TEORIA DO SIGNO: A SEMIÓTICA NO CINEMA
Glásia Freire Corrêa Souto (UNINCOR)
Marcelino Rodrigues da Silva (UNINCOR)
Tratar dos regimes enunciativos nos discursos midiáticos ¾ como é o caso do cinema, da televisão e do vídeo ¾ é, em outros termos, tratar do que se pode denominar de “mascaramento” ou de “desmascaramento” dos mecanismos e/ou da situação de mediação. A segunda, ao regime do discurso de Benveniste. Nos textos narrativos do cinema e da TV, o “desmascaramento” dos mecanismos de mediação é, a um só tempo, causa e conseqüência da existência de “marcas” do sujeito da enunciação no enunciado-discurso. O “mascaramento” dos mecanismos de mediação é, ao contrário, causa e conseqüência da inexistência de “marcas” (ocultamento) do sujeito da enunciação. Pois, o controle da resposta dos espectadores é o um resultado direto do controle do fluir da ação - da linearização da narrativa e da hierarquização dos planos, principalmente. O cinema clássico e a televisão broadcasting, ao contrário do vídeo e do cinema experimental, permanecem ainda hoje aliados aos “códigos” do modelo de representação perspectivista (principalmente a “inscrição” do sujeito na representação). No modelo de representação clássico do cinema e da TV, as estratégias de “mascaramento” ou “desmascaramento” do sujeito da enunciação implicam, conseqüentemente, no reconhecimento ou não do efeito de mediação (no sentido etimológico do termo).
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