A
dimensão
afetiva
em
redações
escolares
letramento e
identidade
Victoria Wilson (UERJ)
Estudos
sobre a
função
expressiva
ou
afetiva da
língua há
muito têm ultrapassado as
fronteiras do
domínio ficcional e
literário e vêm se desenvolvendo na
esfera do
domínio institucional,
por
exemplo,
em
análises do
discurso
empresarial e
escolar, no
campo da Sociolingüística Interacional e
Lingüística Aplicada.
Antropólogos, sociólogos,
lingüistas e
psicólogos
sociais compreendem o
afeto
em
sua
dimensão
social e cultural. O
afeto, da
mesma
forma
que é produzido
pela
cultura,
fruto das
relações
interpessoais,
também é
capaz de criá-la e transformá-la.
Besnier
(1990), ao
estudar as
emoções
em
seus
contextos
locais, chegou a uma classificação de
diferentes
culturas
conforme o
tipo de
afeto encontrado: (a)
culturas
ou
contextos de hipoconhecimento
afetivo:
são aquelas
cuja
expressão de
afeto
não é
aceitável
ou
aprovada; (b)
culturas de hiperconhecimento
afetivo
cuja
manifestação
afetiva é valorizada e
aceitável; e (c)
culturas de
afeto
seletivo nas
quais
somente
alguns
tipos de
emoção
são
aceitáveis
ou desejáveis.
As
emoções,
pois, contêm uma
representação
interna das
regras
sociais, uma “ordem
local”,
segundo Bodor (1999).
São
sistemáticas e organizadas
por
regras,
além de
dependentes dos
contextos
em
que estão inseridas. Neste
sentido, se a
emoção
não está descolada da
cultura,
não pode
ser analisada
como pertencente
apenas ao
domínio
privado, dissociada do
domínio
público. Da
mesma
forma
que o
enunciado
ou o
sentido de
texto é tomado
por Bakhtin
como
unidade
real da
comunicação discursiva, o
discurso
afetivo transita
nos
dois
domínios:
tanto no
público
quanto no
privado, uma
vez
que a
manifestação
afetiva ultrapassa as
fronteiras das
relações domésticas e
familiares e mergulha no
mundo das
relações
sociais (cf.
Cerbino, 2000).
Neste
trabalho,
tomo o
sentido da
emoção
em
seu
ponto de
vista
funcional,
isto é,
como
ação instrumental, avaliação das
situações e
respostas organizadas a essas avaliações:
mais do
que
veículo
expressivo, considero o
afeto
como
ato
pragmático e de
realização
comunicativa,
conforme as
orientações de Abu-Lughod e Lutz (1990), Bodor
(1999), Besnier (1990), Ochs e Schieffelin (1989), Burkit (1989),
entre
outros.
De
acordo
com esta
perspectiva,
passo a
observar
como as
emoções no
discurso
escolar
são “postas”
pelos
alunos e
como podem
ser classificadas
em
função do
afeto
que expressam, tendo
em
vista as
questões de
identidade e letramento.
A
qualidade do
afeto (implícito
ou
expresso) está intimamente relacionada à
estruturação do
processo identitário
que se configura à
medida
que os
alunos
vão sendo
expostos – seja na
escola, seja
em
outros
domínios –, a
diferentes e variados
contextos
lingüísticos e a
diferentes
práticas discursivas.
É
papel da
escola,
pois,
como
principal agenciadora do letramento (cf.
Kleiman, 1995),
ampliar a
concepção de letramento de
mera
aquisição de
competência
lingüística
para uma
concepção
social. Na
perspectiva cultural e ideológica,
portanto,
funcional, a
escola
passa a
ter
um
relevante
papel, “especialmente
para as
classes
populares
para a
constituição dos
sujeitos
letrados, no
sentido da participação
crítica nas
práticas
sociais
que envolvem a
escrita” (Goulart,
2004: 5).
Diferentes
níveis de letramento engendram
práticas discursivas diferenciadas,
conseqüentemente, diferenciados
processos de subjetivação e
identidade. O
discurso
afetivo,
entendido
como
competência
pragmática (realização
comunicativa), torna-se
um
aliado nesta
tarefa e neste
compromisso da
escola
com o letramento e a
formação de
sujeitos.
O
corpus deste
trabalho,
composto
por
textos produzidos
por
alunos, é
resultado de
pesquisa
realizada no
decorrer do
ano
letivo de 2003,
em duas
turmas de
primeiro
ano do
ensino
médio
em
colégio da
rede
pública estadual de
ensino. Foi realizada,
inicialmente, uma
pesquisa etnográfica,
seguida de
observação
em
sala de
aula das
atividades de
leitura e
redação desenvolvidas
em
função do
Projeto
Pedagógico do
colégio
que prevê
aulas
além do
currículo
mínimo.
Para
este
trabalho foram examinadas 23
redações de
apenas uma das
turmas. De
acordo
com as
observações do
aluno
pesquisador, a
produção
escrita, nas duas
turmas
em
que a
pesquisa foi conduzida, é
sempre a
última
etapa do
trabalho e vem precedida da
leitura e
debate de
textos
selecionados
pelos
professores
em
torno do
tema da
proposta de
redação.
Em
geral, os
textos variam
quanto ao
gênero,
embora os
aspectos estruturais e
funcionais
relativos ao
mesmo
não sejam explorados nas
aulas. A
leitura e o
posterior
debate dos
textos têm
como
finalidade
estimular e
motivar o
aluno
para a
produção da
escrita,
que
muitos relutam
em
fazer,
segundo as
observações etnográficas.
A
produção
textual
em
questão diz
respeito a uma
atividade
que se subdivide
em duas
propostas, ambas voltadas,
direta
ou
indiretamente,
para as
expectativas dos
alunos
em
relação ao
futuro. Na
primeira
proposta, intitulada
Palavras,
palavras,
apenas
palavras.
Mas algumas delas podem
transformar o
mundo, o
aluno é solicitado a
escolher de 8 a 10
termos,
destacados num
quadro e agrupados
livremente:
trabalho,
justiça,
liberdade,
saúde,
educação,
democracia,
solidariedade,
felicidade,
igualdade,
fraternidade,
fé,
poesia,
arte,
gente, participação,
honestidade,
autenticidade,
talento,
paz,
amor,
vida,
povo,
competência,
esperança,
sensibilidade,
luta,
união,
livro,
verdade. A
segunda
proposta, O
que
você
espera do
novo
milênio, vem acompanhada de uma
ilustração
em
que o
aluno é solicitado a
redigir
um
texto:
sobre
um
globo
terrestre,
com
desenhos
em
forma de
mosaico, assemelhando-se à
calçada de
rua,
um
menino de
pé
sustenta,
além de
signos
verbais,
signos
visuais
como
um
automóvel e
um
cifrão.
Devido à
semelhança
temática das duas
propostas, os
alunos acabaram associando ambas na
produção de
seus
textos, utilizando as
palavras sugeridas no
quadro da
proposta (1)
para
falar
sobre o
novo
milênio
ou as
expectativas
para o
futuro,
tema da
proposta (2).
Os
jovens
redatores desse
grupo de
redações incluem-se
entre
aqueles
cujos
saberes e
dizeres
são de
antemão discriminados e,
quando
em
contato
com o
saber/dizer
legítimo, acabam se apropriando de “visões
de
mundo de uma
certa
forma estrangeiras ao
seu
universo
social de
origem ...” (Goulart,
2004: 10).
Essa
apropriação se dá de
forma
desigual e diferenciada, tratando-se de
grupos
sociais
distintos: de
forma ‘indireta’
para
aqueles
alunos
que
são transportados de
um a
outro
universo
com
realidades culturais e ideológicas distintas
que
eles precisam
adquirir e
valorizar.
Portanto, as
redações
escolares
só podem
ser examinadas, considerando-se as
condições
em
que
são produzidas.
O
modo
como as
pessoas se expressam revela o
modo
como
elas se apropriam do
conhecimento (afetivo
e cognitivo) e se relacionam
com o
mundo e
com o
outro;
retrata
também as
formas
com as
quais os
sujeitos
vão se constituindo
em
suas múltiplas
formas de
representação.
Todo
texto,
então, é polifônico
por
natureza, e
em
sua dialogia depreende-se uma multiplicidade de
universos intercambiáveis.
Apesar de as
redações terem sido produzidas
após a
leitura de
outros
textos motivadores, estas
escritas revelam a
história de
leituras destes
alunos ao
longo de
suas
vidas.
Então,
não é de
surpreender encontrarmos na
maioria dos
textos a
reprodução “normativa” e
pouco
criativa de
valores e
situações
que, no
cruzamento
ou entrecruzamento de
linguagens e
discursos,
entre
oralidade e
escrita, revelam
um
grau
incipiente de letramento, no
que diz
respeito ao
aspecto cultural e ideológico
já referido, considerando-se,
inclusive, a
série
escolar
em
que foram produzidos,
além de reforçarem
aquele
modo de
apropriação “estrangeiro”
da
linguagem e do
conhecimento.
A
prática discursiva das
redações é
compatível
com a
prática
social de
seus
autores
para
quem o
livro
didático constituiu basicamente a
fonte
principal de
leitura, ao
contrário de
alunos
oriundos de outras
classes,
cujo
contato
com o
mundo da
leitura e da
escrita é
mais diversificado,
mas deveria
ser
também considerada
incompatível
com os
propósitos da
prática
escolar, se
não levássemos
em
conta os
fatores
antes mencionados: o
tipo de
saber
que a
escola
trabalha e legitima,
apesar de
avanços e
esforços isolados.
Mas de
que falam os
textos? E
como falam? Os
temas das
atividades referem-se às possibilidades de
transformação do
mundo e às
expectativas
acerca do
novo
milênio. Sugerem,
por
conseguinte, uma
abordagem
temática
recorrente
em
torno de
valores
socialmente
positivos
como os apresentados na
proposta (1)
que
são retomados
ou absorvidos e
agregados na
proposta (2)
em
que a
esperança torna-se o
sentimento
comum
em todas as
redações.
Dividimos as
redações
em
dois
grupos de
acordo
com o
tipo de
afeto encontrado.
Conforme classificação de Cerbino (2000),
em
cartas de reclamação, há
três
tipos de
afeto: do
tipo
neutro (na
verdade pseudoneutro); ambivalência
afetiva (expressão
ambígua de
afeto:
sentimentos
positivos associam-se aos
negativos
com o
intuito de amenizá-los);
hostilidade
afetiva (manifestação
aberta de
sentimentos
negativos).
No
primeiro
grupo de
redações, predomina a
recorrência
temática e a
presença de lugares-comuns
conforme ilustram os
excertos
destacados
abaixo:
a)
Presença de
provérbios e frases-feitas:
·
“Quem
com
porco,
farelo come.”
·
“A
união faz a
força.”
·
“A
esperança é a
última
que morre.”
b)
Presença de
chavões:
·
“O
que
todos possam
ter
sua
liberdade
seu
fé, e
que o
povo tenham
sensibilidade,
competência
para
fazer de
um
mundo,
um
mundo
melhor.”
·
“Eu
espero
que no
mundo haja
mais
paz,
união,
trabalho, e
que
todos tenham
oportunidade de
lutar
pelos
seus
objetivos.”
·
“(...)
enfim espero
que uns amem os
outros e
que
todos sejam
felizes.”
·
“Nós
temos a
esperança
que o
novo
milênio famos
fazer
para
mudar e vamos
refletir o
direito de
igualdade,
justiça e
paz
para podermos
ter uma
vida
melhor (...)”
·
“(...) vivendo
com
muita
fé num
futuro
melhor.”
·
“Vamos
unir as nossas
forças e vamos
toca o Brasil
para
frente. Vamos
lá Brasil. Vamos
acordar
enquanto a
tempo.
Justiça
já.”
·
“Espero
que no
futuro haja
mais
pais e
união. (...) E
que tenha
igualdade
para
todos
que
ninguém é
melhor
que
ninguém e
que
toda familha merece
ser
feliz.”
·
“Só o
amor
entre as
pessoas
para
tentar
amenizar
tudo
isso.”
c)
Repetições de
expressões ao
longo do
texto, do
tipo: “espero
que”; “tem
que” e outras do
gênero.
Embora apropriadas ao
tipo de
demanda – os
textos falam da
esperança, discorrem
sobre o
futuro e
novas possibilidades –,
não há
presença de
outros
recursos
lingüísticos
que
também possam
marcar a
relação
espaço/tempo de
modo diferenciado.
Por
estes
excertos, depreende-se uma
leitura de
mundo
pasteurizada e
padronizada.
Em
termos do
tipo de
afeto
expresso, pode-se
dizer o
mesmo,
ou seja,
afeto do
tipo não-marcado,
com
tendência à neutralidade.
Para
este
tipo de
manifestação
afetiva, a classificação
como pesudoneutralidade é a
melhor,
porque
não existe
discurso
neutro e a
aparente neutralidade, nesse
caso, gera
modos discursivos
convencionais, apoiados
em
códigos pré-estabelecidos e
imediatos, reproduzindo o
tipo de
discurso a
que Orlandi (1989) denomina de parafrástico.
Amparados
pela imediatez e convencionalidade discursiva, os
alunos
não adquirem a
condição de
autores,
pois se fixam na
posição de
meros
repetidores
em
consonância, muitas
vezes,
com o
que se
espera deles.
Não se envolvem
com o
que dizem e tratam o
tema de
forma a
evitar
sentimentos de
natureza
negativa,
que apontem
para uma
situação de
graves
injustiças
sociais,
por
exemplo.
Qual, repito, o
conhecimento
afetivo e cognitivo desejável e
possível na
escola?
Que
tipo de
competência
afetiva é trabalhada
em
sala de
aula?
Qual o
papel da
escola no
sentido de
levar o
aluno à
produção de
textos
mais ‘autorais’ e
criativos e
menos
subservientes a
um
discurso
padronizado – seja
pela
força da
mídia, seja
pela
própria
natureza (parafrástica) do
discurso
pedagógico?
No
segundo
grupo de
redações, ao
contrário do
primeiro, os
textos ultrapassam os
valores consagrados, oferecendo uma
visão de
mundo
mais comprometida
com os
valores e as
experiências
pessoais,
além de explicitarem de
forma
mais
consciente o
sentimento de
estar no
mundo:
·
“Todo
mundo
quer
um
mundo
melhor
tudo é
feito de
promessas
mais
nada é cumprido.”
·
“Eu
só quero a
verdade
nada
mais /
ainda tem
gente morrendo
por
falta de
hospitais.”
·
“Espero
que
nossa
gente
não fique
só na
esperança olhando
pela
janela.
Que façamos dela
um
espelho
fazer
acontecer e
não
esperar
por
ela.”
·
“O
povo,
até
mesmo
pela
sua
falta de
informação, acaba votando
em
um
político
que
asfalta a
rua,
mas
não
melhora a
educação e a
saúde
que
são a
base de
um
futuro, o
que é
praticamente
um ‘voto
de
cabresto’”.
·
“(...)
que a
verdade seja
dita
acima de
tudo, e
que a
idéia do
negro
ser o
principal
suspeito possa
mudar.”
·
“Para
entrar no
mercado de
trabalho
não é
fácil,
pois a
cada
dia se
torna
mais
difícil. Temos
que
nos
qualificar de
forma
extrema
para
tentar
competir
com
pessoas
que têm uma
bagagem
muito
maior
que a
nossa. (...)
Com
esse
mundo
desigual é
difícil
ter
muita
perspectiva
para o
futuro
pois a
cada
dia as
coisas se tornam
mais difíceis.
Como
sempre aconteceu o
pobre, nasce
pobre e morre
pobre.
Neste
grupo, pode-se
confirmar a
manifestação
explícita de
afeto
devido ao envolvimento
maior do
aluno
com
seu
texto, levando-o à
produção de
formas distintas de
dizer o
mesmo, o
que revela
um
maior
domínio da
competência pragmático-discursiva. Os
excertos
já revelam de
modo
embrionário o assenhoreamento do
aluno
com a
palavra e
já demonstram,
mesmo
que
incipientemente, a
presença de uma
identidade
em
formação.
Apesar da
constatação do
status quo
nos
textos, os
alunos destas
redações
são
mais assertivos discursivamente. Há uma
mudança na
força ilocucional
que reflete uma
mudança de
atitude: a
expressão de
sentimentos de
insatisfação e
frustração
diante do
descaso
político; a reprovação da
conduta de
políticos
que prometem e
nada fazem; o
reconhecimento dos
preconceitos
social e
racial e das
dificuldades daí advindas; a
não
omissão
diante da
realidade,
conseqüentemente, a avaliação
negativa das
situações
que
são vividas e experimentadas no
cotidiano de
cada
um destes
alunos.
Enfim,
apesar de
problemas
relativos ao
emprego da
variedade
padrão da
língua,
alunos pertencentes ao
segundo
grupo de
redações apresentam
um
grau de letramento
maior do
que
aqueles pertencentes ao
primeiro
grupo, uma
vez
que conseguiram
ultrapassar as
fronteiras de
um
código
convencional e pré-estabelecido
para apresentarem de
forma
mais
explícita
seu
ponto de
vista, podendo
assim se
aproximar da
condição de
autores.
O
levantamento das
categorias afetivas pôde
revelar a
existência de
certas regularidades discursivas
quanto ao
modo de
apresentar
opinião,
expressar
atitudes e
pontos de
vista, seja de
forma
padronizada e
convencional, seja de uma
forma
menos
distante e
mais ‘pessoal’,
portanto,
mais comprometida, demonstrando
como o
discurso parafrástico pode
ser rompido na
busca
pelo
discurso polissêmico.
Acrescente-se
a
esses
fatores o
fato de
quanto
maior for o
investimento da
escola no
sentido
social e ideológico do letramento,
mais
próximo o
aluno estará da
aquisição e
domínio da
competência
pragmática e
afetiva
tão
importantes na
formação continuada de
sua
identidade.
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de
Iniciação
à
Docência
Leitura
e
produção
textual
na
formação
sócio-cognitiva de
alunos
de
ensino
médio
(Profa.
orientadora: Victoria Wilson; aluno-pesquisador: Carlos Eduardo
Soares
da
Cruz)