A EXPRESSÃO VARIÁVEL DA TERCEIRA PESSOA
NA FALA E NA ESCRITA
Vera Lúcia Paredes Silva (UFRJ/CNPq)
Este trabalho apresenta resultados de um estudo variacionista da referência à terceira pessoa, ou seja, sua expressão através de SN, pronome ou anáfora zero, comparando a distribuição dessas variantes na fala informal e na escrita (formal e semi-formal). É discutida, especialmente, a atuação do princípio de continuidade tópica na escolha entre as formas.
É comum atribuir-se uma ordem de precedência nome-pronome-zero, como se a ocorrência no discurso das variantes em questão sempre seguisse tal ordem. Contudo, tanto na língua falada como na escrita, fatores de natureza semântico-discursiva (ambigüidade potencial, traço animado do referente, distância , entre outros) afetam a continuidade/descontinuidade de um referente/tópico no discurso e interferem na escolha da forma de expressão, que muitas vezes contraria a seqüência esperada.
Neste trabalho confrontam-se resultados de análises da fala carioca, da escrita informal (cartas pessoais) e da escrita semi-formal (textos da mídia impressa), apontando-se semelhanças e diferenças.
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