A HISTORICIDADE E
ESPIRITUALIDADE
CONCEPCIONISTA DE BEATRIZ DA SILVA E MENESES
E JOANA ANGÉLICA DE JESUS:
ALGUMAS
ABORDAGENS,
ALGUNS
DOCUMENTOS
Antonia
da Silva
Santos
(SEC/FAPESB)
APRESENTAÇÃO
Nascida de
família
nobre, Beatriz da Silva e Meneses cresceu num
ambiente
que traduziria
posição de
mando,
não
só
pela
sua
indiscutível e invejada
beleza,
mas,
também,
pela
sua
posição
dentro da
Corte. Se
por
um
lado, a
vida
lhe apresentava
destaque
através de
luxo e nobreza, Beatriz da Silva optou
pela
arte de
servir, caracterizando,
inclusive,
seu
espírito de
liderança, criando a
Ordem da
Imaculada Conceição.
Após a
morte da fundadora,
que tem
como
data
provável, o
dia 17 de
agosto de 1490, a
ordem contemplativa delineou o
que viria a
ser a
poderosa
Ordem da
Imaculada Conceição, expandindo-se
em
vários
cantos da
terra. Fundada na
cidade de Toledo, na Espanha,
em 1484,
conta
hoje,
com
mosteiros
em Portugal, na Espanha, na Bélgica, na Bolívia, no
Peru, no
Equador, no México, na Colômbia, e Brasil.
No Brasil, a
ordem concepcionista foi marcada
pelo
surgimento de
um
importante
mosteiro: o
Mosteiro da
Lapa, na
cidade de
Salvador,
que
após
licenças régias de 1733 e
pedidos
insistentes, foi
fundado
pela
necessidade de
abrigar
jovens
que sentissem a
vocação
religiosa. O
convento foi
construído ao
lado de uma
capela
onde seria
invocada
Nossa
Senhora da Conceição da
Lapa.
Dentre as
figuras
que povoaram o
Convento da
Lapa, destaca-se uma
religiosa
que fez
parte da
História do Brasil. Trata-se da
Madre Joana Angélica de Jesus,
baiana,
nascida
em
Salvador e
que,
com a
idade de vinte
anos,
em 1782, recebeu o
hábito concepcionista.
Poucos
dados de
sua
vida foram transmitidos
por
diversos historiadores, colocando a abadessa ao
lado de
grandes
nomes
que participaram da
luta
pela
Independência do Brasil.
SANTOS (2004) selecionou quarenta e
um
documentos
referentes às religiosas do
Convento de
Nossa
Senhora da Conceição da
Lapa – BA,
dentre os
quais, dezesseis
escritos e/ou
assinados
pela
Madre Joana Angélica de Jesus. Do
rol dos
textos editados, foram selecionadas
abreviaturas
ainda
não publicadas e mostradas neste
trabalho. É
destacada a classificação das
abreviaturas
constantes
nos
textos e
um
levantamento dos
seus
significados categoriais.
Beatriz da Silva e Meneses
algumas
abordagens
A
vida de Beatriz da Silva reporta aos
tempos
que Portugal e Espanha mediam
suas
forças,
época
que Portugal insistia
em
firmar
suas as
suas
fronteiras. Essa
volta ao
passado deve-se às
reminiscências
que, a
exemplo de muitas
pessoas
célebres da
História e das
Letras,
também, Beatriz da Silva é incluída no
rol da
disputa
entre
cidades
que
lhe teriam servido de
berço.
Alguns
autores teriam
dado
como
local do
seu nascimento,
Campo
Maior,
em Portugal,
comarca de Elvas,
distrito de Portalegre,
Arquidiocese de Évora,
província de Alentejo,
por
ter
vivido
ali,
em
anos
que antecederam
sua
ida à
Corte.
Outros
autores dão
como
sua
cidade
natal Ceuta, ao
lado da África, localizada ao
sul de Portugal, a
partir de
dados do
seu
pai, D. Rui Gomes da Silva,
ter sido
capitão daquela
praça de
guerra, desposando Isabel de Meneses,
jovem pertencente a
nobre
família
lusitana.
Contudo,
estudos
mais
recentes
apontam
que Beatriz da Silva nasceu
em Ceuta,
em 1424, cresceu
em
campo
Maior, descendendo de espanhóis e portugueses
(BAGGIO, 1996: 9-10).
As
pesquisas
com os
grandes
conhecedores de Beatriz da Silva e Meneses lembram
que “não
deixa de
ser portuguesa, uma
vez
que nasceu
em
possessão e de
pais portugueses”.
Também
não
deixa de
ser
africana,
pois foi
em
terras africanas
que viu a
luz da
vida e foi
ali
que deu os
primeiros
passos (BAGGIO, 1994: 12).
Ainda é mostrada
sua
ligação
com a Espanha,
pelo
fato de
viver
lá
parte de
sua
vida e de
morrer e
ser sepultada
em
terras espanholas.
Nas
famílias dos Gomes da Silva e dos Meneses,
Nossa
Senhora foi o
centro da
devoção
religiosa,
sob o
título de
Imaculada Conceição. Cresceu,
portanto, num
ambiente
religioso, a
jovem Beatriz da Silva,
para
quem a
Virgem Maria
era fortíssima. Beatriz da Silva sentia-se
bastante atraída
pelo
título
Imaculada Conceição, numa
época
em
que haviam
discussões acirradas
sobre o
assunto (CRUZ, 1989:
7).
A
espiritualidade
concepcionista
A
Ordem Concepcionista foi fundada
por Beatriz da Silva e Meneses,
com o
apoio da
Rainha Isabel,
em 1484,
embora decorressem
alguns
anos a
mais
até
que
todos os
trâmites
legais fossem
satisfeitos e a
Ordem viesse a
ser
aprovada.
Em 30 de
abril de 1489, o
Papa Inocêncio VIII aprovou a
Ordem Concepcionista,
através de
um
documento
conhecido
como
Bula Inter
Universa.
Inicialmente, o
papa Inocêncio VIII
não aceitou a
nova
regra,
mas permitiu
que as religiosas recitassem, diariamente, o Oficio
da
Imaculada Conceição da
Santíssima
Virgem e vivessem
sob
obediência, adotando a
Regra Cisterciense
ou de
São Bernardo.
O
Papa aceitou a
ordem e o
hábito. O
Mosteiro
fundado
por Beatriz da Silva e Meneses nasceu
em Toledo,
cidade situada ao
sul de Madri, na Espanha,
junto ao
Rio Tejo,
que
leva o
nome de Tajo.
A
princípio, Beatriz da Silva optou
pela
Regra de Cister, passando
mais
tarde
para a
Regra de
Santa
Clara.
Na
ocasião
que as monjas concepcionistas passaram a
seguir a
Regra de
Santa
Clara, o
Bispo de Maiorca, D. Garcia de Guada,
religioso
franciscano, fez àquela
regra, algumas modificações, tornando-a
mais adaptada ao
fim proposto pelas religiosas,
ou seja, a
prestação de
homenagens e
culto
particular à Conceição
Imaculada da
Mãe de
Deus e à
exposição de
suas
virtudes,
especialmente à angélica
pureza. (SANTOS, 1913:
19)
Foram
produzidos
grandes
méritos
por
todos
as
congregações
clarissas. Todas as
coisas
que
conservaram
ou
durante
o
século
XV renovaram o
primitivo
do
espírito,
cultivando a
vida
contemplativa,
votos
de
pobreza
e
penitência,
formaram e educaram
mulheres
fortes
que
tiveram a
coragem
de
resistir
ao
espírito
desordenado
de
sua
época.
(CHELANCE, 1910: 44)
As
concessões
pontifícias
para
a
instalação
da
Ordem
das monjas concepcionistas, no
que
se refere à
superiora
da
ordem,
a
dignidade
de abadessa,
bem
como
a
permissão
para
elaboração
de
estatutos
e
ordenações,
dentro
dos
cânones
do
Direito
e
sob
a
orientação
das
autoridades
dos
bispos
foram oferecidos ao
novo
Mosteiro
(SANTOS,
2004). Deste
modo,
em
grandes
linhas,
foi concedida a
espinha
dorsal,
em
torno
da
qual
dever-se-ia
organizar
a
vida
concepcionista,
para
que
com
o
decorrer
do
tempo,
fosse
criada
uma
espiritualidade
própria.
Essa
espiritualidade
concedeu às Religiosas uma
Regra
particular,
que,
sendo
composta
de doze
capítulos,
adotaria as modificações introduzidas
pelo
Bispo
de Maiorca, D. Garcia de Guada (
SANTOS,
1913: 19). A
nova
regra
só
foi
aprovada
em
17 de
setembro
de 1511, autenticada
pelo
Papa
Júlio II,
conforme
a
Bula
“Ad Statum Prosperum”.
No
final
do
século
XV e
início
do
século
XVI, o
mundo
foi marcado pelas
grandes
descobertas
marítimas,
resultado
da
bravura
e do
arrojo,
sobretudo,
dos
povos
peninsulares:
portugueses e espanhóis. Da
mesma
forma,
numa
época
de
discussões
inúmeras, a
corrente
imaculista triunfou e as filhas de Beatriz espalharam-se
por
diversos
locais
do
mundo,
colaborando
por
tornar
o
privilégio
de Maria
mais
conhecido,
ajudando no amadurecimento da
propagação
do
dogma
mariano
.
As filhas de Beatriz da Silva no Brasil
e a
Madre Joana Angélica de Jesus
O
carisma
das monjas concepcionistas chegou ao Brasil
em
1744,
com
a
fundação
do
Convento
da
Lapa,
na Bahia,
em
Salvador.
Vale
lembrar
a
sua
fundação,
após
insistentes
pedidos
da
sociedade
baiana,
onde
seriam abrigadas
jovens
que
seriam protegidas
por
terem
comportamento
irrepreensível,
ou
ainda
àquelas
que
se afastaram das
regras
da
religião
católica.
Também
seriam admitidas
para
fugirem dos
perigos
do
mundo
ou
da
corrupção
física
e
mental,
vivendo
em
clausura,
preservando a
excelente
situação
financeira
ou
honestidade
e boa
fama.
As
freiras
abastadas usariam
véu
preto,
seguidas
das de
véu
branco,
das educandas e das servas (SANTOS,
2004).
Desde
a
sua
origem,
o
Mosteiro
da
Lapa
adotou a
Regra
aprovada
pelo
Papa
Júlio II,
em
1511. As religiosas seriam consagradas a
honrar
o
mistério
da
Imaculada
Conceição de Maria
Santíssima,
sendo
por
isso,
chamadas
concepcionistas.
Segundo
a
regra,
as referidas
freiras
usariam o
hábito
que
seria o
distintivo
das concepcionistas:
Seja o
hábito
das religiosas desta
Ordem,
da
forma
seguinte:
uma
túnica,
um
hábito
e
escapulário,
tudo
branco,
para
que
a
candura
deste
vestido
exterior
dê
testemunho
da
pureza
virginal da
alma
e do
corpo;
e
um
manto
de estamanha,
ou
pano
grosso
azul,
que
é a
cor
de
jacinto,
pela
significação
mística
que
encerra,
isto
é, a
alma
da gloriosíssima
Virgem,
desde
a
sua
criação
foi
feita
toda
celeste
e tálamo
original
do
Rei
eterno.
(Regra
e
Constituições
Gerais
das Monjas da
Ordem
da
Imaculada
Conceição, 1996 13-16)
Na Bahia,
após
vinte
anos
de
fundação
do
Convento
da
Lapa
pesava a
proibição
régia
de
receber
noviças. A
dita
intimação
datada
de 18 de
abril
de 1764 foi assinada
pelo
frei
D. Manoel de
Santa
Inês,
arcebispo
eleito da Bahia, cumprindo
ordens
emanadas da
Corte
Portuguesa,
cujo
Secretário
do
Estado
era
o
Marquês
de
Pombal,
o
ministro
Sebastião José de
Carvalho
Melo.
Naquele
período,
que
a
lei
de
proibição
continuava
em
vigor,
foi concedida uma
licença
a uma
jovem
que
viveria no
silêncio
e na
oração
de uma
vida
contemplativa, satisfazendo-se
com
a
liberdade
das
paredes
de
um
claustro.
O
frei
Dom
Antônio Correa assinou uma carta-licença apresentando a
jovem
Joana de Jesus
para
ser
admitida ao
noviciado
daquele
Convento.
De
acordo
com
o
termo
de
entrada
e
recepção
do
hábito
branco-azul da
Imaculada,
a
jovem
passou a ser chamada de Sóror Joana Angélica de Jesus (SANTOS, 2004).
Os
primeiros
anos
de
professa
de Joana Angélica de Jesus passaram
despercebidos
e ocultamente
como
preparação
interior
às
missões
que
a aguardavam (BAGGIO,1996:26-7). A
Sóror
Joana Angélica ocupou
todos
os
cargos
do
Mosteiro,
inclusive
a
posição
de abadessa,
por
duas
vezes.
É
destacado
o
primeiro
lugar
dentro
da
comunidade,
pois,
este,
além
do
cumprimento
das
regras
da
ordem,
representava o
apreço
e
confiança
das
demais
religiosas (BAGGIO, 1972: 22).
A
figura
da
heróica
e
corajosa
monja
que
enfrentou as
baionetas
por
ocasião
da
invasão
das
tropas
portuguesas no
Convento
da
Lapa,
em
1822, permanece nas
páginas
da
História
do Brasil,
sobretudo,
da Bahia.
As
paredes
do
histórico
Convento
de
Nossa
Senhora
da Conceição da
Lapa
abrigam,
hoje,
a
Universidade
Católica
do
Salvador.
As filhas de
Santa
Beatriz da Silva foram transferidas
para
o
bairro
de Brotas e vivem no
atual
Convento
de
Nossa
Senhora
da Conceição.
ABREVIATURAS
DO
CONVENTO
DA
LAPA
– BA
O
levantamento
das
abreviaturas
seguintes
foi
feito
através
de quarenta e
um
documentos
de religiosas do
Convento
de
Nossa
Senhora
da Conceição da
Lapa
Ba, atendendo a uma
ordenação
cronológica, a
partir
de 1744 a 1877 e
alfabética,
a
partir
do
livro
de
assentamento
de
termos
de
profissão,
termos
de
falecimento
e
outros
documentos:
petição,
procurações,
ofícios,
contrato
de
arrendamento,
relação
do
número
de religiosas, carta-licença
para
admissão,
carta
e
termo
de
entrada
e
recepção
do
hábito.
As
espécies
documentais foram cedidas
por
diversos
arquivos,
selecionadas e apresentadas
por
SANTOS
(2004)
através
de uma
edição
semidiplomática.
A classificação das
abreviaturas
obedece a
FLEXOR (1991) e ROCCA (1984).
Por
suspensão
Ago
–
Agosto
Ba – Bahia
Conc.
-
Concílio
Conv.
–
Convento |
Prox.
–
Próximo
Reg.
–
Registro
Sor
–
Sóror
|
Por
contração
Frz –
Francisco
JUS
– Jesus
Jz – Jesus
JJCS –
Jesus
JSS –
Jesus |
Pg –
Pagamento
Sa – Silva
Snnça –
Sentença
Sp –Suplicante
Sp –
Superior |
Por
letras
sobrepostas
Anª –
Angélica
Angª -
Angélica
Barr.to
– Barreto
Benep to –
Beneplácito
Berna
- Bernardina
Caplar
–
Capitular
Coto
–
Convento
Concam
– Conceição
Congo
–
Cônego
Discrta –
Discreta
Discta
-
Discreta
Escrm
– Escrivã
Habto
–
Hábito
Magdª -
Magdalena
Mes
–
Madres
M° - Mario
Obª
-
Obrigada
Ocbro
–
Outubro
Pertende
– Pertendente |
Prop°
–
Proprietário
Prop°
-
Proprietário
Qal
–
Qual
Rs
–
Réis
Respto
–
Respeito
Rda
–
Reverenda
Ras
– Reverendas
St°
-
Santo
Stª
Santa
Sobredas
– Sobreditas
Sr°
-
Senhor
S.
Mage –
Sua
Magestade
Trinde
–
Trindade
Tro
–
Termo
Tros
–
Termos
Vigrª -
Vigária
7bro
–
Setembro
8bro
–
Outubro
9bro
–
Novembro |
O
levantamento
que
segue obedece
á classificação de BECHARA, 2004:111,
no
que
se refere à significação das
palavras:
Significação categorial –
substantivos
próprios
Anª -
Angélica
Ang ª -
Angélica
Ba – Bahia
Barreto
– Barreto
Berna
– Bernardina
Concm
– Conceição |
Frz –
Francisco
Jz,
JUS,
JJCS, JSS – Jesus
Magdª -
Magdalena
M° - Mario
Sa – Silva
Trinde –
Trindade |
Significação categorial –
substantivos
comuns
Agoto
–
Agosto
Benp
–
Beneplácito
Conc
–
Concílio
Conv
–
Convento
Escrm
– Escrivã
Habto
–
Hábito
Pertende
– Pertendente
Pg –
Pagamento
Prop
–
Proprietário
Prop°
-
Proprietário |
Reg
–
Registro
Rs –
Réis
Snnça –
Sentença
Sp –
Suplicante
Sp –
Superior
Tro
–
Termo
Tros
–
Termos
7bro
–
Setembro
8
bro –
Outubro
9
bro –
Novembro |
Significação categorial –
substantivos
comuns –
títulos de
dignitários
eclesiásticos
/
funções
Congo
–
Cônego
Discta,
Dicrta –
Discreta
Mes
–
Madres
Rda
–
Reverenda
Ras
– Reverendas
Sto
–
Santo |
Sta
–
Santa
Sr°
-
Senhor
Sor
–
Sóror
S.
Mag –
Sua
Magestade
Vigrª –
Vigária |
Significação categorial –
adjetivos
Captar
–
Capitular
Obrª
–
Obrigada |
Prox
–
Próximo
Sobredas
– Sobreditas |
Significação categorial –
pronome
relativo
qla
–
Qual
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Por
um
lado,
a
História
deixou
fulgurantes
marcas,
sobressaindo, neste
caso,
a
história
de uma
mulher
afortunada
e de
rara
beleza,
de uma
época
medieval.
Beatriz da
Silva e Meneses
não
se
trata
apenas
de uma influencia
histórica
ou
episódica,
mas
de uma influencia
que
transparece na
sua
legislação,
a
espiritualidade
da
ordem
concepcionista.
Por
outro
lado,
as raízes daquela
vigorosa
ocasião
atravessaram
fronteiras
e
séculos.
Nos
albores
do
século
XVIII, foi erguido
um
convento
no Brasil, especificamente na Bahia,
onde
habitariam
mulheres
que
viveriam enclausuradas e
em
oração
de
vida
contemplativa.
Muitas e
muitas daquelas
mulheres
mereceriam o
conhecimento
de
posteridade.
Mas,
no
presente
trabalho,
resume-se a uma
brasileira,
baiana,
que
rompeu as
hostilidades
dos
acontecimentos
que
envolviam o
país,
naquela
época.
O
emprego
das
abreviaturas
em
diferentes
documentos
concedeu,
certamente,
o
direito
de
abreviar,
sendo de
livre
arbítrio
do
escrivão
e uma das possibilidades
para
economia
do
tempo
e
palavras
(até
mesmo,
de
letras),
o
que
enriquece
estudos
filológicos e /
ou
lingüísticos.
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204. 140 f. (digitada).
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Notícia
Histórica
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Imaculada
Conceição da
Mãe
de
Deus.
Rio
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Janeiro:
Typografia Leuzinger, 1913.
A
regra
de
Santa
Clara
tem
prática
principal,
a
pobreza;
é a
mesma
regra
datada
por
São
Francisco aos
frades
menores,
em
1223 (MONSERRAT,
tomo
II-BD, 1950: 756-757)
Abadessa é a
superiora
de
um
monastério
ou
convento
regular,
composto
por
doze religiosas, no
mínimo.
Pode
também
ser
chamada
priora (Enciclopédia
de la Religión
Católica,
tomo
I – AB, 1950)
Dogma
é uma
lei
proclamada
pela
autoridade
superior.
O
culto
à
Imaculada
Conceição sofreu
grandes
combates
até
a
sua
definição
e
declaração
como
dogma
de
fé
pelo
Papa
Pio
IX,
em
08 de
dezembro
de 1854.