O JOGO DE LINGUAGEM TRADUZIR
Rafael Lanzetti (UFRJ, SENAC-RIO)
Este trabalho tem por objetivo traçar um paralelo entre as teorias de significado de WITTGENSTEIN (1982) e o processo de tradução. Para Wittgenstein, estamos inseridos, em vida, em inúmeros Jogos de Linguagem cujas regras precisam ser seguidas se o jogo precisa ser jogado. Dessa forma, o traduzir é encarado aqui como mais um dos jogos de Wittgenstein, com regras definidas e pré-estabelecidas por fatores que serão devidamente apontados. O “vale-tudo” tradutório não encontra, pois, lugar nessa concepção, uma vez que há limites (ECO, 1992) tanto para a interpretação, quanto para as transferência e composição de um texto traduzido. Sem esses limites, o jogo traduzir seria fadado ao fracasso, já que, se as regras de um jogo são deliberadamente ignoradas, cria-se então um novo jogo.
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