FORMAÇÃO DE PALAVRAS
NA LINGUAGEM DA PROPAGANDA

Aderlande Pereira Ferraz (UNI-BH/FEMM)

Dos gêneros textuais, o texto publicitário de mídia impressa se destaca principalmente pelos recursos expressivos, cujo objetivo maior é conseguir a adesão do receptor às suas propostas. A linguagem da propaganda constitui assim um amplo e oportuno campo para investigação, sob vários aspectos, mas especialmente do ponto de vista lexical. Na língua portuguesa do Brasil, como já ficou demonstrado em Sandmann (1989) e Alves (1990), a produtividade lexical de maior freqüência recai sobre o processo de adição, mais especificamente a afixação e a composição, no que concerne à formação de novas palavras. Este trabalho, que por outras razões poderia ter dimensões maiores, se configura numa pequena amostragem da produtividade lexical da linguagem publicitária, no que concerne à formação de neologismos. O corpus utilizado constitui-se de impressos volantes, como peças publicitárias, distribuídos na região metropolitana de Belo Horizonte, a partir de 2002. Os contextos, nos quais se encontram os neologismos, foram destacados de acordo com a grafia apresentada nos impressos volantes. Esta, em alguns casos, revela diferenças da ortografia oficial. O estatuto de neologismo que se confere aqui às unidades léxicas selecionadas seguiu o critério de registro dicionarizado, que pode não ser completamente eficaz, mas atende às medidas deste trabalho, pelo que foi dito acima. Enfim, não se pretendeu aqui uma pesquisa exaustiva dos neologismos da linguagem da propaganda, mas ressaltar algumas formações neológicas circunscritas ao processo de afixação.

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