A NECESSIDADE DE FAZER TRANSCRIÇÃO FONÉTICA
NO ESTUDO DA VARIANTE POPULAR DO LATIM
Nestor Dockhorn (FERP)
Toda linguagem verbal é constituída por uma série de elementos internalizados, que de forma necessária, se manifestam externamente. Essa manifestação aparece sob a forma de sons que, normalmente, se agrupam de várias maneiras.
O pesquisador de qualquer linguagem verbal, ao tentar estudá-la, sentirá necessidade de transpô-la para símbolos que, historicamente, aparecem de maneiras variadas. As tentativas mais eficientes são aquelas em que esses símbolos tomaram forma de letras de determinados alfabetos.
Assim também os próprios falantes da língua latina sentiram a importância de utilizar determinado alfabeto para representar os sons empregados em sua fala.
Os atuais pesquisadores da língua latina continuam a utilizar os símbolos gráficos empregados pelos antigos romanos (embora, às vezes, com alterações e acréscimos). Entretanto, esses mesmos pesquisadores, quando pretendem trabalhar com maior exatidão, percebem que esses símbolos gráficos são insuficientes para representar certos traços fonéticos importantes. Especialmente, quando há necessidade de simbolizar processos fonético-fonológicos que ocorreram no aparecimento da variante popular do latim, faz-se mister utilizar símbolos mais adequados. Essa é a razão por que se recomenda a utilização de um alfabeto fonético internacional, especialmente o do IPA (sigla da expressão em inglês) como necessário para um estudo mais exato e minucioso.
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