A Relevância da Pragmática
em Processos de Tradução
Tatiany Pertel (UFES)
Introdução
Em qualquer que seja a área de estudos em que se deseja investigar processos de tradução, seja em Lingüística, Lingüística Textual, Análise do Discurso, Análise Contrastiva, Pragmática, etc, deve-se ter em mente que o trabalho do tradutor não poderia ser considerado somente em termos de criação de enunciados correspondentemente atrelados ao texto fonte, mas sim que a criação destes enunciados tivesse necessariamente uma significância cultural. Assim, de acordo com Toury (1995), o tradutor possui um papel social, que o põe na posição de “realizar uma função designada por uma comunidade – à atividade, praticantes e seus produtos – de forma que seja considerada apropriada em seus próprios termos de referência.”
Guias Turísticos parecem constituir um tipo de gênero textual que exige do tradutor, além do domínio dos idiomas em questão, um conhecimento aprofundado dos códigos culturais respectivos, visto que grande parte dos problemas que surgem durante o processo de tradução deriva das diferenças existentes entre sistemas lingüísticos que veiculam formas peculiares de organizar e exprimir o mundo. Além disso, este tipo de gênero textual demonstra exigir ainda mais do tradutor, pois o texto fonte está constituído sob uma tradição literária e cultural que lhe pré estruturou, contendo não só marcas de uma localização geográfica, de um período histórico, de um ambiente social previamente conhecido pelo leitor do texto fonte, mas também uma gama de efeitos contextuais criados pelo autor em busca de uma maior relevância para leitores/turistas conhecedores e utilitários do idioma local.
Uma teoria compatível com este tipo de gênero textual poderia ser a Teoria da Relevância de Sperber e Wilson (1995). Na obra intitulada Relevance: Communication & Cognition, os autores investigam a comunicação e a cognição humana, pois os guias e panfletos turísticos podem ser vistos como um ato de comunicação humana, supondo que o principal propósito deste tipo de texto é comunicar certas idéias e, desta forma, gerar certos sentimentos no leitor/turista, que agucem sua curiosidade e desejo de conhecer e explorar o lugar, o povo, a cultura, a gastronomia, ou qualquer que seja o motivo do texto turístico.
Admitindo tal suposição, poderíamos então aceitar a exegese literária como tarefa fundamentadora da atividade do tradutor como outro ato de comunicação humana, que exige dele a exploração das diversas possibilidades e hipóteses de produção de sentido para que se criem no texto traduzido efeitos contextuais que podem muito bem divergir daqueles criados pelo produtor do texto fonte, buscando atingir a mesma relevância, porém, para leitores/turistas estrangeiros.
A análise de guias e panfletos turísticos revelou uma inter-relação muito harmoniosa entre a Teoria da Relevância de Sperber e Wilson, Estudos da Tradução e Estudos Inter-Culturais. Vários aspectos desta inter-relação foram discutidos com o auxílio de exemplos retirados do corpus analisado. Sugere-se que uma visão sobre este tipo de texto explicativo como um ato de comunicação revele várias características distintas e pode, na verdade, constituir o primeiro passo para o estabelecimento de um gênero textual bastante atraente: o de guias turísticos. Além disso, pode também auxiliar tradutores deste tipo de gênero, identificando o que seria necessário ‘transportar’ para a Língua Traduzida (LT), e que aspectos do Texto Fonte (TF) precisariam ser respeitados durante o processo de tradução.
Utiliza-se de literatura pertinente para um embasamento teórico que possa dar suporte às suposições aqui contidas. Autores como Sperber e Wilson (1995), e Toury (1995) cujos textos encontram-se em língua inglesa, serão por vezes citados e pelo próprio autor deste trabalho traduzidos. Outros autores como Grice (1982), e Bassnett (2003) também contribuem para a base teórica necessária a este estudo.
A Teoria da Relevância
Em Lógica e Conversação (1982) Grice formulou o PRINCÍPIO DE COOPERAÇÃO, desenvolvendo, a partir deste princípio a teoria das máximas conversacionais que governam a comunicação. A idéia fundamental de Grice a respeito da comunicação oral sugere que quando dialogamos geralmente não nos comunicamos através de um continuum desconectado de observações, mas sim através de esforços cooperativos, onde os participantes devem reconhecer algum propósito comum ou um conjunto de propósitos, se não, somente uma direção mutuamente aceita (Grice, 1982: 86)
Sperber e Wilson também reportam a idéia fundamental de Grice a respeito da comunicação:
Uma vez que certo comportamento é identificado como comunicativo, seria sensato supor que o comunicador está tentando alcançar certos padrões gerais. (Sperber e Wilson, 1995:33).
Estes padrões são descritos por Grice como máximas, onde então as classifica em quatro categorias: a máxima da qualidade (veracidade), a máxima da quantidade (informaticidade), a máxima da relevância (seja relevante) e a máxima do modo (seja claro).
Sperber e Wilson desenvolveram, a partir de Grice e da máxima da relevância, sua teoria que leva este mesmo nome. De acordo com este princípio:
Todo ato de comunicação ostensiva comunica uma suposição da sua própria relevância ótima. (Sperber e Wilson, 1995: 158).
Supõe-se, então, que a comunicação informativa não deveria falhar em agir com relevância, pois o que é dito é relevante, de uma forma ou de outra, no contexto conversacional. Baseado nesta suposição de relevância, o ouvinte/leitor é convidado a interpretar, ou seja, trabalhar o significado de dado enunciado, pois o que é expresso pode esconder um significado diferente do que é comunicado. Desta forma, o ouvinte/leitor pode fazer várias suposições (implicaturas) sobre o que poderia ter sido comunicado através do dito, ou permanecer na base de uma proposição que surge do que foi convencionalmente expresso, ou resultante de processos de desambiguação, enriquecimento e busca de referência (explicaturas).
Contexto na Teoria da Relevância
De acordo com Sperber e Wilson contexto é:
... um conjunto de premissas utilizadas ao interpretar um enunciado. Um contexto não está limitado à informação sobre o ambiente físico imediato ou aos enunciados imediatamente precedentes: expectativas sobre o futuro, hipóteses científicas ou crenças religiosas, memórias anedóticas, suposições culturais gerais, crenças sobre o estado mental do falante, tudo isso pode ter um papel na interpretação. (Sperber e Wilson, 1995: 15-16)
Segundo os autores, para que um enunciado seja relevante para sua audiência/leitores, algumas implicações contextuais devem ser levadas em consideração. Eles afirmam que:
Implicações contextuais são efeitos contextuais: eles resultam de uma interação crucial entre informação antiga e nova como premissas numa implicatura sintética. (Sperber e Wilson: 1995: 109)
Uma contextualização da informação antiga com a nova é formada, e a partir de tal contextualização é que se formarão o que Sperber e Wilson chamam de efeitos contextuais.
Sperber e Wilson (1995:125) colocam duas condições para melhorar a definição de relevância, onde a primeira diz:
Condição 1: uma suposição é pertinente num contexto se seus efeitos contextuais neste contexto forem grandes.
Desta forma, quanto mais fortes forem os efeitos contextuais de uma específica interpretação, mais forte e mais relevante será a inferência que ela carrega.
Relevância e o esforço de processamento
A segunda condição para uma melhor definição de relevância proposta por Sperber e Wilson (1995:125), diz respeito a este esforço de processamento:
Condição 2: uma suposição é relevante num contexto se o esforço requerido para processá-lo neste contexto for pequeno.
Assim, podemos afirmar que quanto mais efeitos contextuais e menos esforço de processamento, maior a Relevância, e quanto menos efeitos contextuais e mais esforço de processamento, menor a Relevância.
A Teoria da Relevância e a Tradução
O tradutor, que é também um comunicador, através de seu trabalho deve traduzir a intenção do autor do texto fonte a uma audiência/leitores do texto alvo. Segundo Sperber e Wilson (1995: 58):
... a intenção do comunicador é induzir certos pensamentos específicos numa audiência... a intenção informativa do comunicador é melhor descrita como uma intenção de modificar diretamente não os pensamentos mas o ambiente cognitivo da audiência.
Desta forma, podemos pensar que o tradutor, como comunicador, ao se deparar com textos turísticos, traduziria o que e como pensa ser pertinente para uma audiência/leitores estrangeiros, para melhor adequar o texto fonte a um ambiente cognitivo diferente, suposições contextuais adversas, além de se preocupar com o esforço de processamento que será necessário para interpretar a tradução.
Em princípio, o que a Teoria da relevância tem a ver com a tradução, parece ser o número de implicaturas e explicaturas que o texto fonte pode ter em comum com o texto traduzido. Esta comparação poderá nos ajudar a verificar o grau de equivalência entre texto fonte e texto traduzido. Embora, segundo Nida (apud Bassnett, 2003:55), existem dois tipos de equivalência, a formal e a dinâmica, buscaremos verificar a equivalência dinâmica, que se baseia no princípio do efeito equivalente, onde a relação estabelecida entre a mensagem traduzida e o receptor deve ser a mesma existente entre texto fonte e seus receptores.
Aculturação em processos de tradução:
relevante para um efeito equivalente?
Seria razoável pensar que leitores de uma cultura particular possuem uma visão de mundo diferente, visões que podem diferir de cultura para cultura. No entanto, em textos turísticos o tradutor não deve pensar o leitor estrangeiro como possuidor de uma cultura única, mas sim pensar em leitores de diferentes países que possuem o inglês como língua estrangeira. Uma aculturação, neste caso, poderia ser quase impossível. Porém, existe também a possibilidade de uma total falta de características de aculturação na busca por uma total semelhança com o texto fonte, o que levaria a uma perda de compreensão pelos leitores do texto traduzido, pois isso poderia requerer um grande esforço de processamento para fazer relação a algo que eles não conhecem.
De qualquer forma, da perspectiva da teoria da relevância, qualquer tentativa de ‘aculturação’ em textos turísticos, poderia resultar numa diminuição na busca por fidelidade, o que seria relevante para se obter um efeito equivalente.
Desta forma, o que o tradutor de textos turísticos deveria sempre lembrar é da necessidade de sempre buscar uma relevância ótima, e a aculturação, em termos de conhecimento geral, seria requerida quando, e somente quando, este tipo de recurso puder proporcionar ao leitor estrangeiro efeitos contextuais indispensáveis à sua compreensão.
À procura de pistas lingüísticas
em guias e panfletos turísticos
Em busca de pistas lingüísticas que atestam o que foi proposto acima, escolheu-se para tal, panfletos e livretos turísticos do Estado do Espírito Santo e de sua capital Vitória como base de análises. Lembra-se aqui que as traduções realizadas nestes panfletos e guias não constam de autoria, existindo uma falta de responsabilidade pela assinatura da obra. Além disso, não constam também quaisquer dados referenciais como editora ou ano de publicação. Trata-se de material doado pela secretaria de turismo e cultura da cidade de vitória e governo do estado do Espírito Santo.
Não se pretendem, com essas análises, focalizar desvios lingüísticos de qualquer natureza, ou mesmo obter verificações sistemáticas ou completas, visto que outras interpretações são possíveis a partir da noção da Teoria da Relevância, do conhecimento de mundo e das habilidades cognitivas do leitor. O que se pode aqui tentar atingir através de análises contrastivas, são percursos cognitivos plausíveis entre texto fonte e texto traduzido. Porém, essas análises apresentaram alternativas de estruturas proposicionais que podem não ser necessariamente, as que o leitor efetivamente construiria no processamento dos enunciados.
Ao traduzir um texto turístico, o tradutor deve prestar atenção particularmente especial a elementos que podem possuir valores comunicativos adicionais para os leitores do texto fonte, e assim, buscar elementos na língua inglesa que caracterizem valores comunicativos tão especiais quanto os da língua fonte. Desta forma, o tradutor, ao trabalhar os problemas que surgem durante o processo de tradução, pode manter a construção comunicativa do autor do texto fonte, o que parece ser a decisão mais comum nas traduções, se bem achar que tal construção manterá os efeitos contextuais criados para o leitor do texto fonte. Porém, muitas vezes, o tradutor pode ter que se arriscar e tomar decisões como substituições, inserções, ou mesmo retirada de elementos lingüísticos que não achar pertinente para os leitores para os quais está traduzindo. Segue abaixo a análise de alguns exemplos de cada caso de tomada de decisões, exceto pela manutenção de elementos lingüísticos, o que encontramos a todo instante durante um estudo contrastivo.
Substituição
Pistas comunicativas podem ser encontradas no uso de itens lexicais peculiares para alcançar um efeito particular. No exemplo a seguir, o uso do item lexical ENTRE pode carregar um significado bem peculiar:
(1)
“Entre o calor da praia e o frio da montanha, fique com os dois.” |
“The heat of the beach or the cold of the mountains? Choose both and enjoy.” |
A suposição que se constrói é de que o item lexical ENTRE carrega uma significação extra, de dúvida, de escolha. O leitor é convidado a fazer uma inferência e descobrir esta outra significação, na busca pela relevância. Porém, apesar de existir um item lexical correspondente na língua inglesa, o tradutor optou por não o utilizar, pois ele não permitiria ao leitor do texto traduzido fazer mesma inferência. Ao invés, utilizou-se de um outro item lexical, CHOOSE, buscando criar uma explicatura, para assim criar efeitos contextuais condizentes.
Um signo lingüístico que possua uma carga metafórica pode ser um grande problema para o tradutor.
(2)
“… o agito fica por conta de Vitória, a capital do estado, Vila Velha e Serra. |
“... the “partying” booms in Vitória, the state capital, Vila Velha and Serra.” |
O enunciado metafórico de (2) parece carregar uma indeterminância do domínio conceitual AGITO para o domínio de caracterização do que indica estar se referindo a festas. No nível da explicatura, o tradutor deve reconhecer a metáfora, o contexto e realizar a interpretação pragmática dos traços relevantes. Optar por mantê-los poderia causar um aumento de processamento contextual no leitor estrangeiro, diminuindo assim a relevância, já que AGITO não carrega a mesma carga metafórica no inglês. O tradutor optou por substituir AGITO por um item lexical correspondente às inferências feitas por ele mesmo, mas o colocou entre aspas, o que parece declarar que sua escolha lexical ainda assim o deixou com dúvidas.
Consideremos um outro caso onde o tradutor optou por não utilizar um anafórico, e sim um pronome definido:
(3)
“O sossego da vida rural, aquela sensação que o tempo demora a passar...” |
“The quietness of the rural life, the feeling that time does not go by...” |
O uso do anafórico AQUELA para o leitor brasileiro parece estar bem colocado, remetendo o leitor a uma sensação que lhe é comum e perfeitamente ligada à vida rural. O objetivo do autor, com o uso deste anafórico, parece ser de enriquecer o enunciado para assim diminuir o esforço de processamento para o leitor. Porém o tradutor opta por não utilizá-lo, talvez por imaginar que seu uso na língua inglesa não aproximaria o leitor de língua estrangeira da mesma sensação que é comummente compartilhada entre viventes da mesma cultura, já que aqui, têm-se leitores de várias culturas diferentes.
Trocas de construções sintáticas também fazem parte do repertório de adequações do tradutor. Neste exemplo o tradutor opta por utilizar-se de voz passiva, parecendo buscar um distanciamento com o leitor, diferentemente do texto fonte:
(4)
“... tudo isso você encontra nas diversas regiões do Estado.” |
“… all of this is to be found in several regions of the State. |
Inserção
Além da substituição de itens lexicais, também podemos encontrar inserção dos mesmos, ou até de inteiros enunciados, onde se pode identificar a voz do tradutor buscando enriquecer um enunciado maior para diminuir o esforço de processamento e assim aumentar a relevância para o leitor/turista estrangeiro. Com esse efeito, o tradutor parece querer aguçar a curiosidade do leitor/turista estrangeiro para a cultura, local e atividades que ele pode encontrar no Espírito Santo:
(5)
“A sua capital, Vitória, fica situada numa ilha e é rica em peixes e mariscos.” |
“The State capital, Vitória, is located on an island, and the surrounding waters are full of fish and shellfish.” |
(6)
“... o cenário é deslumbrante, protegido por programas de preservação ambiental, como o Projeto Tamar e uma sucessão de praias badaladas...” |
“... the scenery is stunning, well protected by environmental conservation programs, such as the Tamar Project (a center for the study of sea turtles).” |
(7)
“Projeto Tamar – Além de ver e até tocar nos animais, aprende-se muito sobre as atividades do Projeto Tamar ...” |
“Tamar Project – A visit not to be forgotten, is to see and even touch the animals and learn about the activities of the Tamar Project ...” |
Não utilização
Existem casos em que o texto fonte carrega signos lingüísticos que podem não ser pertinentes para um leitor do texto traduzido. Possivelmente supondo que estes signos não acrescentariam para a criação de efeitos contextuais, ou mesmo que pudessem atrapalhar a decodificação da mensagem e aumentar o esforço de processamento, o tradutor opta por não traduzi-los:
(8)
“A panela de barro, principal artesanato local, é o utensílio indispensável na elavoração dos pratos típicos capixabas.” |
“The clay pot, hadicrafted locally, is the indispensable tool in the elaboration of the typical capixaba dishes.” |
(9)
“Famosa também pelas suas panelas de barro, feitas artesanalmente, a capital oferece comidas típicas como a moqueca “capixaba” (capixaba = espírito-santense), herança da culinária indígena...” |
“The city is also renowned for the hand-made pots and its fine cuisine, such as “moqueca capixaba”, a fish stew originally made by the native Indians ...” |
(10)
“A imensa variedade de fauna e flora marinha da região já permitiu a descoberta de uma das mais raras espécies de conchas do mundo: a Oliva Zelindea.” |
“In this immense variety of Ocean fauna and flora one of the rarest species of seashells in the world: the Oliva Zelindea was discovered there.” |
Conclusão
Embora este estudo não tenha alcançado todos os focos discursivos que uma inter-conexão entre Estudos da Tradução, Estudos Culturais e a Teoria da Relevância pode prover, a descrição obtida através de análises contrastivas entre texto fonte e texto traduzido parece nos indicar que as escolhas feitas pelos tradutores são, em grande parte, ditadas por uma necessidade, não somente de fazer ajustes criativos e enriquecedores, mas mais importante, fazer com que o texto traduzido se torne acessível para o leitor/turista estrangeiro. E mesmo que estes ajustes constituem um desvio na equivalência ótima, eles parecem ser indispensáveis para facilitar o objetivo final do texto turístico: a comunicação.
Consequentemente seria possível dizer que uma tradução bem sucedida de um texto turístico carrega uma suposição de que haja uma relevância ótima para seus leitores, juntamente com uma possível equivalência ótima.
Referências Bibliográficas
BASSNETT-MCGUIRE, Susan. Estudos de Tradução. Tradução de Vivina de Campos Figueiredo. Revisão de Ana Maria Chaves. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
Grice, H. P. Lógica e conversação. In: Fundamentos Metodológicos da Lingüística. Marcelo DASCAL (org.) Vol. IV. Campinas, 1982.
Toury, Gideon. Descriptive Translation Studies and Beyond. Amsterdam-Philadelphia: John Benjamins, 1995, 53-69.
Sperber, Dan. & Wilson, Deirdre. Relevance: Comunication and Cognition. Second edition. Oxford: Blackwell, 1995.