Cláudia Cunha (UFRJ)
André Marinho (UFRJ)
Deisiane Rodrigues (UFRJ)
Manuela Colamarco (UFRJ)
Tiana Andreza (UFRJ)

Este trabalho visa oferecer um painel da evolução dos estudos dialectológicos no Brasil por meio da observação dos Atlas Lingüísticos Brasileiros já publicados - do 1º, O Atlas Prévio dos Falares Baianos (1963), aos mais recentes: o Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul (2002) e o Atlas Lingüístico Sonoro do Pará (2004) - em confronto com as diretrizes para a elaboração do Atlas Lingüístico do Brasil, em andamento desde 1996. Pretendem-se expor as escolhas teóricas e metodológicas presentes em cada um dos atlas, considerando aspectos como: 1) A escolha dos informantes (número de informantes por ponto, critérios de seleção e distribuição dos informantes); 2) Os dados extralingüísticos (dados históricos, sócio-econômicos e dados sobre os informantes); 3) Os questionários (tipos de questionário, número de perguntas em cada questionário, questões comuns entre os atlas); 4) As cartas (características do alfabeto fonético utilizado, tipo de transcrição fonética quanto ao detalhamento, disposição dos itens lexicais, presença e teor das notas); 5) Análise de dados (presença e tipo de análise dos dados apresentados). Os dados oferecidos por este painel, além de evidenciar os avanços da geolingüística no Brasil, servirão de base para a elaboração de um Atlas Lingüístico do Rio de Janeiro.