencia de outras áreas do Nordeste brasileiro.

Resultado de uma complexa evolução histórica, as línguas caracterizam-se por um conjunto de tendências que se diversificam a partir de vários fatores. Esses, por sua vez, podem contribuir para sua integração ou desagregação e, de acordo com as condições sócio-culturais de cada região, determinam a rapidez ou lentidão das modificações ocorridas ao longo da história dessas comunidades.

Para que possamos nos comunicar, é preciso que utilizemos a linguagem, e esta nada mais é do que o léxico, ou seja, o repertório de palavras de que uma língua dispõe.

A vida em sociedade nos proporciona uma série ininterrupta de contatos e interações. Através da soma das atividades dos indivíduos, podem-se perceber as influências de uns sobre os outros e, conseqüentemente, existem, em cada grupo social ou regional, aqueles que se sobrepõem ou tentam impor-se, fazendo com que determinados usos sejam absorvidos por imposição ou por imitação. Com isso, verificam-se as variações ou ainda as chamadas “deformações”, que, de acordo com a nossa pesquisa, confirmam-se como decodificações feitas a partir de interpenetrações lingüísticas adaptações e postas em uso. Disso decorre um jogo, às vezes, sutil, de gradações onde cada grupo procura imitar o que lhe parece imediatamente superior, sendo que, em diversos casos, verificam-se as variações (deformações), normalmente, de natureza fonética.