VIABILIDADE DO ESPERANTO
DO PONTO DE VISTA DA LINGÜÍSTICA

Alfredo Maceira Rodríguez (UCB)

A língua internacional Esperanto tem mais de um século de existência. Foi criada por Luís Lázaro Zamenhof, judeu polonês, que dedicou sua vida à criação de uma língua internacional, porque desde garoto presenciou lutas e preconceitos entre as diversas etnias que conviviam no mesmo território, no final do séc. XIX e princípio do XX. Zamenhof acreditava que os conflitos entre as etnias se deviam, principalmente, ao problema da diversidade lingüística destes povos, que deixaria de existir ou minoraria, se todos falassem a mesma língua. Por isso, desde a adolescência, dedicou-se com entusiasmo à elaboração de uma língua fácil de aprender para ser usada como segunda língua por todos os povos do mundo, língua que foi lançada em 1897 com o nome Esperanto e logo se expandiu pelo mundo, já antes da Primeira Guerra Mundial. Outros projetos de línguas internacionais foram apresentados à comunidade internacional, sem que nenhum chegasse a alcançar popularidade. O Esperanto obteve bastante popularidade em quase todo o mundo, no entanto, o problema lingüístico internacional está cada vez mais complicado. Por que então não se adota uma língua neutra internacional? A fácil aprendizagem do Esperanto e sua viabilidade em todos os aspectos lingüísticos e comunicativos estão sobejamente provadas, enquanto fatos novos exigem uma solução para o cada vez mais complexo panorama lingüístico internacional.

Os argumentos contrários que se têm esgrimido são extralingüísticos, desde a hegemonia do inglês e outras chamadas línguas de cultura até preconceitos gerados pelo desconhecimento.

Neste trabalho pretendemos demonstrar que não há qualquer obstáculo lingüístico para que o Esperanto sirva como língua internacional, ou língua-ponte nas instâncias internacionais, máxime no momento em que já se faz grande uso dele na internet.

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