Lúcia Helena Lopes Matos (UERJ)

Cada vez mais o mundo impinge ao homem informações para cuja interpretabilidade nem sempre ele está preparado. Entender os diferentes textos que nos cercam exige uma habilidade conseguida através de estratégias de conscientização dos esquemas metafóricos da linguagem e da percepção do jogo intertextual e interdiscursivo que mascaram a polifonia e a ideologia presentes em qualquer peça discursiva. Para revelar os possíveis sentidos e formar leitores menos inocentes, proponho o desvelamento da encenação própria da linguagem em textos condensados, mas altamente argumentativos: a manchete jornalística, a charge, a linguagem da propaganda. Na busca da real intencionalidade estabelecida na relação autor/leitor é que a prática leitora torne-se mais política e cidadã e, portanto, mais eficaz.

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