A INTERTEXTUALIDADE E O NEOLOGISMO NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM UM NOVO CONTEXTO POLÍTICO-SOCIAL
Maria de Fátima Fernandes Bispo
Este trabalho teve como objetivo investigar a recorrência de dois fenômenos no discurso da mídia impressa, dentro de um novo contexto político brasileiro: a intertextualidade e o neologismo no período pré e pós-eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.
Acreditamos que o inédito fato de se eleger um ex-líder metalúrgico de pouca escolaridade para governar o país motivou uma linguagem criativa e uma produtividade lexical no idioma, já que a língua, para acompanhar a evolução da sociedade, também evolui.
O corpus foi constituído de recentes recortes selecionados de jornais e revistas, recolhidos ao longo de um ano - período em que constatamos um comportamento muito criativo na linguagem desses meios de comunicação.
Em nossa análise, partimos do pressuposto de que tanto o neologismo quanto o intertexto exigem do leitor um conhecimento prévio para que ocorra a verdadeira fruição de suas mensagens, por isso adotamos também, como suportes teóricos, a análise de discurso.
Com este estudo, concluímos que, na elaboração desses dois fenômenos estudados, reside a intenção do enunciador, que, conscientemente, deseja provocar um efeito perante o destinatário, com base em operações que constituem eficientes mecanismos discursivos para a construção / apreensão da realidade.
Além de uma prazerosa e crítica viagem através das possibilidades discursivas, dentro de um contexto histórico tão novo no Brasil, tal estudo apontou-nos estratégias mais atraentes de se estudar a língua portuguesa na sala de aula.
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