Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP)

Nesta mesa, o eixo das discussões temáticas assenta-se na palavra, considerada não apenas como ocorrência lexical, mas como um interpretante étnico-lingüístico.As conceituações de identidade e diferenças culturais, antes de serem vistas como contrariedades recíprocas, permitem seu entendimento como formas identitárias de um pensamento coletivo, isto é, o ser étnico.A construção pela linguagem de determinados hábitos e condutas, privilegiados dentre a variedade dos campos fenomenológicos perceptíveis, mostra estruturas axiológicas profundas, que se interligam na materialização de um ethos comunitário.O desenho prático dessas concepções será corporificado, aqui, pelas particularidades do sistema onomástico, nos seus topônimos e antropônimos, vistos contrastivamente. Consideraremos, assim, a situação peculiar do Brasil, na variação dos grupos formadores e nos traços ideológicos presentes na “lógica interna” das palavras.