AS CONSTRUÇÕES DE TÓPICO
NO
PORTUGUÊS DO BRASIL:
UMA
ANÁLISE SINTÁTICO-DISCURSIVA
EM TEMPO REAL

Mônica Tavares Orsini (UFRJ)

 

Introdução

Embora as construções de tópico (CT) sejam objeto de estudo de diversos lingüistas, várias questões ainda se colocam, tendo em vista o fato de a implementação dessas estruturas no sistema estar vinculada às mudanças em curso no português do Brasil (PB): preenchimento de sujeito e apagamento de objeto, fenômenos lingüísticos associados ao processo de redução do sistema pronominal / flexional (cf. Duarte et al., 2000).

Neste estudo, o tópico é compreendido como o sintagma nominal anterior, externo à sentença, normalmente ativado no contexto discursivo, sobre o qual se faz uma proposição por meio de uma sentença-comentário, conforme evidencia a sentença (1).

(1)       essa casa imperiali não sei de quando __i data. (inq. 133 / década de 90)

Pretende-se descrever as correlações pertinentes às diferentes estratégias de construção de tópico marcado no PB, com base no quadro teórico-metodológico da Sociolingüística Paramétrica, que associa os pressupostos da Teoria da Variação aos da Teoria de Princípios e Parâmetros (cf. Duarte, 1999), sem, contudo, tratar as referidas estratégias como variantes de uma mesma variável, no sentido laboviano.

Foi desenvolvida uma análise em tempo real de curta duração, uma vez que, segundo Labov (1994), esse modelo permite diferenciar mudanças que se produzem de forma gradual em toda comunidade daquelas que caracterizam o percurso do comportamento lingüístico do indivíduo no decorrer do tempo.

Desta forma, são apresentados dois tipos de estudo: o de painel e o de tendência, que se inter-complementam. O primeiro compara a fala dos mesmos indivíduos em diferentes pontos do tempo, captando mudanças ou estabilidade no seu comportamento lingüístico; o segundo confronta amostras aleatórias de uma comunidade de fala em dois momentos distintos.

Os dados foram coletados do acervo sonoro do Projeto NURC-RJ. As amostras analisadas são separadas por um intervalo de cerca de 20 anos. Para o estudo de painel, foram ouvidos 11 indivíduos gravados na década de 70 e recontactados na década de 90. Para o estudo de tendência, os informantes são distribuídos de acordo com a faixa etária e o gênero.

 

As estratégias de construção de tópico

Foram identificadas 4 diferentes estratégias de construção de tópico na fala culta do Português do Brasil.

(A) Tópico-anacoluto (anac.)ocorrências dessa natureza são chamadas por Li & Thompson (1976) de sentenças de duplo-sujeito. São ocorrências semelhantes ao tópico chinês, características de línguas com orientação para o discurso. Nesta construção, o tópico não estabelece nenhuma relação argumental com o verbo. Tem-se, ao contrário, uma relação semântica: o locutor anuncia o tópico sobre o qual vai falar para depois fazer um comentário por meio de uma sentença completa.

(2) doce eu gosto de gelatina, gosto de pudim... (inq. 12 / década de 90)

(B) Topicalização (Top.)– caracteriza-se pela existência de uma categoria vazia, no interior do comentário, que poderia ser preenchida pelo tópico externo à sentença.

(3) aquiloi a Marinha ergueu __i com um sacrifício brutal. (inq.133 /década de 90)

(4) o campo de futebol profissionali a dimensão __i é de cento e dez metros. (inq. 52 / década de 70)

(C) Deslocamento à esquerda (DE) – essa construção define-se pela presença no comentário de um pronome-cópia.

(5) o avô do meu maridoi elei é italiano. (inq. 20 / década de 90)

(6) vocêi eu tei pego. (inq. 20 / década de 90)

(D) Tópico-sujeito (Tsuj.)– nessas construções, o tópico é reanalisado como sujeito, instaurando-se inclusive a concordância verbal, o que colabora para a manutenção da ordem canônica do Português do Brasil: SVO (cf. Decat, 1989).

(7) Aquilo venta, chove. (inq. 11 / década de 90)

(8) A Tijuca tem bastante prédio. (inq. 12 / década de 90)

A tipologia aqui apresentada foi definida com base em trabalhos anteriores (cf. Pontes, 1987; Mira Mateus et al., 2003; Vasco, 1999; I. Duarte, 1996), porém, no decorrer da análise, foi possível reagrupar alguns tipos de construções, o que nos forneceu resultados ainda mais significativos.

 

As construções de tópico na comunidade
um estudo de tendência

O gráfico a seguir apresenta a distribuição geral de cada uma das estratégias nos períodos focalizados

Gráfico 1: Distribuição percentual das estratégias de construção de tópico
nas
décadas de 70 e 90

No gráfico 1, verifica-se que ao aumento de ocorrências de Top. em 90 corresponde a redução de DE. A freqüência de ocorrência de anacoluto e tópico-sujeito é idêntica nos dois períodos confrontados. A manutenção do número de ocorrências de anac. e Tsuj. revela a estabilidade do sistema em relação às estruturas apontadas como característica de línguas orientadas para o discurso.

Em relação às ocorrências de Top. e de DE, a distribuição estável de topicalização de complemento (9) e de deslocamento à esquerda de sujeito (10), estratégias mais recorrentes em ambas as amostras, parece ser decorrente de um encaixamento de mudanças por que passa o PB, com progressivo preenchimento de sujeito e esvaziamento de objeto. Assim, a construção de DE sujeito é compatível com um sistema que preenche obrigatoriamente o sujeito pronominal, como o francês. A topicalização de complemento, por sua vez, está perfeitamente em consonância com uma gramática que privilegia os complementos nulos.

(9) o boxei eu pouco conheço __i. (inq. 52 / década de 70)

(10) eui eui trago inclusive de . (inq. 12 / década de 90)

Há, entretanto, que levar em conta que as construções de tópico com função oblíqua, aqui analisadas como construções de topicalização, assemelham-se às chamadas topicalizações selvagens[1] (cf. I. Duarte, 1996), devendo, portanto, ser consideradas no momento de avaliar se o PB é ou não uma língua de orientação para o discurso.

 

As construções de tópico no indivíduo
um estudo de painel

A leitura das tabelas 1 e 2 a seguir mostram que as construções de Tsuj. não aparecem na fala de todos os informantes. De fato, elas se concentram na fala de alguns informantes do sexo feminino, particularmente o 11 (na década de 70) e o 373 (na década de 90). Esses dados apontam para o comportamento lingüístico inovador das mulheres que parecem favorecer o caminho dessas formas.

Em relação à preferência por Top. e DE, o estudo de painel confirma serem essas as estruturas mais freqüentes dentro do grupo estudado, reforçando a tese do encaixamento das mudanças no sistema.

De um modo geral, foram observadas, portanto, variações individuais que não comprometem o comportamento estável das estratégias focalizadas.

DÉCADA DE 70

Indi-víduo

Idade

anac.

top.

DE

Tsuj.

Total

OCO

%

OCO

%

OCO

%

OCO

%

OCO

%

96

25

1

3%

6

38%

7

44%

-

-

16

100%

11

26

3

6%

17

35%

18

38%

10

21%

48

100%

133

31

3

14%

11

52%

6

29%

1

5%

21

100%

164

34

5

14%

11

31%

19

54%

-

-

35

100%

52

39

2

8%

9

38%

12

50%

1

4%

24

100%

233

41

2

6%

18

50%

16

44%

-

-

36

100%

002

44

6

26%

15

65%

2

9%

-

-

23

100%

140

55

3

9%

19

58%

11

33%

-

-

33

100%

71

56

7

14%

16

32%

27

54%

-

-

50

100%

347

57

4

8%

22

44%

19

38%

5

10%

50

100%

373

58

6

22%

3

11%

17

63%

1

4%

27

100%

Tabela 1: estratégia de construção de tópico por informante, década de 70

 

DÉCADA DE 90

Indiv-íduo

Idade

anac.

top.

DE

Tsuj.

Total

OCO

%

OCO

%

OCO

%

OCO

%

OCO

%

96

45

1

3%

10

34%

18

62%

-

-

29

100%

11

46

3

7%

13

29%

24

53%

5

11%

45

100%

133

50

4

22%

5

28%

7

39%

2

11%

18

100%

164

53

4

31%

5

38%

4

31%

-

-

13

100%

52

59

6

29%

8

38%

7

33%

-

-

21

100%

233

59

-

-

4

31%

9

69%

-

-

13

100%

002

65

1

3%

21

54%

13

33%

4

10%

39

100%

140

74

1

4%

12

46%

12

46%

1

4%

26

100%

71

79

3

12%

14

56%

7

28%

1

4%

25

100%

347

79

5

13%

12

31%

21

54%

1

3%

39

100%

373

76

5

13%

14

35%

13

32%

8

20%

40

100%

Tabela 2: estratégia de construção de tópico por informante, década de 90


 

Português do Brasil: língua de tópico?

Ao retomar as características das línguas de tópico descritas por Li & Thompson (1976), verifica-se que o PB preenche boa parte dos requisitos, como:

- codifica superficialmente o tópico por meio de uma posição definida na sentença;

- prefere sujeitos plenos a vazios, que só ocorrem em línguas de proeminência de sujeito;

- apresenta construções semelhantes ao tópico chinês, estruturas prototípicas de tópico-comentário;

- estabelece uma relação de co-referência entre tópico e comentário, o mesmo não ocorrendo com o sujeito;

- não sofre restrições quanto à natureza do elemento topicalizado;

- define a sentença tópico-comentário como sendo básica, isto é, não derivada de outra.

Tentando responder à questão que se coloca nesta seção, parece-nos relevante propor uma nova distribuição dos dados, com base no conceito de topicalização selvagem introduzido por I. Duarte (1996). Segundo a referida autora, as construções de topicalização com função oblíqua sem preposição (11), independentemente de esta ser apenas um marcador de caso ou ser semanticamente plena, são ocorrências deste tipo.

(11) outro tipo de jogoi eu não gosto __i. (inq. 52 / década de 90)

Somando-se, assim, essas construções às de tópico-sujeito e às de anacoluto, estruturas prototípicas de língua de tópico, alcançamos um total de 38% do total dos dados, índice que justifica a afirmação de ser o português, de fato, uma língua com proeminência de tópico e de sujeito. Outro aspecto que aproxima o PB das línguas de tópico é o fato de as construções de tópico não serem sensíveis a ilhas sintáticas, além de viabilizarem a ocorrência de tópicos múltiplos, características diferentes do comportamento dessas construções no PE.

Em (12), tem-se uma sentença em que há dois tópicos que passam por barreiras sintáticas.

(12) eui, por exemplo, meus vestidosj, quando eui precisava __j, eui escrevia pra mamãe pra ela mandar __j daqui. (inq. 140 / década de 90)

Desta forma, o comportamento das construções de tópico, não revelando restrições sintático-discursivas significativas, associado à característica de o sistema preencher boa parte dos requisitos descritos por Li & Thompson parece estar apontando para uma língua de tópico em que Top. e DE encontram-se em distribuição complementar, tendo em vista o encaixamento das mudanças por que passa o PB.

As amostras estudadas permitem constatar que, em relação à Top. e DE, não há restrições quanto à estrutura do constituinte topicalizado, como se verifica na tabela 3.

Estrutura do tópico

topicalização

DE

OCO

%

OCO

%

SN (simples ou complexo)

323

80%

248

62%

pronome; pronome + oração

54

12%

147

37%

SP (simples ou complexo)

31

7%

1

0,5%

sintagma oracional

1

1%

2

0,5%

Total

409

100%

398

100%

Tabela 3: Top. e DE X estrutura do tópico, considerando o total das ocorrências

Há complementaridade entre essas estratégias. Assim, enquanto as construções de Top. são favorecidas pelo papel sintático de complemento, as de DE são favorecidas pelo papel sintático de sujeito, como mostra a tabela 4.

Função sintática

topicalização

DE

OCO

%

OCO

%

sujeito

30

7%

314

79%

objeto direto

181

45%

43

11%

oblíquo nuclear

86

21%

13

3%

oblíquo não nuclear

70

17%

15

4%

complemento do SN

42

10%

13

3%

Total

409

100%

398

100%

Tabela 4: Top. e DE X função sintática a que o tópico está indexado

Essa complementaridade diferencia o PB do PE como se pode verificar na tabela abaixo que compara os resultados de Vasco (1999) aos do presente trabalho:

 

PB

PE

PB (Orsini, 2003)

DEsujeito

95 / 82,5%

7 / 32%

314 / 79%

DEcomplemento

20 / 17,5%

15 / 68%

84 / 21%

Total

115 / 100%

22 / 100%

398 / 100%

Tabela 5: Distribuição das CTs com DE no PB e no PE
(cf.
Vasco, 1999) e, no PB, Orsini, 2003

Quanto ao traço semântico animacidade, a estratégia de deslocamento à esquerda privilegia referentes animados (60% do total de oco de DE), como confirma a tabela abaixo.

animacidade

topicalização

DE

oco

%

oco

%

+ animado +/- humano

32

8%

239

60%

- animado, - humano ou
- animado com elementos humanos

125

30%

78

19%

referente não individuado

42

10%

8

2%

proposição

3

1%

3

1%

termo abstrato

88

22%

35

9%

referente espacial ou temporal

119

29%

35

9%

Total

409

100%

398

100%

Tabela 6: Top. e DE X traço semântico

Por outro lado, a construção de topicalização privilegia referentes com o traço [- animado], referente espacial / temporal e termos abstratos, o que mostra que a distinção [+ / - animado] é uma correlação importante no uso de uma e outra estratégia.

Ao cruzarmos traço semântico com estrutura do tópico, observamos que:

(a) os referentes animados são mais freqüentes entre as construções de DE, tanto com SN lexical quanto com pronome na posição de tópico, o que revela que o condicionamento mais significativo para as construções de deslocamento à esquerda é o traço semântico e não a estrutura do tópico.

(13) o brasileiroi a gentei tem aquela fama de acomodado. (inq. 12 / década de 90)

(14) vocêi em geral vocêi tem um local, um restaurante. (inq. 12 / década de 90)

(b) com o traço [– animado], as construções de topicalização realizam-se com mais freqüência com um tópico constituído por um SN lexical.

(15) a provai eu achei __i o máximo. (inq. 12 / década de 90)

Esses resultados estão em consonância com a hierarquia de referencialidade, proposta por Duarte, Cyrino e Kato (2000), segundo a qual num processo de mudança, os itens [+ referenciais] e [+ humanos] são os primeiros a se tornarem plenos, enquanto os [- referenciais] são os primeiros a se tornarem nulos. A escala de referencialidade comporta-se segundo o esquema abaixo:

não argumento                      proposição                  [- humano]              [+ humano]

                                                                   3ª pessoa                  3ª pessoa,

                                                                                                     2ª pessoa,

                                                                                                     1ª pessoa

[- espec.] -------------------------------------------------------------------------   [+ espec.]

[- ref.] -----------------------------------------------------------------------------     [+ ref.]

(Duarte, Cyrino e Kato, 2000: 56)

No que tange ao conjunto das estratégias investigadas, observamos que as construções de anac., DE e Tsuj. privilegiam tópicos definidos. As de topicalização, embora, em termos de número de ocorrências, revelem uma maior freqüência de tópicos definidos, mostram-se mais permeáveis à presença de referente indefinido, como mostra Pontes (1987).

Há uma preferência por tópicos específicos, independente da estratégia de construção de tópico, e o tópico pode ser informação nova, embora esse comportamento seja pouco freqüente.

Em relação ao papel do tópico na organização do discurso, as construções de tópico mantêm a continuidade tópica do texto, não havendo, contudo, restrições à possibilidade de o referente topicalizado introduzir um novo tópico no discurso.

Há poucos dados em que o tópico aparece com valor contrastivo; porém, há maior freqüência dos mesmos em construções de topicalização. Vale ressaltar, contudo, que as construções de topicalização no PB não se limitam a contextos de focalização contrastiva, como ocorre em espanhol, sendo, portanto, a topicalização uma estratégia diferente da focalização.

O número de tópicos com preposição é bastante reduzido no corpus, confirmando uma tendência já apontada por Vasco (1999). O fato de haver construções de Top. vinculadas a funções oblíquas sem preposição sugere que essa estratégia não seja derivada de movimento, como tem sido proposto, e a aproxima das construções de duplo sujeito (anacoluto) do chinês;

As construções de tópico-sujeito, encontradas no PB, merecem comentário à parte. Uma hipótese para a sua penetração no sistema é a simplificação dos paradigmas flexionais, favorecendo a presença de um sujeito pleno, sempre acompanhando um verbo. Assim, além das construções de Tsuj. com referentes definidos (16), começam a proliferar sujeitos não referenciais preenchidos com elementos referenciais nominais (locativos) ou pronominais, como em (17), (18) e (19).

(16) o rádio havia programas de levar um dia inteiro. (inq. 28 / década de 90)

(17) a minha casa tinha um pequeno jardim. (inq. 11 / década de 90)

(18) aquilo você ficava um monte de gente conversando (inq. 11 / década de 90)

(19) você há uma tendência muito grande a esse tipo de apartamento. (inq. 11 / década de 90)

 

Considerações finais

Os resultados aqui apresentados visam contribuir para uma melhor compreensão das estratégias de CT no PB, diferenciando-o do PE, particularmente no que se refere ao comportamento de Top. e de DE e à inserção das construções de Tsuj. no sistema em função das mudanças em curso no PB.

 


 

BIBLIOGRAFIA

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––––––, CYRINO, Sonia M. L. & KATO, Mary. Visible subjects and invisible clitics in brazilian portuguese. In: KATO, M. A.& NEGRÃO, E. V. (orgs). Brazilain Portuguese and the Null Subject. Frankfurt am Main: Vervuert Verlag, 2000, p. 55-73

LABOV, William. Principles of linguistic change. Vol. I: Internal factors. Cambridge: Blackwell Publishers, 1994.

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VASCO, Sérgio Leitão. Construções de tópico no Português: as falas brasileira e portuguesa. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.


 


 

[1]O rótulo topicalização selvagem, segundo I. Duarte (op. cit.), reúne casos como Essa cervejai eu não gosto __ em que o tópico desempenha função oblíqua, bem como ocorrências de tópico-sujeito como em O seu regime entra muito laticínio.