A MIMESE NO SERMÃO DA MONTANHA
Sabrina Rosa de Souza Dornelas (UNINCOR)
O presente trabalho não tem características teológicas, não discutirei a autenticidade da Bíblia enquanto palavra de Deus, e sim pretendo demonstrar o valor estético e literário. A linguagem da Bíblia enquanto obra de arte literária.
É de Aristóteles, filosofo grego, que vem o conceito de mimese, isto é, imitação da realidade, base do desenvolvimento do trabalho, que tem como tema: A mimese no Sermão da Montanha. Na versão de João Ferreira de Almeida , contextualizarei através de um breve histórico o Evangelho Segundo Mateus.
A mimese no Sermão da Montanha acontece através das ilustrações, das figuras de linguagem, figuras de estilo que Mateus sabiamente reproduz o discurso de Jesus criando estas figuras para dar verossimilhança ao texto. Cabe questionar por quê a questão das parábolas, ou ilustrações ou figuras são tão marcantes no discurso de Mateus e não de Jesus, uma vez que essas parábolas ou ilustrações ou figuras não são tão marcantes nos outros três evangelhos. “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas” (Mateus 7:28,29 BÍBLIA SAGRADA).
Mimese se explica como uma tendência humana natural tanto de produzir quanto contemplar. O prazer que ela produz envolve uma aprendizagem e um reconhecimento. Por tratar-se de algo não real, o contemplador aprende com a situação mimetizada, que ele apenas assistiu e não viveu. Para que haja um reconhecimento a arte necessita da verossimilhança, um elemento que o observador possa relacionar sua própria vida.
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