Claudia Marcia Monteiro da Silva (UERJ)
Victoria Wilson da Costa Coelho (UERJ)

O presente trabalho se propõe a analisar os advérbios modalizadores em -mente do português escrito, levando em conta a sua ordenação, polissemia e extensão metafórica. Essa análise pancrônica é norteada pelos princípios funcionalistas, dentre os quais o da unidirecionalidade, conforme Hopper e Traugott (1995).

Pesquisas demonstram que os advérbios assumem valores abstratos por transferência metafórica, devido a fatores de ordem cognitiva, pragmático-discursiva, nos quais se observam usos sobrepostos em camadas, que, segundo Hopper (1995), as mais antigas convivem com as mais novas, nas quais se verificam usos conviventes.

Essa convivência de valores do advérbio modalizador em -mente que resulta na sua polissemia, está nos documentos do português arcaico e do contemporâneo. Procuramos assim, razões para a sua ordenação e também verificamos o que houve de mudança e estabilidade em relação a tais constituintes, cujas sincronia e diacronia estão aliadas numa visão pancrônica.

Para exemplificação, o painel constará de tabelas com o resultado no discurso da pesquisa.