Os leitores em sociedade
e os leitores de ficção
Maria Antonieta Jordão de O. Borda (UERJ)
Ao construir A Teoria do efeito estético, Wolfgang Iser valeu-se de noções pensadas em disciplinas várias tais como a Sociologia do Conhecimento, a Pragmática, a Psicologia da gestalt, a Psicologia social. Diante da amplitude desse campo nocional, o recorte exigido deverá se restringir a uma reflexão, cujos limites giram em torno da importância da concepção de contingência recíproca da Psicologia social para a construção de uma teoria - a de Wolfgtang Iser - que trata do “Ato de leitura” do texto ficcional. Nesse sentido, nosso trabalho objetiva dar uma resposta à seguinte pergunta: de que forma a interação diádica, pensada como condição de possibilidade para que a comunicação entre interlocutores seja um ato bem-sucedido no plano pragmático, avizinha-se de certos requisitos de um outro tipo de processo comunicativo ( o leitor e a ficção), previsto tanto para o leitor real, como o de se fazer leitor implícito, quando para o pólo artístico, a obra como estrutura construída pelas noções de repertório e de estratégia do discurso ficcional da leitura.
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