E
o silicone recriou a mulher...
Uma análise crítica do discurso de nota
sobre famosos em seção de revista
Sandra Kezen (UENF)
Somos todos seres históricos, herdeiros sem escolha de crenças, conhecimentos e costumes comuns aos membros do grupo, classe ou comunidade a que pertencemos. (Azeredo, 2002, p. 27)
Introdução
Nossos discursos tendem a ser organizados como um tecido em que à nossa própria voz se somam outras. “Trazemos dentro de nós uma herança que impregna nossa fala e contribui para a arquitetura de nossa personalidade” (Azeredo, 2002: 27). Assim, por meios explícitos ou implícitos, falas, palavras e idéias de outros indivíduos entram no texto através da voz daquele que o escreve ou diz. É por isso que, por mais que um texto seja produzido por uma única pessoa, ele jamais pode ser considerado obra exclusiva de um só enunciador. Boa parte do que dizemos e escrevemos é repetição de outros ditos e escritos. Logo, sob nossas palavras, outras palavras se dizem. Não há discurso constitutivamente monológico, na medida em que reconhecemos que toda palavra é dialógica, que todo discurso tem dentro dele outro discurso, que tudo que é dito é um “já-dito”.
Expressamo-nos sempre segundo este perfil - que inclui não só o que sabemos, mas também as formas de linguagem que materializam nosso conhecimento - e essa identidade é variável segundo os muitos papéis que desempenhamos na vida. Assim, “por meio da enunciação, revela-se a personalidade do enunciador” (Mainguenau, 2002: 97-98).
O discurso não pode ser analisado simplesmente sob seu aspecto lingüístico, mas como jogo estratégico de ação e reação, entre enunciador e co-enunciador. Nessa visão, o discurso é uma forma de ação, pois toda enunciação visa modificar uma situação. Desta maneira, “a linguagem não é mais pura evidência, já que foge à transparência de sentido: não tem como primeira finalidade a representação do mundo, mas torna-se atuante sobre o outro, uma forma de negociação e instrumento de ação do enunciador sobre o receptor” (Pauliukonis, 2003: 39).
A língua constitui a condição de possibilidade do discurso, é o lugar material em que se realizam os efeitos de sentido. Assim, podemos dizer que discurso é o espaço em que emergem as significações. Na construção do sentido, o enunciador dispõe de signos, marcas, traços, letras. É ele que anima as formas da língua, para, através do discurso, criar os significados no que diz e no que não diz.
A linguagem que usamos define nossos propósitos, expõe nossas crenças e valores, reflete nossa visão de mundo e a do grupo social em que vivemos, e pode, ainda, servir como instrumento de manipulação ideológica. Na análise do texto apresentado, busco evidências na linguagem e nas escolhas lexicogramaticais que demonstrem o propósito discursivo das enunciadoras.
O texto apresentado é uma nota, extraída da seção Gente da revista Veja, publicada em 18 de abril de 2001. Segue texto na íntegra:
LACUNA REPREENCHIDA
Em 1999, a atriz Pamela Anderson, 33 anos, dez dos quais dedicados a inflar o peito com silicone, consternou os fãs com a decisão de diminuir as próteses. O notório talento artístico dela não bastou para suprir a lacuna.
Nas últimas semanas, Pamela tem mostrado - ostensivamente, como é de seu feitio - que siliconar é bom e ela gosta. A primeira exibição dos returbinados atributos foi em uma festa pós-Oscar, onde a loira, um tanto trôpega, vestia uma microblusa que teimava em não fechar. Na terça-feira, decotou-se toda outra vez para um show em Nova York. Está mais Pamela do que nunca.
(Aida Veiga e Consuelo Dieguez)
A finalidade desta análise é observar como certos aspectos ideológicos moldam o discurso de indivíduos e refletem formas de perceber a realidade, de estabelecer identidades sociais e padrões de comportamento vigentes em nossa sociedade.
O texto quer dar conta do mundo das celebridades, pessoas famosas que não seguem a mesma rotina das pessoas comuns. No caso em questão, a atriz é conhecida internacionalmente, por sua participação no seriado americano “Baywatch”, exibido em vários países, inclusive no Brasil, sob o nome de SOS Malibu, cujos salva-vidas são representados por belíssimos rapazes e moças, que sempre aparecem em trajes de banho, fazendo enorme sucesso com o público, principalmente com pessoas do sexo oposto. Contudo, não é um discurso de fãs para fãs, pois as enunciadoras não tecem elogios à atriz, ao contrário, em seu discurso transparecem ironias e críticas.
Na análise que apresento a seguir, examino a nota com um olhar crítico, procurando levar em consideração as relações entre o texto e o contexto social em que vivemos e procuro evidências que possam sinalizar como os aspectos ideológicos moldam a forma discursiva do texto e também como as enunciadoras se identificam, estabelecem relações sociais e se posicionam diante do fato narrado.
Apresento também a foto em anexo, para visualização de como foi apresentada na revista.
Crenças e representações da realidade
Este texto reconstitui padrões de representação social e crenças, pois, embora defendendo uma posição pessoal, as enunciadoras refletem o meio em que vivem e os padrões ideológicos de seu contexto social.
A personagem apresentada é bonita, rica, famosa, vive da imagem e por isso investe tanto nela para continuar a ter sucesso, casou-se com um roqueiro também famoso, já acusado de envolvimento com drogas e bebidas, separou-se, causa furor onde aparece por sua beleza física, provoca suspiros nos homens e inveja nas mulheres.
Por sua vez, as enunciadoras têm suas próprias histórias de vida e interpretam o fato narrado através de seus filtros ideológicos.
A representação da realidade em um texto é feita por processos, caracterizados por verbos e seus participantes. O estudo dos processos que constituem um texto chama-se “transitividade”. Através desses processos, o escritor organiza gramaticalmente seu texto, tornando explícitas ou não as ações e quem as pratica. Ao investigarmos a transitividade e seus processos, estaremos interpretando “o que está ocorrendo, quais as atividades sociais que estão se desenrolando” (Fontanini, 2002: 231) em um determinado texto. Por exemplo, na expressão “inflar o peito com silicone”, as autoras utilizam “inflar” (um processo verbal, que representa uma ação) de forma irônica para se referirem às aplicações de silicone feitas pela atriz, e que é uma escolha lexical sintomática: o que se infla pode se esvaziar, como pneus, balões, etc.
Outros processos verbais, pinçados entre tantos à disposição na língua, também evidenciam ironia e deboche: “consternou”, que geralmente expressa uma ação de maior seriedade, para se referir ao estado dos fãs; “tem mostrado”, para se referir às recentes aparições da atriz em público; “ela gosta”, referindo-se à importância que a atriz dá à sua imagem; “teimava em não fechar”, referindo-se ao tamanho da blusa, pequena demais para seios tão fartos; e “decotou-se toda”, referindo-se ao exibicionismo da atriz; cujas leituras nos permitem deduzir a visão contrária das enunciadoras a este tipo de comportamento; além de “dedicados”, verbo que reflete a extrema preocupação da atriz com a manutenção de seus atributos, condição indispensável para seu sucesso, aqui usado ironicamente, já que o verbo “dedicar” significa “devotar”, “oferecer com afeto”, “destinar”, “aplicar”, “pôr ao serviço de”, “consagrar ao culto de”, enfim, um verbo com conotação positiva, nobre.
Em “está mais Pamela do que nunca” temos um processo relacional, caracterizado pela ocorrência do verbo “estar”, que refere-se ao jeito se ser da atriz de forma também irônica. É interessante observar ainda que a atriz é aqui caracterizada por um verbo que indica estado transitório, possivelmente numa referência ao culto à imagem, algo também passageiro, que reflete apenas sua aparência externa, mas que não corresponde a seu estado permanente, ou seja, à sua essência, ao que ela realmente é.
Observamos ainda outras escolhas lexicais significativas: o uso pejorativo do numeral “dez”, indicando uma crítica ao tempo enorme da vida da atriz dedicado a esta atividade (quase um terço de sua vida); o advérbio “ostensivamente”, referindo-se ao modo costumeiro pelo qual a atriz mostra seus atributos físicos; a expressão “como é de seu feitio”, referindo-se aos hábitos da atriz; e os substantivos “exibição”, que remete a pinturas, quadros, esculturas, numa referência óbvia aos seios como obras de arte, dignas de serem exibidas publicamente; e “atributos”, para se referir ao maior (ou maiores) “talentos” da atriz.
Verificamos, também, intensa adjetivação no texto, tão ostensiva quanto o comportamento exibicionista da atriz: o adjetivo “notório” é usado para se referir à (re)conhecida falta de talento da atriz; o adjetivo “artístico” na verdade se refere à exibição do corpo da atriz, seu verdadeiro “talento”. Em “returbinados” há uma referência ao repreenchimento dos seios com silicone, mas também há outras possíveis leituras: o uso metafórico de palavras como “máquina”, “avião” para descrever mulheres bonitas é bastante comum, e atualmente o uso da palavra “turbinada” para aquelas que aplicam silicone nos seios é também costumeiro. A novidade é o “returbinada”, com idéia de renovada, de mais poderosa ainda, graças à mais recente aplicação de silicone. A adjetivação do próprio nome da atriz em “mais Pamela do que nunca”, também contém uma sutil ironia: na falta de outra palavra para descrever o estilo, digamos, único da atriz, as enunciadoras optaram por usar seu nome mesmo, para conferir-lhe uma marca única, para mostrar que ela é dona de um estilo próprio, embora considerado impróprio, como entendemos pela análise crítica do discurso do texto. Contudo, o adjetivo mais ferino é “trôpega”, numa óbvia referência ao envolvimento da atriz com drogas e/ou bebidas alcoólicas antes de se apresentar em público ou a um hábito já adquirido e talvez conhecido por todos.
A representação da realidade social é clara a propósito dos padrões e preconceitos sobre a conduta da atriz. A leitura do texto mostra que as enunciadoras, ao criticarem a conduta da atriz em questão, partilham da crença de que as mulheres ainda devem ter um certo recato ou uma dose de pudor ao se apresentarem em público. Ou seja, deduz-se que a mulher deve ter um comportamento diferente do descrito no texto.
O discurso do texto nos permite avaliar a visão ideológica das enunciadoras e as formas de representar o mundo. Embora falem como indivíduos, revelam aspectos do universo de relações sociais em que vivem.
Relações sociais
Assim como os discursos podem refletir padrões de crenças e realidades ideológicas de um grupo social, podem, também, mostrar-nos uma perspectiva de como os indivíduos se relacionam.
A relação de poder mais evidenciada no texto envolve a dominação masculina e a submissão feminina, perfeitamente acatada pela atriz, que não se posiciona como uma pessoa “pensante” por si mesma, ao contrário, “pensa” com a cabeça dos outros, notadamente seus fãs, homens, que influenciam suas decisões sobre o que fazer com seu próprio corpo.
Podemos, também, verificar uma outra relação de poder, que as enunciadoras tentam, através de seu discurso, exercer sobre os leitores.
Ao analisarmos o texto, observamos que as enunciadoras reconstituem as relações sociais vigentes em nossa sociedade e as escalas de valores morais que determinam um padrão de comportamento para as mulheres.
Neste caso específico, verificamos que as enunciadoras condenam a conduta da atriz, considerando-a vulgar e inadequada.
O texto é estruturado de forma que a argumentação evidencia a intenção de manipulação ideológica e, conseqüentemente, o exercício de poder sobre os leitores. Suas escolhas lexicogramaticais, além de refletirem suas crenças, valores e visões de mundo, ainda revelam suas noções sobre as diferentes identidades sociais.
O texto e suas identidades sociais
Quando analisamos o discurso de um texto, notamos que ele é organizado de forma a manipular interesses específicos em relação a formas de ver o mundo referentes às identidades sociais apresentadas.
A linguagem utilizada no texto mostra o ponto de vista das enunciadoras. E através da análise do discurso buscamos evidências para entender o que caracteriza a “realidade” de um autor ao criar em um determinado texto “relações sociais”, “representações sociais” ou “identidades sociais”.
“O uso da linguagem está relacionado a processos sociais e culturais mais amplos”, possibilitando estudar “as mudanças sociais” (Fairclough, 1992: 1). Ao entendermos o discurso como ação situada em relação a alguém, incorporamos também a possibilidade de que é possível reverter práticas discursivas e atuar como agentes na construção de novos papéis sociais. Por isso, os processos discursivos têm importância central como instrumento de reflexão, interpretação e compreensão da vida social como também de construção das identidades sociais. “Somos seres sociais não somente por sermos determinados pelas circunstâncias sociais de nossas vidas, mas porque nossas capacidades de agir e pensar são em si mesma socialmente constituídas” (Moita Lopes, 2003: 25). Os discursos não só representam a vida social, mas também a constituem. Ou seja, quando se envolvem na construção do significado, as pessoas estão agindo no mundo por meio do discurso em relação a seus interlocutores e, assim, se constroem e constroem os outros. Desse modo, o discurso deve ser entendido também por sua força constitutiva e, portanto, como ação.
Os usuários da língua utilizam o discurso para construir e mostrar suas identidades sociais, assim como para reconstruí-las e modificá-las.
Em nossos dias as identidades não são unificadas, são cada vez mais fragmentadas, variam de acordo com os papéis que desempenhamos na sociedade, estando, portanto, sempre em processo de mudança e transformação.
Ao investigarmos as identidades sociais, estamos interessados em analisar a forma pela qual o participante do texto é retratado, relativamente ao papel que ele representa na sociedade.
A primeira identidade feminina é retratada de forma irônica pelas críticas ao comportamento da atriz Pamela Anderson, apresentada como mulher-objeto, que vive da imagem e que gosta de se exibir, conduta esta inadequada, censurada e condenada pelas enunciadoras. A atriz Pamela Anderson encaixa-se perfeitamente no papel da mulher que se submete à vontade masculina, não é dona de sua própria vontade, tanto que, após passar por uma cirurgia, ela se submete à outra para agradar seus fãs, que exercem grande influência sobre suas decisões.
A segunda identidade feminina é a que não está retratada no texto, que se opõe à da atriz, que é a identidade das mulheres comuns, a que é desejável e adequada, e que constitui uma identidade social melhor que a da atriz, segundo a escala de valores morais das enunciadoras.
A identidade masculina é retratada de forma generalizada pelos “fãs”, que visivelmente exercem uma relação de poder sobre a atriz, visto que, após deixá-los “consternados” com a redução das próteses nos seios, ela, temerosa de perder o sucesso já conquistado entre eles, optou por repreenchê-los posteriormente, para a felicidade geral de todos e, com isso, reforçando o papel de mulher-objeto, objeto de desejo e adoração. Mais uma vez o que vemos é o exercício da hegemonia masculina, que reforça a identidade do homem como dono e senhor de sua mulher e que decide por ela e para ela o que ele acha que é melhor para ela. Porém, o que causa espanto é a posição da atriz, que aceita e reafirma sua submissão à vontade masculina, mesmo não sendo financeiramente dependente de um homem, razão pela qual muitas mulheres se posicionam subalternamente. Nesse caso, trata-se de uma pessoa que vive à luz da opinião alheia, principalmente da opinião masculina. Ou seja, na nota em questão, as identidades não se encontram fragmentadas, elas são estanques: o homem, do alto de seu poder, domina a mulher, que aceita a dominação, contudo pagando um preço alto demais por isso: o envolvimento da atriz com drogas, bebidas ou ambas é prova inconteste de sua insatisfação com algum aspecto de sua própria vida. Mesmo tendo condições para modificar essa situação, ela não toma nenhuma atitude em direção a uma mudança, perpetuando a posição de mulher passiva e incapaz de decidir seu destino por si mesma.
Ataque às faces
Quando se engajam em um processo de comunicação, os participantes procuram observar certas leis, certas regras. Por ser a comunicação verbal uma relação social, submete-se também às regras de polidez. Situações de confronto podem ocorrer quando há transgressão de qualquer uma dessas leis.
A escolha do gênero é determinada em função da especificidade de uma esfera de comunicação verbal, das necessidades de uma temática (do objeto do sentido), do conjunto constituído de parceiros. Maingueneau (2002: 65) considera que os gêneros textuais são atividades sociais que se submetem a critérios de êxito: existe um contrato implícito entre os participantes, existem regras a serem seguidas. Essas regras são convenções tácitas e espera-se que sejam respeitadas. Contrariamente a essas regras, as do discurso não são rígidas: possuem zonas de transformação, de variação.
Há, assim, uma espécie de contrato com os leitores, que envolve uma série de negociações, não só quanto aos assuntos escolhidos, mas quanto à forma de discuti-los, os códigos que envolvem os princípios de cooperação e a polidez que envolve o respeito mútuo às faces dos parceiros envolvidos no processo comunicativo.
Considera-se que todo indivíduo possui duas “faces”, uma negativa e outra positiva. A face negativa é seu território pessoal, sua intimidade, seu desejo de ser livre para agir e de não sofrer imposições. A face positiva é sua auto-imagem positiva consistente, ou “personalidade”, que cada um tenta apresentar aos outros, em busca de apreciação e aprovação.
Qualquer interação verbal pode constituir uma ameaça a essas faces. No caso em questão, as enunciadoras fazem um ataque à face positiva da atriz: desaprovam sua conduta, fazendo observações irônicas sobre o fato narrado.
Conclusão
Através da análise crítica de um texto, podemos compreender de que maneira o autor representa os indivíduos e suas ações, de que forma estabelece as relações sociais dos participantes do discurso e de que maneira vê a “realidade”. Assim sendo, ao analisarmos criticamente um texto, estaremos visualizando não só a realidade particular de um indivíduo, mas, também, estaremos explicitando padrões ideológicos que regem condutas, opiniões e comportamentos, seja de um grupo social, de uma comunidade ou da sociedade como um todo.
Na nota analisada, as enunciadoras são extremamente críticas em relação à atriz, objetivando enfatizar sua conduta vulgar e inadequada através de escolhas lexicais sintomaticamente utilizadas para causar o efeito desejado no leitor. A maneira de dizer aqui é fundamental para a identificação do discurso ideológico que perpassa todo o texto e que retrata o modo de pensar de toda uma comunidade.
Referências bibliográficas:
AZEREDO, J. C. O aposto e o intertexto. In: MEURER, José Luiz, MOTTA-ROTH, Désirée (orgs.). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru: EDUSC, 2002, p. 26-37.
BARROS, N. C. Estratégias de ataque à face em gêneros jornalísticos. In: MEURER, José Luiz, MOTTA-ROTH, Désirée (orgs.). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru: EDUSC, 2002, p. 199-214.
FAIRCLOUGH, N. Discourse and social change. Cambridge: Polity Press, 1992, p. 1.
FONTANINI, I. Cartas ao editor: a linguagem como fora de identificação social e ideológica. In: MEURER, José Luiz, MOTTA-ROTH, Désirée (orgs.). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru: EDUSC, 2002, p. 225-237.
MAINGUENAU, D. Análise de Textos de Comunicação. São Paulo: Cortez, 2002.
MOITA LOPES, L. P. Socioconstrucionismo: discurso e identidades sociais. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo (org.) Discurso de identidades. Campinas: Mercado de letras, 2003, p. 13-38.
PAULIUKONIS, M. A. L. Marcas discursivas do enunciador midiático: casos de modalização autonímica. In: PAULIUKONIS, Maria Aparecida Lino, GAVAZZI, Sigrid (orgs) Texto e discurso: mídia, literatura e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003, p. 38-50.