o
esquema imagético
texto comunicativo
na análise contrastiva de editoriais
a organização da sintaxe
Daniela Souza Constâncio
INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
O discurso escrito, tal como o oral, é um fenômeno social e apresenta uma estrutura multidimensional (Biber, 1988). É, portanto, interativo, e depende da influência de vários fatores, tais como do contexto e dos participantes do discurso. É esta interdependência que leva os emissores a buscarem reproduzir no texto os atributos lingüísticos e retóricos preferidos pela comunidade discursiva para a qual o texto se destina. Tais atributos são moldados cultural, social e lingüisticamente, e, por serem aprendidos através de convenções que são distintas em línguas diferentes, servem com uma explicação para o fato das diferenças retóricas entre duas ou mais línguas. Desta forma, não nos surpreende que textos escritos em L2, deixem de atender às expectativas dos leitores, já que se afastam das macroestruturas canonizadas pelo uso, sendo considerados muitas vezes inadequados e confusos pela comunidade alvo (Hinds, 1984; Eggington, 1987). Tais macroestruturas otimizam a compreensão e desvendá-las pode contribuir para o desenvolvimento de gramáticas pedagógicas na sala de produção de texto em língua estrangeira. Nesse sentido, podemos lançar mão da Teoria da Relevância. Sob a ótica dos estudos em comunicação, Sperber e Wilson (1986; apud Saliés, 1997), sinalizam que a escolha das pistas lingüísticas está intimamente ligada ao sucesso da comunicação. Para eles, atos comunicativos são necessariamente relevantes . É a busca pela relevância que guia a escolha das pistas lingüísticas assim como o foco de atenção dos participantes ao processarem o discurso. Logo, quanto mais adequadas as pistas contextuais, mais elas reforçarão os efeitos contextuais e menor o custo de processamento. Saliés (1997; 2001), trabalhando contrastivamente com o inglês e o português brasileiro, propôs um esquema imagético para relatórios institucionais produzidos pela indústria de petróleo. Esquemas imagéticos (Lakoff, 1990) são estruturas conceituais abstratas que surgem da experiência física e social e que moldam experiências perceptuais. Influenciam o processamento de informação, pois são estruturas que organizam o nosso pensamento, projetando-se nos usos diários que fazemos da linguagem. Segundo Saliés (1997), a TRAJETÓRIA do TEXTO COMUNICATIVO em inglês é caracterizada por sentenças curtas, unidades de atenção com 9 palavras, e pelo uso freqüente de construções independentes e raras ocorrências de orações reduzidas, construções embutidas e sintagmas preposicionais. Já a TRAJETÓRIA do TEXTO COMUNICATIVO em português é caracterizada por sentenças longas, unidades de atenção curtas e uso freqüente de desdobramentos à direita, construções embutidas e nominalizações. O presente projeto busca investigar se o esquema proposto por Saliés para o caso dos relatórios institucionais, denominado TEXTO COMUNICATIVO, também se aplica a editoriais jornalísticos, dando continuidade e aprofundado estudos em lingüística contrastiva do discurso e procurando contribuir para uma gramática pedagógica no ensino de produção de texto em inglês como L2. Especificamente, investiga como e se a sintaxe sinaliza o esquema-imagético TEXTO COMUNICATIVO em inglês e em português, em um corpus de editoriais jornalísticos.
METODOLOGIA
A presente pesquisa analisa contrastivamente a organização sintática de editoriais em inglês e português e compara os resultados com os de Saliés (1997) em relatórios anuais de empresas de petróleo redigidos nas duas línguas supracitadas. Para tal, investiga (1) tamanho de sentença; (2) tamanho de unidades de atenção; (3) freqüência de nominalizações; (4) freqüência de orações independentes e subordinadas; e (5) desdobramentos à direita.
Tamanho de sentença corresponde ao número de palavras dispostas entre pontos finais, pontos de exclamação ou pontos de interrogação. Já unidades de atenção (Chafe, 1994) sinalizam a prosódia oculta do discurso escrito, assemelhando-se às unidades de entonação do discurso oral. Segundo Chafe, UA geralmente correspondem ao número de palavras entre marcas de pontuação, uma vez que costumamos pontuar de forma análoga à divisão de unidades de entonação que usamos ao nos comunicarmos oralmente. Na sentença “por enquanto, estou satisfeita”, por exemplo, “por enquanto” e “estou satisfeita” correspondem a duas unidades de atenção.
Nominalizações são unidades complexas que, no caso do inglês e do português, resultam da agregação de sufixos a verbos. Langacker (1987, apud Saliés, 1997) verifica que as nominalizações são membros marginais do esquema “substantivo” e que, prototipicamente, ocupam a posição de um sintagma nominal (SN).
Desdobramentos à esquerda correspondem à seqüências de dois ou mais sintagmas preposicionais (SP) justapostos. Sintagmas preposicionais são constituídos por uma preposição seguida de um substantivo (que também pode ser uma nominalização). Segundo Saliés (1997), o português, uma língua em que as estruturas autônomas aparecem geralmente em posição inicial, favorece o uso de pós-modificadores. Como exemplo de um sintagma preposicional, temos “a recordação do casamento”.
Na primeira fase da pesquisa, levantamos o corpus de acordo com os passos metodológicos utilizados por Saliés (1997). Jornais de abrangência nacional (como O Globo e o The New York Times) somente permitiam o uso de editoriais mediante pagamento. Por essa razão, optamos por analisar jornais que, embora não fossem de abrangência nacional, tivessem influência sobre a classe média-alta das regiões em que circulam. Na segunda etapa, realizamos a análise quantitativa dos cinco atributos sintáticos, através da contagem manual da freqüência com que foram utilizados no banco de dados. Normatizamos os resultados para 1000 palavras, possibilitando a comparação com os resultados de Saliés e eventual comparação com outros estudos.
A tabela 1 resume o perfil do corpus.
A Tabela 2 apresenta os editoriais selecionados, as fontes institucionais, a data em que foram publicados e o número de palavras que contêm. Para compor o corpus, selecionamos editoriais que apresentassem entre 300 e 470 palavras. Os jornais selecionados foram A Notícia, O Correio do Povo, A Gazeta de Alagoas,O Diário de Cuiabá, The Independent, The Seattle Times, The Seattle Post Intelligence, The New Haven Register, The Athens Banner-Herald e
The Patriot Ledger.Tabela 1 - O Banco de Dados
TEXTOS n = 46 | |
CARACTERÍSTICAS EM COMUM | |
GÊNERO | Editorial |
ENTIDADES DO DISCURSO | Eleições, candidatos, partidos, agendas políticas, campanhas, plataformas. |
TÓPICO | As eleições presidenciais |
PÚBLICO LEITOR | Público de classe média-alta |
OBJETIVO | Persuadir o público leitor a respeito de uma determinada posição sobre as eleições presidenciais |
CONDIÇÕES DE PESQUISA | TEXTOS | NÚMERO DE PALAVRAS | INTERVALO DE PALAVRAS |
PORTUGUÊS | 23 | 9453 | 300-468 |
INGLÊS | 23 | 8689 | 306-467 |
Tabela 2 - editoriais analisados
O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | O Diário de Cuiabá | A Notícia | A Notícia | A Gazeta de Alagoas | O Diário de Cuiabá | A Notícia | A Notícia | O Diário de Cuiabá | O Correio do Povo | A Gazeta de Alagoas | O Correio do Povo | O Correio do Povo | O Correio do Povo | A Gazeta de Alagoas | O Correio do Povo | Fonte institucional | PORTUGUÊS |
10/10/02 | 09/09/02 | 05/10/02 | 11/10/02 | 27/09/02 | 04/10/02 | 29/09/02 | 08/10/02 | 01/10/02 | 22/09/02 | 10/09/02 | 28/10/02 | 12/10/02 | 05/09/02 | 17/09/02 | 16/10/02 | 27/10/02 | 27/10/02 | 12/10/02 | 26/10/02 | 13/10/02 | 06/10/02 | 15/10/02 | Data | |
468 | 467 | 467 | 459 | 456 | 453 | 452 | 446 | 438 | 438 | 416 | 414 | 414 | 408 | 402 | 302 | 387 | 369 | 362 | 356 | 348 | 305 | 300 | Palavras | |
The New Haven Register | The Athens Banner-Herald | The Seattle Times | The Seattle Post Intelligencer | The Athens Banner-Herald | The Independent | The New Haven Register | The Seattle Post Intelligencer | The Patriot Ledger | The Independent | The Independent | The Patriot Ledger | The Independent | The Athens Banner-Herald | The Independent | The Independent | The Seattle Times | The Seattle Post Intelligencer | The Independent | The Seattle Post Intelligencer | The Independent | The Independent | The Independent | Fonte institucional | INGLÊS |
09/11/00 | 14/11/00 | 09/11/00 | 09/11/00 | 12/11/00 | 30/11/00 | 26/11/00 | 24/09/00 | 17/11/00 | 14/12/00 | 09/11/00 | 10/11/00 | 16/11/00 | 27/10/00 | 02/12/00 | 09/02/00 | 22/09/00 | 07/11/00 | 07/09/00 | 07/10/00 | 09/05/00 | 20/05/00 | 27/01/00 | Data | |
467 | 442 | 441 | 440 | 436 | 423 | 413 | 402 | 395 | 382 | 382 | 376 | 369 | 362 | 360 | 349 | 335 | 327 | 327 | 318 | 312 | 312 | 306 | Palavras |
RESULTADOS
Os resultados da análise dos cinco atributos sintáticos estão dispostos na tabela 3. Nela, encontramos a comparação entre os resultados deste estudo e os de Saliés (1997; 2004) quanto ao valor médio e ao total de ocorrência dos atributos nos bancos de dados. Os resultados envolvendo desdobramentos à direita, nominalizações e orações independentes foram normatizados para 1000 palavras. De um modo geral, verificamos que os editoriais em inglês usaram sentenças menores e unidades de atenção maiores do que os editoriais em português. Também observamos que o português tende a usar um número menor de sentenças e um número maior de unidades de atenção do que o inglês. Verificamos, também, que o banco de dados em inglês, em comparação com o banco de dados em português, apresentou mais desdobramentos à direita e construções independentes e um menor número de nominalizações. Os valores numéricos encontrados neste estudo não parecem destoar dos resultados de Saliés (1997). Se levarmos em consideração apenas os valores numéricos dispostos na tabela abaixo, o TEXTO COMUNICATIVO dos relatórios anuais parece se aplicar ao contexto discursivo dos editoriais jornalísticos. No entanto, será necessário rodar testes de significância estatística para que se possa confirmar a validade estatística deste resultado.
Tabela 3 - os resultados
Construções independentes | nominalizações | Seqüências de 4 ou mais SPs | Seqüências de 3 SPs | Seqüências de 2 ou mais SPs | Tamanho de unidades de atenção | Tamanho de sentenças | RELATÓRIOS | ||
50 | 58 | 0 | 1 | 10. | 9 | 20 | Média | INGLÊS | |
53 | 61 | 1 | 3 | 17 | 611 | 301 | total | ||
36 | 61 | 3 | 8 | 21 | 7 | 24 | media | PORTUGUÊS | |
40 | 65 | 4 | 9 | 35 | 779 | 241 | Total | ||
Construções independentes | nominali zações | Seqüências de 4 ou mais SPs | Seqüências de 3 SPs | Seqüências de 2 ou mais SPs | Tamanho de unidades de atenção | Tamanho de sentenças | EDITORIAIS | ||
55 | 54 | 0 | 3 | 13 | 10 | 19 | media | INGLÊS | |
59 | 56 | 1 | 4 | 17 | 841 | 455 | total | ||
35 | 57 | 4 | 7 | 20 | 9 | 27 | media | PORTUGUÊS | |
38 | 60 | 5 | 8 | 33 | 1067 | 352 | total |
DISCUSSÃO
Nossos resultados confirmam a tendência geral estabelecida por Saliés. No que tange ao tamanho de sentenças e unidades de atenção, verificou-se que em inglês as sentenças são mais curtas e as unidades de atenção, mais longas. Verificou-se também que o português usou um número menor de sentenças e um número maior de unidades de atenção.
Notamos também que ambos os gêneros usam um número consideravelmente maior de construções independentes em inglês do que em português. Também foi possível perceber que, apesar das nominalizações serem usadas com maior freqüência no português, numericamente esta discrepância parece ser irrelevante.
Por fim, quanto a desdobramentos à direita, podemos observar que tais atributos tendem a ser muito mais recorrentes em português do que em inglês.
Um olhar qualitativo no banco de dados indica que a morfologia parece ter papel preponderante para explicar estes resultado, confirmando o proposto por Saliés (1997; 2004). Tal como ela, lançamos mão de estudos em processamento do discurso para entender os eventos supracitados. Hoover (1992), analisando as estratégias de processamento utilizadas por falantes nativos do inglês e do espanhol e remetendo a estudos anteriores, conclui que no inglês, a ordem SVO rígida e um índice de flexão baixo, faz com que os papéis temáticos em uma sentença sejam determinados pela ordem na qual as palavras são dispostas. Por esta razão, os falantes nativos do inglês são obrigados a adotar uma estratégia de processamento tardia. Em contrapartida, teoriza que o espanhol permite o uso de uma estratégia local de processamento, visto que verbos, clíticos e o sistema preposicional carregam consigo informações sobre as relações gramaticais entre os sintagmas nominais. Nesta língua, as estratégias locais de processamento permitem a codificação online de informações, as quais estão dispostas em unidades de atenção como blocos de informações que se reúnem e em torno de uma única idéia (Chafe, 1994). Logo, é possível que estas estratégias favoreçam um uso maior de unidades de atenção, uma vez que os leitores não precisarão esperar até o final da sentença para processar as relações que as unidades mantêm umas com as outras. Também é importante mencionar estudos contrastivos (Chafe, 1994) que argumentam que línguas que apresentam uma quantidade maior de informações em cada palavra tendem a apresentar unidades de entonação (neste estudo chamadas de unidades de atenção - UA) mais curtas do que as unidades de entonação usadas em línguas com menos flexionadas. Esta pode ser uma explicação para o fato de as unidades de atenção utilizadas nos relatórios e nos editoriais escritos em português serem, de modo geral, menores do que as usadas nos textos em inglês.
Outra contribuição para explicar nossos resultados é a de Hunt e Agnoli (1991), que, buscando investigar contrastivamente a relação entre a quantidade de informação contida em recursos lingüísticos e as estratégias de processamento utilizadas pelos leitores, observaram que, em línguas altamente dependentes da ordem de palavras como o inglês, orações intricadas e desdobramentos à direita tendem a causar ambigüidade, e, portanto, demandam um grande custo de processamento. Já em línguas altamente flexionadas como o português, a estratégia local (online) de processamento parece possibilitar o uso destes atributos, já que estabelecem equilíbrio voltado para a otimização da relevância. Portanto, este estudo reforça as tendências assinaladas por Saliés (1997; 2004) para o gênero relatórios institucionais, restando-nos ressaltar que testes de significância estatística ainda deverão ser realizados para se atestar a validade destes resultados.
CONCLUSÃO
A presente pesquisa observou que, seguindo a proposta de Saliés (1997), tamanho de sentença e de unidade de atenção, nominalizações, desdobramentos à direita e construções independentes são atributos sintáticos que se compensam para equilibrar o custo de processamento, obedecendo aos princípios introduzidos pela Teoria da Relevância. O uso destes atributos tanto no gênero editorial quanto no gênero relatório parecem estar diretamente ligados às características tipológicas de cada língua e à busca por relevância.
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