O BRETÃO
ÚLTIMO REBENTO CÉLTICO
NO CONTINENTE EUROPEU

João Bittencourt de Oliveira (UERJ)

O bretão (Brezhonek), falado por cerca de 500.000 pessoas na Bretanha (região do oeste da Franca), é - juntamente com o córnico e o galês - uma continuação ininterrupta da antiga língua britônica da Roma Britânica. O bretão compartilha de muitos traços comuns a outras línguas neocélticas, mas é de particular interesse ao lingüista já que é a única língua céltica que evoluiu completamente sem a in­fluência da língua inglesa. É também a única língua céltica ainda falada no Continente Europeu.

Através dos séculos, a soberania do francês, a língua oficial desde os tempos medievais, contribuiu de maneira decisiva para o declínio do domínio do bretão. O declínio do bretão como língua fa­lada é considerado por muitos lingüistas como o mais dramático na Europa ocidental durante o século XX, principalmente no período que se seguiu a Segunda Grande Guerra (1939-45).

Em 1975 foi criado em Bruxelas (Bélgica) o Comitê Internacional de Defesa do Bretão, cujo objetivo é angariar fundos interna­clonais em apoio aos programas de resgate cultural dos bretões e o reconhecimento da língua como meio legítimo de expressão de um povo minoritário.

Pretendemos apresentar, nesta comunicação, alguns dados relevantes sobre a situação atual dessa língua, com especial ênfase ao domínio e a alguns aspectos morfológicos, sintáticos e lexicais.

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